Table Of ContentVerbenaceaesensustrictona região deXingó:
Alagoas e Sergipe, Brasil
u
Juliana Silva dos Santos José Iranildo Miranda de Melo2
, ,
Maria Carolina de Abreu1 & Margareth Ferreira de Sales1
Resumo
(Verbenaceaesensustricto naregiãodeXingó: AlagoaseSergipe, Brasil) Estetrabalhoconsistenoestudo
taxonômicodafamíliaVerbenaceaes..v.emumaáreadeinfluênciadaUsinaHidrelétricadeXingó,situadasob
odomíniodaregiãosemi-árida,nonordestebrasileiro.AvegetaçãopredominanteéaCaatingacomdiferentes
fisionomias ainda poucoestudadas. Foramencontradasoitoespécies distribuídasemtrês gêneros: Lantana
camaraL„LantanacanescensKunth,Lippiaalba(Mill.)N.E. Br.,LippiagracilisSchauer,Lippiamicrophylla
Cham.. Uppiapedunculosa Hayek,Stachytarphetaangustifolia(Mill.) VahleStachytarphetamicrophylla
Walp. Nestaárea,asespéciesdistribuem-seprincipalmenteemambientessecos,emsolosareno-argilososou
pedregosos,sendoasespéciesdogêneroStachytarphetaVahlencontradasemambientesúmidosoualagados.
São fornecidas chaves de identificação para os gêneros e espécies, bem como ilustrações dos caracteres
diagnósticos e comentários sobre distribuiçãogeográfica dos táxons.
Palavras-chave:florística,Verbenaceae,Xingó,Caatinga.
Abstract
(VerbenaceaesensustrictointheregionofXingó: Alagoas and Sergipe, Brazil) Ataxonomic study forthe
familyVerbenaceaes.s. wasperformedintheregionoftheinfluenceareaoftheXingóhydroelectric,situated
underthedomainofsemi-aridregion innortheasternBrazil.Thepredominantvegetationatthestudyareais
Caatinga but phytosociological approaches for this area are lack. Eight species were found distributed in
three genera: Lantana camara L., Lantana canescens Kunth, Lippiaalba (Mill.) N. E. Br., Lippia gracilis
Schauer. Lippia microphvlla Cham., Lippiapedunculosa Hayek. Stachytarpheta angustifolia (Mill.) Vahl
andStachytarphetamicrophyllaWalp. Inthisarea,thespeciesaredistributedmainlyalongdryenvironments
in sandy-clayey or stony soils, and species of the genus Stachytarpheta Vahl found in flooded or wet
environments. Identification keys for determining genera and species determinations are given, as well as
illustrationswithdiagnosticcharactersandcommentsongeographical distributionoftaxa.
Key-words: floristics,Verbenaceae,Xingó,Caatingavegetation.
Introdução Wagstaffet al. 1998; Judd 2009). Os demais
Verbenaceae J.St.-Hil. compreende gêneroscominfiorescênciascimosasegineceu
aproximadamente36gênerose 1000espécies ginobásico foram segregados para a família
dedistribuiçãopantropical,comamaioriados Lamiaceae, ambas posicionadas no ciado das
representantes nos neotrópicos. No Brasil Euasterídeas I. ordem Lamiales (APG 2003).
ocorrem aproximadamente 17 gêneros e 250 As espécies de Verbenaceae tem seu
espécies (Souza & Lorenzi 2005). De acordo potencial econômico amplamente explorado,
comdadosrecentesde filogenia, Verbenaceae tanto como ornamentais (Lorenzi & Souza
sensu stricto está restrita aos gêneros com 2001), quanto terapêuticas, neste último caso
infiorescênciasracemosasegineceuterminal, devidoapresençadeóleosessenciais. Muitos
quedelimitamasubfamíliaVerbenoideae(El- estudos atestam atividades analgésicas,
Gazar & Watson 1970; Raj 1983; Abu-Asab anliespasmódicas, calmantes, sedativas,
& Cantino 1992;Cantino 1992a,b;Cantinoet citostáticas, antimicrobianas, antitumorais,
cd. 1992; Wagstaff 1992; Steane et al. 2004; hepatoprotetoras,antiinflamatóriaselaxativas
Artigorecebidoem08/2008.Aceitoparapublicaçãoem 11/2009.
'UniversidadeFederalRuraldePernambuco.Depto.Biologia,ProgramadePós-GraduaçãoemBotânica,R.DomManoel
deMedeiross/n.DoisIrmãos,52171-900, Recife,PE, Brasil.
‘'UniversidadeEstadualdaParaíba,CentrodeCiênciasBiológicasedaSaúde,Depto. Biologia,Av.dasBaraúnas351,
CampusUniversitário,Bodocongó,58109-753,CampinaGrande,PB,Brasil.
