Table Of ContentTemas de Filosofia Política
Contemporânea
Comitê Científico da Série Filosofia e Interdisciplinaridade:
1. Agnaldo Cuoco Portugal, UNB, Brasil
2. Alexandre Franco Sá, Universidade de Coimbra, Portugal
3. Christian Iber, Alemanha
4. Claudio Goncalves de Almeida, PUCRS, Brasil
5. Danilo Marcondes Souza Filho, PUCRJ, Brasil
6. Danilo Vaz C. R. M. Costa (UNICAP)
7. Delamar José Volpato Dutra, UFSC, Brasil
8. Draiton Gonzaga de Souza, PUCRS, Brasil
9. Eduardo Luft, PUCRS, Brasil
10. Ernildo Jacob Stein, PUCRS, Brasil
11. Felipe de Matos Muller, PUCRS, Brasil
12. Jean-Fraçois Kervégan, Université Paris I, França
13. João F. Hobuss, UFPEL, Brasil
14. José Pinheiro Pertille, UFRGS, Brasil
15. Karl Heinz Efken, UNICAP/PE, Brasil
16. Konrad Utz, UFC, Brasil
17. Lauro Valentim Stoll Nardi, UFRGS, Brasil
18. Michael Quante, Westfälische Wilhelms-Universität, Alemanha
19. Migule Giusti, PUC Lima, Peru
20. Norman Roland Madarasz, PUCRS, Brasil
21. Nythamar H. F. de Oliveira Jr., PUCRS, Brasil
22. Reynner Franco, Universidade de Salamanca, Espanha
23. Ricardo Timm De Souza, PUCRS, Brasil
24. Robert Brandom, University of Pittsburgh, EUA
25. Roberto Hofmeister Pich, PUCRS, Brasil
26. Tarcílio Ciotta, UNIOESTE, Brasil
27. Thadeu Weber, PUCRS, Brasil
Série Filosofia e Interdisciplinaridade - 5
Fernando Danner
Leno Francisco Danner (Orgs.)
Temas de
Filosofia Política
Contemporânea
Porto Alegre
2013
Direção editorial: Agemir Bavaresco
Diagramação e capa: Lucas Fontella Margoni
Imagem da capa: Fernando Nectoux
www.editorafi.com
Série Filosofia e Interdisciplinaridade - 5
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
DANNER, Leno Francisco; DANNER, Fernando
Temas de Filosofia Política Contemporânea [recurso eletrônico] /
Fernando Danner; Leno Francisco Danner (Orgs.) -- Porto
Alegre, RS: Editora Fi, 2013.
376 p.
ISBN - 978-85-66923-16-2 (em processamento)
Disponível em: http://www.editorafi.com/2013/12/temas.html
1. Filosofia Política. 2. Ética. 3. Direito. 4. Sociologia. I. Título.
II. Série.
CDD-172
Índices para catálogo sistemático:
1. Ética Política 172
Temas de Filosofia Política
Contemporânea
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Apresentação à Coletânea
A coletânea Temas de Filosofia Política Contemporânea
direciona-se à reflexão teórico-prática acerca de concepções
filosóficas e de desafios correntes que perpassam as abor-
dagens hodiernas no âmbito das ciências humanas e sociais,
correlatamente às preocupações políticas que dão a tônica
da orientação metodológico-normativa dessas mesmas ci-
ências humanas e sociais e, no presente caso, dos colabora-
dores da referida coletânea. De modo concomitante, por-
tanto, esta coletânea quer pensar fundamentos de filosofias
políticas propriamente contemporâneas e a conceituação de
contextos práticos diversos, passando da política internaci-
onal para a política democrática e desta para a crítica das
instituições que dinamizam seja a vida social de um dado
contexto comunitário, seja a realpolitik do próprio horizonte
global.
Teorias e práticas políticas, sociais e culturais imbri-
cam-se no exato momento em que – e essa é a posição
central dos organizadores da coletânea Temas de Filosofia
Política Contemporânea – a vida social é percebida como o
objeto e o mote da intervenção teórico-prática em termos de
análise nas ciências humanas e sociais. Inseridos em um
contexto vital e influenciados pelas visões de mundo (que
nos tornam filhos do nosso tempo) presentes nele, dinamizados
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pelos desafios por ele apresentados, buscamos exatamente
tal imbricação (da qual, de todo modo, não podemos fugir
ou à qual somos permanentemente chamados a dar conta)
como critério metodológico-normativo que possa efetiva-
mente promover a vinculação prática das ciências, do
mesmo modo como buscamos a própria importância das
ciências humanas e sociais para a problematização e trans-
formação dos contextos práticos. As ciências humanas e
sociais, por outras palavras, têm um papel em termos de
cidadania política e de reconhecimento social tanto quanto
o temos cada um de nós, indivíduos e grupos sociais, de
participar e de intervir na vida social. Em vários sentidos, a
pretensão de objetividade que as guia e que guia as iniciati-
vas cidadãs e os movimentos sociais possui uma fundamen-
tação diretamente universalista, normativa.
Ora, em uma época de pensamento pós-metafísico
ou de desconstrução, que torna consciente e agudo o peri-
go de pretensões universalistas e da normatividade propri-
amente filosófica em tornarem-se fundamentalistas e colo-
nizadoras, gerando o cientificismo, a atividade teórico-
prática nas ciências humanas e sociais ganha novo impulso.
Agora, as ciências humanas e sociais já não se percebem
como o farol da vida cotidiana, ao qual esta precisa inevita-
velmente recorrer para ser salva das trevas da ignorância e
de sua miserabilidade teórica, mas um momento do próprio
diálogo democrático, assim como qualquer outra significa-
ção de mundo. Ou seja, conforme pensamos, uma época de
pensamento pós-metafísico ou de desconstrução retira o
caráter messiânico das ciências humanas e sociais (presente,
por exemplo, no positivismo e no marxismo), reafirmando-
as em sua contextualização vital e, assim, como uma forma
válida de tematização da vida social (vida social que é o