O Filho Radical

630 Pages·2.667 MB·Portuguese

by  David Horowitz

DADOS DE ODINRIGHT
Sobre a obra:
A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e
seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer
conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos
acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da
obra, com o fim exclusivo de compra futura.
É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda,
aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo.
Sobre nós:
O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de
dominio publico e propriedade intelectual de forma
totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a
educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer
pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site:
eLivros.
Como posso contribuir?
Você pode ajudar contribuindo de várias maneiras, enviando
livros para gente postar Envie um livro ;)
Ou ainda podendo ajudar financeiramente a pagar custo de
servidores e obras que compramos para postar, faça uma
doação aqui :)
"Quando o mundo estiver unido na busca do
conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e
poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a
um novo nível."
eeLLiivvrrooss
..lloovvee
Converted by ePubtoPDF
Título do original em inglês: Radical son: a generational
odyssey By David Horowitz
Copyright © 1997 by David Horowitz
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição
pode ser utilizada ou reproduzida — em qualquer meio ou
forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc.
—, nem apropriada ou estocada em sistema de banco de
dados, sem a expressa autorização da proprietária.
Editor: João Baptista Peixoto Neto
Assistente editorial: Suiang Guerreiro de Oliveira e Cecília
Floresta
Tradução: Camila Lopes Campolino 
Projeto gráfico e composição: Pedro Penafiel 
Preparação: Cláudia Cantarin e Mariana Fusco Varella 
Revisão: Suiang Guerreiro de Oliveira e Valquíria Delia
Pozza 
Capa: Sophia Chassot
Gerente de distribuição e vendas: Valdemir Batista de
Anunciação
Índice para catálogo sistemático:
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Horowitz, David, 1939-
O filho radical: a odisséia de uma geração /David Horowitz;
tradução Camila Lopes Campolino. — 1. ed. — São Paulo:
Peixoto Neto, 2012.
Título original: Radical son: a generational odyssey
ISBN: 978-85-88069-44-2 CDD-973.92
1. Política Ativismo - Estados Unidos - Biografia.
2. História dos Estados Unidos da América.
Todos os direitos desta edição estão reservados à 
Editora Peixoto Neto Ltda.
Rua Teodoro Sampaio 1765, conj. 44, Pinheiros, São Paulo,
SP, 05405-150 
Tel. [phone], fax [phone],
[email protected] 
www.peixotoneto.com.br
Este livro é para meus filhos — Jon, Sarah, Ben e Anne —,
que viveram esta história comigo;
Minhas netas — Julia, Mariah e Sofia —, que a lerão um dia;
E para April — que já fez do próximo capítulo um capítulo
feliz.
AGRADECIMENTOS
UMA AUTOBIOGRAFIA NÃO É O REGISTRO INTEGRAL DE UMA
VIDA, MAS SIM UMA tentativa de compreendê-la. Dessa
maneira, deixei de mencionar neste livro algumas pessoas
próximas a mim e outras que me são importantes. Gostaria
de aproveitar a oportunidade para me desculpar com todos
que possam ter se sentido menosprezados por não terem
sido incluídos neste livro. Peço-lhes que se lembrem
daqueles que talvez não gostassem de ter sido
mencionados, mas que apareceram por serem
fundamentais para esta narrativa. Minhas desculpas a eles
e, em especial, aos meus familiares que sempre tiveram de
lidar com o fato de ser parte da minha vida pública, e que
agora se veem personagens da minha história pública.
Minha família leu os manuscritos deste livro e me
presenteou com seus comentários e, sobretudo, com seu
apoio. Também pude contar com a leitura, integral ou
parcial, e com as pertinentes observações sobre o texto de
Ron Radosh, Sol Stern, Bob Kaldenbach, Constance Miller e
Peter Collier. Minha filha Sarah me ajudou a dar o tom da
narrativa e a corrigir os erros.
Sou grato por todo o carinho e incentivo que recebi de meus
filhos e de minha família durante a concepção deste livro e
durante a vida que nele pretendi representar. Agradeço em
especial a Elissa, que nunca desejou a atenção pública e
para a qual parte desta narrativa evoca lembranças
extremamente dolorosas.
Também sou grato a Mary Collier, não apenas por sua
amizade como igualmente pelo apoio que sempre deu à
amizade entre mim e seu marido. Além da família, posso
dizer que esse é o laço fraternal mais importante de minha
vida.
Gostaria de agradecer a Adam Bellow por ter me convidado
a escrever minha autobiografia e por ter dedicado seu
tempo para revisar meu texto linha por linha, algo raro
atualmente. Meus agradecimentos à minha editora de
produção, Loretta Denner, e ao meu copidesque, George A.
Rowland, por terem trabalhado para que este texto ficasse o
melhor possível. Quero agradecer ainda a Georges
Borchardt, meu agente literário, por toda a sua colaboração
na minha carreira como escritor.
Lamento apenas por todos os jovens radicais que acabaram
de adentrar a cena política e que, caso levassem esta
história em consideração, poderiam aprender muito com
suas lições, mas infelizmente não vão sequer lê-la.
PRÓLOGO
NO OUTONO SEGUINTE À MORTE DE MINHA MÃE, VISITEI O
CEMITÉRIO EM QUE ela e meu pai estão enterrados, lado a
lado, sob a terra de Long Island. O terreno sobre a sepultura
estava coberto de grama e quase já não era possível
distinguir os dois túmulos, como se meus pais estivessem
novamente unidos: um casal na morte assim como foram na
vida. Colhi algumas pedras do chão e depositei-as junto aos
epitáfios, como uma lembrança, de acordo com o costume
judeu. No de minha mãe lia-se a inscrição “Always”, título da
canção que se tornou a sua música preferida durante seus
últimos anos na Califórnia e que, a meu ver, simbolizava a
firmeza com a qual sustentou a família e a mim,
especialmente. Já a sepultura de meu pai, que eu tinha
construído cinco anos antes, começava a perecer. Eu havia
mandado entalhar a frase “Viver é lutar”, de Karl Marx, seu
mentor, que era a sua favorita. Uma luta que meu pai
perdera muito antes de partir para o descanso eterno.
Esse retorno às origens, ainda que simbólico, foi uma
maneira de medir a distância que percorri, distância muitas
vezes igual a entre os polos da Terra. No momento em que
me tornei pai, meus próprios pais já eram estranhos para
mim, e por isso quase nunca procurei por seus conselhos,
tamanha era a diferença entre nossas experiências. Noutras
vezes, contudo, essa distância parecia quase nula. Nunca
houve momento em minha vida adulta — e não apenas