'Autorparacorrespondência:[email protected]
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de algumas de suas espécies (Stefanini et al. Olhod’ÁguadoCasadoePiranhas,emAlagoas,
2002). Além dessas, análises bioquímicas e de Canindé do São Francisco, situado em
recentes atestam as propriedades de Lantana Sergipe. A vegetação dominante é do tipo
cantara L. como repelente de mosquitos do Caatinga(SavanaEstépicaArborizada-Veloso
gêneroAedes e de Stachytarpheta cayennensis etal. 1992). Oclimadaregiãoécaracterístico
(Rich) Vahl. como leishmanicida (Dua et al. dosemi-árido,com precipitação anual de500
mm
2003; Moreira etal. 2007). (Cavalcanti et al. 2006) e temperatura
Os principais tratamentos taxonômicos média anual de 25°C, sendo maior que 27°C
para a família foram realizados por Atkins nos meses maisquentes do ano (INPE 2001).
(2005a), Bentham (1876), Briquet (1897), Os estudos foram baseados em coletas
Junell(1934),Schauer(1847, 1851)eTroncoso provenientesdoProjeto“FlórulaFanerogâmica
(1974). A família é tratada também em floras daRegiãodeXingó”,realizadasentreosanos
depaísesdaÁsiaeAméricascomoChina(Shou- de 1999e 2001, cujos materiaisencontram-se
Liang&Gilbert 1994),Argentina(Múlgurade depositados nos herbários PEUFR, UFP e no
Romeroetal. 2003),Estados Unidos(Sanders Herbário Xingó, o qual ainda não se encontra
2001),Guianas(Jansen-Jacobs 1988),Panamá incluído noIndexHerbariorum (Holmgrenet
(Moldenke 1973)ePeru(Macbride 1960). Para al. 1990).
o Brasil, destacam-seas revisões de Lantana, Nointuitodeanalisarvariaçõesmorfológicas
porSilva(1999);eStachytarpheta,porAtkins intraespecíficas, adicionalmente, foram
(2005b); e as floras regionais: Bahia - de examinadasexsicatas,devidamenteidentificadas
Mucugêe PicodasAlmas(Harley& Simmons por especialistas, provenientes dos seguintes
1986; Stannard 1995); RiodeJaneiro-Parati herbários: HST, 1PA, PEUFR e UFP.
(Luizi-Ponzo 1997); Minas Gerais- Serra do As descrições, chaves de gêneros e
Cipó(Salimena-Pires&Giulietti 1998);eSão espécies foram fundamentadas nas variações
Paulo- Ilha do Cardoso (Salimena2000). observadas nos representantes coletados na
Devido à grande representatividade da região de Xingó, enquanto as descrições dos
família Verbenaceae no Brasil, este trabalho gêneros basearam-se na literatura. A
tem como objetivo fornecer dados sobre a padronização da terminologia das estruturas
distribuição dos táxons na região de Xingó; vegetativasereprodutivasbaseou-seem Harris
descrever e ilustrar caracteres morfológicos, & Harris (2001), assim como as abreviações
vegetativosereprodutivos,paraadelimitação dos nomes dos autores foram fundamentadas
dos seus representantes, bem como fornecer em Brummit & Powell (1992).
chavesparaidentificaçãodosmesmos,visando
contribuir para a expansão do conhecimento Resultados e Discussão
da flora da Caatinga, principalmente nos Verbenaceae J. St.-Hil., Expos. Fam. Nat. 1:
estados de Alagoas e Sergipe. 245. 1805. nom. cons.
Ervas, subarbustos, arbustos, árvores ou
MaterialeMétodos lianas.Folhassimples,decussadas,verticiladas,
A região de Xingó está localizada no raramentealternas,semestipulas.Tricomasuni-
nordeste brasileiro (09o30’-10°00’S, 37°30’- ou pluricelulares, simples, malpiguiáceos ou
38°00’W)naconfluênciadosestadosdeAlagoas, glandulares.Infiorescêneiasterminaisouaxilares,
Sergipe, Bahiae Pernambuco, abrangendo 1 racemosas.Brácteasmembranáceasoufoliáceas,
municípiossobodomíniodaCaatinga,emuma verdesoucoloridas,porvezescarenadas,ovais
altitude variando de 163 a 280m. Esta região a lanceoladas, densamente imbricadas ou
sedestacaporcompreenderaáreadeinfluência laxamente dispostas. Flores andróginas ou
A
da Usina da Hidrelétrica de Xingó. área unissexuadasporaborto,diclamídeas,zigomorfas,
estudadasitua-seàjusantedorioSãoFrancisco sésseis;cálicegamossépalo, membranáceoou
eabrangeosmunicípiosdeDelmiroGouveia, cartáceo,tubularoucilíndrico,bordodenteado
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oulobado;corolagamopétala,infundibuliforme lóculos uniovulados, placentação parietal;
ou hipocrateriforme, tubo reto ou encurvado, estilete terminal, estigma capitado, às vezes
cilíndricoouventricoso,bilabiada,4-5 lobada, oblíquo com papilas laterais. Fruto drupáceo
prefloração imbricada. Estames 4, didínamos ou esquizocárpico, com cálice persistente,
ou raramente 2 férteis e 2 estaminódios; drupa com mesocarpo carnoso e endocarpo
anterasbitecas,tecasparalelasoudivergentes, ósseo ou cartilaginoso, esquizocarpo 2-4
deiscência rimosa, com ou sem apêndice do mericárpico, unisseminado. Sementes sem
conectivo.Ováriosupero2-carpelar,2-locular, endosperma, embrião reto.
