Table Of ContentBALDUlNIA, n.!O,p. 2!-31, 25-11-2007
SINOPSE DO GÊNERO GAMOCHAETA WEDDEL (ASTERACEAE-
GNAPHALIEAE) NO BRASIL'
LEONARDO PAZDEBLE2JOSÉNEWTON CARDOSO MARCHIORP
RESUMO
Gamochaeta Weddel compreende 55 espécies, distribuídas principalmente na América do Sul, havendo
poucas deoutros continentes. Ogênero abriga ervas anuais ouperenes, comcapítulos pequenos, heterógamos
edisciformes, reunidos emglomérulos, quegeralmente compõem pseudoespigas, tendo brácteas involucrais
papiráceas ede estereoma inteiro, ramas doestigma truncadas com coroa depêlos noápice, cerdas dopápus
unidas em anel basal eaquênios constituídos de pêlos geminados, globosos, mucilaginosos. No Brasil são
presentemente reconhecidas vinte e duas espécies: Gamochaeta americana (Mill.) Weddel, G antillana
(Urb.) A.Anderb., G argentina Cabrera, G calviceps (Fernald) Cabrera, G camaquaensis Deble, G coarctata
(Willd.) Kerg., G diffusa Deble &Marchiori, G erecta Deble, GJalcata (Lam.) Cabrera, Gfllaginea (De.)
Cabrera, G girardiana Deble &An. S. de Oliveira, G grazielae (Rizzini) Deble, G hiemalis Cabrera, G
nigrevestis Deble &Marchiori, Gpensylvanica (Willd.) Cabrera, Gplatensis (Cabrera) Cabrera, Gpurpurea
(L.) Cabrera, Grizzini Cabrera, Gsimplicicaulis (Willd. exSpreng.) Cabrera, Gsphacelata (Kunth) Cabrera,
Gstachydifolia (Lam.) Cabrera eGsubJalcata(Cabrera) Cabrera. Sãofornecidas chavedicotômica, sinonímias
edistribuição geográfica das espécies.
Palavras-chave: Gamochaeta, Asteraceae, Gnaphalieae, Brasil.
ABSTRACT
[Synopsis ofthe genus Gamochaeta Weddel (Gnaphalieae-Asteraceae) inBrazil].
Gamochaeta Weddel comprises 55species, mainly from SouthAmerica, but also inother parts ofthe world.
The genus includes annual or perennial herbs, with small heterogamous and disciform heads, inhead-like
clusters or in more or less elongated spikes, involucral bracteis with undivided sterome, truncate style-
branches with apically sweeping-hairs, baselly connate pappus and achenes with globose, mucilaginose
twin-hairs. Twentytwo species arepresently recognized inBrazil: Gamochaeta americana (Mill.) Weddel, G
antillana (Urb.)A.Anderb., G argentina Cabrera, G calviceps (Fernald) Cabrera, Gcamaquaens isDeble,G
coarctata (Willd.) Kerg., Gdiffusa Deble &Marchiori, GerectaDeble, GJalcata (Lam.) Cabrera, Gfllaginea
(DC.) Cabrera, Ggirardiana Deble &An. S.deOliveira, Ggrazielae (Rizzinj) Deble, Ghiemalis Cabrera, G
nigrevestis Deble &Marchiori, Gpensylvanica (Willd.) Cabrera, Gplatensis (Cabrera) Cabrera, Gpurpurea
(L.) Cabrera, Grizzini Cabrera, Gsimplicicaulis (Willd. exSpreng.) Cabrera, Gsphacelata (Kunth) Cabrera,
Gstachydifolia (Lam.) Cabrera and GsubJalcata (Cabrera) Cabrera. Adichotomous key,the synonymity and
geographic distributions to alitaxa are also furnished.
Key words: Gamochaeta, Asteraceae, Gnaphalieae, Brazil.
INTRODUÇÃO tor transferiu Gnaphalium americanum Mil!.,
Em sua obra "Chloris Andina", Weddel Gnaphalium sylvaticum L. e G serpyllifolium
(1856) fundou o gênero Gamochaeta para aco- Remy para o novo gênero, bem como propôs
modar as espécies de Gnaphalium que apre- duas novas espécies: Gamochaeta humilis e
sentam cerdas do pápus unidas em anel. O au- G. capitata (atual Stuckertiella capitata
1 Artigo recebido em24111/2006 eaceito para publicação em 15/01/2007.
2 Biólogo, Msc. Bolsista da CAPES, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Centro de
Ciências Rurais, Universidade Federal deSanta Maria, CEP 97105-900, Santa Maria (RS). [email protected]
3 Engenheiro Florestal, Dr., bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, Professor Titular do Departamento de
Ciências Florestais, Universidade Federal deSanta Maria, CEP 97105-900, SantaMaria (RS). [email protected]
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(Wedd.) Beauv.). Posteriormente, Cabrera Nas floras regionais da Argentina, Cabrera
(1961) reconheceu Gamochaeta americana manteve ogênero como independente, apresen-
como lectótipo do gênero, pois foi a primeira tando chave, descrições e ilustrações das espé-
espécie citada por Weddel e a de mais ampla cies ocorrentes na província de Buenos Aires
distribuição geográfica. (1963), na Patagônia (1971), em Entre Rios
No "Genera Plantarum" Bentham (1873) re- (1974) eJujuy (1978).
