Primeiras linhas sobre o processo civil

143 Pages·1834·8.481 MB·Portuguese

by  Joaquim José Caetano Pereira e Sousa

SOBRG
0 PROCESS0 CIVIL
PO&
JOAQUIM J O SC~A ETANO PERBIRA B SOUSA,
Bdm$ado nu Cma do Supplfi.aft~~
.
P A R T E T
. rlfp
I\ PITULO I Ds Pracrao rm gerot . . 4
CAP. I1 DoJuiz. . . . . . . . . . . . . . . 5
. . . . .
AAARRRTTTI.. G 1I 1Ol 1. .. D ID.a aD PaCr eoJcrunerpdieestndericqrica&i a.o . ........... 11.82 3
ART. IV Dcs Prsvenfiio . . . . . . . 26
. . . . . . . . . . . . . . .
CCAAPP . 1I1V1 . DDoo ARuebto .r . . , . . . . . . . . . . . 3228
. . . . . . . . . . . .
CAP. V . Do Assessor 34
. . . . . . . . . . . .
CAP. VI Do ~ d u o ~ ~ n ~ b 36
. . . . . . . . . .
CAI'. VII Do Procuradilr 42
CAP . V1II . Do Defensor, do Escurar10l-,
. . . . . . .
do .A ssisreale, e do Oppoenie 47
. . . . . . . . . . .
CAP JX . Do E'sci-iuiio 49
. . . . . . . . . . . . . .
CAI'. X D. a .C itagbo . . . . . . . 52
ART I .D a Co7i&umaci.a . . . . . . . 66
AK'.I' . 11 Ua fnslancia TO
. . . . . . . . . . . .
CCAAPP.. XXIIl . DDoo LEabxeclelep slio . . . . . . . . . . $334
CAP. XIlf . Dcs Reuotze)en~.bo. . . . . . . .1 05
CAP. XIV . Do Uontrariedade. . . . . . . . i lo
. . . . . . . . . . . .
C A P . X V Da Replica. II a
CCAAPP.. X XVVIII . . D .Dn aT OrpeppnlisciJaG .o. ........................... 11 1165
CAP. XVIJI Da Authoria 118
. . . . . . . . . . .
CAP . X IX. Das Cazli8es 125
CAY . XX. Dcs Lsriscont~strt~ii.o . . . . . .I 34
CAP. XXI . Da DiEos6a . . . . . . . . . . .1 3;
. . . . . . . . . .
CAI'. XXII. Da P~OVU ; 145
. . . . . .
ARTIGO I. Da Cor$ssdu 1s 1
AlCT. JI. Dos Instruntentos. .. .. .. ....I ~4 PRINEIRAS LINHAS
A RT. I1 1. Dus Testernunhas I so
ART. IV. Do Jurcrrnento . . . . . . .2 I o
. . . . .
ART. V, Das P1.esunepp6o'cs. 228
. . . . .
ART. VI. Do Arbilranzelato 242
. . . . . . . .
ART. VII. Da Yistorka ........ 246 PROCESS0 CIVIL.
CAP. XSIII. Da Ptlblicnsho . . . . . . . . 2 51
CAP . SXIV . Bas AllcyagBes 2 5 r
CAP. XXFT. Du CondttsBo . . . . . . . . .2 59
CCAAIP',. XXXXVVTII . DDaa s$ eC~z1tlsett>1y3?. ~... .. .. .. .. .. .. .. ..z2 a64s PARTE I.
CAPITULO I.
PRocassa he a fdrma estshtleeida pelas Leis
para se tratarem as Causas em Juizo (I).
(1) Esle forma judiciaria comprebcnde todos as act06
que se fazrm para iatltursio da Causa, t para deei&o
della. Coma o seu fim he fnzer conbecer a verdsdc, dan-
do Iaog,a r as Partes Iitipctnles para celahclecerem 06 6eU8 di-
reitos a rnaneirn airnple* e natural da exerce-la sc linjita-
ria a fare-las rir perunto o Juin para Ille expdrem o fact0
a fim de qirr ouvindo-as ella llles fireaae jt~stiga.n ilas qnam
n'ro r6 set io~praticavef qr)e a justiqn so adrrrinistre pot
semeIbante modo nos Estados polidon; ao menos a respei-
Tomo I+ A
4. rr.
