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Título original: The Dragons of Éden
Capa: Joan Hall
1980
AGRADECIMENTOS PELAS PERMISSÕES
PÁGINAS FINAIS. CAPÍTULOS INICIAIS, PÁGINAS 54 e 175: Cortesia de The Escher
Foundation - Haags Gemeentemuseum - The Hague. PÁGINAS 18 e 19. De “The Greal
Ravelled Knot”, de Georgc W. Gray, Scientific American, outubro de 1948, pp, 32-33.
Copyright C 1948 by Scientific American Inc. Todos os direitos reservados. PÁGINA 39: De
The Journal of Cell Biology. Volume 26. pp. 365-381, Figura 1 (1965). Reproduzido com a
permissão da Rockfeller University e da Dra. Elizabeth Gantt, PÁGINA 43: Reimpresso com
a permissão de Science News: The Weekly News Magazine of Science. Copyright C 1976 by
Science Service Inc, PÁGINA 51 De “Effects of Focal Brain Injuryon Human Behavior”, de
Hans Uikas Teuber, na página 462 de The Nervous System, Volume 2: The Clinical
Neutúsciences, editado por Donald B. Tower Nova York, Raven Press, 1975). Reimpresso
com a permissão do editor, PÁGINA 60: Da p. 60 de Mankind in the Making, edição revista
por William Howells, desenhos de Janis Cirulis. Copyright C 1959, 1967 de William Howells.
Reproduzido com permissão de Doubleday and Company. Inc. PÁGINA 61: LIFE NATURE
LIBRARY, Early Min. de F. Clark Howell e dos Editores de TIME-LIFE Books, desenhos de
Jay H. Matternes. Copyright C 1965, 1973 Time Inc. Reimpresso com permissão. Fotografia
de Henry B. Bevitle. PÁGINA 64: De Not From the Apes, de Björn Kurten. Copyright C
1972 de Björn Kurten. Reimpresso com a permissão de Pantheon Books, uma divisão da
Random House, Inc. PÁGINAS 81 e 82: Cortesia da Dra. Beatrice e do Dr. Robert Gardncr,
Departamento de Psicologia, The University of Nevada, Reno. PÁGINAS 84 e 86. De
“Reading and Sentence compietion by a Chimpanzee”, de Duane M. Rumbaughelal., Science,
16 de novembro de 1974, Volume 182, pp. 731-733, Figuras 1 e 2. Cpyright C 1973 de
American Association for the Advancement of Science. Reimpresso com a permissão do
editor e do Dr. D. M. Rumbaugh. PÁGINA 97: Fotografia, cortesia do Dr. James Maas,
Departamento de Psicologia, Corneif University, Ithaca, Nova Yok, Slide 7, Slide Grupo para
Psicologia Geral, Parte 2: publicado por McGraw-Hill Inc., 1974. PÁGINA 101: De “A New
Specimenof Stenonychosaurusfrom IheOldman Formation(Cretaceous) of Alberta”, de Dale
A. Russell, Reproduzido com a permissão do National Research Council of Canada do
Canadian Journal of Earth Sciences, Volume 6, pp. 595-612, 1969. PÁGINA 102: De um
mural de Charles R. Knight. Cortesia de The Field Museum of Natural History, Chicago.
Reimpresso com permissão. PÁGINA 120: De “The Split Brain in Man”, de Michael S.
