Table Of ContentDesign for sustainability: The engineering of a new living
landscape
Design para a sustentabilidade: O engenho de um novo modo
de vida na paisagem doméstica
II
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto . FEUP
Instituto de Engenharia Mecânica do Porto. IDMEC
Design for Sustainability: The engineering of a new living landscape
Design para a sustentabilidade: O engenho de um novo modo de vida na paisagem doméstica
Project: ‘Nest’ - Natural | Nano Energy System Technology
Por Carlos Sousa Casimiro da Costa [ccc]
Tese apresentada à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto para cumprimento dos
requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor no âmbito do Programa Doutoral em
Engenharia Industrial e Gestão.
Orientação científica
Professor Catedrático António Augusto Fernandes do Departamento de Engenharia Mecânica
da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Professor Doutor Henrique Jorge Fabião da Universidade Lusíada do Porto
III
Porto, junho de 2012
Esta investigação foi financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia no Instituto de Engenharia
Mecânica da Faculdade de Engenharia do Porto.
Copyright © by Carlos Sousa Casimiro da Costa. All rights reserved. No part of this publication may be reproduced, stored in a retrieval system,
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IV
Agradecimentos
de orientação:
Prof. Catedrático. António Augusto Fernandes
Prof. Doutor Henrique Fabião
Prof. Doutor Sacha Silvester
de princípio:
Prof. Guido Giangregorio
Prof. Gil Maia
Profs. Prudência Coimbra e Jorge Coimbra
João Duque
Rui Leal
José Manuel Moreira
de projeto:
Prof.ª Doutora Albertina Medeiros
Prof. Doutor Renato Natal
David Marques
Sónia Vieira
Carla Amaral
Manuel Domingues
Peter Moon
Miguel Teixeira Pinto
Diogo Teixeira Pinto
Mariana Banea
Eduardo
de suporte:
Faculdade de Engenheira do Porto (FEUP)
Universidade Lusíada do Porto (ULP)
Delft University of Technology (TUDelft)
Instituto de Engenharia Mecânica – Pólo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (IDMEC)
Instituto Politécnico de Bragança (IPB)
Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESACT)
Escola Superior de Educação de Bragança (ESEB)
Instituto Politécnico do Porto (IPP)
Escola Superior de Educação do Porto (ESEP)
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)
de processo:
à Júlia, Sandra, Zélia, Maria de Lourdes, Sónia …
aos estudas
a todos os alunos com quem tive oportunidade de trabalhar e de desenvolver projetos
de confluência:
a todos meus amigos que tiveram sempre a habilidade de me dar força e incentivo
V
de percursos:
a todos os professores que apontaram os caminhos, no entanto existem professores que continuam a ter um lugar
especial específico com o percurso hoje apresentado: Rosa Alice Branco, António Fernando, Paulo Parra, Professor
Antonino, Zé Mário, Branca (…)
de desafio:
aos colegas da Escola Superior de de Design de Matosinhos, Patrícia, Rute e Xana, e do mestrado, sobretudo
aqueles com quem tive oportunidade de me auto desafiar com as suas significâncias, inerências, irreverências e
constante esfervilhar da imaturidade
de afluência:
a todos os meus colegas do ensino que foram partilhando as suas opiniões ao longo destes anos e que de uma
forma ou de outra me fizeram desenvolver com as suas expêriencias, conversas e crescimento
de música:
Sigur Rós, Radiohead, Ennio Morricone, Smiths, Echo and Bunny Men, Siouxie and Banches, Bjork, Portishead,
Omara Portuondo, Bach, Mozart, Bowie, Madredeus, Rodrigo Leão, Dead Combo, Goran Bregovic, Joy Division,
Cure, Michael Nyman, Compay Segundo, Astor Piazzolla, Lamb, Placebo, Philip Glass, Anthony and the Johnsons,
The Velvet Underground, Humanos, Clã, Massive Atack, Thievery Corporation, Under Byen, Bliss, Amália Rodrigues,
Cristina Branco, Camané, Nina Simone, Etta James, Zbigniew Preisner…
de resistência
existem sempre ‘Calhaus’ nas nossas vidas, mas existe um em especial que se fixa no tempo e na amizade…
de quadrado
a Gi, Beto, Teresa, Isabel, Sr. Victor…
