Table Of ContentEdiçõEs do sEnado FEdEral EdiçõEs do sEnado FEdEral
..............
SENADO
.F.E..D...E.R..A...L.
História do Brasil, de Frei Ve- O Moderno Príncipe - Maquiavel
cente do Salvador, que é nosso primeiro revisitado – de Paulo Roberto de Almeida.
historiador. Sua História do Brasil, inédi- Cinco séculos depois que Maquiavel escre-
ta durante mais de dois séculos, foi pela veu sua obra, o diplomata e cientista político
primeira vez publicada em 1889, pela . . . . Paulo Roberto de Almeida segue os passos
Biblioteca Nacional, segundo informa a do secretário diplomático da República de
introdução de Capistrano de Abreu. Este Florença para atualizar O Príncipe. A par-
volume tem informações importantes de Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, em 3 de maio tir da constatação de que a obra permanece
cunho historiográfico, além de dados so- atual, o autor utiliza a mesma estrutura e até
de 1469, e morreu, ali, em 22 de junho de 1527.
bre a nova terra portuguesa nas Américas. títulos da obra do florentino para estudar as
Há também opiniões ousadas como, por Serviu à Chancelaria da República de Florença e desem- . . . . . . . . . estruturas políticas e a ciência de governar
exemplo, afirmar que os colonos deviam nos dias de hoje.
penhou missões na França, Suíça e Alemanha.
aventurar-se pelo interior do Brasil, avan- o Obra singular por sua natureza de
çar para o oeste, “sendo grandes conquis- Deposto, com a volta dos Médicis ao governo, passou a original pastiche e, ao mesmo tempo, de in-
P
tadores de terras, não se aproveitam delas, dependência de pensamento, Paulo Roberto
viver em San Casciano, nos arredores da cidade. Anistiado, foi r
mas contentam-se de as andar arranhando í de Almeira dialoga com o genial pensador,
n
ao longo do mar como caranguejos”. considerado suspeito pela República que voltou a se instalar. segue seus passos naquelas recomendações
c
A História do Brasil, de Frei Vi- Maquiavel morre em 1527, pobre e desiludido. iP que continuam aparentemente válidas para
cente do Salvador, abrange o período des- e a política atual, mas oferece um elenco de
de o descobrimento e chega até a época do Autor de Comentários sobre a Primeira década de Tito inquietações sobre cenários contemporâneos
o P
governo de Diogo Luís de Oliveira. rínciPe para os velhos problemas de administração
Lívio, de Arte da Guerra, da peça Mandrágora, de História de
dos homens.
Florença, foi O Príncipe que lhe trouxe o renome mundial.
História do Brasil, de Robert
Southey. O autor é um dos grandes poetas História do positivismo no Brasil – de
ingleses do romantismo junto com seus Ivan Monteiro Lins. Esta obra é certamen-
cunhados Coleridge e Lovell. Ao mesmo te a mais completa sobre o Positivismo no
tempo também é um dos grandes historia- Brasil. Trata fundamentalmente da difusão
N
dores de sua época. A primeira edição des- dessa corrente filosófica criada por Auguste
i
c
ta obra apareceu, em inglês, entre os anos o Comte. O autor recolheu muitos depoi-
l
de 1810 a 1817. E, por fim, em 1862, a a mentos e compulsou grande número de
u
Livraria Garnier, lança a primeira edição M Nicolau Maquiavel documentos e extensa bibliografia. O autor
brasileira, em 6 volumes. Southey valeu- escreve no prefácio: “Já chegou o momento
a
-se das pesquisas de documentos do nosso q de se considerar a influência do positivismo
u
passado colonial feitas na Torre do Tom- i no Brasil como um fato social a ser encarado
a
bo e ainda aproveitou estudos do seu tio v e investigado com critério histórico idealiza-
e
Herbert Hill, que pesquisou durante trin- l do por Tácito – sine ira ac studio – sem ódio
ta anos em Portugal e ofereceu ao sobri- nem amor, isto é, sem ranger de dentes e sem
nho acesso a documentos fundamentais ditirambos apologéticos”.