Gazzaniga. Scientific American, agosto de 1967, Volume 217, 3 2, página 26. Copyright C
l%7de Scientific American, Inc. Todos os direitos reservados. PÁGINAS 121 e 123: De
“Perception in the Absence of the Neocortical Commissures”, de R.W. Sperry, pp. 126, 129,
in. Perception and Its Disorders, Proceedings of the Association for Reasearchin Nervous and
Mental Disease, 6e 7 de dezembro de 1968, Volume 48. Copyright C 1968 da Association
Research in Nervous and Mental Disease. Reimpresso com a permissão do editor. PÁGINA
124: Publicado originalmente em Neuropsychologia, Volume 9, pp. 247-259, Copyright C
1971 de Pergamon Press, Inc. Reimpresso com a permissão de Pergamon Press. PÁGINA
127: De “The Split Brain in Mart”, de Michael S. Gazzaniga, Scientific American, agosto de
1967, Volume 217, 82, página 28. Reimpresso com a permissão do autor. PÁGINA 134: LIFE
NATURE LIBRA R, Early Wart de F. Clark Howell e os Editores de TIME-LIFE Books,
desenhos de Jay H. Me tternes. Copyright C 1965, 1973 Time, Inc. Reimpresso com
permissão. Fotografia de Henry B, Beville. PÁGINA 151: De The Conscious Brain, de Steven
Rose. Copyright C 1973 de Steven Rose. Reimpresso com a permissão de Alfred A. Knopf,
Inc. PÁGINAS 162 e 163: Fotografias, cortesiado Departamento de computadores de
Gráficos, Cornell University. PÁGINA 169: Fotografia, cortesia de MOTOROLA
semiconductor Products, Inc,
À minha esposa, Linda, com amor
O homem está colocado entre os deuses e as feias.
PLOTINO
A principal conclusão a que chegamos neste trabalho, isto é, a de que o
homem descende de alguma forma de vida inferior, será, receio, altamente
desagradável para muitas pessoas. Entretanto, dificilmente alguém duvidaria de que
descendemos dos bárbaros. O espanto que senti ao me deparar pela primeira vez
com um grupo de fueguinos em uma costa hostil e selvagem nunca será olvidado,
pois imediatamente surgiu esta reflexão em minha mente: assim eram nossos
ancestrais. Esses homens estavam absolutamente nus e besuntados com pinturas,
os longos cabelos emaranhados, as bocas franzidas de excitação, e a expressão era
selvagem, assustada e desgostosa. Mal possuíam alguma habilidade e, tal como os
animais da selva, viviam daquilo que conseguiam apanhar, não tinham qualquer
forma de governo e eram implacáveis com todos que não pertencessem a sua
pequena tribo. Aquele que vê um selvagem em sua terra nativa não sentirá muita
vergonha ao saber que o sangue de uma criatura mais humilde corre em suas veias.
Da minha parte, poderia descender com a mesma naturalidade daquele heróico
macaquinho que enfrentou seu inimigo mortal para salvar a vida de seu dono, ou
daquele velho babuíno que, descendo das montanhas, salvou seu jovem
companheiro de uma matilha de cães atônitos — assim como de um selvagem que
se delicia em torturar os inimigos, oferece sacrifícios sangrentos, pratica o
infanticídio sem remorsos, trata as esposas como escravas, não conhece a decência
e é acossado pelas mais grosseiras superstições.
O homem pode ser desculpado por sentir certo orgulho pelo fato de ter
atingido, embora não através dos próprios esforços, o topo da escala orgânica, e o
fato de ter subido até lá, em vez de ter sido colocado ali originalmente, pode
proporcionar-lhe esperanças de um destino ainda mais elevado no futuro distante.
Mas não estamos preocupados com esperanças ou receios, apenas com a verdade,
até onde nossa razão nos permite alcançar. Forneci as provas da melhor maneira
que sabia, e devemos agradecer, ao que me parece, pelo fato de que o homem, com
todas as suas nobres qualidades, com a simpatia que sente pelos menos favorecidos,
com a benevolência que se estende não apenas aos outros homens, mas à mais
humilde criatura viva, com seu intelecto que o compara aos deuses ao penetrar no
movimento e na constituição do sistema solar - com todos esses poderes exaltados
- o Homem ainda guarde em sua estrutura corporal a marca inapagável de sua
origem primitiva.
CHARLES DARWIN
A Descendência do Homem
Sou irmão dos dragões e companheiro das corujas.