duziu Gamochaeta a sub gênero de Em suarevisão dasGnaphalineae, Anderberg
Gnaphalium. Esta proposta foi seguida por to- (1991) reconheceu cinqüenta e duas espécies
dos osautores que seocuparam com ogrupo no para Gamochaeta, com distribuição predomi-
século XIX eprimeira metade do século xx. nantemente neotropicaI. Oautor propôs quatorze
Na"FloraBrasiliensis", Baker(1882)reconhe- novas combinações eum nome novo.
ceu apenas uma espécie do subgênero Freire (1995) apresentou chave, diagnoses e
Gamochaeta: Gnaphalium purpureum. O autor referências iconográficas das vinte cinco espé-
propôs aredução deGnaphaliumfilagineum DC., cies ocorrentes na Argentina.
G spathulatum Lam., G spicatum Lam e G Freire &Thariegui(1997) apresentaram uma
stachydifolium Lam. avariedades desta espécie. sinopse de Gamochaeta, reconhecendo quaren-
Emimportante estudo sobre asGnaphalineae ta e sete binômios válidos. As autoras apresen-
da América do Sul, Cabrera (1961) reabilitou taram chave, sinonímias, referências icono-
Gamochaeta, reconhecendo trinta e duas es- gráficas e distribuição geográfica destas
pécies, quatro dasquais sendo novas para aciên- espécies.
cia: G argentina, G deserticola, G neuquensis Recentemente, Deble, Oliveira &Marchiori
e G rizzinii. (2006) propuseram cinco novas espécies para o
Autores posteriores (Drury, 1970, 1971; sul do Brasil: Gamochaeta camaquaensis
Merxmüller, 1977;Hilliard &Burtt, 1981),vol- Deble, G diflusa Deble &Marchiori, G erecta
taram a reduzir Gamochaeta a subgênero de Deble, G girardiana Deble & An. S. de Oli-
Gnaphalium. veira e G nigrevestis Deble & Marchiori.
CHAVE PARA AS ESPÉCIES
la. Folhas discolores, glabrescentes ou lanuginosas nafaceadaxial edensamente albo-tomentosas naabaxial 2
lb. Folhas concolores ou suavemente discolores, lanuginosas ou lanosas emambas asfaces 8
2a. Brácteas involucrais externas, rotundas; asinternas, obtusas ouobtuso-mucronadas noápice, estramíneas namargem
eesverdeadas no dorso G coarctata
2b. Brácteas involucrais externas, agudas ouacuminadas; asinternas, agudas ou levemente obtusas noápice, estramíneas
ou castanhas, com dorso estramíneo oucastanho-avermelhado 3
3a. Folhas inferiores persistentes, dispostas em roseta; ascaulinares, reduzidas ebracteiformes G americana
3b. Folhas inferiores, secas ou não arrosetadas; as caulinares, desenvolvidas [raramente reduzidas, então com pêlos
glandulares nafaceadaxial: Gpurpurea] 4
4a. Folhas desprovidas depêlos glandulares S
4b. Folhas glanduloso-pubescentes nafaceadaxial, densamente lanosas naabaxial 6
Sa. Plantas com caules simples ou ramosos apenas na metade superior. Capitulescência descontínua, de 10-40 cm de
comprimento Gsimplicicaulis
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5b. Plantas ramosas desde abase. Capitulescência contínua, oudescontínua apenas nabase, deaté 10cmdecomprimento
.................................................................................................................................................................. Ggrazielae
6a. Ervas de 10-40 cmdealtura. Folhas basais obovadas deaté6cmdecomprimento; ascaulinares, reduzidas. Brácteas
involucrais avermelhadas ou castanho-avermelhadas; asinternas, levemente obtusas no ápice. Flores purpúreas
.................................................................................................................................................................. G purpurea
6b. Ervas de 30-70 cmde altura. Folhas basais espatuladas, de6-12 cmde comprimento; ascaulinares, gradativamente
menores. Brácteas involucrais estramíneas, todas agudas noápice. Flores verde-amareladas 7
7a Capitulescência reunida em pseudoespigas simples, continuas ou descontínuas apenas na base Gplatensis
7b. Capitulescência emglomérulos naaxila das folhas superiores, formando, emconjunto, pseudoespigas ramificadas e
descontínuas G rizzinii
8a. Brácteas involucrais externas, ovadas, obtusas noápice (raramente levemente agudas); asinternas, rotundas, truncado-
mucronadas ou obtusas no ápice 9
8b.Brácteas involucrais externas, ovado-lanceoladas ou lanceoladas, agudas ouacuminadas noápice; asinternas, agudas
no ápice [raro obtuso-mucronadas noápice, então brácteas externas acuminadas: G difJusa] 12
9a. Plantas densamente albo-tomentosas, folhas caulinares elípticas. Brácteas involucrais rotundas no ápice
................................................................................................................................................................... G hiemalis
9b. Plantas lanuginosas oulanosas. Brácteas involucrais, aomenos asinternas, obtusas outruncado-mucronadas noápice
................................................................................................................................................................................. lO
10a. Folhas caulinares lineares oulinear-oblanceoladas, de2-7 cmdecomprimento por O,1-0,3cmdelargura, aomenos
dez vezes mais longas doque largas G calviceps
10b. Folhas caulinares oblanceoladas ouespatuladas de 1-7cmdecomprimento por0,3-2,5 cmdelargura, nunca maisde
dez vezes longas do que largas Ii
lia. Folhas caulinares oblanceoladas, levemente agudas no ápice e atenuadas na base. Flores púrpuras ou rosadas.
