Table Of ContentRumores de festa
o sagrado e o profano na Bahia
Ordep Serra
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SERRA, O. Rumores de festa: o sagrado e o profano na Bahia [online]. 2nd ed. Salvador: EDUFBA,
2009, 188 p. ISBN 978-85-232-1231-5. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.
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RRRRRRRRRRRRRRRuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmmmmooooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrreeeeeeeeeeeeeeesssssssssssssss dddddddddddddddeeeeeeeeeeeeeee FFFFFFFFFFFFFFFeeeeeeeeeeeeeeessssssssssssssstttttttttttttttaaaaaaaaaaaaaaa
OOOOOOOOOOOOOOO SSSSSSSSSSSSSSSaaaaaaaaaaaaaaagggggggggggggggrrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaadddddddddddddddooooooooooooooo
eeeeeeeeeeeeeee ooooooooooooooo PPPPPPPPPPPPPPPrrrrrrrrrrrrrrrooooooooooooooofffffffffffffffaaaaaaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnnnnooooooooooooooo
nnnnnnnnnnnnnnnaaaaaaaaaaaaaaa BBBBBBBBBBBBBBBaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaa
22222ªªªªª EEEEEdddddiiiiiçççççãããããooooo
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Universidade Federal da Bahia
Reitor
Heonir Rocha
Vice-Reitor
Othon Jambeiro
Editora da Universidade Federal da Bahia
Diretora
Flávia Goullart Mota Garcia Rosa
Conselho editorial
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Caiuby Álves da Costa
Charbel Niño El Hani
Dante Eustachio Lucchesi Ramacciotti
José Teixeira Cavalcante Filho
Maria do Carmo Soares Freitas
Suplentes
Alberto Brum Novaes
Antônio Fernando Guerreiro de Freitas
Armindo Jorge de Carvalho Bião
Evelina de Carvalho Sá Hoisel
Cleise Furtado Mendes
Maria Vidal de Negreiros Camargo
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RRRRRRRRRRuuuuuuuuuummmmmmmmmmoooooooooorrrrrrrrrreeeeeeeeeessssssssss ddddddddddeeeeeeeeee FFFFFFFFFFeeeeeeeeeessssssssssttttttttttaaaaaaaaaa
OOOOOOOOOO SSSSSSSSSSaaaaaaaaaaggggggggggrrrrrrrrrraaaaaaaaaaddddddddddoooooooooo
eeeeeeeeee oooooooooo PPPPPPPPPPrrrrrrrrrrooooooooooffffffffffaaaaaaaaaannnnnnnnnnoooooooooo
nnnnnnnnnnaaaaaaaaaa BBBBBBBBBBaaaaaaaaaahhhhhhhhhhiiiiiiiiiiaaaaaaaaaa
OOOOOOOOOOrrrrrrrrrrddddddddddeeeeeeeeeepppppppppp SSSSSSSSSSeeeeeeeeeerrrrrrrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaa
EDUFBA
Salvador 2009
2ª Edição
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©1999 by Ordep Serra
Direitos para a Língua Portuguesa cedidos à Editora da Universidade
Federal da Bahia. Feito o depósito legal.
2ª edição
Projeto Gráfico e Capa
Iure Aziz
Editoração Eletrônica
Iure Aziz
Revisão de Texto
O autor
Revisão de Editorial e Normalização
Magel Castilho de Carvalho
Tania de Aragão Bezerra
Sistema de Bibliotecas - UFBA
Trindade-Serra, Ordep José, 1943-
Rumores de festa : o sagrado e o profano na Bahia / Ordep Serra.
- 2. ed. - Salvador : EDUFBA, 2009.
188 p. : il.
Inclui bibliografia.
ISBN : 978-85-232-0581-2
1. Cultura popular - Bahia. 2. Bahia - Usos e costumes. 3. Bahia - Usos
e costumes religiosos. 4. Festas folclóricas. 5. Festas populares. I. Título.
CDD - 394.2
Editora da Universidade Federal da Bahia
Rua Barão de Jeremoabo s/n Campus de Ondina
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SSSSSSSSSSuuuuuuuuuummmmmmmmmmáááááááááárrrrrrrrrriiiiiiiiiioooooooooo