Chave para os gêneros de Verbenaceae na região de Xingó
1. Inflorescências axilares; cálice até 2 mm compr.; estames 4, didínamos; estigma lateral com
papilas 2
2. Inflorescências capituliformes, 1-2 por axila; brácteas oblongo-lanceoladas ou ovadas;
cáliceconspícuo 1. Lanterna
T. Inflorescências em glomérulos ou espigas, 1-4 por axila; brácteas orbiculares, ovais ou
lanceoladas;cáliceinconspícuo 2. Lippia
mm
V. Inflorescênciasterminais;cálicemaiorque 2 compr.;estames2e2estaminódios;estigma
capitadoouorbicularsempapilas 3. Stachytarpheta
1.Lantana L., Sp. Pl. 1: 626.1753. paralelas.Ovário 1-carpelarporaborto,estilete
Ervas, subarbustos ou arbustos eretos. reduzido, estigma oblíquo. Fruto drupáceo,
Ramos subquadrangulares a quadrangulares, exocarpo carnoso. Sementes 2-pirenadas,
escabro a hirto, tricomas simples. Folhas pirenosuniloculados.
simples, decussadas, crenadas ou serreadas, SegundoTrancoso(1974),ogêneroengloba
frequentemente rugosas. Inflorescências aproximadamente 250 espécies de distribuição
pedunculadas, axilares, capituliformes ou tropicalesubtropical,compoucosrepresentantes
espiciformes; brácteas ovais, oblongas ou ocorrendo na Ásia e África. Está representado
lanceoladas.Floresandróginas;cálicetubular, noBrasil por85 espécies (Silva 1999).Lantana
reduzido, membranáceo, bordo denteado; éumgêneromuitosemelhanteaLippia,diferindo
corola vermelha, amarela, lilás, rosa ou alva, deste, principalmente,pelamorfologiadofruto,
hipocrateriforme, tubo cilíndrico, geralmente que é drupáceo em Lantana e esquizocárpico
encurvado,4-5-lobada,lobosobtusos. Estames em Lippia. Na região de Xingó, o gênero está
4, didínamos, inclusos; anteras ovadas, tecas representado por duas espécies.
Chave para as espécies de Iumtana ocorrentes na região de Xingó
1. Pecíolo subquadrangular; brácteas oblongo-lanceoladas, ápice agudo; corola amarela a
vermelha;ovárioorbicular 1-1 Lantana camara
r. Pecíolocilíndrico;brácteasovadas,ápicelevementecaudado;corolaalvadetuboróseo,ovário
oblongo 1.2 Lantana canescens
mm
1.1.Lantanacamara L., Sp. Pl. 2: 267. 1753. ca. 6-9 compr., pubescente; limbo oval,
Fig. la-f 1,8-6,3 x 1,6-4,5 cm, face superiorescabra a
Subarbusto a arbusto 0,7-2 m. Ramos pubescente, face inferior escabra a híspida,
cinéreos ou castanhos, subcilíndricos a base obtusa a truncada, margem serreada a
quadrangulares, escabros a pubescentes; crenada,ápiceagudo-acuminado.Inflorescências
intemós2-6,2cm,presençadeacúleos. Folhas capituliformes, axilares (1-2 por axila),
cartáceas,discolores;pecíolosubquadrangular. pedúnculo3-6,3cmcompr.,escabro;brácteas
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cartáceas,oblongo-lanceoladas,4,5-6x 1 mm. 1.2. Lantana canescens Kunth. Nov. Gen.
pubescentes (na base) a estrigosas, tricomas &Sp.2:259. 1817. Fig. lg-k
glandulares,ápiceagudo.Cálice4-dentado, 1- Subarbusto ca. 35 cm. Ramos cinéreos,
1,5x 1 mm,oval,pubescente,margemciliada. subquadrangulares,glabrosaescabros;internos
Corola amarela a vermelha, levemente curva, I,5-7,0 cm. Folhas cartáceas, levemente
mm
0,8-1 cmcompr., lobosca. 1,5x 1,5mm,fauce discolores;pecíolocilíndrico,5-7 compr.,
mmdiâm,tubo6-8mmcompr.,intemamente pubescente;limboovado,0,9-4x 1-2,1 cm,face
1
superiorpubescente,faceinferiortomentosa,base
pubescente. Estames inseridos na metade
atenuada, margemserreada,ápiceacuminado.
