Table Of ContentYi-Tfuua n
Aruu:Ytan i,- Fu,
N.oCham5.0 4.7T58 �U(
!; oT 193U-
TTiOtlTm�lrjlllliill�l�lllllrif'"
19453 Ac7:9.7 2
BC HOP aLiOl!l6
Títulódo original:
Topophilai sa/:U dy eonfv ironmenta/
perceptiaotnt,i tuandde sv,al ues
......
sumano
© 1974b y Prentice-IHnacl.lE, n glewooCdl iffNse,w Jersey
© da traduçãDol: FEL I DifusãEod itoriS.aA l,
�
\
agradecimenxtio s,
CAPITULO UM
introduç1ã o,
1980
CAPITULO DOIS
traçocso munse m percçeãpo:o s·s entido6s ,
Direitroess ervadopsa ral íngupao rtuguesa:
,�!?l�� VisãoA.s mãose o sendtoi tdaot oA.u diçãoO.l fato.
Percebencdoom todoso s sentidoPser.c epçãeo a tividade.
Sede:
- -
Av,V iei.rd ae Carvalh4o0, 5.°a ndar CEP 01210 CAPITULO TRllS
SãoP aulo- SP -Tels,2:2 3-461e9 2 23-6923
estrutuer arse spostas psiccoolm6ugnisc1,a 5s
Flllai.s:
- -
Rua Marquêdse I tu7,9 CEP 01223 SãoP aulo- SP RacionalizaEçsãcoa.ld aa' p ercepçhãuom ana.S egmentação.
Te!.2:2 1-7725 - Oposiçõbeisn árias. Resdoel cuoçãnot radições.
Rua da Proclama-ç2ã2o6,- BonsucessCoE P 21040
Riod e Janeir-oR J Te!.2:70 -8088
v
Substâncias c esquemas cosmológicos. Patriotismo. Urbanização e atitude para com o campo.
O todo harmonioso, oposições binárias e esquemas cosmológicos. O selvagem.
Simbolismo e esquemas cosmológicos.
Psicologia espacial e simbolismo.
CAPITULO NOVE
meio ambiente e topofilia, 129
CAPITULO QUATRO
Meio ambiente e Eliseu. Os meios ambientes de atração permanente.
etnocentrismo, simetria e espaço, 34
O meio ambiente grego e a topofilia.
Etnoccntrismo. Paisagem e pintura da paisagem na Europa.
Etnoeentrismo e diagramas cósmicos entre povos analfabetos. O meio ambiente chinês e a topofilia.
Etnoccntrismo chinês. Os primeiros mapas gregos.
Mas T-O (orbis lerrarum). A Europa no centro do mundo.
CAPITULO DEZ
O centro do hemisfério continental. Exceções.
do cosmo à paisagem, 148
Cosmo estratificado. Natureza, paisagem e cenário.
CAPITULO CINCO
A transformação axial da visão européia do mundo.
mundos pessoais: diferenças e preferências individuais, 52
Comparação com as atitudes chinesas.
Individualidade fisiológica. Arquitetura e o jardim paisagístico: para a extensão
Temperamento, talento e atitudes. Sexo. Idade. espacial c a resposta visual.
Simbolismo e o sagrado: respostas pré-modernas.
Tempo cíclico e tempo linear.
CAPITULO SEIS
cultura, experiência e atitudes ambientais, 68
CAPITULO ONZE
Cultura e percepção. Papéis dos sexos e percepção. a cidàde ideal e os símbolos de transcendência, 172
Visitante e nativo.
Exploradores e povoadores na frente pioneira. Emergência da cidade ideal.
Índios e anglo-americanos no Novo México. Símbolos do cosmo e formas urbanas.
Mudanças na atitude ambiental: montanha. Brasília - uma cidade ideal moderna.
CAPITULO SETE CAPITULO DOZE
meio ambiente, percepção e visões do mundo, 86 ambiente físico e estilos de vida urbana, 199
Meio ambiente e percepção. Meios ambientes e estilos de vida. Ch'ang-an e Hang-chou.
Acuidade perceptiva e o desafio dos meios ambientes severos. Atenas e Roma. A cidade medieval.
