Table Of ContentO FEMINISMO NO BRASIL:
REFLEXÕES TEÓRICAS
E PERSPECTIVAS
Ana Alice Alcantara Costa
Cecilia Maria B. Sardenberg
(organizadoras)
Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher
“É, portanto, em favor de todas as mulheres
brasileiras que escrevemos, é a sua geral
prosperidade o alvo de nossos anelos, quando os
elementos dessa prosperidade se acham ainda tão
confusamente marulhados no labirinto de
inveterados costumes e arriscadas inovações”.
Nísia Floresta
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Revisão Bibliográfica
Tatiana Sena
Catalogação
Andréa Rita Silveira
Transcrição de Fitas
Rita Lessa Costa
Dorival Costa
Capa
Maria Lutilia de Souza Sardinha
Flavio Luiz Rodrigues Nogueira
Editoração Eletrônica
Nádia Pinho (Fast Design)
F329
O Feminismo do Brasil: reflexões teóricas e perspectivas / Ana
Alice Alcantara Costa, Cecília Maria B. Sardenberg, organizadoras. –
Salvador: UFBA / Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher,
2008.
411p.
1. Feminismo. 2. Mulher – Atividade política. 3. Movimento
sociais. I. Costa, Ana Alice Alcantara. II. Sardenberg, Cecília
Maria B.
CDDU – 305.4
Impresso no Brasil em novembro de 2007 pela:
Fast Design - Prog. Visual Editora e Gráfica Rápida LTDA.
CNPJ: 00.431.294/0001-06 - I.M.: 165.292/001-60
e-mail: [email protected]
ÍNDICE
Prefácio .....................................................................................13
Introdução: O FEMINISMO NO BRASIL: UMA (BREVE)
RETROSPECTIVA................................... 23
Ana Alice Alcantara Costa
Cecília Maria Bacellar Sardenberg
Parte I:
1 – FEMINISMO NO BRASIL: RETROSPECTIVAS
A evolução do feminismo ...........................51
Mariza de Athayde Figueiredo
É viável o feminismo nos trópicos? Resíduos de
Insatisfação ......................................................69
Albertina de Oliveira Costa
2 – FEMINISMO, ESTADO E ORGANIZAÇÕES
FORMAIS.
Feminismo e movimento sindical ............99
Paola Cappellin
Feminismo e Estado: A experiência do CNDM..111
Jacqueline Pitanguy
3 – FEMINISMO E MOVIMENTOS SOCIAIS
A mulher negra e o feminismo.................139
Luiza Bairros
Dúvidas e delírios sobre o feminismo a partir de
uma luta pela saúde da mulher..................147
Ângela Arruda
4 – PRÁTICAS E PERSPECTIVAS DO FEMINISMO
NO BRASIL
Metodologia de práticas em saúde da mulher 167
Dulcinéa de Oliveira Xavier
A construção do tempo feminino:
da(im)possibilidade do extraordinário.... 171
Lourdes Bandeira
5 – A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E O
FEMINISMO – Painel......................................189
PARTE II:
1 – FEMINISMO NO BRASIL: PERSPECTIVAS
Vislumbrando novos espaços: Anotações para um
debate feminista ......................................... 227
Ana Vicentini
Somos todas feministas?........................... 235
Vera Lúcia Lemos Soares
Reflexões a partir do IX Encontro Nacional
Feminista ......................................................... 245
Eleonora Menicucci de Oliveira
Elitismo ou Demagogia ............................ 251
Danda Prado
O significado da luta pela libertação
das mulheres............................................... 267
Marta Alvarez
En - Cruz - Ilhadas........................................291
Maria Helena Pessoa
2 - A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
FEMININA
Mulheres e Heróis: de Ícaro a Macunaíma.. 301
Naumi A. de Vasconcelos
Masculino/Feminino: Uma análise
micro-política .................................................309
Aída Maria Novelino
Educação Diferenciada: Uma realidade
Educação Igualitária: Uma necessidade . 315
Zuleika Alambert
Do direito de desejar: Uma leitura da fala
de mulheres camponesas do Maranhão 323
Aristotelina Elisabeth Bittencourt
Feminismo e educação popular............... 337
Maria Christina Ribeiro Có
Oficina de identidade...................................345
Maria Lúcia Vidal
3 – FEMINISMO, MOVIMENTOS SOCIAIS E
ESTADO
Perfil das Associações de mulheres de Maceió:
Um delineamento das tendências ideológicas...357
Nádia Regina Loureiro de Barros Lima
Mulheres, Movimentos Sociais, Partidos Políticos
e Estado....................................................... 377
Eva Alterman Blay
A articulação feminina no processo
dereestruturação democrática: A mobilização das
mulheres do Sul do Brasil ..........................389
Jussara Reis Prá
POST SCRIPTUM..................................................................405
PARTICIPANTES..................................................................407
APRESENTAÇÃO
“E 20 ”
XATAMENTE ANOSDEPOIS
Exatamente 20 anos nos separam das discussões contidas
nesta publicação. É muito tempo, tempo de trabalho, tempo de
vivências, tempo de experiências. Um longo tempo de lutas, vitó-
rias e conquistas, mas também um tempo de derrotas, de decep-
ções e perdas. Podemos resumir tudo isso em uma pequena pala-
vra: VIDA.