inferior(os menores)e nametadesuperior(os
Inflorescênciascapituliformes,axilares(1 por
maiores)dotubo,anterasovais.Ovárioorbicumlamr, axila), pedúnculo 1,5-7 cm compr., escabro a
ca.0,5mm,glabro;estileteencurvado,ca 1,3 viloso;brácteasfoliáceas,cartáceas,ovadas,4—
compr.,estigmacapitadocom papilaslaterais. 6,5 x2-2,5 mm,pubescentes,ápice levemente
Fruto ca. 5 x 5 mm. arredondado, negro. caudado. Cálice denteado, ca. 0,9 x 0.9 mm,
Materialexaminado:ALAGOAS:Olhod'Águado oblongo, pubescente, margem ciliada. Corola
Casado,4.VII1.2000,fr.,R.A.Silva&D.Moura 1599 alva, ca. 6-8 mm compr., lobos ca. 2,5 x 1.5
S(iPlEvUaF1R7)5.(PPiErUaFnRh)as;.249..VV.II1.919999,90,.0,.De.fMr.,oDu.rMao&urRa.A&. cmomm,prf.a,uceext1emrnmamdeinâtme.,ptuubbeoscreónsteoe,.cEa.st5ammems
RF(1.rP3Aa4E.n3UcSF(iiRPsl)cEvo;Ua,F55R.01)V63.;.2(V20.IP0VI0EII,.U.f12Fl.90,R90J90.)..,I.fSflMlE„..R.RMADGe..IlPoMSEüoevt:uaarCL&aa2nD5&i.6nMR(do.PéAuE.drUoaSFi4RSl)2ãv;5oa icOanv.sáerr1ii,od2oosmbnlmaonmgceoot,mapdcrea..,d0oe.5stutmbiomg,m,aangtcleaarpbarisot;ealdíeopsttiiccloaestm.e
38..VVII..11999999,,ffrl..,,DD..MMoouurraa&J2M0.(FP.ESUalFeRs)3;5419(.PXIE.U1F9R9)9;, Mpaatpeirliaaslleaxtearmaiinsa.dFor:uAtoLAnGãOoAoSbs:ePrivraandhoa.s. KWIII/
fr.,R.A.Silvaetal. 1288(PEUFR);24.XI.1999,fl., 1999,fl.,D.Moura& R.A.Silva547(PEUFR).
R.A.Silva á D. Moura 1335(PEUFR). Materialadicionalexaminado: BAHIA:Lagoada
Estaéumaespécieamplamentedistribuída Eugenia, 20.11.1974, fl.. R.M. Harley etal. 16255
(IPA).PERNAMBUCO:Garanhuns,20.IX.1981,11..
nasregiõestropicais,comumnaíndiaeAmérica
A. Ramires et al. (IPA 26371). Nazaré da Mata.
doSul,alcançandoaArgentina, Bolívia, Brasil 13.III.2002,fl.,M.B. CostaeSilvaetal.2848(IPA).
ePem(Salimena2000).NoBrasil,estádistribuída Moreno, 30.XI1.1933. fl., B. Pickel 3475 (IPA);
em todo o território, ocorrendo em vegetação 13.1.1934,fl..B. Pickel3487(IPA);28.11.1934,fl.,
litorânea,naCaatinga, nocomplexoCaatinga- B. Pickel3528(IPA).Timabaúba,25.111.2007,fl..
campo,noCerrado,alcançandoosdomíniosdas J.G Sena 74048(IPA). PIAUÍ: SerradaCapivara,
florestasombrófilasdensas.Ocupaáreasdesolos 1979,fl..LEmperaire624(IPA).SERGIPE:Canindé
arenosos,argilososelitólicos.Eumaespéciemuito doSãoFrancisco,9.VII.2005,fl.,D.V.Bragaetal.
(IPA 73899).
frequentenaáreadeestudo,sendoencontrada O centro de distribuição de Lantana
formando populações com muitos indivíduos
canescens encontra-se na América do Sul e
em áreas abertas, de solos areno-argilosos e México (Sanders 2001), estando amplamente
nas chapadas areníticas, florescendo e distribuídaem regiões tropicaisdocontinente
frutificando entre os meses de fevereiro e americano. No Brasil,distribui-se numafaixa
novembro. É facilmente reconhecida por desde o Pará até Minas Gerais, ocupando
apresentar inflorescências capituliformes, áreas de solos arenosos ou pedregosos, em
corolaamarelaavermelhalevementeencurvada Caatinga, florestas e lajeados úmidos, muitas
efrutoarredondadonegro.Éumaespécieutilizada vezes presente em substrato calcário. Em
para fins ornamentais, devido à coloração Xingó, L canescens forma populações com
&
exuberantedesuasflores(Lorenzi Souza2001). poucosindivíduos,tendosidoencontradaapenas
popularmente conhecida como chumbinho, em Caatinga arbustiva, em solos litólicos. E
cambará ou cambarazinho. facilmente reconhecida em campo por
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Figura 1-a-f.LantanacantaraL.-a.aspectogeraldoramo;b.inflorescência;c.basedainflorescência;d.bráctea;e.
corola;f.cálice(Moura21).g-k.LantanacanescensKunth.-g.aspectogeraldoramo;h.inflorescência;i.cálice;j.corola;
k. bráctea Moura& Silva547).
