Table Of Contentmodos de habitar e desabitar o século XXI
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
reitor João Carlos Salles Pires da Silva
vice-reitor Paulo Cesar Miguez de Oliveira
assessor do reitor Paulo Costa Lima
EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
diretora Flávia Goulart Mota Garcia Rosa
conselho editorial
alberto Brum Novaes
Angelo Szaniecki Perret Serpa
Caiuby Alves da Costa
Charbel Ninõ El-Hani
Cleise Furtado Mendes
Dante Eustachio Lucchesi Ramacciotti
Evelina de Carvalho Sá Hoisel
José Teixeira Cavalcante Filho
Maria Vidal de Negreiros Camargo
COMPÓS - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS
DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO
presidente Edson Fernando Dalmonte
vice-presidente Cristiane Freitas Gutfreind
secretário-geral Rogério Ferraraz
EDUARDO JESUS
EJNEEDUESR TJRAINNODATTDI EJ R.
E MARCOS ROXO
(ORG.)
modos de habitar e desabitar o século XXI
SALVADOR / BRASÍLIA
EDUFBA / COMPÓS
2016
2015, autores.
Direitos para esta edição cedidos à EDUFBA.
Feito o depósito legal.
Grafia atualizada conforme o Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa de 1990, em vigor no Brasil desde 2009.
Projeto Gráfico
Rodrigo Oyarzábal Schlabitz
Editoração e capa
Gabriel Cayres
Foto da capa
bcayres
Revisão e Normalização
Letícia Rodrigues e Ricardo Boxus
Ficha Catalográfica: Fábio Andrade Gomes - CRB-5/1513
R379 Reinvenção comunicacional da política : modos de habitar e desabitar o século XXI /
Eduardo Jesus ... [et al.], Organizadores. – Salvador : EDUFBA ; Brasília : Compós,
2016.
292 p.
Livro Compós 2016.
ISBN 978-85-232-1483-8
1. Política. 2. Comunicação. I. Jesus, Eduardo. II. Título: Modos de habitar e
desabitar o século XXI.
CDU: 32:659.3
Editora filiada a
EDUFBA
Rua Barão de Jeremoabo, s/n, Campus de Ondina,
40170-115, Salvador-BA, Brasil
Tel/fax: (71) 3283-6164
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Sumário
Apresentação | 9
Parte I - Cenários políticos e métodos de abordagem
na comunicação
Comunicação e reinvenção acontecimental da política | 15
José Luiz Aidar Prado – PUC/SP
Eram iconoclastas nossos ativistas? A representação na berlinda
e as práticas comunicacionais como formas (políticas) de
presença | 31
Rose de Melo Rocha – ESPM
Confronto político e mídia digital: investigando o “nós” da ação
coletiva | 47
Rousiley C. M. Maia, Patrícia G. da C. Rossini, Vanessa V. de Oliveira, Alicianne G. de Oliveira – UFMG
A pólis que se faz em processos midiáticos: proposições sobre a
política na perspectiva da midiatização | 65
Jairo Ferreira – UNISINOS
Parte II - Conformações midiáticas na política
contemporânea
Lady gaga em Cuba | 85
Thiago Soares – UFPE
“Chega de fiu fiu”: feminismo, emoções e mobilização política
por meio de práticas de compartilhamento de si | 97
Tatiane Leal – ECO-UFRJ
Cair na real: “boas práticas” publicitárias sob a ótica do
realismo capitalista e do aceleracionismo | 113
Marcio Telles – UFRGS
Mídia Ninja e juventude: corpos e afetos na disputa política e
nas narrativas audiovisuais | 129
Thiago Ferreira – UFBA
Parte III - Redes e Políticas
Das massas às redes: comunicação e mobilização política | 149
Julio Cesar Lemes de Castro – ECO-UFRJ
As redes e os protestos sociais: a difusão da mensagem
dissidente | 167
Jacques A. Wainberg – PUC/RS
Champanhe em zona de conflito: redes sociais e controvérsia no
Caso Estelita | 193
Carolina Dantas de Figueiredo – UFPE
Parte IV - Circuitos, críticas e reverberações políticas
O papel da mídia e dos mediadores nos protestos de junho de
2013 no Brasil | 213
Rose M. Santini – ECO/UFRJ
A Primavera Árabe e o enquadramento do outro: a captação da
alteridade na narrativa jornalística | 233
Mayra Rodrigues Gomes – USP e José Augusto Mendes Lobato FMU - USP
Vigilância, participação e resistência em imagens de
manifestações de rua | 251
Felipe da Silva Polydoro – USP
Reconfigurações políticas do religioso no ambiente digital: da
crença particular à opinião pública | 267
Luís Mauro Sá Martino Cásper Libero e Angela Cristina Salgueiro Marques – UFMG
Sobre os organizadores | 285
Sobre os autores | 287
APRESENTAÇÃO
Marchas, jornadas e ocupações
Eduardo Jesus
Eneus Trindade
Jeder Janotti Jr.
Marco Roxo
Esse título lembra uma convocação do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), mas no contexto contemporâneo de ampla visibilida-
de mediada (e de certa forma controlada) por instituições e sujeitos na indústria
midiática global e nas tramas das redes sociais, a política vem assumindo outras
configurações. A Primavera Árabe, as Jornadas de junho de 2013, os movimentos
Não vai ter Copa, Fora Dilma, Ocupa Estelita (Recife), Praia da Estação (Belo
Horizonte), Marcha das Vadias, entre muitos outros parecem corroborar para o
fim dos conceitos tradicionais das relações entre política e comunicação.
Cada vez torna-se mais difícil compreender a política. De um lado, as esgo-
tadas formas tradicionais com seus verticais jogos de poder e, de outra, a complexi-
dade da multidão típica dos movimentos atuais, muitas vezes com forte conotação
identitária e subjetiva que agenciam linhas que fazem confluir mudanças, reações
aos modelos mais ortodoxos de ações políticas e reivindicações contra alguns
avanços dos grupos minoritários que, frequentemente, são excluídos e afastados
da cena política.
Nesse contexto social, tenso e dinâmico, minado pela incidência cada vez
maior dos processos de midiatização, o livro da Compós de 2016 tenta mostrar
os modos pelos quais a cena política vem sendo reinventada em sua dimensão
comunicacional. Construímos um panorama de reflexões entre os quase 50 textos
enviados atendendo à convocatória proposta. Cada um dos textos sinaliza, com
distintas intensidades, como a comunicação percebe, observa, analisa e responde
às novas matrizes da política na contemporaneidade. Entre as tensões do local –
cada vez mais denso graças à enorme quantidade de informações e interações em
circulação – e as efusivas formas mediadas e midiatizadas do global, a política se
reinventa em suas relações, dando à comunicação cada vez mais centralidade em
sua configuração atual. Do enfadonho e quase jocoso horário político eleitoral
gratuito (com seus minutos extremamente disputados em alianças e conchavos
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