Aquênios estramíneos, densamente papilosos G subfalcata
Iib. Folhas caulinares espatuladas, rotundas noápiceelongo-atenuadas nabase.Flores amareladas ouamarelo-esverdeadas.
Aquênios castanhos, com escassas papilas Gpensylvanica
12a. Folhas lineares aoblanceoladas, aomenos sete vezes mais longas doque largas 13
12b. Folhas largamente elípticas, ovadas ouobovadas, atécinco vezes mais longas doque largas 17
13a. Folhas caulinares estreitamente lineares, de Immdelargura 14
13b. Folhas caulinares linear-lanceoladas aestreitamente oblanceoladas, de2-6 mmdelargura 15
14a. Ervas com caules eretos, de20-50 cm.Capitulescências triangulares, composta porpseudoespigas ramificadas, com
10-25 cm de comprimento Gsphacelata
14b. Ervas com caules prostrados ou ascendentes, de 5-15 cm. Capitulescência composta por pseudoespigas simples,
terminal, de 3-10 cmde comprimento G antillana
15a. Plantas ramosas nametade superior.Capitulescência emglomérulos, naaxiladafolhas superiores. Brácteas involucrais
castanho avermelhadas G girardiana
15b. Plantas ramosas na base. Capitulescência em pseudoespigas folhosas, interrompidas apenas na base. Brácteas
involucrais estramíneas oucastanhas 16
16a. Plantas densamente argênteo-tomentosas. Capitulescência em pseudoespigas compactas. Brácteas involucrais
castanhas Gjilaginea
23
16b. Plantas albo-lanosas ougríseo-lanosas. Capitulescência empseudoespigas interrompidas nabase.Brácteas involucrais
estramíneas, com dorso estramíneo ou rosado Gfalcata
17a. Invólucro de 3,5-5,5 mm de altura. Brácteas involucrais castanhas ou castanho-avermelhadas. As externas, com
ápice agudo 18
17b. Invólucro de2,5-3,5 mmdealtura. Brácteas involucrais estramíneas. Asexternas, com ápice acuminado 19
18a. Plantas não enegrecidas em exsicata. Tomento denso, albo, lúteo ou ferrugíneo-Ianoso. Capitulescência em
pseudoespigas compactas no ápice dos ramos. Invólucro de 4-5,5 mm de altura Gstachydifolia
18b. Plantas enegrecidas emexsicata. Tomento frouxo, gríseo-lanoso. Capitulescência emglomérulos folhosos, compondo
pseudoespigas interrompidas. Invólucro de 3,5-4 mm de altura G nigrevestis
19a. Capítulos reunidos emglomérulos no ápice dos ramos G argentina
19b. Capítulos reunidos em pseudoespigas 20
20a. Capitulescência empeseudoespigas contínuas ou descontinuas apenas na base, de 2,5-10 cmde comprimento por
1,2-1,6 cmde largura (emexsicata). Folhas basais de6-11 cmdecomprimento por 1-2,2 cmde largura
....................................................................................................................................................... G camaquaensis
20b. Capitulescência em pseudoespigas descontínuas, de 6-18 cm de comprimento por 0,5-1,2 cm de largura (em
exsicata). Folhas basais de 3-5 cmdecomprimento por 1-1,8 cmde largura 21
21a. Ramos eretos. Folhas densamente lanosas emambas faces. Brácteas involucrais internas, oblanceoladas (3-3,5 mm
decomprimento por 0,7-0,8 mmde largura), agudas no ápice G erecta
21b. Ramos difusos. Folhas lanuginosas nafaceadaxial elanosas naabaxial. Brácteas involucrais internas, oblongas (2,5-
2,8 mm de comprimento por 0,6 mm de largura), obtuso-mucronadas no ápice G diffusa
LISTA DE ESPÉCIES Distribuição & Habitat: Estados Unidos, Mé-
xico, América Central, Argentina, Bolívia, Bra-
1. Gamochaeta americana (Mill.) Weddel sil, Chile, Paraguai, Peru eUruguai, desde oní-
H.A. Weddel, Chloris Andina I, p. 151, 1856. vel domar até 3.000 m.s.m. Floresce efrutifica
Basiônimo: Gnaphalium americanum Miller, Gard. Dict.
na primavera-verão.
Ed. 8,n. 17, 1768.
Tipo: Jamaica, Houston s.n., 1731. Holotypus BM n.v.