(
2F1i)g.urge-k.1 -Laan-tf.anLaanctaanneascceannstarKaunLt.h.--a.gh.abhiatb;itb;.hi.nfilnofrleosrceesncceen;cce.;bia.scealoyfx;thje. icnofrloolrleas;cekn.ceb;radc.tb(rMacotu;rea. c&oroSlillav;af5.4c7a)l.yx (Moura
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990 Santos,J. S. etal.
apresentar folhas ovadas, brácteas foliáceas tecas paralelas ou divergentes, abortivas ou
eovadas,comápicelevementecaudado, flores ausentes nas flores pistiladas de espécies
reunidas em inflorescências capituliformes e dióicas. Ovário 2-carpelar, 1-carpelar por
corola alva de tubo róseo. O material aborto;estiletereduzido,estigmaoblíquo.Fruto
examinadoindicafloraçãodurantetodooano. esquizocárpico, separando-se na maturidade
em 2 mericarpos.
2. Lippia L., Sp. Pl. 1: 633. 1753. Lippia é um gênero com
Subarbustos ou arbustos, raramente aproximadamente 254 representantes, entre
árvores. Ramos eretos, glabros, pubescentes, espécies, subespécies e variedades,
hirsutos ou tomentosos, tricomas simples ou amplamentedistribuídosnasAméricatropical
glandulares. Folhas simples, decussadas ou e subtropical, sendo raros na porção tropical
verticiladas, raramente alternas, comumente doVelhoMundo(Moldenke, 1973). Segundo
decíduas, pecioladas ou sésseis, inteiras, Troncoso(1974), Brasil. ParaguaieArgentina
denteadas ou lobadas, membranáceas a são os países que apresentam a maior
coriáceas. Inflorescências pedunculadas, concentração de espécies do gênero. De
solitárias ou fasciculadas, em corimbos, acordo com Sanders (2001), o gênero é
panículas, glomérulos ou espigas breves, principalmente encontradoem regiões semi-
axilares ou terminais; brácteas persistentes, áridas daAmérica do Sul e secundariamente
ovais ou lanceoladas, decussadas, tetrásticas, na região noroeste dos Andes e planaltos
plicadas. Flores andróginas ou unissexuadas mexicanos. A importância econômica do
poraborto,diminutas;cálicetubular,reduzido, gênero está associada, principalmente, à
ovado ou campanulado, membranáceo, 2-4 constituição química das espécies, sendo
dentado;corolaalva,rosa,magentaouamarela, bastante utilizadas na medicina como
hipocrateriforme ou infundibuliforme, tubo antiespasmódicas,estomáquicas,emenagogas.
cilíndrico, geralmente encurvado, ventricoso, sedativas(Santanaetal., 2008)e naindústria
lábioanterior3-lobado,lábioposterior2-lobado. de perfumaria devido à presença de óleos
Estames 4, didínamos, inclusos, inseridos essenciais. Na área de estudo está
no ventre; anteras ovadas ou elípticas. representada por quatro espécies.
Chave para as espécies de Lippia ocorrentes na região de Xingó
1. Folhasdiscolores,pecíolocilíndrico;cálicepubescenteouvelutino;corolaalvaoucreme....2
L
2. Brácteas ovais, velutinas; cálice pubescente; corola alva; anteras ovais 2.2. gracilis
2\ Brácteas lanceoladas, vilosas; cálice velutino; corola creme; anteras elípticas
L
2.3. microphylla
1’. Folhasconcolores,pecíoloquadrangular;cáliceviloso;corolalilás 3
3. Limbo ovado; pedúnculo até 1 cm; tubo da corola amarelo 2.1. L. alba
3’. Limbo lanceolado; pedúnculo maiorque 3 cm; tubo da corola alvo
2.4. L. pedunculosa
2.1 Lippia alba (Mill.) N. E. Br. ex Britton & base aguda, margem serreada, ápice agudo-
P.Wilson, Bot. Porto Rico6: 141. 1925. acuminado, nervura inferior central
Fig. 2a-d proeminente. Glomérulos ou espigas curtas,
Subarbustoca. 1 m. Ramoscinéreos,sub- axilares(1 poraxila),ca.4mm; pedúnculoca.
quadrangulares, pubescentes; intemós ca. 2,3 4 mm, pubescente; brácteas côncavas,
cm. Folhasdecussadas,cartáceas,concolores; orbiculares, ca. 4 x 3 mm, vilosas, ápice
mm
pecíolo quadrangular, 3-5 compr., curtamenteacuminado.Cáliceinfundibuliforme,
pubescente;limboovado, 1,6-1,9x0,9-1,3cm, bilobado; ca. 1,5 x 1 mm, viloso. Corola lilás,
face superior vilosa, face inferior tomentosa. hipocrateriforme,ca. 5,5 mm,lobos 1-1,5 x 1
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Figura2-a-dLippiaatba(Mill.)N.E.Br.-a.aspectogeraldoramo;b.inflorescência;c.cálice;d.bráctea(Silvaetal.228).
e-j.LippiagracilisSchauer-e.aspectogeraldoramo;f.inflorescência;g.bráctea;h.cálice;i.flor;j.antera(Sales762).