Juizo he a legitima discuvsBo entre ae Yar-
tes litigantes Q rerca do8 seus direitos, feita por dausa se diz a questso agitada entre as Par-
autoridade publica. tes perante o Jeiz. (4)
4. 111.
O fim do Jttixo he a indagaqao da verdade,
Aer pessoas qua conatitlr~mo Juize s.50 prin-
e a admioistra~dod a Justiqa. (2)
cipaes ou secundarim. Aquellas s3o o .II~IX. o
Aukor, 0 R&; estaa sAa o A-et;sor, o AAvo-
.
*do, o Procurador , o Defensor Escuzadur ,
o. As~istente, o Oppqeo te , o hcriI vI io.
Foro he o Jogar onde se trat3o as Causss,
e se eserce o Jui~o.( 3)
Ito_ ule _hu rru ~r~httioiedce ~cc leri,nd.~a l O mdl t ~ c iem que 0 Processo em rozlo do sell frm h~ civil.
dev~o(lo-sr scgrrir ~irrnenteo que ba da essenciill na ordem w csinlinal (5), ems razso da sua causa eaciente
jlldiciaria, ss Ihe m~sluriom uilaa caisns supertluos, que
dcirlo o campo livre 6 rnalignillade e a caliuntria. O rc-
medio poi5 nHo se dere burcar na inleira ahofiEIo do
ptocesso , porque isso t~ei mpossirel ; mas na plla boa or- m&tb dan as negocios~sat r~lav&on & proqa pah11c.1, e alli,
gdaon rparan+coe.s so Oceo nTquune ilekrztl sam l ehi ucmoran lod eeibau emo udilroll od;e amfaavso raaovnel- nu em lwr a.vlle proximo tinth oe Msgralrados BB sflfi*
tdoar (nh4etc)r rq5u00e in~beus ttneuiIsdo o, a d scoeb Hdao irj ueaiabtotui s~eoa s on! Ecoo ophoedceiamsee ntsne r dreeda uLarediaa sae &fa-ie rsmir ~)u)s-~ .dkp*tam~raawslheadl wsri l hdsla oltdw8 d~b riru&te #*ipitldsnra ge$dn3n, c tamBe a aa&rsI dt ttiq~f~uf~eeu@:re ~s~dnam a~. dqr0nti l~et1ct1+amr~tlat rrsrr l,ryar at oirbe%
acio. Qw vnl~kngem 8s tiraria de saber tudo o que possa f- o mu ohjwhr Deqti vet# qrlb humar .ir clrn~lrh
rnoetu kobsjapec lou mdeo dcoo ndlee sklram~i&n are ntmrela ao sc obnolersnlean~sG, eese? E nme nv5ioo Ejs!c&tru)~tInPI~).Fw ~:& tr~uPmBaPs# ,o dln~ittnraa&ri~a r E, xoPrttrceue. @ium(R~em ,lEr rlprepsd ;l: ~Iq!rtk,rrtra,b r r
qnguRlsartlrfqaeud, ears. eC n~aiqa ptulidoeL sessli a coo obsoergnu irrl irqeuiet oe, slea aI blues ftaiaqpae datld msuie- p~(l$t.1~.l iPdiba'co,e uainfp c~~i vSiSl ~dSIPzD.8~I~Sa Sq. ~dee. m qtre Iriita tlr) rrP-
mior, qrre roelle~lZo ao pntr~n,anlb de cadn hut11 ; r wi-
(3) 6ste palavtu Foru vem do latim Earvm que signi- m ~ n adq tdfr em qtie se tr&te dm crimes par, a ~rrlyo+l;tn
fies progrIamenta prwja pirblica, porque enire os Eo~tla- db- peirr pnlhca,
A z
Sabrt- o Processo Civil.
he eccl~siasticoo u secular (61, em razdo da sua $. IX.
fdrma he ordinario ou surnmario (7).