Comentários: Espécie muito característica, pe-
=Gnaphalium consanguineum Gaudich., Ann. Sci. Nat. las folhas discolores (por vezes suavemente
(Paris) 5,p. 105,1825 [Argentina, TerradoFogo,Antártida
discolores em material proveniente de zonas li-
Argentina & Ilhas do Atlântico Sul, Ilhas Malvinas,
torâneas), as basais em roseta e as caulinares
Gaudichaud s.n. Holotypus Pn.v.(fide Cabrera);
=Gnaphaliumpurpureum L.varoamericanum (Mill.)Klatt, reduzidas, pela capitulescência em pseudo-
Linnaea42, p. 140,1878; espigas compactas, terminais, e pelas brácteas
=?Gnaphalium guatemalense Gandoger, BulI. SocoBot.
involucrais agudas.
France 65, p. 42, 1918 [Guatemala, Alta Verapaz,
Tuerckheim. Holotypus n.v.Isotypus? SI!];
=? Gamochaeta guatemalensis (Gandoger) Cabrera, BoI. Observação: Gamochaeta [Gnaphalium]
SocoArgent. Bot. 9,p.371, 1961;
guatemalense foi inserida com dúvidas na lista
=Gamochaeta irazuensis Nesom, Phytologia 68, p. 199,
de sinonímias, tendo emvista que material iden-
1990 [Costa Rica, Volcan Irazú, 10.000-11.330 ft,
0I.XII.1937- 01.I.1938. Holotypus F,n.v.,fotodigitalizada tificado por Cabrera como possível isótipo (SI)
do holótipo F!]. éespécie distinta, relacionada com Gamochaeta
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simplidcaulis, todavia apresenta brácteas Grande do Sul (Serra do Sudeste e Campanha
involucrais agudas ou levemente agudas (versus do Sudoeste). Floresce efrutifica na primavera.
agudas ou acuminadas), de coloração castanha
(versus estramínea) e capitulescência em Comentários: Aespécie parece serbastante rara
pseudoespigas compactas ou interrompidas na no Brasil, tendo em vista o escasso número de
base (versus capitulescência em pseudoespigas coletas. Gamochaeta argentina caracteriza-se
interrompidas). pelas folhas espatuladas laxamente lanosas e
pela capitulescência em glomérulos terminais,
2. Gamochaeta antillana (Urb.) A. Anderb. com capítulos estramíneos, de brácteas
A.Anderberg, Opera Bot. 104, p. 157, 1991. involucrais externas acuminadas einternas agu-
Basiônimo: Gnaphalium antillanum Urban, Repert. das.
Spec. Nov. Regni Veg. 13,p.482,1915.
Tipo: Cuba, in insula Saba asGreat Hill etGumbeygut,
4. Gamochaeta calviceps (Fernald) Cabrera
t.
april, fruct delapsis, Suringar s.n. Holotypus
A. L.Cabrera, BoI. Soe.Argent. Bot. 9,p.368, 1961.
Paratypus: Cuba, ProvoPinar deiRio,Rio Guao, Britton &
Basiônimo: Gnaphalium calviceps Femald, Rhodora 37,
Cowe19.619 & 10.009,26-27.11.1911 (US,fotodigitalizada
p.449, 1935.
do parátipo US!)
Tipo:Estados Unidos, Virgínia, sandypinelands, thedesert,
cape Henry, Femald &Long 4245, VlI.1934. Holotypus
Distribuição & Habitat: Estados Unidos, Mé- GHn.v.
xico (fide Nesom, 2006), Antilhas, Argentina,
Uruguai e Rio Grande do Sul, em campos pe- Distribuição & Habitat: Estados Unidos, Mé-
dregosos earenosos. Floresce efrutifica na pri- xico, América Central, Argentina, Bolívia, Bra-
mavera. sil, Chile, Paraguai, Peru eUruguai, ocorrendo
em solos arenosos e áreas antrópicas. Floresce
Comentários: Recentemente, Nesom (2004b) efrutifica no inverno-primavera.
reconheceu este binômio como válido para
Gamochaeta subfa/cata (Cabrera) Cabrera. Comentários: Pelas folhas lineares, a espécie
Nesta sinopse, preferiu-se manter as duas es- assemelha-se a Gamochaeta fa/cata; esta es-
pécies como independentes, pois G antillana pécie, todavia, apresenta aquênios oblongos, com
difere porapresentar folhas comtomento incano epicarpo granuloso (devido aotamanho dos pê-
ouargênteo, muito apertado enão lanoso (versus losgeminados), enquanto G ca/viceps apresenta
tomento gríseo-Ianoso), bemcomocapítulos com aquênios obovados, finamente papilosos. As
brácteas involucrais internas agudas (versus brácteas involucrais são notadamente obtusas
obtusas ou truncado-mucronadas). Gamo- em G ca/viceps (versus agudas) e o tomento é
chaeta subfa/cata é mais freqüente em zonas menos denso.
antrópicas, enquanto G antillana é muito rara,
ocorrendo em campos pedregosos e arenosos
5. Gamochaeta camaquaensis Deble
do extremo sul doBrasil.
L.P.Deble, Balduinia 6,p. 14,2006.