Meio ambiente e visão do mundo. Cenas de ruas georgianas e vitorianas.
Meios ambientes de beira de rio, cosmologia e arquitetura. A cidade do automóvel: Los Angeles.
CAPITULO OITO CAPITULO TREZE
topofilia e meio ambiente, 106 cidades americanas; simbolismo, imagens, percepção, 222
Topofilia. Apreciação estética. Contato físico. Símbolos e metáforas. Símbolos urbanos específicos.
Saúde e topofilia. Familiaridade e afeição. Cognomes de cidades - promoção de imagem. lmaginabilidade.
vi vií
Imagem,e xperiênec ical asseO. b airruor bano.
A visãvoi stdae ·b aixoR.e capitulações.
CAPITULO QUATORZE
subúrbei coisd adneosv as:b usac dae m eioa mbien2t6e0 ,
I
Subúrbi-o "Além da muralha".
Subúrbi-o reaçãào cidadeO. crescimednotsos ubúrbios.
Aparênciea m udançan a aparência.
Valorees i deaissu burbanos.
Vilamso deloe cidadenso vas.
CAPITULQOU INZE
resumeo c onclu,s2 õ8e4s
Toda clencidae ves ere ruditmaa,s nem todae rudiçãpoo des err igorosa
mentec ientíficaA.s. l.e rrae incogdnai pleaer ifercioan têms olofsé rteis
" esperandpoa ras erc ultivadcoosm os instrumenet ocso m o espíridtaos
humanidades.
) JohllK irllanWdr ighl
A geografdioa mundo é unificada appeenlaals ó gicea visãoh umanas,
pelal uze cord os artificpieolso,a rranjdoe coratiev op,e lasi déiadse
bom,v erdadee ,b eleza.
DavidL owe/llhal
�
\
umanistqau.a ntificaod oqru.e v ocêq uize-r nuncaé erradooc ultaor
.. L própricoo nhecimenét oq;u ascs empree rradiog noraor d oso utros.
O.H . Spale
Uma das lembrançiansd elévedei sA s GuerrasG cílicaqsu,c liq uando
estavnao secundáréi oq,u e Césare stavsae mprei n mediasr es.N unca
maiso relpia rad escobrr sie de fatoe steer ao casom,a s com elee,s tamos
nosm ovcndop arao centrdoo assunto.
Clare/lJc.e G lackell
viii
agradecimentos
Reconhecer as colaborações intelectuais seria um grande prazer,
mas é um empreendimento difícil de realizar. As colaborações
intelectuais são infinitas e inumeráveis. Isto é especialmente certo
quando se tem coragem suficiente para escrever um livro que aspi
ra ser a síntese de uma ampla gama de tópicos díspares. Todavia,
desejo expressar minha gratidão profunda a quatro benéficas in
fluências, sem as quais Topofilia teria permanecido uma fantasia
pessoal: o ambiente de liberdade, mas de intensa pesquisa intelec
tual, em Berkeley, quando ali fui um estudante de pós-graduação
entre 1951 e 1956; o exemplo e encorajamento de John Brinckerhoff
Jackson; a beleza do Novo México; a estrutura liberal do Departa
mento de Geografia de Minnesota, que estimula seus docentes a
"desenvolverem" seus interesses reais, isto é, a serem professores
antes que "pessoas recurso" que acumulam informação nos aspec
tos geralmente aprovados da disciplina.
Desejo expressar minha gratidão à Fundação John Simon
Guggenheim por uma bolsa de estudo que me permitiu refletir
xi
CAPíTULUOM
sobraes a tituedems r elaçaãoom eioa mbienntaec ,a lmdao d eser
toa ustlriaano.