0 Processo ordinario cornpoem-se de actov
g. VllI.
p~epwativ~~m sdios, e posteriores. 0 3 prepa-
,
,tim sti~a Citaq80 o Libello, a Ercep5$o,
nXc Ap dfddrem aalt cdroasr -Jsue ipzoesia hveo doela ddirr ediatso !'alrikb-sl ico(8, 1e, aT rReepcloicnav,e nn blpop,o az iCFolnot,r aa Ariuedthaodrei a, ,a a Rs C&npulqiicieas,a :
" medioa d o a Litisconteatap30 , a Dilaqgo ,
sas{ leicjc lrNsioas tFicroscr e;s snoo e scrccluelaaira stttiactos -lsrea lad-es eC adues acse isQa s~ ~c cUgaouc-io a as Provas , a Pubiioaq50, as Allegagaes , a Con-
profanos. eluzlo : os posteriores s%o a Sente~tqa,o s Em-
(7) . NO Processo ordinario segue-se a oldem solrmne bsr~os, a AppellaqSo , o Aggravo , a Revieta,
prescrlpta pe,f ns Leis; no surnmario sd 9e observf~o s ,a r:tog
al~batancines rejaitadas ae solemnidades. Ha negocios que
pela sua nalureza e pel0 favor cool qtle ago olhados em
direr10 requrrem eer tractadas corn mais celerirlade; e da-
qui tern a dibtincsio destas duas differentee especies do Pro-
cmso.
(B) L. jzss pes66unz 38. D, de pad. Pereir. Decis. 83
n. 1. Segt~nrlo eatn regra se deve entender a Ord. liv. ,3
tjl, 64 aonde so diz q~le6 8 deve julgor pels verilade aa- Jore se a pessaa constitnida por autoridade
bida n'8o obslante o erro do processo. He precis0 obset- pmblica para adrninistrar jllstiqa. (9)
var que ha erros qua ae podrm supprir ern lodes as lns- I
lancias , a q~rea inda que se J o s upprlo, n'lo annul150 o G, a fnlto de Procurn~iod oe menoren de ointe e cinco
procrgso: Ire outroa que devem ser suppridoe anlea da sen- 1nbo8, e maierer de quniots~, e dose eendo Autorcs, ou
tnekon ~bea ,ep loikdse r~n nau~plpurjfrl oie omp totceemrrpsoo: ahlgeu tmin. alAm'e npter imouetirroos cqlaus.e 4W fsl*ba6 Bda. ec ir1a. + A' dote r~mCIirICe ucxlnasdsoe rp, esretenndcoc mB eoos~ e.'3r rrdoe. IqIile~ .
cseiv pile rnleinoc som s oisb adraro so rqdueren anioadtua raqlu ed os uJboatiasncc, iaceso mdaa oer Jfea1In- itms6p0rh -m1; ra odemplw mndtuor ahl odnov eP rcoitc$twoo, , cmanas0 af af, ~lntunldl ~a ;C Ia-
La dn verdadeira Iitiscon~eao~Hob, aslando a ficia. Old. fslta de Proeura$o; quando houve Proouraqko, rnaa foi
live 3 tit. 51,, a fall& do juramenla. de calutunia. Ord. film. Ord. liv. 1 tit. 48 4. 19 liv. 3 tit. Pi8 e 99 Lit. 63
liv, 3 tit. 43 a faka da puhlice~ko da sentenps. Ord. g: 6.
liv. 3 tit. 23, s Faiia de publica$io dos juramenlos dae (9) Swtba em gerd he-$uma virtu& que nos faz dar
lTeenscteenrln u0nsh earsr. oQs rqdr.e li vd. e3 a ligiu~rn.6a 9 . soArt'e sperprinadrtahm claosa eo rdpecrrn- ati dDoe aeal l8e caomm phroerhneennds e0 toqduoaa Lhoeas nbosea dose vde~vdeore,se . n0ess keJ usreins--
mnaullhl~errn In duos PCnrouscaes~: ssoo,b rcao rnteon s a dfea lrtaai ed. eO Prdro. cluivra. g4io \idta. ce ocnosouslt~aonetep odrde md edre fain eemad aa hJuume tiop qhuuem bae vsaenut.a rAle fp&i-r m
xr.
g.