Figure 2 — a-d. Lippia alba (Mill.) N. E. Br. —a. habil; b. inflorescence; c. calyx, d. bract (Siha etal. 2~8). e-j. Lippiagracilis
Schauer-e. habit; f. inflorescence; g. bract; h. calyx; i. flower;j. anther (Sales 762).
mm, fauce ca. 0,9 mm diâm., tubo amarelo, 54(PEUFR).PERNAMBUCO:Caruaru, 12.VI.2000,
ca. 4 mm compr., externamente vilosa. fl.efr„M.C. Cabral& R.F. Oliveira07(PEUFR).
Estames inseridos na porção média (os FazendaNova, 14.IX.1998, fl., L.S. Figueiredo &
W.M.Andrade452(PEUFR).Moreno,25.IV.2005,
menores) e na metade superior (os maiores)
do tubo; anteras elípticas, tecas divergentes. fl., S. Brandão & V. Santana (46777-PEUFR).
mm Recife,DoisIrmãos,20.VI.1990,fl.,L.C. Gomes85
Ovário elíptico, ca. 0,7 compr., glabro;
estilete ca. 1,3 mm compr., dilatado até a (PEUFR).Ibura,22.VIII.1991,fl.,A.Kntscli(11555-
com PEUFR).SeiraTalhada,VI.2001,fl.,I.C.C.Cavalcanti
porção média inferior; estigmacapitado, s.n.(PEUFR36799).
papilas laterais. Fruto nãoobservado. Segundo Sanders (2001), Lippia alba
Material examinado: ALAGOAS: Piranhas, está amplamente difundida no Novo Mundo,
3.V.1999,fl„R.A.Silvaetal.228(PEUFR).
MARANHAO: ocorrendodesdeasáreassubtropicaisdaAmérica
Material adicional examinado:
Timoin. 19.X11.2000,11.,/A/.Maia& W.R.R.Matos do Sul até o México, sendo extensivamente
Rodriguésia 60 (4): 985-998. 2009
SciELO/JBRJ
992 Santos. J. S. etal.
cultivada no Velho Mundo. No Brasil está Materialadicionalexaminado: BAHIA:Sento-Sé.
amplamentedistribuídanasRegiõesNorte(AC, 4.1.1990,11.,AA/.Miranda& F.Esteves55(PEUFR).
TO),Nordeste(AL, BA,CE,MA,PE),Centro- PERNAMBUCO:Buíque,4.IX.1995,fl.,M.FLucena
Oeste (DF, GO, MT), Sudeste (MG, RJ, SP) e <£LS.Figueiredo44(PEUFR).Floresta,27.1V.1989.
Sul (PR, RS), habitando florestas de galeria, Ü..M.J.N.Rodai36(PEUFR).SerraTalhada5.11.1998.
A
campos rupestres. Cerrado e Caatinga, em fl., Sacramentoetal. 250(PEUFR); 1.V.2000,fl.,
ambientesdiversos,desdeáreasúmidasasecas, 7.C.C. Cavalcantis.it. (PEUFR31391).
LippiagracilisocorrenoBrasilnasRegiões
emsolosarenososcomcascalhoeafloramentos
dediabásio.NaregiãodeXingóL albaépouco NAoLr,teSE(,PAB)A,)N,oCrednetsrtoe-O(eMsAt,e(PIG.OC)Ee,SRuNd,esPtBe,(PMEG,
frequente,ocorrendoprincipalmenteemáreas
eES),ocorrendoemmatasdeencosta.Caatinga
perturbadasdesolosareno-argilososepedregosos,
eCerrado,emsolosarenosos,camposeafloramentos
em populações com poucos indivíduos. E
rochosos. Naáreaestudada, aespécieépouco
facilmente reconhecida por apresentar folhas
encontrada, com populações de poucos
concolores, pecíolo quadrangular, pubescente,
indivíduosocorrendoempontosisoladosdecampos
inflorescênciasemglomérulosouespigasbreves, pedregosos.Assemelha-seaLmicrophyllapor
cálice viloso e corola lilás com tubo amarelo.
apresentaremespigascurtasebrácteascôncavas,
0materialexaminadoevidenciaqueLippiaalba dispostas em quatro séries. No entanto,
floresce entre os meses de maio e dezembro. L
diferenciam-sepor gracilisapresentarbrácteas
decussadas,ovais,velutinas.comcarenabastante
2.2 Lippia gracilis Schauer, Prodr. 11: 576.
evidente,cálicepubescente,corolaalvaeanteras
1847. Fig.2e-j
ovais.Apresentaimportânciafarmacológicadevido
Arbusto 1-2,5 m, muito ramificado.