Esetndemonso ssoasg radecimeanotsos se guintaeust oree s
editores, pepremlias spãaor ac itaçõceusr taosu paráfradsee s
materijaálp ublicado: PRaoybneerp,to rT heW hite P(oTnhye
Jo hn Day CompanyI nc.1,49 7)C;o liTnu rnbualnld S imon & introdução
SchustIencr. p orT heF o�rePseto pl(e16 91;) T. G. H. Strehlow
porA randTar adit(iMono urneU niversPirteys s1,49 7;A sso
ciaçãdoo sG eógrafAoms�r icanopso,rM ana ndN atur(Ree srocue
Papenr. O1 ,0 1791)G;e orgeS teinaenrd R andomH ouseI nc.p or
TolstooryD osteovisk(y1 959H)a;r court BJroancaen oviIcnch.
porT o theL ighotuhs(e9 127)d,e VirginWioao lfT;h e Viking
PresIsn c.p orS top-t(i1m9e6 7d)e, F rankC onroyD;o ubleday
& CompanyI ncp.o rS evePni laorfsW isdo(m 1396)d,e T. E.
LawrencRea;n domH ouseI ncp.o rT heL evittown(e916r7s) d,e
HerberJt. G ans; Univeorfs Pietnyn sylvaPnrieas pso rC ulture
andE xperie(n91c55e) d,e I rvinHgal loweTlhle;M acmillCaonm
panyp orM anchiilndt heP romisLeadn d( 9165)d.e Claude
BrownY;a leU niversPirteysp so,rL ifient hAen cieRnotm e( 19)4,0
de Jé rômeC arcopinWoi;l liaSmt ringfealnldoH wo ltR,i nehart
and Winstonp oIrMn cy. P eopliest heE nemy( 1964H)a;rp er
andR ow,P ublirss,hp eorD arkG hett(o91 65)de,K ennetChl ark;
PrentiHcael lI ncp.o rC lasisnS uburb(i1a9 63d)e, Wi lliaMm.
DobrineKre;v inL yncha ndM . I.T .P respso rT heI magoef t he
Cit(y1 960).
Quaissã on ossaVsl sodeos m eioa mbienftíes icnaot,u rea lh uma
nizadoC?o mo o percebemeosst,r uturaem aovsa liamoQsu?a is
forame, q uaissã oo,s n ossoisd eaaism bientaCiosm?o a econo
miao, estidleov idea op rópraimob ienftíes iacfoe taams a titudes
e valoraemsb eintaisQ?u ais ossãl oa çoesn trmee ioa mbientee
visãdoo mundo?
Estassã oa lgumadsa sq uestõqeuse d esejeox ploraErl.a s
sãog eraimsa,s n ãot otalmeinntcel usivAa pso.l uiçaãmob eintal
e a ecologdioai,ts ó picdoes g rande imporet iânntceirae psasrea
o mundos,i tuamf-osreda o â mbitdoe stleir vo. Os temaas serem
aquia bordad-osp ercepção, aet viatluodre-ess p reparam-nos,
primeiramenat ceo,m preendneórs mesmos.S em a auto�com
preensãnoã op odemos esppeorrsa orl uçõdeusr adourpaasr ao s
problemaamsb ietnaiqsu e,f undamentnatlemse,ã op roblemhaus
manos. oEs proebmlash umanosq,u ers ejaemc onômicpoosl,í
ticoosu socisa,di ependedmo c entrposc iológidcaom otivaçdãoos,
valorees a titudqeuse d irigeamse nergipaasr ao so bjetivJ:.o s.
partdiar metaddea décaddae 1690,o impulsdoo movimento
1
xii
-
c, w�.. yre..oo..; t>' -a,aLÓ6-' #'\16-1 .:�-.l-r� � &:-,::l .
