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RH Ágil
Mais Humanos e menos recursos
O desafio da gestão de pessoas
nas organizações do século XXI
Fernanda Magalhães
Marcos Garrido
Ilustrações: Luiz Claudio Campello e Lourem Rios
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Prefácio por Guilherme Cavalieri, presidente da ABRH-SP
Vivemos um momento histórico da humanidade, daqueles que
no futuro serão lembrados e estudados pela ruptura em várias dimensões
da sociedade. Particularmente acelerada pelo trágico contexto da
pandemia global do novo coronavírus, a transformação digital das
empresas de todos os tamanhos e setores, públicas, privadas e sem fins
lucrativos, é um exemplo desse caminho sem volta.
Sem desprezar a importância histórica dos conceitos de Taylor
e Fayol, não há mais espaço, no mundo atual, para a velha autocrática
organização do trabalho, ainda presente em muitas organizações mais de
um século depois. Para sobreviver a tantos desafios decorrentes do
avanço da tecnologia, e a um mundo cada vez mais complexo, as
organizações precisam revolucionar sua forma de trabalhar. Só assim
podem resolver problemas crônicos de lentidão, ineficiência, burocracia
e falta de inovação. A resposta para tantas mudanças tem sido a
implantação do chamado mindset ágil, cuja origem remonta aos princípios
e valores do Manifesto Ágil, assinado em 2001 e para muitos considerado
o momento de transformação do mundo do trabalho.
Um dos princípios centrais desse novo modelo é finalmente
colocar o ser humano no centro das decisões. A implantação do mindset
Ágil é um processo longo e que impacta a cultura e por isso a área de
Recursos Humanos tem grande responsabilidade na sua promoção
dentro das organizações, principalmente em razão do relevante papel do
RH como guardião e direcionador dessa nova cultura. Não tenho dúvidas
de que a área é a verdadeira protagonista em todo esse processo de
transformação.
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Isso tem implicado a mudança do próprio RH. Ou seja,
enquanto lidera a promoção do mindset ágil dentro da empresa, a área
também deve se tornar ágil e rever sua própria maneira de trabalhar.
Simultaneamente, temos que rever os processos que nós, líderes e
gestores de pessoas, somos responsáveis dentro das organizações:
avaliação de desempenho, preparação da liderança, capacitação e os bons
exercícios de feedback, redesenho da própria organização e revisita de
todo o processo de recrutamento e seleção, admissão e desligamento.
Além disso, também devemos olhar com bastante atenção para os
parceiros de negócios, os HR Business Partners. Como consultores
internos de RH, esses profissionais são fundamentais na implantação dos
novos processos de gestão de pessoas, na revisão das estruturas
organizacionais, do novo mindset e da nova cultura.
Todos esses temas são explorados e aprofundados neste livro
dedicado ao RH Ágil. Criado com maestria pelos autores como um guia
de bolso, rápido, direto ao ponto, focado em práticas, mas ao mesmo
tempo considerando as teorias e seus autores, trata-se de um excelente
Norte para colocar a área de RH nesse novo contexto e momento, e,
principalmente, nos preparar para o presente e o futuro. Como RHs,
temos não só a obrigação de lermos esse livro, mas também de
estudarmos em profundidade seu conteúdo.
Particularmente, destaco um capítulo muito interessante sobre
os times de alta performance e o conceito da autogestão. Sou defensor e
tenho procurado ajudar organizações a ampliar a autonomia dos
trabalhadores, baseada na confiança e nos princípios éticos. Ajudei a
implementar e capturamos os benefícios dessa organização do trabalho
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em ambientes de fábrica no final dos anos 1980. Reconheço hoje como
uma grande vantagem competitiva reproduzir esse mesmo modelo nos
ambientes de escritório dando autonomia para as pessoas e criando um
ambiente que estimule o aprendizado e a experimentação, tão
fundamentais para vencer os desafios e proporcionar a satisfação no
mundo do trabalho contemporâneo.
Por fim, quero mencionar que tive o prazer não só de conhecer
os autores deste livro, mas também de experimentar na prática os
conceitos do mindset ágil. Generosamente e de forma pro bono, eles nos
guiaram na revisão da forma como a Associação Brasileira de Recursos
Humanos de São Paulo (ABRH-SP) trabalha. Esse processo ainda está
em curso e, de maneira participativa e integrada, ao colocar os associados
no centro das nossas conversas e decisões, estamos reavaliando a
jornada, pesquisando a experiência dos associados e, com isso, revendo
a forma como oferecemos soluções às dores da comunidade de RH e dos
líderes de pessoas.
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Prefácio por Guilherme Cavalieri, presidente da ABRH-SP 5
Quem Somos 10
Agradecimentos 12
Agradecimento Especial 17
Introdução 19
Como este livro foi escrito 24
Parte I - Ágil
1 - Mindset Ágil 31
2 - O profissional criativo 55
3 - Os 4 Domínios da Agilidade 63
4 - Mitos da Transformação Ágil 71
5 - O papel do RH na transformação Ágil 87
6 - Human Resources Business Partner (HRBP) 101
Parte II - Times
7 - Modelo de Tuckman 115
8 - Times de Alta Performance 125
9 - Times Multidisciplinares 155
10 - Modelos de Organização de Times 167
11 - Gestão de Conhecimento 195
Parte III – Experiência e Jornada do Colaborador
12 - Experiência e Jornada do Colaborador 215
13 - Alinhamento Cultural 277
14 - Diversidade e Inclusão 295
15 - Próximos Passos 325
Anexo I - Castelo de Mentiras 329
Anexo II - Inovação Colaborativa 345
Anexo III - Referências Bibliográficas 349
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RH Ágil
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Quem Somos
Fernanda Magalhães, por
Marcos Garrido: Fernanda é uma
profissional incrível, divertida, criativa,
exigente e inteligentíssima. Nos
conhecemos no MBA da escola de
negócios da PUC do Rio de Janeiro em
2011. Eu professor, ela aluna do MBA.
Fernanda cursava a disciplina de métodos Ágeis e logo de cara ficou
super interessada no tema. Melhor aluna do MBA que já tive nos 6 anos
em que dei aula lá. Sempre soube que trabalharíamos juntos em algum
momento, e acho até que disse isso a ela algumas vezes. Palestrante
internacional, Fernanda gosta de dizer que quando conheceu o mundo
da Agilidade ela na verdade atravessou um portal. Fernanda é Agile
Expert na Knowledge21, ajudando e inspirando pessoas a enxergar e
atravessar o mesmíssimo portal, atuando estrategicamente em empresas
de médio e grande porte no Brasil e América Latina, como a responsável
pela estratégia de transformação Ágil junto a executivos de
departamentos de marketing, tecnologia, operações, recursos humanos,
entre outros. Fernanda trabalhou mais de dez anos na IBM na área de
Incentivos, passou por diversos cargos até a gestão, e é uma estudiosa
dos temas RH Ágil e Aprendizado. Fernanda é mãe do Riq, do qual o
Tio P aqui tem também muito orgulho e carinho, e filha da Leticia, de
quem sou fã incondicional!