Table Of ContentVivências do Quotidiano do Hospital Real de Todos-os-Santos (Lisboa):
os contextos do poço SE do claustro NE
André Alexandre Bernardino Vicente Bargão
Dissertação de Mestrado em Arqueologia
Outubro de 2015
Declaro que esta Dissertação é o resultado da minha investigação pessoal e
independente. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia.
O candidato,
____________________
Lisboa, .... de ............... de ...............
Declaro que esta Dissertação se encontra em condições de ser apreciado pelo júri a
designar.
O orientador,
____________________
Lisboa, .... de ............... de ..............
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do
grau de Mestre em Arqueologia, realizada sob a orientação científica do Professor
Doutor Rodrigo Banha da Silva, Professor Auxiliar Convidado do Departamento de
História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e do Professor Doutor André
Teixeira, Professor Auxiliar do Departamento de História da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas
Àquele que navega…
AGRADECIMENTOS
Uma jornada, como a elaboração de uma dissertação de mestrado, não escassas
vezes uma viagem solitária, não é exequível sem um conjunto de pessoas que nos
acompanham desde o primeiro dia – ou mesmo antes – ou daqueles que surgem
progressivamente e que deixam o seu marco e esforço, essenciais para levar este trabalho
a bom porto.
A materialização de dois anos deve-se, de sobremaneira, aos meus orientadores
científicos, Prof. Dr. Rodrigo Banha da Silva e Prof. Dr. André Teixeira: pelos
ensinamentos, pela motivação, pela desmedida paciência, pelo constante incentivo e pelas
oportunidades!
Agradeço, igualmente, ao CAL-Centro de Arqueologia de Lisboa pela cedência
de espaço para o estudo do espólio arqueológico.
Presente e disponível para sugestões, esclarecer dúvidas e questões referentes ao
presente tema, um muito obrigado a todos da equipa da linha de Arqueologia do CHAM-
Centro de História d’Aquém e d’Além Mar. Assim, um obrigado ao Luís Gil pela preciosa
ajuda e companheirismo; à Joana Torres pela aventura, experiência e aprendizagem além-
mar; e à Elisabete Conceição pela impagável motivação!
Sendo um trabalho com materiais de Época Moderna, gostaria de expor um
agradecimento ao Dr. António Marques e Dr.ª Ana Caessa pela primeira oportunidade em
contactar com estas cronologias no segundo ano da licenciatura, determinante no meu
percurso.
Ao José Pedro Henriques, pela disponibilidade e recetividade no esclarecimento
de dúvidas de âmbito Oriental. À Sílvia Casimiro pela disponibilidade no que concerne
ao espólio faunístico que, de outra forma, não estaria presente neste trabalho.
Um enorme obrigado à Sara Ferreira, mais que companheira nestes e noutros
cenários; obrigado por tudo! Pela honestidade, pela confiança, pelas gargalhadas, pelas
teorias e pela força nos momentos mais penosos. E pelas lutas e aventuras, que virão
certamente, e que vamos travar! Ao Francisco Pereira pela motivação, confiança e por
me fazer encarar os entraves de uma perspetiva diferente, bem como à Eliana Costa,
obrigado! À Ilda Rodrigues, que embarcou nesta jornada comigo!
A todos do “-1”, pelos momentos de convívio, companheirismo, de desabafos e
anseios. Até já!
Ao Peter, pela motivação e crença!
Juntamente com um grande obrigado por acreditarem, um pedidos de desculpas à
minha mãe e irmã, pela quase total ausência nestes dois anos.
Vivências do Quotidiano do Hospital Real de Todos-os-Santos (Lisboa): os
contextos do poço SE do claustro NE
André Alexandre Bernardino Vicente Bargão
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE: Séculos XVI – XVIII; Praça da Figueira; Espaços Funcionais;
Medicina; Facies Cerâmicos
As intervenções arqueológicas concretizadas entre 1999-2001 permitiram o
reconhecimento de contextos referentes ao Hospital Real de Todos-os-Santos,
nomeadamente o claustro NE, bem como uma estrutura hidráulica no seu perímetro
interno.
A identificação do espólio cerâmico e vítreo aqui descartado permite, numa
primeira fase, a aferição cronológica e tipológica destes e, consequentemente, do perfil
funcional (utilitário, de cozinha e medicinal), numa tentativa de padronização do conjunto
arte factual no edifício hospitalar e na cidade de Lisboa. Num segundo estágio, pretende-
se obter uma leitura concreta no que concerne ao período de utilização desta estrutura,
indo de encontro às distintas áreas a vigorar no espaço claustral.
