Table Of ContentPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Programa de Pós Graduação em Administração
QUEM RESOLVE PROBLEMAS APRENDE?
A CONTRIBUIÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS PARA A APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL.
Claudemir Yoschihiro Oribe
Belo Horizonte
2008
Claudemir Yoschihiro Oribe
QUEM RESOLVE PROBLEMAS APRENDE?
A CONTRIBUIÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS PARA A APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Administração da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Administração.
Orientadora: Profa. Dra. Ângela França Versiani
Co-Orientador: Prof. Dr. Humberto Elias Garcia Lopes
Belo Horizonte
2008
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Oribe, Claudemir Yoschihiro
O69q Quem resolve problemas aprende? A contribuição do método de análise
e solução de problemas para a aprendizagem organizacional / Claudemir
Yoschihiro Oribe. – Belo Horizonte, 2008.
168 f. : il.
Orientadora: Profª. Drª. Ângela França Versiani ; Co-orientador: Prof.
Dr. Humberto Elias Garcia Lopes.
Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, Programa de Pós-Graduação em Administração.
Bibliografia.
1. Aprendizagem organizacional. 2. Gestão da qualidade total. 3.
Solução de problemas. 4. Círculos de qualidade. I. Versiani, Ângela
França. II Lopes, Humberto Elias Garcia. III. Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Administração.
IV.Título.
CDU: 658.011.8
Bibliotecária : Simone Ângela Faleiro van Geleuken – CRB 6 /1661
Aos meus avós paternos (in memoriam), pela corajosa epopéia que
empreenderam há 95 anos.
Aos meus pais, que me ensinaram a ter persistência.
Aos meus filhos, para que este feito lhes sirva de exemplo para
trilhar seus próprios caminhos.
AGRADECIMENTOS
À minha família – Leandro, Lucas, Laís e Andréa – pela compreensão nos momentos em que
estive ausente.
The Association of Overseas Technical Scholarships – AOTS – pela oportunidade de
conhecer de perto a história da evolução da qualidade no Japão e alguns de seus protagonistas
e por ter me presenteado com alguns livros ainda em 1996, quando não esperava usá-los numa
causa tão nobre, que acabaram sendo fundamentais para a elaboração dessa dissertação.
Aos Professores Maria Celeste Reis Lobo de Vasconcelos, Sandro Marcio da Silva, José
Marcio de Castro e Carlos Alberto Gonçalves que dedicaram parte de seu tempo na validação
do instrumento de pesquisa.
Às empresas pesquisadas e seus empregados por terem fornecido as informações valiosas
sobre seu trabalho, em especial, a Duval Heriberto Gomes, Edmundo Eutrópio C. de Souza e
Márcia Siman Assis Silva.
À Sara Cristina Taves e Lais de Aguiar Oribe, pela digitação dos dados, e ao Professor José
Maria Malta Lima pela precisão na correção do texto.
Clientes e amigos da Qualypro Tecnologia, pelo apoio e pelas experiências valiosas para que
a aplicação do MASP se tornasse uma experiência apaixonante. Aos sócios, funcionários,
estagiários e parceiros desta empresa, enfim todas as pessoas que, de alguma forma, me
incentivaram na realização e conclusão deste trabalho.
Aos amigos Márcia Karino, Manuela Vitorino e Luis Nunes que, ao indagarem
constantemente sobre este projeto, me passavam a mensagem de seguir em frente.
“Diante de tantas mudanças, restava-lhe aprender tudo de novo.
Num mundo de constante aprendizagem. Sabia que buscava
respostas e, a cada questão respondida, mais respostas
necessitaria. Passou a refletir. Posicionar-se em seu mundo.
Diferente do mundo de todas as pessoas. Cada pessoa tem seu
próprio mundo.”
