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DO SÉCULO XIX AO SÉCULO XXI
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Universidade Federal da Bahia
Reitor
Naomar Monteiro de Almeida Filho
Vice-Reitor
Francisco José Gomes Mesquita
InstItuto de CIênCIa da InfoRmação
diretora
Lídia Maria Batista Brandão Toutain
Vice-diretor
Rubens Ribeiro Gonçalves da Silva
edItoRa da unIVeRsIdade fedeRal da BahIa
diretora
Flávia Goullart Mota Garcia Rosa
Conselho editorial
titulares
Ângelo Szaniecki Perret Serpa, Alberto Brum Novaes,
Caiuby Alves da Costa, Charbel Ninõ El-Hani,
Dante Eustachio Lucchesi Ramacciotti,
José Teixeira Cavalcante Filho
suplentes
Evelina de Carvalho Sá Hoisel, Cleise Furtado Mendes,
Maria Vidal de Negreiros Camargo
editora filiada à:
edufBa
Rua Barão de Jeremoabo, s/n. Campus de ondina
40.170-290 – salvador – Bahia
tel.: (71) 3283-6160 / 3283-6164
[email protected]
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unIVeRsIdade fedeRal da BahIa
do sÉCulo XIX ao sÉCulo XXI
lídia maria Batista Brandão toutain
Rubens Ribeiro Gonçalves da silva
organizadores
memorial, v. 1
salVadoR
edufBa
2010
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©2010 by universidade federal da Bahia.
direitos para esta edição cedidos à editora da universidade federal da Bahia.
Capa
Alana Gonçalves de Carvalho Martins
editoração eletrônica
Hermilo Santana
Revisão
Valdomiro Santana
normalização
Sônia ChagasVieira
Ismênia da Silva Pinheiro
InstItuto de CIênCIa da InfoRmação – ICI/ufBa
Colaboradores davi souza santos
docentes: Arquivologia, bolsista Permanecer
Profª dra. aida Varela Varela diego santos do nascimento
Prof° me. albano oliveira Arquivologia, bolsista Permanecer
Profª ma. aurora leonor freixo fabiana Jesus dos Reis
Biblioteconomia e Documentação, bolsista Permanecer/
Profª dra. maria teresa navarro de Brito matos
PIBIC
Profª ma. marilene lobo abreu Barbosa
Ícaro otávio hupsel de Castro
Prof° dr. othon fernando Jambeiro Barbosa
Arquivologia, bolsista PIBIC-UFBA/CNPQ
Jeane aguiar de moura
Técnicos-administrativos:
Biblioteconomia e Documentação, bolsista PIBIC-UFBA/
ariston mascarenhas
CNPQ
newton Bacelar
Jucimar Cerqueira dos santos
estudante de mestrado História, bolsista Permanecer
Ricardo sodré andrade leandro silva santos
Ciência da Informação, tutor PIBIC-UFBA Arquivologia, bolsista Permanecer
manoela Ribeiro Vieira
estudantes de graduação:
Biblioteconomia e Documentação, bolsista Permanecer
ana aparecida Gonzaga da silva
marília lessa dos santos
Arquivologia, bolsista PIBIC-UFBA/ FAPESB e PIBIC-
Biblioteconomia e Documentação, bolsista Permanecer
UFBA/CNPQ
michel sacramento dos santos
ana Cristina silva Barbosa
Artes, bolsista Permanecer
Arquivologia, bolsista Permanecer/PIBIC
moisés amado frutuoso
ana Paula moura de Jesus
História, bolsista Permanecer
Biblioteconomia e Documentação, bolsista Permanecer
odeilma da silva Cruz
Bernadete de araújo Pimenta
Arquivologia, bolsista Permanecer
Biblioteconomia e Documentação, bolsista Permanecer
Quelmonis dos santos souza
Cláudia hermínia silva Cruz
Biblioteconomia e Documentação, bolsista Permanecer
Biblioteconomia e Documentação, bolsista PIBIC-UFBA/
Rejane Pereira Correia
FAPESB
História, bolsista PIBIC-UFBA/FAPESB e PIBIC-UFBA/
CNP
u58 universidade federal da Bahia. Instituto de Ciência da Informação.
ufBa : do século XIX ao século XXI / universidade federal da Bahia, Instituto de Ciência da
Informação ; lídia maria Batista Brandão toutain, Rubens Ribeiro Gonçalves da silva, organiza-
dores. – salvador : edufBa, 2010.
620 p. – (memorial ; v.1)
IsBn: 978-85-232-0700-7
1. universidade federal da Bahia – história. 2. universidades e faculdades públicas – história
– Bahia. I. toutain, lídia maria Batista Brandão. II. silva, Rubens Ribeiro Gonçalves da. III.
título. IV. série.