f'lh �v. N0 �-n:;>. fpco '"'-' ,"'1\ . ,.., c I
J.m --:"tl Vto� \; \JA.� "
ecológico-ambiental se uiu em duas dire 'ões. Uma é a a licada: plificação detalhada. Se fosse preciso fazer uma pesquisa geral
o que pode ser feito a propósito dos cortiços infestad e ratos sobre o assunto, gostaríamos de escolher das diferentes disciplinas
e das águas oluídas? A outra" é teorética e científica, a tentat,iva e fazer uma antologia. As antologias invadem o mercado quando
para cONPre�nper as forças com lexas que antêm o mundo na aparecem interesses novos e urgentes e não sabemos o que eles
turai. --u-enílma dessas abordagens se preocupa diretamente com são e para onde vão. As antologias exercem uma atração como o
'ã formação ae atifüdes e valores. Ambientes perigosos e af!l!.É�ntes "bufê de frios" e nos ameaça com indigestão se tivermos coragem
que são sUÍlclentert}�n.!�JlI.in.s l2.a}a_��Dlprometer a saúde reguerem suficiente para ler de um só fôlego. Idealmente, uma única pessoa
açao ImeCliata; as questões de atitudes e valores parecem irrele classificaria o material heterogêneo e apresentaria um ponto de vista
vate'S;-OcíeiltÍsta e o teórico, por seu lado, tencIêiTi"a" descuidar unificado. Considerando a pobreza de conceitos abrangentes, o
a
diversidade e a subjetividade humanas porque a tarefa de esta esforço é, quase certo, destinado ao fracasso. No entanto, vale a
belecer ligações do mundo não-humano já é enormemente con: pena fazê-lo, porque se não o fizermos não descobriremos a fra
plexa. Entretanto, numa visão mais ampla sabemos que as aÍl queza estrutural do campo. As correntes díspares do conhecimento,
tudes e crenças não podem ser excluídas nem mesmo da abordagem em uma mente capaz, conduzem, idealmente, a uma união frutí
prática, pois é prático reconhecer as paixões humanas em qualquer fera; no outro extremo, estas correntes somente podem ser unidas
cálculo ambiental; elas não podem ser excluídas da abordagem graças à arte do encadernador. Este ensaio, dentro do espectro de
teorética porque o homem é, de fato, o dominante ecológico e realizações fica, no melhor dos casos, quase como um ponto médio
o seu comportamento deve ser compreendido em profundidade, e entre a colagem e a visão integral. Confio que ele estimulará
não simplesmente mapeado. outros a fazê-lo melhor, senão por suas qualidades, por suas
Atualmente não existe uma pesquisa geral das atitudes e fraquezas evidentes.
valores ambientais. Os estudos que conheço são muito especiali Nenhum conceito abrangente guia o meu esforço. O melhor
zados e de extensões limitadas. Como as pesquisas no campo fo que posso fazer é estruturar o tema da topofiHa com um conjunto
ram realizadas com diferentes finalidades, os trabalhos resultantes limitado de conceitos. Tentei o seguinte: (1) examinar a percepção
são altamente heterogêneos, no conteúdo e na apresentação. Podem e os valores ambientais em diferentes níveis: as espécies, o grupo
ser agrupados em cinco. tipos princi ais: 1 Como os seres e o indivíduo; (2) manter cultura e meio ambiente, topofiHa e
humanos, �eral, J�erce em e estruturam o seu mun1.2 São meio ambiente, tão distintos a fim de mostrar como eles mutua
procurados traços humanos universais; (2) Percepção e atitude mente contribuem para a formação de valores; (3) introduzir o
ambientjl.i�U�,Qmo ..u mª-ºim�I).são c 1 QU da interação entre conceito de mudança, com um esquema do deslocamento da visão
ctiítura e meio ambiente .. Pessoas analfabetas e comunidades pe medieval européia do mundo para um modelo científico, e o que
quenas são examinadas em algum detalhe e numa abordagem holís isso significou para as atitudes ambientais; (4) examinar a idéia
tica; (3) Tentativas R.,.anLÍ.nlerir atihlde_s e valores ambientais com da busca do meio ambiente na cidade, no subúrbio, no campo e
o auxílio de pesquisas, questionários e testes psicológicos; (4) MI:I o selvagem, de uma perspectiva dialética; (5) distinguir tipos dife
danças na avaliação ambiental como arte !:. :wn...es. a história rentes de experiências ambientais e descrever as suas caracterís
das idéias ou da históna a cultura; (5) O significadQ.. e a historia ticas.
de ambientes como a cidade, .o subúrbio, o campo e o selvagem. Os métodos de pesquisa não são apresentados. As discussões
:f: desnorteadora a disparidade em objetivo, meto o, pressupo técnicas sobre os procedimentos aparecem na maioria das publi
sições filosóficas e em escala - temporal e espacial. Qual pode cações sobre meio ambiente e comportamento. Como cientistas
ser a base comum entre uma análise detalhada do comportamento, sociais temos muitas habilidades, mas os problemas cruciais (dife
nas compras, das donas de casa em Ames, Iowa, e uma grand� pes rentes dos socialmente urgentes) geralmente nos escapam, porque
quisa da doutrina cristã da natureza? Ou entre o estudo do SImbo não dispomos de conceitos sofisticados para enquadrá-los. Nas
lismo da cor como um traco universal e a história da pintura de ciências físicas, até as leis simples podem desafiar o senso comum.