Entre n d o~ J wiz I. deve ser natml deste pide per Juiz i. o modo e uurda, 11.
Reino. ( 10) 11 exceJ~rs idatle de viate e ciaca m i (1 4 , 111. a mulber (1 61, 1V. o dgo
annos ( I I), 111. ssr ~radr~adpop la Universidade {,~lrj,V . o inbme (1 7).
(t.21, 1.V. ter ex~rcitxtluo E'hrrr (I ;).
-
vrd J~rati~!u +LO~IIiB ?trr l~~hC111a.s VBZCLL- pel* pld(i(.(i . ~ ~ . ~ i a
virtuda, e olitras wee3 significa o 1,nsr~ dircitn , e T;,~~,, He prohibide u Jdir I. injuriar cis litigsw
Fcaintlaal ln~cmLteI Iodr~e1 ~,aig anialro nlritor~o. tsriamq lion dpml~lele prd oed eLra; teer ndrirseta,t o1 114- ote s r(e~spsojn,1d 1e. ra ddsro aguahrs pmorr tamlg a,Pmo ),d ~IlVle.a (d 1e9s)c, ob1r11ir.
tLninmleav nt:c hcoen~r:n~/so1s 1f~a~l.ij ~)tt(b; fr-)r~l~lhiltd dq.une. tlor ~Il~ntlnrn dcilrsn mpoaOise sie~r ~lt?p~n!. r- 0 seeredo do Justiqa (2 11, V. dar a senlenqa por
carrepdn 13- s~rr1~1 hv1d~at de f.4z.r jllakr~a nnv srrrs SP- pitas (221, VI. e juyar na propria Cauza (as).
melt~ontes. Nit) Ila.la p17rern qur n Jlriz tentra as qlrlli-
daars reqdr~erirlas(a rias Lr15 pdia jufgar e f~tprj u.ii7a:
ai1l1ri%cb qathtornm.; b peaprrnr )r qinlnle ap c,ae rraet-lril~nltr nlrrr ro$ q3r.a , I~IfLi+n'oIbI lIIelPtt. J>d imdn l/~I~,.a (e lr4oi uSIr)on.l .~d eer afencne ap t~. IIp~rItPi - (14) L.. 11c&10c, uLDs... I6&B 4 j0u.d. d idcec. jjduLid. cfimr.. mt.in l1e $B 5D 0. .d, ed ere pgo.sjtuurl..
(10) 0113. Ilk. I. .it. 10 liv. 4 1i1.- L3 $. 9 Mend. p, 171 I,. $2 D. de &aafar.
11(1. .11;)- c. (I$)2r lI$: . 9II1V1. . 91. 3t.it -. 00- 6. 531. tit. !& pt, t 4, l- I& (\1-9-I) q-O- rryd.~. . G-l iiv.. 33 ltiitl.. 1898 4Q 814. .
de $7 dt! h hril tlt: 1607, rxcvpto Re o I :rr parattle dispen- rise) <kil.~liv;1 lit. 5 5 17 Alv. Je 83 de Norembro
sar na idetje L. 37 b. de re judicuf. hko trash cnrl, t~t- dr '16ig. +
do o ~1rnplt.j B+I. >~I~~~I~~IPIPIT~IIFO0I .1 d. IIV.1 lit. 80 6, 2 MI1 Ord. liv. 5 ti^. 9 2.