Cdd 378.8142 – 22. ed.
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sUMÁriO
PRefáCIo 7
aPResentação 13
IntRodução 15
1 a Formação Universitária na Bahia desde os tempos coloniais 21
2 O Caminho 61
3 O Caminhar: as Unidades Universitárias
admInIstRação
esCola de admInIstRação 95
aRQuItetuRa
faCuldade de aRQuItetuRa 113
Belas aRtes
esCola de Belas aRtes 141
BIoloGIa
InstItuto de BIoloGIa 161
CIênCIa da InfoRmação
InstItuto de CIênCIa da InfoRmação 167
CIênCIas amBIentaIs
InstItuto de CIênCIas
amBIentaIs e desenVolVImento sustentáVel 181
CIênCIas ContáBeIs
faCuldade de CIênCIas ContáBeIs 193
CIênCIas da saúde
InstItuto de CIênCIas da saúde 201
CIênCIas eConômICas
faCuldade de CIênCIas eConômICas 213
ComunICação
faCuldade de ComunICação 219
dança
esCola de dança 227
dIReIto
faCuldade de dIReIto 241
eduCação
faCuldade de eduCação 287
enfeRmaGem
esCola de enfeRmaGem 313
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faRmáCIa
faCuldade de faRmáCIa 337
fIlosofIa e CIênCIas humanas
faCuldade de fIlosofIa e CIênCIas humanas 343
fÍsICa
InstItuto de fÍsICa 349
GeoCIênCIas
InstItuto de GeoCIênCIas 367
humanIdades, aRtes e CIênCIas
InstItuto de humanIdades, aRtes e
CIênCIas PRofessoR mIlton santos 393
letRas
InstItuto de letRas 403
matemátICa
InstItuto de matemátICa 413
medICIna
faCuldade de medICIna da BahIa 419
medICIna VeteRInáRIa
esCola de medICIna VeteRInáRIa 431
multIdIsCIPlInaR em saúde
InstItuto multIdIsCIPlInaR em saúde 447
músICa
esCola de músICa 463
nutRIção
esCola de nutRIção 471
odontoloGIa
faCuldade de odontoloGIa 497
PolItÉCnICa
esCola PolItÉCnICa 511
PsIColoGIa
InstItuto de PsIColoGIa 525
QuÍmICa
InstItuto de QuÍmICa 545
saúde ColetIVa
InstItuto de saúde ColetIVa 559
teatRo
esCola de teatRo 581
4 a associação dos Professores Universitários da Bahia - aPUB 605
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PreFÁCiO
UMA UFBA NOVA PARA O SÉCULO XXI 7
Naomar de Almeida Filho1
na velha Bahia dos tempos coloniais, a educação superior era proibida.
em 1808, uma universidade foi semeada na Cidade do salvador,
inicialmente configurada como uma escola médica. essa instituição foi, em
princípio, audaciosa, orgulhosa por sua condição de elite. Representava o
domínio cultural da matriz européia sobre a capital provinciana e desta sobre
a província interiorana. em 1946, a institucionalização da universidade da
Bahia reconfirmou seu perfil de excelência, porém elitista. no fim da década
de 1960, quando nela entrei como estudante, a ufBa oferecia 2.980 vagas
em 38 cursos; em 2002, quando assumi a Reitoria, eram 3.075 em 54 cursos.
a demanda social havia crescido 280 %; a oferta, elitizada, ampliou-se em
irrisórios 3 %; alguns cursos chegaram a diminuir vagas.
ao assumirmos a Reitoria em 2002, propusemos um projeto político
de transformação radical da universidade federal da Bahia. este projeto
compreende três etapas: expansão com inclusão social; reestruturação
curricular; internacionalização.
1 Professor titular do Instituto de saúde Coletiva e do Instituto de humanidades, artes e Ciências
Professor milton santos da universidade federal da Bahia. Reitor da ufBa. Pesquisador I-a do
CnPq.