paisagens? Uma resposta p�ssível é que de algum modo todos eles Nas ciências sociais, O senso comum é repetidas vezes confirmado
se referem à maneira pela qual os seres humanos respondem ao com muita formalidade profissional. Os meios utilizados para atin
seu ambiente físico - a percepção que dele têm e o valor que
gir os resultados geralmente são mais impressionantes do que os
nele colocam. A resposta soa insatisfatória porque lhe falta exem-
próprios resultados. Não obstante, os resultados sistematizados
2
3
ssãeoni sncooe msutmie m,áa pvloegriuqsmu afeso rnevdceeezsmepa srf,e iceaI mdsà easr0p r ruebsausmmu ap soismIdpçE>lo eess éo up uamr csiiasltmeepdmneeats cesr oeaenlmç, ga ars pa;an ldpaeav rsr.tasl e oscti.eIaE mlmlp.a.al é I ucqmauae aa tsia tt�uI d
opiniã1 o. tudees crençase stãeos truturapdoarsm ,a isa rbitrárias que as
Uma pesquidsea v anguardeas,p ecialmdeonstg ee ógraféo s, ligaçõpeoss sapma recesro,bu map erspectiimvpae sso(aolb j�eat).i4
Topo/éio l eilaoa fetievnot rae pessoa e oou almubgIaern te
a resposhtuam anaa osa zarensa tura2i Esv.e ntualmeensttete,i po
físicDoi.f uscoo moc onceivtíov,i deo c oncrectoom oe xperiência
det rabalnhoosf ornececroimap reensbãáos icdaec omoa sp essoas
pessoaal t,o pofiél iaot ema persidsetsetnleti ev ro.
reageàms i ncertedzuarsa notsee ventnoast uraEisst.te r abalchoon
tribpuair aa psicoogliaam bientea plo ssuiim plicaçiõmepso rtantes
parao planejnatmoe.C om pesaorm,i tois r esultaddaosps e squisas
sobraez arepso,r éme lensã ot êmr elaçõdeisr etcaosm a topofilia.
Poru ma razãsoi miladro ,c apítudlooz ea o quatorzaebo,r dedie
modom uitloi geiorsom eioasm bientdeest eriorpaodroqsu ae m i
jpat
nhap reocupaçpãroi nc é com a formaçãeo an aturedzaas
atitudee vsa lorpeoss itivos.
Percepçãaot,i tudvea,l oer visãdoo mundo,e stãeon traes
palavrcahsa vedso presenttrea balohsos ;e uss ignificsaesd uopse r
põem.O sentiddeo c adat ermot ornar-cslea-ráeo m seup róprio
contextAoq.u ie stãaol gumadse finiçpõreesl iminaPreesr.c epção
é tantao resposdtoas s entidaooss e stímuleoxst erncoosm,o a
atividpardoep osintaa qlu,a lc ertofse nômensoãso c laramernete
gistradeonsq,u antoou trorse trocedpeamr aa sombroau sãob lo
queadosM.u itod o quep ercebemtoesm v alopra ran ós,p araa
sobrevivêbnicoilaó giec paa,r ap ropiciaalrg umassa tisfaqçuõee s
estãeon raizandaac su lutra.A tituép drei mariameunmtae p ostura
culturuamla, poisçãoq ues et omaf rentaeo mundo.E lat em
maioers tabiliddoa qduee a percepçeã oéf ormaddae u ma longa
sucessdãeo p ercepçõiesst,éo , d e experiêncAisa csr.i ançpaesr
cebemm as nãot êm atitudbeesm formadaasl,é md asq uel he
sãod adas pbeiloal ogAisa .a titudiemsp licaemx periêne cuimaa
certa firdmee iznat erees svea lor.A's criançvaisv em em um
meioa mbienteel;a tsê ma penausm mundeo nãou ma visãdoo
mundo.A visãdoom undéo a experiênccoinac eitua.l.iE zlaad a
1 Parau ma revisão redcoesnp treo blemnaas pesquissoab rae percep
çãoa mbientavle,rD avidL owentha"lR,e searicnhE nvironmenPtearlc ep
tiona nd Behavior: Perspoenc Ctuirvreesn Ptr oblemsE.n"v ironmeanntd
Behavio4r (,n .3o) ,s etembrdoe L972p,p .3 33-342.