lpint.r r9n6) ipRrT. Jct iit. o1 ftiii:h oL PftIl ~d~rr i8li7a *uL.l e. AI9lI> 9r~. lJU eI I.1 61017. : &Ijpuod-e ' 7 6r 0rd. hr. 4 tit. & lip. B tit, 71 L. lb6 b, de
dtoic p.,~ ~jmldrtlilrt-ce.: n O ruYp ftilfthir*w p(aals~ nld~ .ta fsom msilica os.is uLs. q9tt eD s.i od ed eh dilrq etir-i awa L.O Ir0d .D .li rd. e 3J ulriiLs di3c4b . Lea ctsafpi ivC oId.' . upeaqrau isv iinad i.cueor
*ti vef ~~lieni.jwsiusn ;; propria injuria Feitn ao eeu carp. a.* a dm sea$ of-
Ju(t1ze3s) IcigLoe,i ;c le,, ,aIs : 1 ~de ~J,tinltb~,viwreo, ,d, ,e l r1s5p3a9~.l ~Horca emai n0d ac oanl~geif~l,mn h4.'i secoan sfelanat ianodso caaos oaP aqrtneea rOiord .d et ivju. r3r sdtiltc. q9b1 v4o.l u8n6ta rtiiat..
de Aesornnr, n rltral tlrve srr llt~rnJ nr~s~n~~ruiLt,n .1 3 ?#4 lip, b 1i.t. 80 e bl L. rdt. C, ripe& @s&centi L.
Cod. de ,wlenf. d interdr~ctrf. I5iovrlI. 3% cc. 1 Br~rnne- 9 D. de jMict. L. 19 U. de y$c. Prcesid. Govean. ad.
man6 dc ~~rocen.ctr. 1 11. 59. kg..q ui ~r*~idicllionDi. de JuriPdict. n. 4 Coler. kpw*
({,a): Ileaolu$to de 31-do Agosto debf32S. GdW. wdout; p. I. c. 6 a. 43,
He do dever do Juiz I. julgar as Causas pe-
las leis e costu~nesr ecebidos (24), ~3 segundo o =vide-~e a Jurirrdicqfio I. em secular e ec-
allegado e provado (25) , TI. supprir o que he de cksip~biea,1 1. em vduataria e cootenciora , 111.
direlto , (26), 111. ordenar o procesao para o tim ~rdioari+ e extraordinaria, IV. em propria
da indagaqiio da verdade, e da administraq50 s yd*, V. em superior e sobdterna , VI ,
da jusliqa (27), IV. decirlir p~Jav ~rdades abida, em civil e criminal,
n8o obstante o erro do Prucesso (28)-
o secular he aqueIla gue se deriva
erano, e tern por objecto o tem-
he a qua traz orlgem do Po-
g. xv. . deixou +d-stlaI greja , e
propr~amentee 6 se exerce- sobre o espiritual-(30).
Jurisdicr;30h e o poder que compete ao Ma-
gistrado de fazer justiqa (29), nitivo, e o mixlo o direik da cna~kop ara se executar
o julgado ou por melo da penhara, ou pelo da mu!-
tar au pelo da mils50 na posse do@ bens do conturnat,
am rnmma i vuzer peio da caplura. 0 9 norsos Magir-
(94) Old. IIP.1 . tit. 5 Q. 4 liv. 3 tit. 64 Lei de 18 tmb unem em si o podm de conbecer das Cauzas, e
de Agostn de 1769. ke de facer ereeutar as auar sente,n pas. ORa rbiiros porh
(%a) Ord. Ilk. 3 ~ik.6 6 pr. RgO tam n juriadrq'lo coacliva porque o seu poder $6-
(96) L. un. Cod. td YUL~d es~vafu deocut. Morlres de mu4ec.a restringe a julgar.