da nossa história. É a primeira história do
e
Brasil a cobrir período tão extenso e apro- diçõeS do
ediçõeS do
fundar os estudos dos séculos anteriores. S F
Senado Federal enado ederal
Volume Volume 248
248
EdiçõEs do sEnado FEdEral EdiçõEs do sEnado FEdEral
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SENADO
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História do Brasil, de Frei Ve- O Moderno Príncipe - Maquiavel
cente do Salvador, que é nosso primeiro revisitado – de Paulo Roberto de Almeida.
historiador. Sua História do Brasil, inédi- Cinco séculos depois que Maquiavel escre-
ta durante mais de dois séculos, foi pela veu sua obra, o diplomata e cientista político
primeira vez publicada em 1889, pela . . . . Paulo Roberto de Almeida segue os passos
Biblioteca Nacional, segundo informa a do secretário diplomático da República de
introdução de Capistrano de Abreu. Este Florença para atualizar O Príncipe. A par-
volume tem informações importantes de Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, em 3 de maio tir da constatação de que a obra permanece
cunho historiográfico, além de dados so- atual, o autor utiliza a mesma estrutura e até
de 1469, e morreu, ali, em 22 de junho de 1527.
bre a nova terra portuguesa nas Américas. títulos da obra do florentino para estudar as
Há também opiniões ousadas como, por Serviu à Chancelaria da República de Florença e desem- . . . . . . . . . estruturas políticas e a ciência de governar
exemplo, afirmar que os colonos deviam nos dias de hoje.
penhou missões na França, Suíça e Alemanha.
aventurar-se pelo interior do Brasil, avan- o Obra singular por sua natureza de
çar para o oeste, “sendo grandes conquis- Deposto, com a volta dos Médicis ao governo, passou a original pastiche e, ao mesmo tempo, de in-
P
tadores de terras, não se aproveitam delas, dependência de pensamento, Paulo Roberto
viver em San Casciano, nos arredores da cidade. Anistiado, foi r
mas contentam-se de as andar arranhando í de Almeira dialoga com o genial pensador,
n
ao longo do mar como caranguejos”. considerado suspeito pela República que voltou a se instalar. segue seus passos naquelas recomendações
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A História do Brasil, de Frei Vi- Maquiavel morre em 1527, pobre e desiludido. iP que continuam aparentemente válidas para
cente do Salvador, abrange o período des- e a política atual, mas oferece um elenco de
de o descobrimento e chega até a época do Autor de Comentários sobre a Primeira década de Tito inquietações sobre cenários contemporâneos
o P
governo de Diogo Luís de Oliveira. rínciPe para os velhos problemas de administração
Lívio, de Arte da Guerra, da peça Mandrágora, de História de
dos homens.
Florença, foi O Príncipe que lhe trouxe o renome mundial.
História do Brasil, de Robert
Southey. O autor é um dos grandes poetas História do positivismo no Brasil – de
ingleses do romantismo junto com seus Ivan Monteiro Lins. Esta obra é certamen-
cunhados Coleridge e Lovell. Ao mesmo te a mais completa sobre o Positivismo no
tempo também é um dos grandes historia- Brasil. Trata fundamentalmente da difusão
N
dores de sua época. A primeira edição des- dessa corrente filosófica criada por Auguste
i
c
ta obra apareceu, em inglês, entre os anos o Comte. O autor recolheu muitos depoi-
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de 1810 a 1817. E, por fim, em 1862, a a mentos e compulsou grande número de
u
Livraria Garnier, lança a primeira edição M Nicolau Maquiavel documentos e extensa bibliografia. O autor
brasileira, em 6 volumes. Southey valeu- escreve no prefácio: “Já chegou o momento
a
-se das pesquisas de documentos do nosso q de se considerar a influência do positivismo
u
passado colonial feitas na Torre do Tom- i no Brasil como um fato social a ser encarado
a
bo e ainda aproveitou estudos do seu tio v e investigado com critério histórico idealiza-
e
Herbert Hill, que pesquisou durante trin- l do por Tácito – sine ira ac studio – sem ódio
ta anos em Portugal e ofereceu ao sobri- nem amor, isto é, sem ranger de dentes e sem
nho acesso a documentos fundamentais ditirambos apologéticos”.