em pontos
ao Ricardo Gonçalves e à Sara Botelho
de família
aos Sousas, aos Casimiros da Costa e aos
Lourenços pelas raízes, por apreço e trilhos que me souberam transmitir…
de manos
Pata Costa
de origem
Joia e Armando Casimiro da Costa
de paciência, incentivo e disponibilidade
Graciete Lourenço
de perpetuum continuum ‘path’
aos meus filhos pedras de sal (Carlos e Pedro), que me indicaram que havia outra significância para caminhar…
para a Jacinta
que me explicou tudo para mim…
VI
Palavras chave
Sustentabilidade, energia solar, paisagem doméstica, autossuficiência
energética, design, desmaterialização, solar roller-blind
Resumo
Natural | Nano Energy System Technology - ‘Nest’ - como projeto de design
tem como objetivo uma interpretação meticulosa dos vários projetos de
design da exposição Italy: The New Domestic Landscape de 1972, no MOMA
em Nova Iorque. Esta exposição e a sua aproximação radical de pensamento
oferecem-nos uma orientação que desenvolve com engenho os mecanismos e
as perspetivas dos ‘novos’ paradigmas ecológicos, confrontando o sistema
estabelecido. Ao propor ‘novos’ mecanismos e ‘novas’ visões e sistemas para
viver, a abordagem do Design tenta recuperar esses sintomas perdidos no
tempo, propondo sistemas adaptáveis e significâncias que exprimem a
sustentabilidade desejável, construindo um pensamento no âmbito do
paradigma social sob a urgência da torção duma cultura de valores. A
engenharia estrutural do cenário criado dá ênfase a uma forma posterior com
um significado histórico comum, mas que agora é assemblado com métodos
específicos e incorporado com nanotecnologia. O projeto desenvolve-se com o
recurso a um objeto sombra (estore vertical de rolo) impregnado de células
fotovoltaicas, que induzem no espectro do habitar uma nova morfologia de
adaptabilidade e autossuficiência energética. A sua conceção dá ênfase à
exploração de ‘novos’ cenários onde a personificação física será cada vez mais
transformada em rituais da visualidade constante com incremento da
usabilidade de interfaces, vivendo sob novas orientações de produção e
consumo: energia, imagens, sons e as interações entre estes. Estes cenários
desmaterializados induzem à construção de um novo ‘conhecimento’ e ‘bem-
estar’, criados pela presença constante de comunicação artificial | virtual
versus a intangibilidade das coisas, pessoas e matéria.
VII
keywords
Sustainability, solar energy, domestic landscape, self-sufficiency, design,
dematerialization, solar roller-blind
Abstract
Natural | Nano Energy System Technology - 'Nest' - as a design project is aimed
at a careful interpretation of the various design projects from the exhibition
Italy: The New Domestic Landscape, 1972, at the MOMA in New York. This
exhibition and its radical approach of thinking offer us an orientation that
develops with ingenuity mechanisms and prospects of the 'new' ecological
paradigms confronting the established system. Proposing ‘new’ mechanisms
and ‘new’ visions for living systems, design approach, tries to recover these
time lost symptoms, suggesting adaptive engagements and significance which
express the actual desired sustainability. The dwelling praxis of living is the
social habitus paradigm which is under the urgency of a ‘new’ culture value.
‘Nest’ besides is classical shape creates and emphasizes a scenario where this
common historical significance form is embedded with new high-
nanotechnology. This project is based in a conventional use of a shading object
(a vertical roller-blind) impregnated with photovoltaic cells, which induce the
spectrum of dwelling in a new morphology of adaptability and energetic self-
sufficiency. The concept, emphasizes the use of 'new' scenarios where the
physical embodiment will increase and transform rituals of constant ‘visuality’,
energy, images, sounds and interactions in between. These dematerialized
scenarios induce the construction of a ‘new’ knowledge and well-being
supported by a constant artificial communication and the virtual ‘holiness’ of
things, people and matter.
