Table Of ContentDADOS DE ODINRIGHT
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"Quando o mundo estiver unido na busca do
conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e
poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a
um novo nível."
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Sumário
Introdução
“A verdade sobre os ingleses e seu Império”
“Na Inglaterra reconhecemos resignadamente que
somos roubados a fim de manter no luxo meio
milhão de preguiçosos que não valem nada; mas
lutaremos até o último homem para não sermos
dominados pelos chineses”
“Vamos todos nos juntar e exprimir um bom ódio”
“Ainda que seja confiável como história, como ficção é
medíocre”
“Sabe-se que os jornais costumam ser inverídicos,
mas também que não podem publicar mentiras que
superem certa magnitude”
“Uma das diversões mais fáceis do mundo é
desmistificar a democracia”
“Até recentemente, considerava-se apropriado fingir
que todos os seres humanos são muito parecidos”
“A imprensa inglesa é honesta ou desonesta?”
“Essa é a guerra mais verídica travadaem tempos
modernos”
“Nunca se pode distinguir de todo a arte e a
propaganda”
“A primeira coisa que esperamos de um escritor é que
não diga mentiras”
“Na verdade, o máximo que se pode dizer a favor de
Stálin é que talvez seja sincero enquanto indivíduo”
“Uma das piores coisas da sociedade democrática nos
últimos vinte anos é a dificuldade de qualquer
conversa ou pensamento francos”
“Toda propaganda é mentira”
“Todos acreditam nas atrocidades do inimigo e
duvidam daquelas cometidas por seu próprio lado”
“Na Espanha, pela primeira vez, vi notícias que não
tinham nenhuma relação com os fatos”
“O que distingue a nossa época é o abandono da ideia
de que é possível escrever a história com
veracidade”
“Ao criminalizarem a escuta das transmissões
radiofônicas aliadas, os alemães asseguraram que
estas sejam aceitas como verídicas”
“Hitler pode dizer que os judeus começaram a guerra,
e, se elesobreviver, essa será a história oficial”
“Nos dizem que só importam as ações objetivas das
pessoas”
“Não se deve confundir nacionalismo com
patriotismo”
“Indiferença à realidade”
“Tática, camaradas, tática!”
“Sem dúvida, antigamente era muito pior”
“Montanha de Açúcar-Cande”
“Mencionei a reação que colhi juntoa um importante
funcionário do Ministério da Informação quanto a A
revolução dos bichos”
“Todo mundo deve ter direito a sua opinião”
“Os inimigos da liberdade intelectual sempre tentam
apresentar o seu argumento como uma demanda
pela disciplina em detrimento do individualismo”
“Os escritos políticos, em nossa época, consistem
quase todos de frases pré-fabricadas, que se
encaixam como as peças de um brinquedo de
montar para crianças”
“A imaginação, como certos animais selvagens, não
se reproduz em cativeiro”
“Necessariamente, a linguagem política consiste em
grande parte de eufemismos, petições de princípio e
mera vaguidão enevoada”
“Nenhum livro é genuinamente isento de viés político”
“Uma nação tem os jornais que merece”
“GUERRA É PAZ”
“Na ausência de todo e qualquer registro externo a
que recorrer, até mesmo o contorno de sua própria
vida perdia a nitidez”
“Que coisa bonita, a destruição de palavras!”
“Criminterrupção significa a capacidade de estacar,
como por instinto, no limiar de todo pensamento
perigoso”
“Você acha, Winston, que o passado tem uma
existência real?”
Créditos
Introdução
Alan Johnson
Embora George Orwell tenha morrido quatro meses
antes de eu nascer, sempre achei seus textos atuais,
influindo em minhas posições políticas mais que os de
qualquer outro escritor ou até mesmo qualquer outro
político. Sua intenção explícita era “mover o mundo
em certa direção, modificar a ideia que as pessoas
têm sobre o tipo de sociedade que deveriam almejar”.
No que me diz respeito, ele certamente foi bem-
sucedido. E desconfio que poucos autores moldaram
as concepções de seus leitores na mesma medida em
que Orwell o fez.
George Orwell entrou na minha vida em 1964,
quando eu estava no quarto ano do ensino
fundamental, na Sloane Grammar School. O professor
de inglês, o sr. Carlen, decidiu que todos nós, da
classe 4Y, leríamos juntos A revolução dos bichos .
Ainda que eu fosse um bom leitor, devorando tudo o
que caía em minhas mãos, nunca tinha ouvido falar
de Orwell. Então, nós, meninos domados pela
autoridade natural do sr. Carlen, nos revezamos para
ler em voz alta o único exemplar, que passava de uma
carteira de madeira a outra. A revolução dos bichos
exerceu sobre mim um fascínio do qual nunca me
livrei. Ainda que fosse uma leitura cativante sobre
animais que assumem o controle de uma granja,
duvido que teríamos reparado no subtexto sem as
explicações do sr. Carlen. Com isso, ele não só revelou
a engenhosidade do livro, como proporcionou aos
meninos da 4Y uma perspectiva do mundo adulto em
que estávamos crescendo: um mundo no qual nada
menos que um terço da população vivia sob o
comunismo. Outro jovem professor da Sloane, o sr.
Pallai, havia escapado da Hungria quando os tanques
russos entraram no país. Ele nos ensinava história e
economia, ocasionalmente divagando sobre a
perversidade do regime de partido único. Dois anos
antes de a minha classe ler A revolução dos bichos , a
Crise dos Mísseis em Cuba havia ameaçado a nossa
sobrevivência, com os Estados Unidos e a União
Soviética considerando a possibilidade de uma
destruição nuclear mútua. Publicada quase duas
décadas antes de sermos apresentados a ela pelo sr.
Carlin, a alegoria de A revolução dos bichos
continuava relevante. A obra de Orwell trazia clareza
e ajudava a entender os tempos sombrios e perigosos
em que vivíamos.
Quanto mais lia daquele autor, mais eu me
impressionava com a honestidade brutal que ele se
impunha ao escrever. Sem lançar mão da virtude
espúria da coerência, como faz a maioria de nós, as
concepções que sustentou na juventude eram bem
diversas daquelas que adotou ao chegar à
maturidade. Ele era um pensador político que jamais
teve medo de adaptar suas ideias às novas
circunstâncias, em vez de tentar submeter tais
desenvolvimentos à rigidez de seu pensamento.
Autoproclamado anarquista conservador quando
jovem, mais tarde se associou ao Partido Trabalhista
Independente, que estava à esquerda do Partido
Trabalhista, apenas para, logo em seguida, repudiar
todas as razões que o haviam levado a tomar essa
decisão. Quando foi lutar na Espanha, não se alistou
na Brigada Internacional, à qual se juntaram quase