Jó, 30:29
ÍNDICE
Introdução XV
O calendário cósmico
Genes e cérebros
O cérebro e a carroça
O Éden, uma metáfora: a evolução do homem
As abstrações das feias
Os contos do Éden sombrio
Os amantes e os loucos
A futura evolução do cérebro
O conhecimento 6 nosso destino: inteligência terrestre e extraterrestre
Bibliografia
Agradecimentos
Glossário
OS DRAGÕES DO ÉDEN
Na boa oratória, não è necessário que a mente do orador conheça bem o assunto sobre o qual ele
vai discorrer?
PLATÃO
Fedro
Não sei onde encontrar na Literatura, antiga ou moderna, uma descrição adequada da natureza
com a qual estou acostumado. A mitologia é o que mais se aproxima.
HENRY DAVTD THOREAU
The Journal
Jacob Bronowski foi um dos integrantes de um pequeno grupo de homens
e mulheres que em todas as épocas consideraram todo o conhecimento humano -as
artes e ciências, a filosofia e a psicologia - interessante e acessível. Ele não se
limitou a uma única disciplina, mas abrangeu todo o panorama do aprendizado
humano. O livro e a série na televisão, A Escalada do Homem, representam
excelente material didático e magnífica exposição, constituem de certa forma um
relato de como os seres humanos e o cérebro humano evoluíram juntos.
Seu último capítulo/episódio, chamado “A Longa infância”, descreve o
extenso período de tempo - mais longo em relação á duração de nossas vidas do
que em qualquer outra espécie — no qual os seres humanos mais jovens dependem
dos adultos e exibem imensa plasticidade, ou seja, a capacidade de adquirir
conhecimento a partir do seu ambiente e de sua cultura. A maior parte dos
organismos terrestres depende de sua informação genética que é “preestabeledda”
no sistema nervoso em intensidade muito maior do que a informação extra
genética, que é adquirida durante toda a vida. No caso dos seres humanos, e na
verdade no caso de todos os mamíferos, ocorre exatamente o oposto. Embora
nosso comportamento seja ainda bastante controlado pela herança genética, temos,
através de nosso cérebro, uma oportunidade muito mais rica de trilhar novos
caminhos comportamentais e culturais em pequena escala de tempo. Fizemos uma
espécie de barganha com a natureza: nossos filhos serão difíceis de criar, mas, em
compensação, sua capacidade de adquirir novo aprendizado aumentará
sobremaneira as probabilidades de sobrevivência da espécie humana. Além disso,
os seres humanos descobriram nos últimos milênios de nossa existência não apenas
o conhecimento extra genético, mas também o extra-somático: informação
armazenada fora de nossos corpos, da qual a escrita é o exemplo mais notável.
A escala de tempo para a transformação evolutiva ou genética é muito
longa. O período característico para a emergência de uma espécie adiantada a partir
de outra talvez seja de 100 mil anos, e freqüentemente as diferenças de
comportamento entre espécies estreitamente relacionadas — digamos, leões e tigres
— não parecem muito grandes. Um exemplo da recente evolução dos sistemas
orgânicos do homem é o dos nossos dedos dos pés. O dedo grande desempenha
importante função no equilíbrio da marcha, os outros dedos têm utilidade muito
menos evidente. Naturalmente que evoluíram a partir de apêndices digitiformes
próprios para a preensão e o balanço, como ocorreu com os antropóides e
macacos. Essa evolução constitui uma reespecialização — a adaptação de um
sistema orgânico, que evoluiu originalmente para desempenhar uma função, a outra
função inteiramente diversa - que precisou de mais ou menos 10 milhões de anos
para surgir. (Os pés do gorila das montanhas sofreram evolução semelhante, porém
bastante independente.)
Mas hoje não temos de esperar 10 milhões de anos para o próximo
progresso. Vivemos numa época em que nosso mundo se transforma em
Description:Os Dragões do Éden, de Carl Sagan, é um clássico da divulgação científica. Ganhador do prêmio Pulitzer de 1978, o livro aborda de maneira brilhante a evolução da inteligência humana. Apesar de sua formação e atuação principais como astrônomo (Sagan também era formado em biologia, e