xxecut. 1. 3 rap. 9 n. 88. A jw~dic* da Igrtja na aua origem reatringia-
(97) Ord. liv. 3 til. a_() 64. 37 e 38. mrI: [* a pueaa objector qua conristiZo 1. no poder de en-
(98) Orti. liv. 3 trr. 63. whr tudo o qus J ~ u aab risto mandoa crer e pmticar.,
(99) Oa ILomanos enlendi2o pela palavrs Jzrrisdicg6o 11. de inlerprelar a sun doulrinn, 111. de teprimir aquel-
o diralto ~roprio a quolquer Magisirado pnta cor111r- lea que quiaanem meinar coitas contrarian, IV. de con-
cer dos negocios da sua cumpetencia, e pronuncibr so- VOCPC 08 fieir para a ora~ioe instruc$io, V. de Ibss dar
bra ellea a stla sentenca. Ltmitavh-se poi3 PO ~impkac o- pestores de differttnkea ordens para as condueir , VZ. de
nbecirnenlo e decisio: e a exectqEn da sentenga era re- de@r os mebmas pwtore~a s se Fclsiio indignos do reu
meltide a oulros hlagis~radas que tiohgo o exereic~o do miaislerid! &pale se Ibm foi at~ribuindn oulre mpaaie de
podet mcro ou mixlo, sendo poder rnero o direito pw juridic+ gue be Be dinito hrlmano e poaitivo, a qua1
-exemendo-se ao principio sbrnen~s sobre meterims Eccle=
E Q ~IO. B
Prinaeks Lilt has Solb7.e o Procesm Civil. 1I
gimtmdc~o mpete em razilo do aeu cargo. A de-
legada he a ue he cornettida pelo Imperanto ,
A Jusidiqio volunkaria ha a que se enrerct? ,v-I nc or- hull1 Jribund superior pay. conhecer, e
julgirr algu~nasC auzas.
sobre objcctos, em que nPo ha con~e5ta.@oentse
Pa&es (31). A conteneiosa he a que ee exerae i. XXI.
sobre objectos que as Partes contest20 entre si.
A Jurisdicq%os uperior be a we esli esla-
bi1e~Yas obre outra pare reformar as suas de-
ciz&q quaado as r80bnhece injustas. A inferior
A Jurisdicq20 ordinaria he squella a qtte he a qua tem outra wperior para. quem dells
compete o coahechento de todos os negocios, mq maorre.
que niio esth incu~nbidose specialrnente a outro p. XXlI.
Tribunal, ou Alagistrado. A extraordinaria lie
a que he facultada scimente para conhecer de A hrisdicgh Civil he a que conhece de
negocios de wrta natl~reea. ne~dooc.i vis; e qne tendem ao ioteresse das
Piirt:ea. k Jurisdic@e crim~nalb e a que se exer-
q a reaptito de crimes.
k Jurisdicq3o propria he aquella que ao Ma-
siasl~cos, depoib 8e eatendeu as materids profaoae qumn- bdem das 'Jurisdicq6es be d'e &rei to
do inletess50 os 'Ecclaaiasiicor. Prirneiro as deciaBea dos n9to P" etle ser iavertida pelos particu-
Bispog e doe Padres sobre mnlerias temporoes niro erHo dh a ~ B ~ OaiSze e (3%).
mais que l111n9 arbitrios amigaveis; inas depoir por con-
cessgo dos Principee seculores as sues senteoqaa erBo da-
des d execu~8o. A Igreja em virtude rla jtrrisdic+o ea.
pirilua! qus propriarnente Ihe compete n&o pode Fazer. @@ bqpi vem qve n80 deve hum. Jui~in trometelbse
ne obedecer senio por cenruras. lg~~aImentIeli a a80 corn- qp jpriq?ictg iolbeir. Drd. lir. 1 tit. 5 $* 8 tit. 18 $. 5
Pete pot via de regra o poder coactivo que elio lem do -l&% Lit, Ib0 4,. 9 liv. 3. tiL. 88 9. S. NOn podem tam-
Imperan~e,e para poder executar as suae ber~tenfas ll~c b a4 Par~s-svgeitar~aae hona juridiogio que h'ao tern
be preclse implorar o wxilio do brr\$o secudar. porler dc-conhecer dos seus r~e~ocinaO. rd. liv. 1 trt. 12
(31) He, hdlma especie de juridicc50 voluntsria a eco. 4. 3 Pegas ad Qrd. I. 8.ttt. I,$.Ll 4n. 65e. 70. Pa-
nomica, qua esercem certas corporagdee sobre os mem- d ~co!rn t uda rmuncler ani ~r~v~lagdol oe eu Faro para
broa qur as cornp&m, stor algurn crlrepipite forrnsc. rugeil~rem &I jualisas ordinat ins. L. 29 Cud. de pucf.