Tipo:Brasil,RioGrandedoSul,Bagé,BR 153,nosparedões
3. Gamochaeta argentina Cabrera rochosos úmidos, próximo à ponte do rio Camaquã, na
A. L.Cabrera, BoI. Soe. Argent. Bot. 9,p.365, 1961. divisa comCaçapava doSul,L.P.Deble&A.S.deOliveira
Tipo: Buenos Aires, Partido de Tronquist, estribaciones 6.354, 26.\X.2003. Holotyus SI!
dei Cerro de laVentana, A. L.Cabrera 5.325, 07.X.1939.
Holotypus LP! Distribuição & Habitat: Espécie conhecida
apenas pela população típica, que habita forma-
Distribuição & Habitat: Regiões campestres
ções rochosas úmidas na Serra do Sudeste do
da metade norte da Argentina, Uruguai e Rio Rio Grande do Sul, entre as cidades de Bagé e
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Caçapava do Sul. Gamochaeta camaquaensis Distribuição &Habitat: Litoral suldoRio Gran-
floresce e frutifica nos meses de setembro e de do Sul, em dunas arenosas. Floresce efruti-
outubro. fica emoutubro-novembro
Comentários: Gamochaeta camaquaensis é Comentários: Gamochaeta diffusa assemelha-
espécie muito característica, pelo hábito (erva se a G argentina, da qual difere pelos caules
de até 60 cm), pelas folhas concolores e decumbentes ou ascendentes, com escassas
espatuladas, de até II cm de comprimento por folhas (versus caules ascendentes ou eretos,
2,2 cm de largura, pelos capítulos dispostos em folhosos), epelas brácteas involucrais internas,
pseudoespigas interrompidas apenas na base, que são obtuso-mucronadas (versus agudas ou
bem como pelas brácteas involucrais externas acuminadas).
acuminadas e internas agudas.
8. Gamochaeta erecta Deble
L.P.Deble, Balduinia 6,p. 17,2006.
6. Gamochaeta coarctata (WiIld.) Kerg.
Tipo:Brasil,RioGrandedoSul,Bagé,BR 153,nosparedões
Kerguélen, Lejeunia 120,p. 104, 1987. rochosos úmidos, próximo à ponte do rio Camaquã, na
Basiônimo: Gnaphalium coarctatum Willd., Spec. Plant 3, divisa comCaçapava doSul,L.P.Deble&A. S.deOliveira
3, p. 1886, 1800.
6.350, 02.XI.2003. Holotyus SI!
Tipo: Uruguai, dep. Montevideo, Montevideo, s. data, s.
legoHolotypus Pn.v.
Distribuição & Habitat: Rio Grande do Sul,
=Gnaphalium spicatum Lamarck, Encycl. Method 2, p. em zonas campestres. Floresce e frutifica nos
757, 1786, nom. illeg., non Miller 1768 [Des environs de meses de outubro e novembro.
Buenos Ayres, Commerson. Holotypus Pn.v.];
=Gnaphaliumpurpureum L.varospicatum (Lam.) Baker,
Comentários: Gamochaeta erecta é afim a G
Mart. FI.Bras. 6, 3, p. 124, 1882;
=Gamochaeta spicata (Lam.) Cabrera, BoI. Soe.Argent. argentina, da qual difere por ser muito mais la-
Bot. 9, p. 380, 1961. nosa, com ramos eretos e principalmente pela
capitulescência empseudoespigas descontínuas.
Distribuição & Habitat: sudeste dos Estados
Unidos, México, América Central, Argentina, 9. Gamochaetafalcata (Lam.) Cabrera
Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, A. L.Cabrera, BoI. Soe. Argent. Bot. 9,p.370, 1961.
Paraguai, Peru e Uruguai, em áreas campes- Basiônimo: Gnaphaliumfalcatum Lam. Encycl. 2,p.758,
tres, zonas antrópicas ebeira de matas, desde o 1786.
Tipo: Uruguai, Montevideo, S. leg..Holotypus Pn.V.,foto
nível domar até 2.500 m.s.m. Floresce efrutifi-
digitalizada doholótipo P-Lam!
ca dejunho a fevereiro.
=Gnaphalium purpureum L.var.falcatum (Lam.) Torr.&
Comentários: Muito freqüente em todo sule su- Gray, FI.N. Arner., p.428, 1843;
deste do Brasil, Gamochaeta coarctata caracte- =Gnaphalium stachydifolium Lam. var.falcatum (Lam.)
Klatt, Linnaea 42, p. 140, 1878;
riza-sepelasfolhasdiscoloresepeloscapítuloscom
=Gnaphalium heteroides Klatt, Linnaea 42, p. 137, 1878.
brácteasinvolucraisobtusas,estramíneas nasmar-
[México, Ehrenberg 972. Holotypus GH n.v.];
gens e esverdeadas no dorso. =Gnaphalium stagnale LM.Johnston, contr. Gray Herb.,
sér2,n.68,p.99, 1923[México, SanLuisPotosí, Schaffner
225, VIII.1876.Holotypus GH n.v.];
7. Gamochaeta diffusa Deble & Marchiori
=Gamochaeta stagnale (LM.Johnst.) A.Anderb., Opera
L.P.Deble &J.N. C.Marchiori, Balduinia 6,p. 15,2006.