àatividadeantimicrobianacontramuitasespécies
Ramos cinéreos, subcilíndricos, glabros a
defungosebactérias(Albuquerqueetal. 2006).
pubescentes,internoca 5cm.Folhasdecussadas, O material examinado evidencia floração e
membranáceas,discolores;pecíolocilíndrico,
frutificaçãoentreos mesesdejaneiroejunho.
mm
2-8 compr., pubescente; limbooval,0,9-
2.2 x 0,4-1,3 cm, face superior escabra, face 2.3 Lippia microphylla Cham. Linnaea 7:
inferiorpubescenteatomentosabaseacumeada 226.1832. Fig. 3a-f
aobtusa,margemcrenada,ápiceagudo,nervuras Arbusto ca. 1,5 m, muito ramificado.
proeminentescommaiorquantidadedetricomas. Ramos castanhos, subquadrangulares,
Espigascurtas,axilares(3poraxila),ca.4mm; pubescentes; interno 2-3 cm compr. Folhas
pedúnculo4—6cmcompr.,pubescente;brácteas
decussadas, cartáceas, fortemente discolores:
côncavas,ovais,ca4,5mm,velutinas,carenadas, pecíolocilíndrico,4—8mmcompr.,pubescente;
com ápice acuminado, dispostas em 4 séries, limboovado, 1-2 x0,5-1,5 cm. face superior
decussadas. Cálice tubular,4-dentado;ca. 1.5 x escabraapubescente,faceinferiortomentosa,
1 mm,pubescente.Corolaalva,hipocrateriforme, superfície bulada, base aguda, margem
ca.5 mmcompr., lobosca 1,5x 1 mm,fauceca crenada, ápiceagudo. Espigascurtas,axilares
0,4mmdiâm.,tuboca3mmcompr,extemamente (2-4poraxila),ca. 7 mm;pedúnculoca. 5 mm
pubescente. Estames inseridos na metade
compr.,viloso;brácteascôncavas,lanceoladas,
superiordotubo;anterasovmaims,tecasparalelas. ca. 5 mm compr., vilosas, ápice longamente
Ovário orbicular, ca. 0,5 compr., glabro; acuminado, dispostas em arranjo imbricado.
mm
estilete ca 2 compr.; estigma capitado, Cáliceovado,4-dentado;ca. 2x 1 mm,velutino.
com papilas laterais. Fruto nãoobservado. Corolacreme,hipocrateriforme,ca6mmcompr.,
4M.aItVe.r2i00a1l,eflx.,aLmMi.naCdoor:deAirLoAeGtOal.AS35:0 (PiPrEaUnFhRa)s., cloabo4s,5ca.m1m,5cxo2mpmrm.,,efaxutceercnaam0e,n9tmempudbieâsmc.,enttueb.o
SERGIPE:CanindédoSãoFrancisco,9.VI.1999,fl..
Estames inseridos na metade superiordotubo;
RA.Silva&M.F.Sales513(PEUFR);7.VI.1999.fl..
RA.Silva<&M.F.Sales465(PEUFR):8.VI.1999.fl.. anterasemlípmticas,tecasparalelas.Ováriooblonmgom,
M.F.Sales762(PEUFR). ca. 0,9 compr., glabro: estilete ca. 2
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Verbenaceaes.s. naregiãodeXingó 993
Figura3-a-f.LippiamicrophyllaCham.-a.aspectogeraldoramo;b.inflorescência;c.bráctea;d.fruto;e.cálice;f.
antera(Aloura&Silva632).g-n.LippiapedunculosaHayek-g.aspectogeraldoramo;h. inflorescência;i.bráctea;
j.cálice;k.corola;I.aspectogeraldofruto;m.parteexternadofruto;n. parteinternadofruto(Moura49).
Rgure 3 -a-f. Lippia microphylla Cham. -a. habit; b. inflorescence; c. bract; d. fruit; e. calyx; f. anther (Moura & Silva 632).
g-n. Lippia pedunculosa Hayek - g. habit; h. inflorescence; i. bract;j. calyx; k. corolla; 1. fruit; m. fruit, outside view; n. fruit,
inside view (Moura 49).
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994 Santos,J.S. etal.
compr.,estigmacapitado,compapilaslaterais. dotubo;anterasovadas,tecasparalelas.Ovário
Fruto ovado, ca 2 x 1 mm compr. ovado,ca.0.5mmcompr.;estigmacapitado,com
mm
Materialexaminado: SERGIPE:CanindédoSão papilaslaterais. Frutoovado, 1 x 1 compr.
Francisco,24.VIII.1999,fl.,D.Moura<&R.A.Silva Nlaterialexaminado:ALAGOAS:Piranhas,25.VIII.1999,
632(PEUFR). fl.eff.,/2ASilva&D.Moura964(PEUFR).SERGIPE:
Material adicional examinado: BAHIA: Campo CanindédoSãoFrancisco, 14.IV.1999,fl. e fr„ D.