VIII
Índice
Agradecimentos ....................................................................................................................................................................... V
Palavras chave........................................................................................................................................................................ VII
Resumo .................................................................................................................................................................................. VII
keywords .............................................................................................................................................................................. VIII
Abstract ................................................................................................................................................................................ VIII
Índice ...................................................................................................................................................................................... IX
Índice de figuras ..................................................................................................................................................................... XII
Índice de tabelas ................................................................................................................................................................... XVI
Índice de gráficos .................................................................................................................................................................. XVI
Lista de acrónimos e siglas ..................................................................................................................................................... XVI
1. Introdução ...................................................................................................................................................................... 1
2. Design............................................................................................................................................................................. 6
Bibliografia do Capítulo .......................................................................................................................................................... 15
3. Design e a indústria ....................................................................................................................................................... 17
Bibliografia do Capítulo .......................................................................................................................................................... 25
4. Metodologias ................................................................................................................................................................ 27
Bibliografia do Capítulo .......................................................................................................................................................... 39
5. Criatividade. Entre a Casualidade, o caos e a ordem ....................................................................................................... 40
5.1. Criatividade. Contextualização teórica ..................................................................................................................... 42
5.2. Criatividade. O sintoma da portugalidade ................................................................................................................ 45
5.3. Criatividade e o design numa perspetiva particular e generalista .............................................................................. 47
5.4. Criatividade e projeto. Visão integral como processo................................................................................................ 48
5.5. Criatividade. IDEMI 09 ............................................................................................................................................ 50
Bibliografia do Capítulo .......................................................................................................................................................... 63
6. A sustentabilidade como caminho ................................................................................................................................. 66
6.1. A Consubstancia histórica na afluência do design entre os caminhos do desenvolvimento sustentável. ..................... 69
6.1.1. Larghissimo. Introdução. ......................................................................................................................................... 69
6.1.2. Adagio .................................................................................................................................................................... 70
6.1.3. Andante .................................................................................................................................................................. 71
6.1.4. Moderato ................................................................................................................................................................ 72
6.1.5. Gravíssimo. Rewind o caminho ................................................................................................................................ 73
6.1.6. Caminho Atualidade ................................................................................................................................................ 79
6.1.7. Alegro ma non tropo. Conclusão .............................................................................................................................. 82
Bibliografia do capítulo ........................................................................................................................................................... 86
7. No suprises ................................................................................................................................................................... 89
7.1. Integração eletrónica .............................................................................................................................................. 96
7.2. Redimensionar ........................................................................................................................................................ 98
7.3. Obsoleto, obsoletismo da tecnologia ..................................................................................................................... 102
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 107
8. Projeto ‘Nest’ .............................................................................................................................................................. 109
8.1. Da narrativa do projeto para o metaprojeto. .......................................................................................................... 114
8.2. A gramática do projeto produtivo e o possível desenlace da sua desmultiplicação .................................................. 116
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 118
9. ‘Nesting’ ..................................................................................................................................................................... 119
9.1. Descrição do estudo .............................................................................................................................................. 123
9.2. Questões levantadas ............................................................................................................................................. 124
9.3. Investigação .......................................................................................................................................................... 124
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 125
9.4. Analogias, conceitos e metáforas ........................................................................................................................... 126
9.4.1. ‘Nest’ habitar ........................................................................................................................................................ 131
9.4.1.1. O ‘ninho’ .......................................................................................................................................................... 134
9.4.1.2. O ‘estuda’ ........................................................................................................................................................ 134
9.4.1.3. O ‘habitar’ ........................................................................................................................................................ 135
9.4.1.4. As ‘distâncias’................................................................................................................................................... 135
9.4.1.5. Da linguagem social para um ambiente flexível ................................................................................................. 136
9.4.1.6. Projeto ‘Casa-estuda’. A casa em cartão enquanto projeto ................................................................................ 137
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 149
9.4.2. Distâncias: de Ichigo Ichie para o silêncio de uma ‘Grace Perception’ ...................................................................... 150