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Ufba: do sécUlo XIX ao sécUlo XXI
Começamos a primeira etapa já em 2003, interiorizando o vestibular,
abrindo extensões e campi no interior, criando uma nova universidade baiana,
a ufRB. em 2004, iniciamos o crescimento das matrículas de graduação.
em 2005, sob enorme polêmica, implantamos um Programa de ações
afirmativas que, entre outras medidas, reservou vagas na universidade para
estudantes pobres, negros e índios. em 2006, sem hesitação e sem esperar as
condições perfeitas, iniciamos um movimento de reestruturação curricular,
com base no regime de ciclos, que ganhou o nome de universidade nova.
em 2007, sob tumulto e protestos do movimento estudantil, construímos
consensos parciais e aderimos ao ReunI, programa concebido para financiar
expansão e inovação em instituições da rede federal de ensino superior. em
2008-2009, com o ReunI, mais expansão: dobramos a oferta de vagas na
graduação e abrimos quase três mil vagas noturnas numa universidade que,
por tradição, funcionava quase exclusivamente durante o dia. em 2009, pelo
ReunI, houve a consolidação da inovação: recebemos mais de dois mil
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estudantes em Bacharelados Interdisciplinares, modalidade de curso onde
a formação na cultura sobrepõe-se ao ensino da profissão.
há dez anos, existiam menos de 2.000 alunos cadastrados nos serviços
de assistência estudantil da ufBa; hoje temos 11.500 estudantes de famílias
de baixa renda; em 2010, matriculamos 32 mil. Isso representa um aumento
de quase 500 % no contingente de pobres matriculados na ufBa. em todos
os cursos, em todas as salas de aula, em todos os programas de extensão, em
praticamente todos os grupos de pesquisa, estudantes carentes são muitos e
superlotam espaços antes vazios e desperdiçados.
as mudanças na sociodemografia da comunidade estudantil, apesar de
concretas e visíveis, certamente são de pequena monta se comparadas com
as transformações nos planos simbólicos da micropolítica institucional. um
sujeito, antes excluído, agora marcava presença no contexto da reprodução
social pela educação superior. a presença desse sujeito, ainda que silenciosa e
desconfiada, apesar de atenta e comprometida, parecia incomodar pelo lugar
que, num marco de legitimidade recentemente conquistada, ocupava.
nos últimos anos, a universidade federal da Bahia tem experimentado
profunda e rápida transformação. de fato, do ponto de vista da política
institucional, introduzimos dois focos de tensão que, em pouco tempo,
tornaram-se elementos de indução da transformação institucional:
Por um lado, um vetor externo. ao criar o Programa de ações
afirmativas, realizamos uma inclusão de excluídos (pobres, negros e índios)
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Ufba: do sécUlo XIX ao sécUlo XXI
na torre de marfim (construção pálida, metáfora cromática e histórica
pertinente), posta no maior enclave africano nas américas, situado na mais
pobre região do Brasil, nação pentacampeã das desigualdades sociais. tudo
isso, no bojo de um processo de ampliação massiva e rápida do contingente
de sujeitos afiliados à instituição.
Por outro lado, um vetor interno. a reestruturação radical da arquitetura
curricular oitocentista, efeito almejado pelo movimento da universidade
nova, recuperando idéias flexneranisianas para a universidade, permitiu-
nos confrontar suas bases epistemológicas, políticas, antropológicas, e até
pedagógicas. Com a criação dos Bacharelados Interdisciplinares, por muitos
considerada como uma fusão virtuosa do college norte-americano com o
bachelor do Processo de Bolonha, desafiamos a um só tempo a epistemologia
linear reducionista da tecnociência e o viés profissionalizante, pragmático
e imediatista da escola de terceiro grau, infelizmente incorporado por um
importante segmento do movimento estudantil.
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além disso, a conjuntura política agregou um terceiro vetor de
transformação institucional, novamente no plano externo ao espaço
universitário. na guinada das políticas de educação superior do governo
federal configurada pelo Programa ReunI, os programas de expansão,
inclusão social e reestruturação curricular concebidos e postos em prática
na ufBa encontraram condições avançadas de viabilidade e realização.
desde então, a ufBa vem construindo sua participação nesse contexto de
mudança com impressionante grau de convergência.
aprovado pela quase totalidade das unidades universitárias, o Programa
ReunI/ufBa objetiva o desenvolvimento integrado da ufBa como
instituição universitária plena. o positivo clima político interno permitiu-
nos, a cada momento, alcançar as metas do ReunI mais precocemente e
com amplitude maior do que o compromisso inicialmente assumido. dessa
forma, os Conselhos superiores, quase sempre por unanimidade, consenso
ou aclamação, por um lado elaboraram um arcabouço normativo adequado
ao atual ciclo de transformação e, por outro lado, aprovaram mudanças
estruturais dele decorrentes. no primeiro caso, destacamos respectivamente
Plano diretor, estatuto, Regimento e resoluções ordenadoras do ensino
de graduação; no segundo, redefinição dos órgãos suplementares como
sistemas estruturantes e criação de novas unidades de ensino. neste aspecto,
registramos o Centro de Ciências ambientais e desenvolvimento sustentável
(ICads) no Campus Reitor edgard santos e o Instituto multiprofissional em
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