2 Por exemploK,e nnethH ewitet IanB urtonT,h e Hazardneosfs a
PlaceA: Regional EcoolfoD gaym aginEgv enlsU.n iversiddaed Teo ronto,
Departameonft Geography, ResPeuabrlcihc atino.n"6 (1971)v;e.r a
bibliogrpaafriaao utroess tudosso breaz areasm bientais.
3 Myra R. Schif"fS,o met heoretiacsaple ctosf altituadneds percep
tion"N.a turaHla zardR esearcUhn,i versiddaed Teo rontoW,o rkingP aper
n: 15( 1970)A. t raduçãeom língupao rtuguefsoaip ublicaedma Boletim 4 W. T. Jon<!s",W orlVdi ews:Th eirN aturea nd TheirF unction".
de GeografTieao réti3c,an ,. "6 ,1 973p,p .4 7 a 61. CurrenAtn thropolong.y"1, 3 ,n ."L ,( Fevere1i9r7o2 )7,9 - L09.
4 5
l
pa
CAPíTUW DOIS ginariamente entrar na vida do seu cão: os órgãos dos sentidos
dos caninos divergem muito dos nossos e isso impede que pos
samos nos transportar para o mundo dos cheiros, sons e visões
dos cães. Mas com boa vontade uma pessoa poderá entrar no
mundo de outra, apesar das diferenças de idade, temperamento e
cultura. Neste capítulo, destacarei como os sentidos humanos
traços comuns diferem, em amplitude e acuidade, dos de alguns outros animais,
e a seguir delinearei a unicidade do mundo humano, na medida
em que ela procede do equipamento perceptual do homem.
em
Visão
'0 ser humano tem outras maneiras para responder ao mundo
percepção.'
além dos cinco sentidos da visão, audição, olfato, paladar e tato,
por nós conhecidos desde os tempos de Aristóteles. Por exemplo,
algumas pessoas são extremamente sensíveis às mudanças sutis
os sentidos
na umidade e na pressão atmosférica; outras parecem ser dotadas
de um extraordinário sentido de direção, embora se tenha questio
nado o caráter inato desta faculdade. Dos cinco sentidos tradi
cionais, o homem depende mais conscientemente da visão do que
dos demais sentidos para progredir no mundo. Ele é predominan
temente um animal visual. Um mundo mais amplo se lhe abre e
muito mais informação, que é espacialmente detalhada e específica,
chega até ele através dos olhos, do que através dos sistemas
sensoriais da audição, olfato, paladar e tato. A maioria das pes
soas, provavelmente considera a visão como sua faculdade mais
A superfície da terra é extremamente variada. Mesmo um conhe
valiosa e preferiria perder uma perna ou tornar-se surda ou muda
cimento casual com sua geografia física e a abundância de formas
de vida, muito nos dizem. Mas são mais variadas as maneiras a sacrificar a visão.
como as pessoas percebem e avaliam essa superfície. Duas pes A visão humana, como a de outros primatas, evoluiu em .um
soas não vêem a mesma realidade. Nem dois grupos sociais fazem meio ambiente arbóreo. No mundo denso e complexo de uma
exatamente a mesma avaliação do meio ambiente. A própria visão floresta tropical, ver bem é mais importante do que desenvolver
científica está ligada à cultura - uma possível perspectiva entre um sentido agudo do olfato. Durante o longo trajeto da evolução,
muitas. À medida que prosseguirmos neste estudo, a abundância os membros da linha primata adquiriram olhos grandes, enquanto
desnorteadora de perspectivas, nos níveis tanto individual como o nariz encolheu para permitir aos olhos uma visão desimpedida.