Aqui trazemos, finalmente, depois de longa caminhada, o
resultado de um encontro de vida, de discussões, reflexões e de
solidariedade. Durante todos estes anos a promessa de publicar
este material nos perseguiu. Perseguição das companheiras que
participaram do evento e sentiam a falta deste registro, persegui-
ção da consciência de quem tinha a certeza de que este era um
material muito importante que não poderia seguir guardado nas
gavetas do NEIM.
Ao longo destes 20 anos, várias foram as tentativas de publicá-
lo – o que pode ser comprovado nas datas expressas no Prefácio
e no Post Scriptum. Sempre faltavam recursos, faltava tempo,
faltava empenho.
Hoje, relendo esses textos, podemos incluir um novo valor,
seu registro histórico. Aqui estão, não só as principais discussões
que o feminismo enfrentava naquele momento, mas, em especial,
uma espécie de anúncio dos dias que viriam.
Chamamos atenção, em especial, para o momento em que
discutíamos o papel e a perspectiva do NEIM, percebendo-se
que pairava, naquele momento, uma espécie de mal-estar advindo
da consciência de que NEIM e Brasil Mulher existiam em uma
relação de simbiose, mas ao mesmo tempo conflitante. Estáva-
mos começando a construir uma história de institucionalidade
que não imaginávamos pudesse chegar até onde chegou.
O Feminismo avançou, saiu do gueto e segue crescendo
nas instâncias do Estado. O feminismo acadêmico também dei-
xou de ser um “estranho no ninho” para transformar-se em uma
área de conhecimento, reconhecida e legitimada para a academia.
O NEIM fez esse caminho, contribuindo, sem dúvida, de forma
significativa nessa institucionalização e no reconhecimento desse
campo do saber no Brasil.
O processo de desenvolvimento daquele NEIM, formado
inicialmente por um pequeno grupo de professoras e alunas do
Mestrado em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia e Ciênci-
as Humanas, para o NEIM de hoje - que vivencia um momento
de transformação em unidade de ensino e pesquisa -, demandou
muita luta, muito enfrentamento, muitas barreiras a serem rompi-
das e certamente muito trabalho. Nos seus 25 anos de história, o
NEIM cresceu;, hoje é um órgão suplementar da Universidade
Federal da Bahia, contando com uma equipe de mais de 25 pes-
soas, incluindo-se professoras pesquisadoras, pesquisadoras as-
sociadas, bolsistas, estagiárias/os e pessoal técnico-administrati-
vo. Buscando realizar e incentivar o ensino e a pesquisa no cam-
po dos Estudos sobre Mulheres e Relações de Gênero, o NEIM
constituiu-se, desde o início, como grupo interdisciplinar e indissociado
da comunidade, participando com ela numa multiplicidade de even-
tos e programas. Sua equipe tem marcado presença nos meios
científicos e feministas locais, nacionais e mesmo internacionais,
por uma intensa atividade de cunho prático e acadêmico.
No âmbito acadêmico, o NEIM tem estimulado o crescente
interesse de estudantes pela análise das questões de gênero e
condição feminina na sociedade e na história. Nesse sentido, sua
equipe tem colaborado, efetivamente, ministrando cursos em ní-
vel de graduação e pós-graduação através dos departamentos de
Ciência Política, Antropologia, Sociologia e História da Faculdade
de Filosofia e Ciências Humanas, bem como nos Cursos do Ins-
tituto de Letras, Escola de Enfermagem e Faculdade de Educa-
ção da Universidade Federal da Bahia. O resultado tem sido a
produção de monografias (na graduação), dissertações de mestrado
e teses de doutorado (na pós-graduação) sobre a temática da mu-
lher e relações de gênero.
No caso especifico da pós-graduação, a equipe de professo-
ras/pesquisadoras do NEIM têm orientado trabalhos nas Pós
Graduações (Mestrado e Doutorado) de Ciências Sociais, Histó-