Bot. 104, p. 157, 1991.
Tipo: Brasil, Rio Grande doSul,Rio Grande, Estação Eco-
lógica doTaim,nasdunas arenosas, ervacom ramos ascen-
Distribuição & Habitat: Estados Unidos, Mé-
dentes, de 15-30em,L.P.Deble &A. S.deOliveira &1.N.
C.Marchiori 6.348, 06.x1.2003. Holotyus SI! xico, Argentina, Brasil, Paraguai eUruguai, em
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campos arenosos edunas litorâneas. Floresce e Distribuição & Habitat: Estado do Rio de Ja-
frutifica na primavera-verão. neiro, em zonas pedregosas à beira da floresta
Atlântica. Floresce efrutifica do final do inver-
10. Gamochaetafilaginea (DC.) Cabrera no àprimavera.
A. L.Cabrera, BoI. Soe. Argent. Bot. 9,p.371, 1961.
Basiônimo: Gnaphalium jilagineum DC. Prodomus 6, p.
Comentários: Gamochaeta grazielae é muito
234, 1837.
afim aG simplicicaulis, da qual difere pela ca-
Tipo:Brasil,RioGrandedoSul,Gaudichaud 986.Holotypus
Pn.v. Foto F 35.539 SI! pitulescência curta ecompacta epor serramosa
desde a base. Estudos complementares são to-
Distribuição & Habitat: Campos pedregosos davia necessários para comprovar a validade
do Rio Grande do Sul, Uruguai, emetade norte deste táxon.
daArgentina. Floresce efrutifica na primavera.
13. Gamochaeta hiemalis Cabrera
Comentários: Afim a Gamochaeta ialcata, G A. L.Cabrera, BoI. Soe. Argent. Bot. 9,p.373, 1961.
filaginea difere pelo tomento argênteo carac- nom. novopara Gnaphalium hiemale Rizzini.
terístico, bem como pelos capítulos de cor cas-
=Gnaphalium hiemale Rizzini, Rev. Bras. Biol., n. 7, p.
tanha, dispostos em pseudoespigas compactas.
278, 1947. [Tipo: Brasil, São Paulo, Campos do Jordão,
Campos-Porto. Holotypus RB!] [nom.illeg.,nonGhyemale
11. Gamochaeta girardiana Deble & An. S. Walter, FI.Carol. Secund., p.203, 1788];
de Oliveira =Gamochaeta hiemale (Rizzini) Cabrera, BoI.Soe.Argent.
Bot. 9,p.373,1961 [comb. illeg.];
L.P.Deble &A. S.de Oliveira, Balduinia 6,p. 19,2006.
=Gamochaeta brasiliana Deble, Balduinia 5,p. 16,2005
Tipo: Brasil, Rio Grande do Sul, Bagé, Rincão doInferno,
[nom. superfl.] syn. novo
nos paredões rochosos úmidos, erva gríseo-lanosa de até
45 em, densas populações, L.P.Deble &A. S.deOliveira
Distribuição & Habitat: Conhecida apenas
6.356, 01.XI.2003. Holotyus SI!
para oBrasil, em formações rochosas úmidas e
Distribuição &Habitat: Conhecida unicamente campos de altitudes do sul (Paraná e Santa
em paredões rochosos úmidos da "Serra do Su- Catarina) esudeste do país (Minas Gerais eSão
deste", noRio Grande do Sul.Floresce efrutifi- Paulo), vegeta em altitudes superiores aos 1.000
ca de setembro a novembro. m.s.m.Floresce efrutifica noinverno-primavera.
Comentários: Afim a Gamochaeta. ialcata e Comentários: Gamochaeta hiemalis caracte-
G filaginea, G girardiana difere pelas folhas riza-se pelo denso tomento incano-lanoso epe-
superiores oblongas, de ápice obtuso ebase ate- loscapítulos oblongos, com brácteas involucrais
nuada (versus lanceoladas, deápice agudo ebase rotundas. Não demonstra relação com nenhu-
truncada), bem como pela capitulescência em ma outra espécie conhecida do gênero.
pseudoespigas de glomérulos curtos, formando
conjuntos mais ou menos triangulares (versus 14. Gamochaeta nigrevestis Deble &
Marchiori
alongados).
L.P.Deble &1.N. C.Marchiori, Balduinia 6,p.21,2006.
Tipo: Brasil, Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes,
12. Gamochaeta grazielae (Rizzini) Deble SerradaRocinha, noparedão rochoso,ervacompubescência
gríseo-lanosa, L. P.Deble, A. S. de Oliveira & J. N. C.
L.P.Deble, Balduinia 6,p.28, 2006.
Marchiori 6.352, 02.XI.2003. Holotyus SI!
Basiônimo: Gnaphalium grazielae Rizzini, Revista Bras.
Biol. 7, p.278,1947.
TIPO: Brasil, Estado doRiodeJaneiro, S.Comado (Gávea), Distribuição & Habitat: Gamochaeta
C.T.Rizzini, 16.VIII. I946. Holotypus RB! nigrevestis possui distribuição restrita às maio-
27
res altitudes do sulesudeste doBrasil. Floresce 16. Gamochaeta platensis (Cabrera) Cabrera
e frutifica nos meses de outubro, novembro e A.L. Cabrera, BoI. Soe.Argent. Bo1.9,p.376, 1961.