Ecoando novos rumores (Breve prólogo retrospectivo) 7
Atrás do Trio Elétrico 31
O Sagrado e o Profano nas “Festas de Largo” da Bahia 69
I. Preliminares 69
II. A festa de largo: caracterização 71
III. Marcadores simbólicos, espaço e tempo virtual
“Zero Hora”, Festa da Ajuda, ritos do trio elétrico: limiares 79
IV. Festas de largo e carnaval:
reminiscências de um calendário violado 85
V. O limiar da lavagem 86
VI. A tradiçao alterada: mudanças no tempo festivo 93
VII. Multifesta 95
VIII. Folia e religião: arqueologia da festa 97
IX. Sincretismo afro-católico no horizonte das festas de largo
baianas 101
X. A ruptura 103
Notas 106
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Roda 113
I. Abertura 113
II. Primeiros passos 114
III. Volta 116
IV. As marcas do samba mimo e momo 119
V. Outras marcas: o erotismo 121
VI. Antecedentes 126
VII. O samba de roda e seus protagonistas.
De novo o sagrado e o profano 128
Notas 132
O Triunfo dos Caboclos 137
I. Apresentação 137
II. Dois de Julho: o sucesso e a festa 141
III. O cortejo e seus sentidos 145
IV. Heróis e santos 150
V. Galeria 153
VI. Caboclos 158
VII. Caxias e heróis 162
VIII. De heróis, mártires e santos 165
IX. Interfaces 166
X. Diferenças 168
XI. Conclusões 169
Notas 174
Referências 181
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EEEEEEEEEEccccccccccooooooooooaaaaaaaaaannnnnnnnnnddddddddddoooooooooo nnnnnnnnnnoooooooooovvvvvvvvvvoooooooooossssssssss
rrrrrrrrrruuuuuuuuuummmmmmmmmmoooooooooorrrrrrrrrreeeeeeeeeessssssssss
((((((((((BBBBBBBBBBrrrrrrrrrreeeeeeeeeevvvvvvvvvveeeeeeeeee pppppppppprrrrrrrrrróóóóóóóóóóllllllllllooooooooooggggggggggoooooooooo
rrrrrrrrrreeeeeeeeeettttttttttrrrrrrrrrroooooooooossssssssssppppppppppeeeeeeeeeeccccccccccttttttttttiiiiiiiiiivvvvvvvvvvoooooooooo))))))))))
Este pequeno livro continua atraindo alguma
atenção. Isto se deve, sem dúvida, à natureza de seu as-
sunto: o cambiante movimento das festas populares
baianas, um fenômeno que hoje suscita não pequeno
interesse de estudiosos e do público em geral. Dá-se que
ainda existe uma certa carência de estudos publicados a
tal respeito, muito embora a bibliografia pertinente te-
nha aumentado nas últimas décadas. De qualquer modo,
é recente o incremento da pesquisa nesse campo.
Ao falar, agora, da natureza mutável do objeto
de meu estudo, já me obrigo a reconhecer que o livro
aqui reapresentado se acha comprometido com a histó-
ria de que trata, envolvido por ela de maneira decisiva.
Afinal, ele chama a atenção para transformações. E é fá-
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Ordep Serra
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cil ver que contempla um momento de uma rica trajetó-
ria, fazendo referência a etapas anteriores e esboçando
tentativas de sondar desenvolvimentos futuros. Seme-
lhante abordagem, por si só, convida a revisitas... E no
presente há boas razões para o fazer – ou, pelo menos,
tentar. Motiva-o a percepção de que um outro momen-
to se desenha na vida das festas em apreço.
No ensaio “Atrás do trio elétrico”, observei que
o carnaval de Salvador se agigantou, extrapolou do an-
tigo quadro festivo que integrava, canibalizou festas que
o precediam e de que antes recebia incremento, derra-
mou-se por novos espaços, começou a transcender li-
mites de tempo e lugar (teve seu modelo difundido,
propagado, “exportado” para outros domínios e esta-
ções festivas); alcançou, assim, novas dimensões. A par-
tir das últimas décadas do século passado, tornou-se
campo de investimentos que, no seu corpo – em princí-
pio consagrado ao ócio festivo – injetaram poderoso
negócio: de show biz, publicidade e marketing. A super-
festa atraiu empresas desejosas de expor suas marcas
em um evento que reúne multidões e é transmitido pela
tevê não só para todo o Brasil como para muitos outros
países; elas não demoraram a interessar-se pela oportu-
nidade de usar um cenário entusiástico amplamente
exposto como recurso de atração e fidelização de clien-
tes, de incremento de suas vendas. Por outro lado, isso
fez com que alguns profissionais do carnaval procuras-
sem organizar-se melhor, empresarialmente. Também
Promoters passaram a ter um destacado campo de ação
na grande festa popular. E constituiu-se uma indústria
carnavalesca, com empresas especializadas na produ-
ção de trios-elétricos e equipamentos correlatos.
Acresce que, há muito, o carnaval sotero-
politano tem reclamado significativo investimento pú-
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Rumores de Festa O Sagrado e o Profano na Bahia
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blico. Está a requerer – com premência cada vez maior –
um esforço sério de policy making, o desenho de uma
política para sua abordagem; constitui uma inescapável
preocupação de diferentes instâncias e órgãos de go-
verno. É rico em desafios que urbanistas, administra-
dores, economistas, sociólogos e políticos precisam en-
frentar...
Não trato diretamente disso no livro, mas apon-
to para a complexidade das questões que o fenômeno
levanta.
No momento (a passagem do século) a que me
reportei no estudo em apreço, já era patente o cresci-
mento do negócio carnavalesco, que continuou a tomar
vulto; já era notável, também o agravamento de algu-
mas contradições que sempre atravessaram a folia
baiana – e se mostram, agora, muito mais acentuadas.
No que toca ao gigantismo, devo logo corrigir
uma afirmativa feita na abertura do primeiro ensaio des-
te livrinho (o já citado “Atrás do Trio Elétrico”): o carna-
val soteropolitano é hoje reconhecido como a maior festa
campal do mundo; superou a Oktoberfest e este record cons-
ta do Guinness. Os números são controversos; não temos
estatísticas seguras... Falou-se até em dois milhões e se-
tecentos participantes no ano de 2009 (quiçá contando os
envolvidos, de uma maneira ou de outra, no curso total
da grande festa, desde seus prelúdios).1
Trata-se, é claro, de um grande exagero. Mas
todas as avaliações acusam o caráter de mega-evento,
de fenômeno de massa da maior festa baiana, a desta-
car-se no mundo por seu vulto extraordinário. O afluxo
de turistas de várias regiões do Brasil e do exterior que
ela provoca é mesmo espantoso.2
Em face disso, há muito se fez matéria de con-
senso a grandeza da super-festa de Salvador. A mídia
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