da nossa história. É a primeira história do
e
Brasil a cobrir período tão extenso e apro- diçõeS do
ediçõeS do
fundar os estudos dos séculos anteriores. S F
Senado Federal enado ederal
Volume Volume 248
248
EdiçõEs do sEnado FEdEral EdiçõEs do sEnado FEdEral
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SENADO
.F.E..D...E.R..A...L.
História do Brasil, de Frei Ve- O Moderno Príncipe - Maquiavel
cente do Salvador, que é nosso primeiro revisitado – de Paulo Roberto de Almeida.
historiador. Sua História do Brasil, inédi- Cinco séculos depois que Maquiavel escre-
ta durante mais de dois séculos, foi pela veu sua obra, o diplomata e cientista político
primeira vez publicada em 1889, pela . . . . Paulo Roberto de Almeida segue os passos
Biblioteca Nacional, segundo informa a do secretário diplomático da República de
introdução de Capistrano de Abreu. Este Florença para atualizar O Príncipe. A par-
volume tem informações importantes de Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, em 3 de maio tir da constatação de que a obra permanece
cunho historiográfico, além de dados so- atual, o autor utiliza a mesma estrutura e até
de 1469, e morreu, ali, em 22 de junho de 1527.
bre a nova terra portuguesa nas Américas. títulos da obra do florentino para estudar as
Há também opiniões ousadas como, por Serviu à Chancelaria da República de Florença e desem- . . . . . . . . . estruturas políticas e a ciência de governar
exemplo, afirmar que os colonos deviam nos dias de hoje.
penhou missões na França, Suíça e Alemanha.
aventurar-se pelo interior do Brasil, avan- o Obra singular por sua natureza de
çar para o oeste, “sendo grandes conquis- Deposto, com a volta dos Médicis ao governo, passou a original pastiche e, ao mesmo tempo, de in-
P
tadores de terras, não se aproveitam delas, dependência de pensamento, Paulo Roberto
viver em San Casciano, nos arredores da cidade. Anistiado, foi r
mas contentam-se de as andar arranhando í de Almeira dialoga com o genial pensador,
n
ao longo do mar como caranguejos”. considerado suspeito pela República que voltou a se instalar. segue seus passos naquelas recomendações
c
A História do Brasil, de Frei Vi- Maquiavel morre em 1527, pobre e desiludido. iP que continuam aparentemente válidas para
cente do Salvador, abrange o período des- e a política atual, mas oferece um elenco de
de o descobrimento e chega até a época do Autor de Comentários sobre a Primeira década de Tito inquietações sobre cenários contemporâneos
o P
governo de Diogo Luís de Oliveira. rínciPe para os velhos problemas de administração
Lívio, de Arte da Guerra, da peça Mandrágora, de História de
dos homens.
Florença, foi O Príncipe que lhe trouxe o renome mundial.
História do Brasil, de Robert
Southey. O autor é um dos grandes poetas História do positivismo no Brasil – de
ingleses do romantismo junto com seus Ivan Monteiro Lins. Esta obra é certamen-
cunhados Coleridge e Lovell. Ao mesmo te a mais completa sobre o Positivismo no
tempo também é um dos grandes historia- Brasil. Trata fundamentalmente da difusão
N
dores de sua época. A primeira edição des- dessa corrente filosófica criada por Auguste
i
c
ta obra apareceu, em inglês, entre os anos o Comte. O autor recolheu muitos depoi-
l
de 1810 a 1817. E, por fim, em 1862, a a mentos e compulsou grande número de
u
Livraria Garnier, lança a primeira edição M Nicolau Maquiavel documentos e extensa bibliografia. O autor
brasileira, em 6 volumes. Southey valeu- escreve no prefácio: “Já chegou o momento
a
-se das pesquisas de documentos do nosso q de se considerar a influência do positivismo
u
passado colonial feitas na Torre do Tom- i no Brasil como um fato social a ser encarado
a
bo e ainda aproveitou estudos do seu tio v e investigado com critério histórico idealiza-
e
Herbert Hill, que pesquisou durante trin- l do por Tácito – sine ira ac studio – sem ódio
ta anos em Portugal e ofereceu ao sobri- nem amor, isto é, sem ranger de dentes e sem
nho acesso a documentos fundamentais ditirambos apologéticos”.