Basiônimo: Gnaphalium platense Cabrera, Revista Mus.
dezembro.
LaPlata, secc. Bolo4, p. 167,1941.
Tipo: Argentina, ProvoBuenos Aires, Pdo. La Plata, ls1a
Comentários: Gamochaeta nigrevestis é afim Santiago, A.L.Cabrera 2.223, 25.IX.1932. Holotypus LP!
a G berteriana (DC.) Cabrera, da qual difere
principalmente pelo tomento muito mais frouxo Distribuição & Habitat: Argentina, Uruguai,
e enegrecido em exsicata, bem como pelas fo- sul e sudeste do Brasil, em beira de matas
lhas basais em roseta. A espécie é conhecida subtropicais eáreas campestres. Floresce efru-
apenas por sete exsicatas, duas coletadas noRio tifica nofmal do inverno eprimavera.
Grande doSul(incluindo otipo), quatro emSan-
ta Catarina e uma do Rio de Janeiro, todas em Comentários: Gamochaeta platensis é relaci-
onada àG rizzinii, da qual difere pela forma da
solos pedregosos de altitude.
inflorescência emaior tamanho dos pêlos glan-
dulares na face adaxial da folha.
15. Gamochaeta pensylvanica (WilId.)
Cabrera
17. Gamochaeta purpurea (L.) Cabrera
A. L.Cabrera, BoI. Soe.Argen1.Bolo9,p.375, 1961.
A.L. Cabrera, BoI. Soe. Argen1.Bo1.9,p.377, 1961.
Basiônimo: Gnaphaliumpensylvanicum Willd.,Enum.Hort.
Basiônimo: Gnaphalium purpureum L., Sp.PI.2, p. 854,
Berol., p. 867, 1809.
1753.
Tipo: Estados Unidos, Pensilvânia. Holotypus não locali-
Tipo: Estados Unidos, Carolina, Virginia, Pensylvania,
zado.
Kalm s.n.. Holotypus LINN n.v. Foto digitalizada do
holótipo LINN!
=Gnaphalium spathulatum Lam. Encycl. Method. 2, p.
758, 1786,nom. illeg., nomBurrn. F., 1768 [sine loco, sine
=Gnaphalium rosaceum LM.Johnston, Contr. GrayHerb.
legoHolotypus Pn.v.,fotodigitalizada doholótipo P-Lam!];
Ser. 2, 68, p. 99, 1923 [México, Estado de San Luis de
= Gnaphalium purpureum L. varospathulatum (Lam.)
Potosí, San Luis de Potosí, Parry & Palmer 426, 1878.
Baker, Mart. FI.Bras. 6, 3, p. 125, 1882;
Holotypus GH n.v.];
=Gnaphalium peregrinum Femald, Rhodora 45, p. 479,
=Gamochaeta rosacea (LM. Johns1.) A.Anderb., Opera
1943 [Estados Unidos, Louisiana, D. S. & H. R. Correi
Bo1. 104, p. 157, 1991. como "rosaceum"
9937. Holotypus GHn.v.lsotypus US, foto digitalizada do
isótipo US!].
Distribuição & Habitat: Estados Unidos, Mé-
xico, América Central, Argentina, Bolívia, Bra-
Distribuição & Habitat: Estados Unidos, Mé-
sil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru,
xico, América Central, Argentina, Bolívia, Bra-
Uruguai e Venezuela; adventícia na Europa e
sil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai eUru-
Nova Zelândia. Floresce e frutifica dejunho a
guai, desde onível domar até3.000 m.s.m. Fre-
janeiro.
qüente em áreas antrópicas, floresce e frutifica
no inverno-primavera.
Comentários: Gamochaeta purpurea é pre-
sentemente tratada em sentido amplo; um estu-
Comentários: Gamochaeta pensylvanica é
do detalhado sobre este complexo, é oferecido
muito afim a G calviceps e G subJalcata, es-
por Nesom (2004a).
tas três espécies, separam-se principalmente
pelas folhas, que são lineares ou linear-
18. Gamochaeta rizzinii Cabrera
oblanceoladas em G calviceps, oblanceoladas
A. L. Cabrera, BoI. Soe. Argen1.Bo1.9,p.379,1961.
em G subJalcata e espatuladas em G pen- Tipo: Brasil: Rio de Janeiro, Guanabara, Gávea, C. T.
sylvanica. Rizzini, 10.III.1946. Holotypus LP!