B
2
Qoaodo tdos tern o rnesmo titdo, regub-se a
pmceden.ia pel* antiguidade ds posse (36).
Entre os rnembros de diversas CorporaqOes
Entende-se par Precedencia o direito de se uupsribm humas ds ootras, os-ullimos das supe-
constituir' em huma ordem, ou em horn lugar dorm precedem aos primeiroa dhs inferiores (37)
mais honroso que outro (33).
g. xxv.
Ainda que s6 a vontade do Soberano heque
pode ~stabelecera Precedencia, ha cam tudo
certos principios qub a regulao Deve-se por
tanto attender, B drgnidade , authoridade , fun-. Cornpetencia be o direito que pertence a
qGes, direitos e privilegios dos cargos. $am Juiz de tomar conhecimento Be algum ne-
nocio, e de samp- e1lir o R60 a responder peran-
i'e ~ZIS(.3 8 ).
(86) Akotor de 1.9 dds Marso de 1578 ,' de 18 de
Entre os rnembros de huma CorporaqBo o S&,a neiro dt? 1718, Ib de de Fevereiro de 1745, de 10
Presiden te precede a todos (34). Depis dellese- e-'17. dc Jvnbo,, cts B e de 9!4 de Julbo de 1747, de
guem.se as que se distinguem pela dignidade (35). ' Jineiro, de 30 & Julbo, e de 6 de Agosio
ecl#4S*'ed r.80 ds Japeiro de 1749. L. 1 Cod. de
(33) Como a vaidndr faz cegar mutias- v-tres -o s -ho -- 1 ..~.+*. &a pmta d w t qas e ~irtcldee a sciencin fo~acm
nlens para le julg~irarn superiores nos outrun a quem na S'Jwlds da precedeneia ; potem ielo viria a ler origem
rea!idadc 850 inferiores em dignidade , rem a aer neces. de inimisadee e emulq&r, porqtle ~odoso r bomeas perc
sarlo aseinar ee differen~os que estabelccern enire ellen o taodem a honra da v~r~ude ed a miencia, ainda rneamo oa
poder, os cargol, e a profirDo qtlc exercern. 0 uso geral maio do vic~o,9 da i~norancia.
do Reino he considerar como o primeiro lugar o da mko 1513 ' Arb. L. 6 Cad. di Of@. Rector. Proah.
direita. JM L. Cod. dc jurisdict. omn. pdic.
(34) Cod. Justin. ur digfa, ord. smuef. As Cause8 devem rer tratsda~ perante J11i.z CQRlpem
(35) Ah. de 26 de Junbo, 8 do 80 de Narembro. tsnte, isto be, perante aquelle Juiz a quem compete *n
de 1786. ja$sdic@o. a rwpeko da Cauea de q.ue conhece, e
Etn regra o RQo deve ser demandado pe-
rante o seu Juiz competente(a9). O Rho porhm
pirde ser svjeito dcan~petenciad e hum Juiz , ou
por direito commum, ou par direito particular,
ists he, por alguni privilegio. J*uih do terriivrio aonde ha sit. a mire demon-
-1IY.r cem dc renuncia, Ord. liv. 3 lit. 8 $. 3-
+- .a,ami* i. .s h p r *. sue cads lium bl-
#~.,~..lic,&,p itr. $1p r. 0 domicitio ou he ,p oprio 00
A compehncia de direito commum , o:~h t? fJ&qd fo&r d a&dmoi, ci pl~bod ec oambmi rslerro dzem ntondtloa doo
geral, e se esterirle a todas as especies de Cau- ,\emf oro especial, e priretivo. 11. se niio.