da nossa história. É a primeira história do
e
Brasil a cobrir período tão extenso e apro- diçõeS do
ediçõeS do
fundar os estudos dos séculos anteriores. S F
Senado Federal enado ederal
Volume Volume 248
248
Niccolò Macchiavelli, estátua do Renascimento italiano.
Galeria Uffizi – Florença, Itália
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O
príncipe
..............
SENADO
FEDERAL
..............
Mesa Diretora
Biênio 2019/2020
Senador Davi Alcolumbre
Presidente
Senador Antonio Anastasia Senador Lasier Martins
1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente
Senador Sérgio Petecão Senador Eduardo Gomes
1º Secretário 2º Secretário
Senador Flávio Bolsonaro Senador Luis Carlos Heinze
3º Secretário 4º Secretário
Suplentes de Secretário
Senador Marcos do Val Senador Weverton Rocha
Senador Jaques Wagner Senadora Leila Barros
Conselho Editorial
Senador Edison Lobão Joaquim Campelo Marques
Presidente Vice-Presidente, editor
Conselheiros
Carlos Henrique Cardim Wilson Roberto Theodoro
Ilana Trombka
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Edições do Senado Federal – Vol. 248
O
príncipe
Com notas de Napoleão Bonaparte e
Cristina da Suécia
Tradução de
Mário e Celestino da Silva
Maquiavel
..............
SENADO
FEDERAL
..............
Brasília – 2019
EDIÇÕES DO
SENADO FEDERAL
Vol. 248
O Conselho Editorial do Senado Federal, criado pela Mesa Diretora em
31 de janeiro de 1997, buscará editar, sempre, obras de valor histórico
e cultural e de importância relevante para a compreensão da história política,
econômica e social do Brasil e reflexão sobre os destinos do país, e
também obras da história mundial.
Projeto gráfico: Achilles Milan Neto
© Senado Federal, 2019
Congresso Nacional
Praça dos Três Poderes s/nº – CEP 70165-900 – DF
[email protected]
http://www.senado.gov.br/publicacoes/conselho
Todos os direitos reservados
ISBN: 978-85-7018-908-0
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Machiavelli, Niccolò, 1496-1527.
O príncipe / Maquiavel; com notas de Napoleão Bonaparte e
Cristina da Suécia; tradução de Mário e Celestino da Silva – 1. reimpr.
– Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2019.
160 p. – (Edições do Senado Federal; v. 248)
1. Ciência política. 2. Ética política. I. Napoleão I, Imperador
da França, 1769-1821. II. Christina, Rainha da Suécia, 1626-1689.
III. Título. IV. Série.
CDD 320
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Sumário
Nota dos tradutores
pág. 13
Nicolau Maquiavel ao Magnífico Lourenço de Médicis
pág. 17
CAPÍTULO I
De quantas espécies são os principados e de que modo se adquirem
pág. 19
CAPÍTULO II
Os principados hereditários
pág. 20
CAPÍTULO III
Dos principados mistos
pág. 22
CAPÍTULO IV
Por que motivo o reino de Dario, que foi ocupado por
Alexandre, não se rebelou contra os sucessores do macedônio,
após a morte deste
pág. 33
CAPÍTULO V
Como se devem governar as cidades ou principados que,
antes de serem ocupados, se regiam por leis próprias
pág. 38
CAPÍTULO VI
Dos principados novos que se conquistaram com
as próprias armas e valor [virtù]
pág. 40