28
Distribuição & Habitat: Gamochaeta rizzinii =Gamochaeta americana (Mill.) Wedd. varolinearifolia
Wedd.,ChlorisAndina 1,p. 152,1856 [Ecuador, Pichincha,
ocorre no Sul e Sudeste do Brasil, em zonas
Andes deQuito, Jameson 478, 1856.Holotypus fideFreire
pedregosas na orla da Floresta Atlântica. Flo-
&Iharlegui (1997): não localizado];
resce e frutifica no verão. = Gnaphalium purpureum L. varosphacelatum (Kunth)
Speg., Rev.Agron. LaPlata 3,p.533, 1897;
Comentários: A espécie é conhecida pelo ma- = Gnaphalium stachydifolium Lam. varosphacelatum
(Kunth) Reiche, Anales Univ. Chile 112,p. 124, 1903;
terial típico citado porCabrera (1961) epormais
=Gnaphalium pedunculosum 1.M. Johnston, Contr. Gray
duas coletas, uma do Rio de Janeiro e outra do
Herb., ser.2,68,p.99, 1923[México, Estado deDurango,
Rio Grande do Sul, em zona de floresta Atlânti- Otinapa, Palmer 411, 1906. Holotypus GH n.v. Isotypus
ca. Gamochaeta rizzinii é muito característi- USn.v., foto digitalizada do isótipo US!].
ca, por seus pêlos glandulares em folhas e pela
Distribuição & Habitat: Estados Unidos, Mé-
capitulescência em glomérulos, no ápice de ra-
xico, Equador, Argentina, Uruguai eRio Grande
mificações secundárias.
doSul.Floresce efrutifica naprimavera einício
19. Gamochaeta simplicicaulis (Willd. ex do verão.
Spreng.) Cabrera
A. L.Cabrera, BoI. Soe. Argent. Bot. 9,p.379, 1961. Comentários: Gamochaeta sphacelata é afim
Basiônimo: Gnaphalium simplicicaule Willd. ex Spreng. a Gialcata, da qual difere pelas folhas estrei-
Syst Veg. 3, p.481, 1826. tamente lineares e pela capitulescência
Tipo:Venezuela, Estado deSucre, Cumana, Humboldt 343.
ramificada.
Holotypus B n.v.Foto do holótipo F 15.116!
=Gpurpureum L. var simplicicaule (Willd. ex Spreng.) 21. Gamochaeta stachydifolia (Lam.)
K1att,Linnaea 42, p. 140, 1878. Cabrera
A. L.Cabrera, BoI. Soe. Argent. Bot. 9,p.382, 1961.
Distribuição & Habitat: Estados Unidos, Mé- Basiônimo: Gnaphalium satchydifolium Lam., Encycl. 2,
xico, América Central, Argentina, Bolívia, Bra- p. 757, 1786.
Tipo: Uruguai/Argentina, Montevideo/Buenos Aires,
sil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru,
Commerson s.n. Holotypus P n.v., foto digitalizada do
Uruguai e Venezuela; citada como adventícia
holótipo P-Lam!
na Nova Zelândia. Floresce e frutifica no ve-
rão-outono. =Gnaphalium purpureum L. var stachydifolium (Lam.)
Baker, FI.Bras. 6(3), p. 125, 1882.
Comentários: Gamochaeta simplicicaulis é
com freqüência confundida com G americana, Distribuição & Habitat: Argentina, Uruguai e
da qual difere pelo maior porte, pelas folhas sul do Brasil, em campos pedregosos e dunas
basais secas eascaulinares desenvolvidas, mas, litorâneas. Citada para os Estados Unidos, por
principalmente, pelos capítulos dispostos em Nesom (2004). Floresce efrutifica na primave-
glomérulos na axila das folhas superiores, com- ra-verão.
pondo capitulescências muito interrompidas.
Comentários: Espécie relacionada à Gamo-
20. Gamochaeta sphacelata (Kunth) chaeta nigrevestis, da qual difere pela forma da
Cabrera capitulescência, pelomaiortamanho doscapítulos
A. L.Cabrera, BoI. Soe. Argent. Bot. 9,p.380, 1961. epelotomento maisdenso, decoloração distinta.
Basiônimo: Gnaphalium sphacelatum Kunth, in Humb.
Bonpl. &Kunth, Nov. Gen. Sp. PI. 4, p. 86, 1820.
Observação: As coletas desta espécie, proce-
Tipo: México, Huehuetoca, Humboldt & Bonpland.
Holotypus Pn.v. dentes do sudeste do Brasil (São Paulo), datam
29
demais decinqüenta anos, oque sugere suapos- Deble, L. P.Gamochaeta brasiliana Deble (Asteraceae-
sívelextinção nesta partedoterritório nacional. Gnaphalieae), nome novo para Gamochaeta hiemalis
(Rizzini) Cabrera, Balduinia, Santa Maria, n.5, p.
16,2005.
22. Gamochaeta subfalcata (Cabrera) Deble, L.P.Oliveira, A S.,Marchiori, J.N.C.Cinco novas
Cabrera espécies brasileiras do gênero Gamochaeta Weddel
(Asteraceae-Gnaphalieae). Balduinia, Santa Maria, n.
A L. Cabrera, BoI. Soe. Argent. Bot. 9, p.383, 1961.
6, p. 14-24,2006.
De Candolle, A. P.,Prodr. Syst. Nat. Reg. Veget., Paris,
Basiônimo: Gnaphalium subfalcatum Cabrera, Rev.Mus.
6,1838.
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senta características intermediárias entre G
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podem ser separadas pelas características ex- Freire, S.E., Iharlegui, L. Sinopsis preliminar dei género
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