de grupo, torna-se cada vez mais evidente; e corremos o risco de Dbs mamíferos, só o homem e alguns primatas desfrutam de visão
não notar o fato de que, por mais diversas que sejam às nossas colorida. Para o touro, a bandeira vermelha é preta. Os cavalos
percepções do meio ambiente, como membros da mesma espécie, vivem em um rriundo m'onocrômico. A luz visível aos olhos huma
estamos limitados a ver as coisas de uma certa maneira. Todos nos, no entanto, ocupa somente uma faixa muito estreita na tota
os seres humanos compartilham percepções comuns, um mundo lidade do espectro eletromagnético. Os raios ultravioletas são invi
comum, em virtude de possuirem órgãos similares. A unicidade da síveis ao homem, embora as formigas e as abelhas melíferas sejam .
. perspectiva humana tornar-se-á evidente quando pararmos para sensíveis a eles. O homem não possui percepção direta dos raios
indagar como a realidade humana deve diferir da dos outros ani infra-vermelhos, ao contrário da cascavel que tem receptores sin
mais. Ao contrário do que pareceria, uma pessoa não pode ima- tonizados em comprimentos· de onda maiores· que 0,7 microns.
6 7
o mundoa pareceersitar anhamente sdeio fseo rlehnohtsue m anos comou ma coleçãdoe coiss,am aisd o ques implesmecnotmeo
fossesme nsívàe riasd iaçiãnof ra-vermPeolrhc ao.n seguienmt e, um padrãoP.a raa dquirir haebisltiad aod ed,e senvolvimdaesn to
lugadra e scuriddaãn oo itsee,r íamcoasp azdees n osm overf acil mãosf,o rtee hsá beiés q,u asteã oi mportaqnutaen tao e voluçdãao
mentee m um mundos ems ombrsa,o ndeo so bjetborsi lhariam visãtor idimensiOosn saílm.i omsa,c acoes oh omemp rovavel
com grauvsa riaddoes i ntenasdied.D e fatoo,s o lhohsu manos mentes ãoo sú nicoasn imaai sm anuseaarsc oisaasp,a nhá-el as
sãon otávediiss ceirdonrdeass g radaçõdeesc orse.A senbsiilidade examiná-dleat so dooss l adosA.s patassã om uitmoe nose ficazes
cromátidcaa v isãhou manan ormaols tenutma graud e precisão do quea sm ãose, entraes m ãosd osp rimataassd ,o s erh umano
quer aramenét eu ltrapasnsaa dae spectrofotometria.1 combinafmo rçcao m precisiãnoc ompará3 vel.
'
O homemp ossuvii sãeos tereoscóOpsi coal.h ohsu manos Tatoo, senthiádpot icdoe, f atfoo rencea oss erehsu manos
estãloo claizadnoasf rentuem,a posiqçuãelo i miot ac ampov isual. uma grandqeu antidaddee i nformaçsõoebsr oe mundoN.ã o é
I J
Pore xemplaoo, c ontrádroi coo elhoo ,h omemn ãop odev ero precinseon humhaa bilideasdepec iapla rau map essosae ntai dri fe
i
quee stá a��trs áusac abeçmaa,s a vantagdeemt ero lhofsr ontais rençean truem pedaçdoe vidrloi seo outrloa pidacdoom ra
1/6.400
é quee lefso r9cemu ma duplgaa rantdieai nfoarçmãoa: visão nhuradse dec entímedter por ofundidaCdoem. o so lhos
bionculaaru xi,,loi hao mema vera sc oisnaist idamecnomtoec orpos vendadeo cso mo so uvidtoasp adpoasr ar emovesri naaiusd itivos,
trideinmsionaEisst.éa umah abilidiandaet naa,m edidqau eu ma um homemp oden,o e ntantroe,c onheacsed ri fereneçnatsrp el ás
crianlçoag aop rendae c onsiderreafree nrciisac,o moa perspectiva ticom,e tal,p apelo,u madeirbaa,t endloe vemenat es uperfície
lineea r ap aralapxaer,pa e rcebae fro rmrae donddaaf acheu ma com uma unhad o ded.o A prátimceal horaa s ensiilbidadOe .