9.4.2.1. Na procura do silêncio ...................................................................................................................................... 158
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 164
9.4.3. Migrar de ready-made para already-designed ........................................................................................................ 165
IX
9.4.3.1. Projeto pré-formas ........................................................................................................................................... 173
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 182
9.4.4. (I) Mobilidade........................................................................................................................................................ 183
9.4.4.1. Da transferência para ideia de mobilidade. Mobilidade entre contextos ............................................................ 193
9.4.4.2. Bens, matérias e pessoas .................................................................................................................................. 198
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 202
9.4.5. ‘Nest’ Mother ........................................................................................................................................................ 204
9.4.5.1. Conflitos e lógicas dum human behavior no Design Radical ............................................................................... 210
9.4.5.2. Mãe, mulher e mimese em 1900....................................................................................................................... 212
9.4.5.3. A família ao centro. Projeto ‘Mamiforme’ ......................................................................................................... 217
9.4.5.4. ‘Famelga’ ao centro: do fogo para o rádio, da televisão para o iPhone, das próteses eletrónicas para ‘Nest’ ....... 221
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 227
9.4.6. Sobre a margem .................................................................................................................................................... 228
Bibliografia do Capítulo ........................................................................................................................................................ 241
9.4.7. Reuse como forma de resistência moral ................................................................................................................. 242
9.4.7.1. Os Objects réinventés e a Droog Design............................................................................................................. 249
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 260
9.4.8. Punk ..................................................................................................................................................................... 261
9.4.8.1. A metáfora sobre um momento vadio............................................................................................................... 265
9.4.8.2. Não-linearidade e imprevisibilidade. Do ato marginal para um mainstream ....................................................... 266
9.4.8.3. From crash to hope........................................................................................................................................... 269
9.4.8.4. Afluências em Punk .......................................................................................................................................... 274
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 277
9.4.9. ‘Nest’ e a sombra .................................................................................................................................................. 278
9.4.9.1. Corpo, casa e a sombra em caminho ................................................................................................................. 288
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 292
9.4.10. ‘Nest’ e o Sol Proximal ‘Himalaya’ ..................................................................................................................... 293
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 303
9.4.11. ‘Nest’. Desmaterializar ..................................................................................................................................... 304
9.4.11.1. A paisagem doméstica e os seus limites - ‘Nest’ ................................................................................................ 309
9.4.11.2. Inserção em projeto – ‘Nest’ ............................................................................................................................. 313
9.4.11.3. Inserção em problema – ‘Nest’ ......................................................................................................................... 313
9.4.11.4. Inserção de interrogação – ‘Nest’ ...................................................................................................................... 316
9.4.11.5. Sintomas sobre estilos de vida .......................................................................................................................... 316
9.4.11.6. Como criar afetos e relações em objetos transparentes, inócuos e imateriais? ................................................... 319
9.4.11.7. Indícios de distância e construção de significado ............................................................................................... 319
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 321
9.5. ‘Nest’. Behind letters ............................................................................................................................................. 323
9.6. ‘Nest’. Descrição do projeto ................................................................................................................................... 327
9.6.1. Funções ................................................................................................................................................................ 336
9.6.2. Constituição do projeto ......................................................................................................................................... 337
9.6.2.1. Componente A ................................................................................................................................................. 337
9.6.2.2. Componente B ................................................................................................................................................. 338
9.6.2.3. Componente C ................................................................................................................................................. 340
9.6.2.4. Componente D ................................................................................................................................................. 341
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 356
9.6.3. ‘Nest’. Des[Enrolar] .............................................................................................................................................. 357
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 366
9.6.4. ‘Nest’. Armazenar.................................................................................................................................................. 367
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 371
9.6.5. ‘Nest’. Como padronizar a complexidade ............................................................................................................... 372
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 376
9.6.6. ‘Nest’. Montagem e adaptabilidade ....................................................................................................................... 377
9.6.6.1. Características associadas, possíveis normalizações e adequação do sistema de enrolar .................................... 378
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 379
9.6.7. ‘Nest’. Cenários de uma geometria solar ................................................................................................................ 380
9.6.7.1. Posicionamento, afetação e performance ......................................................................................................... 383
9.6.8. ‘Nest’. Perspetivas de mercado e de projeto .......................................................................................................... 386
9.6.8.1. Desmaterialização e imaterialidade .................................................................................................................. 387
9.6.8.2. Democratização de tecnologias ........................................................................................................................ 387
9.6.8.3. Mobilidade de pessoas e matérias .................................................................................................................... 387
9.6.8.4. Consumidor e produtor .................................................................................................................................... 388
9.6.8.5. Consumidor e responsabilidade ........................................................................................................................ 388
Bibliografia do capítulo ......................................................................................................................................................... 389
10. ‘Nest’. Reflexões e conclusões ............................................................................................................................... 390
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