ABSTRACT
KEYWORDS: 16th-18th centuries; Praça da Figueira; Functional Profile; Medicine;
Pottery Facies.
Archaeological interventions implemented between 1999 and 2001 allowed the
recognition of contexts for the Hospital Real de Todos-os-Santos, in particular, the NE
cloister and a hydraulic structure in its internal perimeter. In a first phase, the
identification of ceramic and vitreous spoils discarded here allows its chronological and
typological measurement and, therefore, the functional profile of utility, cooking and
medical aspects. In a second phase, we intend to obtain a real reading about the period of
use of this structure, considering the different areas in the cloister.
ÍNDICE
1. NOTA INTRODUTÓRIA…………………………………………………….....1
2. OBJECTIVOS E METODOLOGIA……………………………………………..5
3. O SITIO ARQUEOLÓGICO………………………………………………..….10
4. AS ESTRUTURAS DO CLAUSTRO NE…………………………………..….14
4.1. DEAMBULATÓRIOS………………………………………………….….15
4.2. MUROS DE DELIMITAÇÃO………………………………………….…16
4.3.ÁREA COMPARTIMENTADA………………………………………...…18
4.4.INFRA-ESTRUTURAS DE SANEAMENTO……………………………..21
4.5.PONTOS DE ABASTECIMENTO E ESTRUTURAS HIDRAULICAS….22
4.6.O POÇO SE………………………………………………………………....23
5. A ESTRATIGRAFIA ASSOCIADA AO POÇO SE…………………………...25
6. PROBLEMÁTICAS TERMINOLÓGICAS: UMA BREVE REFLEXÃO E
FUNDAMENTAÇÃO……………………………………………………….....27
7. OS MATERIAIS ARQUEOLÓGICOS DO POÇO SE: CERÂMICAS E
VIDROS………………………………………………………………………..30
7.1. QUARTO MOMENTO………………………………………………...….38
7.1.1. A Cerâmica Comum Fosca…………………………………………38
7.1.2. A Cerâmica Fina…………………………………………………....45
7.1.3. A Cerâmica Comum Vidrada……………………………………….46
7.1.4. A Faiança Portuguesa…………………………………………….....49
7.1.5. A Porcelana Chinesa……………………………………………..…55
7.1.6. A Porcelana Japonesa……………………………………………….55
7.1.7. Creamware………......…………………………………………….....56
7.1.8. O Vidro……………………………………………………………..57
7.1.9. Azulejos……………………………………….………………….....59
7.2. SEGUNDO MOMENTO…………………………………………………..59
7.2.1. A Cerâmica Comum Fosca………………………………………….60
7.2.2. A Cerâmica Fina…………………………………………………....72
7.2.3. A Cerâmica Comum Vidrada…………………………………….....81
7.2.4. A Cerâmica Modelada……………………………………………....85
7.2.5. A Cerâmica Pintada…………………………………………………89
7.2.6. A Cerâmica “Pedrada”……………………………………………...90
7.2.7. A Cerâmica Esmaltada……………………………………………...92
7.2.8. A Porcelana Chinesa………………………………………………..96
7.2.9. Stoneware…………………………………………………………...98
7.2.10. O Vidro………………………………………………………….….98
8. OS MATERIAIS ARQUEOLÓGICOS DO POÇO SE: OUTROS
OBJECTOS……………………………………………………….…………...100
9. OS MATERIAIS ARQUEOLÓGICOS DO POÇO SE: FAUNAS…….……..102
10. INTERPRETAÇÃO DOS DADOS…………………………………………...104
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………….…....117
12. FONTES E BIBLIOGRAFIA………………………………………………....122
12.1. FONTES IMPRESSAS…………………………………………….….122
12.2. BIBLIOGRAFIA……………………………………………………....123
12.3. WEBGRAFIA………………………………………………………....140
APENDICE A…………………………………………………………………….142
APENDICE B…………………………………………………………………….144
APENDICE C……………………………………………………………….……148
APENDICE D………………………………………………………………….…170
APENDICE E……………………………………………………………...……..173
APENDICE F………………………………………………………...…………..176
APENDICE G…………………………………………………………………….225
APENDICE H……………………………………………………………….……304
APENDICE I………………………………………………………………….….309
APENDICE J……………………………………………………………………..321
Description:quotidianos prendeu-se com a descodificação destas vivências LISTER, F., LISTER, R. (1987) – Andalusian Ceramics in Spain and New Spain: a.