na.O s bebêcso m oitsoe manadse idadseã om aisc apazedse medidoprr ofissidoen easlp esrsa eum casatsê xtepiosd ea valiar
discrimpirnoafru ndidea odrei entacçoãnois,d eranod toa manheo diferensçuatsin sa q ualidaddoest ecidcoosm, p recissãuor preen
a constândcai fao rma,s ãeom elhorneas r ealizapçeãrof eidtoa , denteN.e m é mesmo necessároiso s euussda erd osp;a ssando
queu m empiritsetraip ar evis2 tOo .t empoe ea xperiênecnitar,e umav arsao broe t eciéd o os uficie"n te.
tantsoã,o n eceásrsiopsa rao desenvolvipmleenntdooa v isãtor idi
A naturfeuzdnaa mentdaol sentiddoo tatno os' éd emons
mensionEaslt.a motsã oa costumaad ovse ra sc oiseams sucessão
tradqau androe fletiqmuoeus m a pessosae ma visãpoo dea inda
e om undoe m prfouniddadqeu eé surpreendseabnetrqe u em uitos
atuanro mundoc, om bastanetfei cciiêanm,a ss emo sentiddoo
artifídceivoesms era prendidPoess.s ocaesg adse n ascendçeav,i do
tatéo duvidoqsuoe p osssao brevivEesrt.a mosse mpr"ee mc on
à cataractoan gênie tqau em aist ardaet,r avdées u ma operação,
tat.o "Pore xemplnoe,s tmeo mentpoo demoess tasre ntiad por es
recuperaraa vmi sãtoê,m d ificulddaed ree conheocse ro bjetos
sãod ac adeicroan trnao ssacso stea s ap ressdãool ápiesm nossa
e maisa inddae,v ê-ltorsi dimennaslimoentEel.a tsê mq uea prender
a significdâan dciitsar ibuidçaãl ou ze da sombrnao r econheci mão.O tatéo ae xperiêndciirae dtaa resistêan ceixap,e riência
mentod oss ólidocsu,r vaes r elevo. diredtoa mundoc omou m sismt"ea der eisstêncei daes p ressões
quen osp erusademd ae xistêndcei uam a realidianddee pendente
de nossa imagiVnearçn ããoo.é ainda acrepdoirti asrs:o Cristo
As mãose os entiddoo t ato
seo ferecpeaur as ert ocadpoe laop óstoilncor édulAo i.m portância
Os primatsaãso m aisc apazdees d istindgeutiarl heesst áticos dot atpoa rao conhecimeén stuog eripdeal ae xpressiãdoio mática
do queo so utromsa míferoSse.u a limneton,a f loresetma g,e ral
ingletsoa k eepi nt oucho u tob e outo f touchu,s adnaã os o
nãos em oved, em odoq uep arae leés maisi mportapnetrec eber mentee m relaçãàos p essomaass t ambéma osc ampodsa apren
objetcoosm of ruots,s ementee bsr otopso rs uaf ormac,o re tex
dziagem.
turad,o quep ors eudsi minutmoosv imnetosC.o moo ss erehsu
manoso,s m acacoes s ímiopsr ovavelmveênetmeo meioa mbiente
" BcrnCaarmdp bcllH,u man EvoluliunA:n Inlroducriloon M an's
1 Committeoen C olorimeTther Syc,i enc0e1 Colar( Washington, D.C.: Adaplalio(nCshi caog: Aldinc-Ath1c9r6t6o)pn,p ,. 1 61-62.
OpticaSlo cietoyf A merica, 19p6.26 1)9,. .JL orusJ .M ilncc MargcryM ilncT,h eS enseosf Animaisa nd Men
2 T.G .R .B ower",T hcV isuaWlo rldo fI nfantSsc,i"e nliAfmiecr ican, (NovaY ork:A thcncum1,9 62)p,p .1 8-20O;w cn LowcnsteiTnh,e Senses
215,n ."6 (19669)0,. (BaltimoPr"cn:g uin(,9 66).
8 9
Description:O autor, através desta obra, procurou explorar algumas questões sobre o tema "meio ambiente", tais como: quais são nossas visões do meio ambiente físico, natural e humanizado? Como o percebemos, estruturamos e avaliamos? Quais foram, e quais são, os nossos ideais ambientais? Como a economia, o