Formoso, 16.IV.1973,fl.,D.P.Unia73/27(PEUFR). Moura49(PEUFR);24.VIII.1999,fl.eff.,D.Moura
Ilhéus,24.X.1972, fl.,D.P. Uma 13102(PEUFR). 640(PEUFR); 6.IX.1999, fl. efr„R.A. Silva & D.
PERNAMBUCO:Buíque,5.V.1995.il,A.Laurênio Moura998(PEUFR).
etal.30(PEUFR);21.IX.1995,fl.,KAndradeetal. No Brasil, Lippia pedunculosa é
215(PEUFR).Floresta,20.IV.1989,fl..M.J.N.Rodai encontrada apenas nas Regiões Nordeste (AL,
37 (PEUFR). Petrolina, 24.III.1966, fl. e fr„ J.S. SE)eSudeste(SP).NaRegiãoNordesteocorre
Sobrinho229(PEUFR). em áreas de Caatinga, com vegetação rala e
Lippia microphylla distribui-se desde as substrato pedregoso. Na área de estudo é rara.
GuianasatéoRioGrandedoSul,sendoencontrada ocorrendo em solo argiloso, em geral com
emmatasdetabuleiro,florestasabertas.Caatinga, capeamentopedregoso.Éfacilmentereconhecida
complexoCaatinga-campoeCerrado,associada por suas folhas concolores, limbo laceolado,
asolospedregososouarenososvioláceoscom pecíolopubescente,inflorescênciascompedúnculo
afloramentosrochososecrescendoentrerochas maiorque 3 cm, cálice vilosoe corola lilás de
areníticasegraníticas.Osexemplaresexaminados tubo alvo. Distingue-se das demais por
evidenciamque aespécieé simpátricacom L.
apresentar longas e solitárias inflorescências
gracilis, apresentando uma maior faixa de espiciformes com até 1,8 cm compr.,
ocorrência,estendendo-sede RoraimaatéoRio associadasapedúnculosde até 7,3 cm compr.
Grande doSul. Em Xingó, é pouco frequente, Floresce e frutifica entre os meses de abril e
formandopopulaçõescomatédez indivíduos.
setembro.
Éfacilmentereconhecidaporapresentarfolhas
discolores,brácteasnãocarenadas,dispostasem 3. Stachytarpheta Vahl, Enum. Pl. 1:205.
4sériescomarranjoimbricado,lanceoladas,vilosas, 1804. nom. cons.
cálicevelutino,corolacremeeanteraselípticas. Ervas ou subarbustos. Ramos
Floresceentreos meses de marçoe setembro.
comumentesubcilíndricos,indumentosimples
ou pluricelular. Folhas simples, decussadas,
2.4.Lippiapedunciilosa Hayek, Repert. Spec.
verticiladasoualternas,denteadasoucrenadas.
Nov. Regni Veg. 2:87. 1906. Fig.3g-n
Inflorescências sésseis, terminais, espigas
Subarbustoouarbusto0,7-1,5 m. Ramos
longasoucurtas,multiflorasouocasionalmente
cinéreos,subquadrangularesaquadrangulares,
paucifloras; brácteas estreitas, raramente
glabros, interno2,5-7cm. Folhasdecussadas,
mm largas, ovais ou lanceoladas, imbricadas,
cartáceas,concolores;pecíolocilíndrico,2-4
compr.,pubescente;limbolanceolado,2,1-4,9x persistentes, 1 por flor. Flores andróginas;
cálicelongo,estreito,tubular,membranáceoou
0t,o6m-e1n,t6ocsma,bfaasceeastuepneuraidoar,pumbaerscgeenmted,enftaacdeai,nfáepriicoer cartáceo,4-5dentadoou4-5 lobado,porvezes
vezesbipartido;corolalaranja,vermelha,alva,
a1g,8udcom.;Epsepdiúgnacsulloon3g,a1s-7a,x3ilcamrecso(m1prp.o,rpauxibleas)c,e0n,t7e;- azul, lilás,púrpuraaténegra,hipocrateriforme,
brácteas côncavas, ovais, 3,5—4 mm, vilosas, tubo cilíndrico, reto ou encurvado, 5-lobada,
ápice acuminado. Flores subsésseis, pedicelo lobosamplos,obtusos, iguaisou ligeiramente
discóide.Cáliceovado,2-dentado; 1,5x 1 mm, desiguais. Estames 2, estaminódios 2.
viloso.Corolalilás,infundibuliforme,ca.6,0mm filiformes,inclusos;anterasoblongasouovadas,
compr.,lobos 1,5-2mm, fauceca. 1 mmdiâm., tecasdivergentes.Ovário2-carpelar,oblongo;
tubo4mmcompr.,constritonabase,extemamente estiletelongamentefiliforme,estigmacapitado
velutina.Estamesinseridosnametadeinferior ouorbicular. Frutoesquizocárpico,separando-
Rodrigutsia 60 (4): 985-998. 2009
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