zas, ou he especial, e se restringe a certas ma- amenre, alas ohrigado de causn neceaario
teriss. @&'~Hw;'8. fir. 8. Egte privilegio da Cbrre se eatende aos
mradores das Ilhas. Ord. liv. 3 Zit. 8 6. 10. 0 dornici,-
rqe~sryee~ ltenj adc aosr rF~epdscOteirn5t eq ldiee pperirnacnilpei oc,l lep oliisl i,o~foo+rBo d sotcnc upponrzdron WliqmQp railag abaem olur avnmoplto~tlnat arpiaor,a o ult unmccae sCsledraiod:e ,vo Vluilnlnln ,ri oO II
rpcredulpana r ,p,r riiabc .ivL $ee~oirq 3i%r0e~. dn eDZbio.e ld.p e6 rdjiue d ciodrre. ncpl=ierltaa rnu-csbieni, apcer c(o1 ehcpeel d~nea pmpa leiscretn rjvpreettdi ri -ao Gm6a:rr mNBhon8r kb16, e mpirpweetuoiw n dp soc rp Camm *annpaer nakc msidaiql.i ~arO,i rrrder . oa l lifi opsr. s0 3ed,f olat .idbteo, lma1cit-1!
da. Cuusa principnl, porque incidentenrents p6dc o.Juiz co. dim temp ~4~4de0 d dencia como se requer pet& ttdqui-
dt P&I*O de iisinhanp. Odomicilio nmsario he aquel-
dnV!mrOcdce-err L ca.d 5es e qrCnuopedar.el d &ecjsol,am dqpiueae.r eucVlcrra6 sia panecir.oa n.cc toean sbo.e 1rMi5ni9~gn,~ ias.n l.r e9d.o j Ourq itcdlcii hco-- M&hiqdud *~srridPada J Iamo~ brpirui,gea Da thmapbait aerm, Fqouren oeH oe mde~ lihtuoms e
chnmoll a Juizn, ltin,d a que beja incompetcnte,,, PSIQ.n lft- d&6&W #~krii'gW&'1v3,n9 u6. o 8T a. . dado mq cusan icttxpi.s t0a nqou e lutegrsnr
EOP2P2Wrrm (od 31c.1 9 .ga lfi)c i 6 rjr n.La ScOlu oi%stlomdirt .lp.. Li eal~.ltdp eir6,. n ,o ORe1c j,r:oa.3 d ml $.it ,vp i1al.c. , l , l3.er3l1li,n es 1dLlc.e ii.r l zp.3 hir3r4 e. : $9 ol,L io t$-.% . . d. s 5e%o%4t 1 C dq4Ca..op b ,rroe4n3idvd7 i*ci..Ll icdlepgieoi .i oj zd1.d ero r I2iU Cdl%nci&ecc drifs~e.,.r i, d$m&ga a8gd&e bmMea.e w 39lo,..r i'd* A.D0o . -r s~nAishc filduihWl umloehl~ rc,~d oofpkneaO a smpdb no iivhlifia,enec snqca,um* mIif0onddo8 ,erabmb cdar oo iadnap ad awLs msnrqt.n. l ,ahuqL rnbeuiert da ,gm lal.rq Cr L1nge1o.1ar. 1d c.L ud.r Ca.ne drlo 6lcoedC af.s. o o DsLrmdc.-..e .
Muio dt. 1733. Eirni~p-%ec. eta regra I. quando Autl~or flu p%po h.. 0 herdeiro deve responder no J~~izeorn
1tae,1n hI1. u fmeor raJ0. u upi~rrc irvp1~r~tlreir:gtn rcieuo adnlof, ~ Ipsbao.er, arhp ercviuvejnnodt icovo.a ncnlo~~mecncraifma~is lecan $tcoicl5g r6et orlee~ l cencd olalardna.-s% egnhaeb.orWetxicn e9 p.e td* Ctwe. u asb. ne 1b0cco rPrrnPe geoi.~ oda deo f pFOnirlsodc.o. . LI. B. 1ar 1bt9iol s.L . ,1 a03d 60 .@ D8d.,. od1ue.