Sérgio Marchetti
RESUMO
As mudanças ambientais e de como tais alterações repercutem nas organizações, tem sido
assunto recorrente nos estudos organizacionais. A aprendizagem organizacional é considerada
hoje uma condição para que as organizações se desenvolvam e sobrevivam no ambiente
competitivo. As organizações que são efetivas no processo de aprendizagem equilibram-se
com práticas individuais e coletivas, formais e informais. Dentre as formais, encontra-se a
solução sistemática de problemas, que se faz no Brasil, principalmente pela aplicação do
Método de Análise e Solução de Problemas – MASP. Defende-se neste trabalho que as
aplicações do MASP são oportunidades genuínas de aprendizagem organizacional e uma
organização que faça uso do método poderia se denominar como uma organização que
aprende. Para comprovar tal assertiva, realizou-se uma pesquisa, cujo objetivo geral foi o de
avaliar se uma organização que se utiliza do Método de Análise e Solução de Problemas –
MASP – de forma sistemática pode ser considerada uma organização que aprende na
perspectiva da ação social de Templeton, Lewis e Snyder (2002). Os autores desenvolveram
seu próprio construto da aprendizagem organizacional como um processo contínuo, composto
pelos subconstrutos aquisição de conhecimento, distribuição da informação, interpretação da
informação e memória organizacional. A pesquisa foi realizada em três grandes organizações
brasileiras que utilizam o MASP em CCQs ou grupos de melhoria. Os resultados apontaram
uma alta freqüência de concordância em relação às quatro variáveis do construto, como
também nos aspectos do contexto organizacional, comportamento e gerenciamento dos
grupos, mostrando que uma empresa que utiliza o MASP poderia ser qualificada como uma
organização que aprende.
Palavras-chave: Aprendizagem organizacional; Resolução sistemática de problemas; MASP;
Círculos de Controle da Qualidade; Grupos de Melhoria; Melhoria contínua.
ABSTRACT
Environmental change and how those changes evolve as organizational impact has been a
recurring subject in organizational studies. In today's competitive environment, organizational
education and training is considered to be an essential condition for corporate development
and survival. Organizations active in this learning process maintain their equilibrium through
individual and group activities, both formal and informal. Among the formal practices you
find the systematic approach to problem solving, practiced in Brazil primarily through the
application of MASP - Methodology of Analyses and Solution of Problems. This study asserts
that applications of MASP provide genuine opportunities for organizational education and
that an organization that applies this methodology can be denominated as an organization that
learns. To prove this assertion, a research study was completed whose overall objective was to
evaluate an organization that systematically practices MASP, to see if the organization can be
considered to be an organization that learns from the social action perspective of Templeton,
Lewis and Snyder (2002). The authors developed their own organizational learning construct
as a continuous process made up of four sub-constructs; knowledge acquisition, information
distribution, information interpretation and organizational memory. The study was completed
in three large Brazilian organizations that practice MASP in CCQ's and improvement groups.
The results indicate a high frequency of correlation to the four variables of the author's
construct, as well as the behavioral, group management aspects and organizational context,
showing that a company that practices MASP could be qualified as an organization that
learns.
Keywords: Learning Organization; Systematic problem solving; MASP; Quality Control
Circles; Improvement teams; Continuous improvement.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Lista de Figuras
Figura 1: Diagrama representativo da evolução do MASP................................................26
Figura 2: Conceito de controle de Taylor e os três processos de produção em massa.....27
Figura 3: Ciclo de Shewhart de 1939....................................................................................28
Figura 4: Ciclo de Shewhart para desenvolvimento de produto........................................28
Figura 5: Ciclo de Shewhart para processos repetitivos de melhoria...............................29
Figura 6: Ciclo PDCA como desenvolvido no Japão...........................................................29
Figura 7: Seqüência de expansão e foco do pensamento.....................................................77
Figura 8: Seqüência típica de ferramentas da qualidade na etapa de análise..................82
Figura 9: Aprendizado pela análise e pela ação - dois componentes complementares
do processo de aprendizagem..............................................................................92
Lista de Gráficos
Gráfico 1: Respondentes por Empresa participante.........................................................114
Gráfico 2: Tempo de casa dos respondentes......................................................................115
Gráfico 3: Distribuição dos respondentes que utilizam ou acompanham grupos que
se utilizam do MASP..........................................................................................116
Gráfico 4: Tempo que trabalha ou possui contato com o MASP.....................................116
Gráfico 5: Média das questões em todas as empresas pesquisadas e reunidas por
subconstruto........................................................................................................118
Gráfico 6: Desvio padrão das questões em todas as empresas pesquisadas e reunidas
por subconstruto.................................................................................................119
Gráfico 7: Evolução dos subconstrutos ao longo do tempo de experiência.....................138
Gráfico 8: Evolução dos quesitos do subconstruto Interpretação da Informação
segundo o tempo de experiência........................................................................140
Gráfico 9: Níveis de conhecimento apontados pelas Empresas pesquisadas..................151
Description:“Diante de tantas mudanças, restava-lhe aprender tudo de novo. Num mundo de produits nouveaux de haute technologie. Annecy, 2005.