O cotidiano e a história

130 Pages·1985·5.779 MB·Portuguese

by  Agnes Heller

Série
INTERPRETAÇÕESD A HISTÓRIAD O HOMEM
2
Volume
DireçdãeoM oacyFré lix
AgneHse ller
O Cotidiano
a
e
História
Traduçãdoe
CARLONSE LSONC OUTINHO
e
LEANDRKOO NDER
2�E DIÇÃO
Paze Terra
Títuldoo origineaml a lemão:
ALLTAG UNDG ESCHICHTE
Zurs ozialistischent sGleesherlel schaf
1970
© by AgnesH elleArr,t jiuss..
Desenhdoe c apa:
LÉAV EIAG
Direitaodsq uiripdeolsa
EDITORAP AZ E TERRA S/A
90- 18.
RuaS ãoJ osé, 0 andar
Centr-o Riod eJ anei,rR oJ
221-3996
Tel.:
128
RuaC aróisj,
Lapa- SãoP auloS,P
:8 64-0755
Tel.
ques er eserva
a propriedadet rdaedsutçaã o
1985
ImpresnsooB rasil
PrinitnBe rda zil
Sumário
Notas obrAeg nesH elleirx
1
Valoer história
1 7
Estrutura dcao tviiddiaa na
43
Sobreo sp reconocse it
Indivoí deu comunid:a duema contraposrieçaãlo
65
ou aparente?
87
Sobroes p apéisso ciais
O 111
lugadra é ticnaom arxismo

NotaS obreA gneHse ller
A
GNESH ELLEnRa sceeum Budapeesmt e1,9 2E9st.u­
dou filosofiUan ivnae rsidEaõdtev õLso rándn,e ssmae sma
ciadde,q uandfoo ia lundae G eorgL ukácdse,q uemp osterior­
mentes et ornoaus sistesnegtuei,d ao rec olaboradionrtae lec­
tua.l É atualmee pnetsquiosraadd o InstitSuctcoi ológdiec o
Budapesatnee,ox à AcademiHaú ngardae Ciênc,ie a fsazp art·e
do conseldheor edaçãdoa r evisituag oslParvaa xiTsra.b alhoSi
deA gnesH ellejráf oramt raduzie. pfuobsl icaedmo asl emão,
ingl,ê fsrancêist,a loi,a enspanhsoelr,v ocr,o tacthaeco, polonês
"O
e romeno. Um beol ensadioes ua autsoorbeir a Futurdoa Si
Relaeçsõe ntroes S exosa"p areceemu p orutguênsa coletânea
sobrAe CridsaeF amílpiuab,li ceamd a1 97pe1l Paa ze Terra.
Um dosp rincipais praobbolredmaadpsoo srA gnesH eller
em sua atividiandtee tlueaclé aqueldea sr.e laçõeenste r a ética
e a vidas oci.a Elm 19,5p 6ublicoo su eup rimeilriov ,r Ao
ÉtidceaT echernichcéovnssakgir,àa d aon álidsae problemátic�
do "egoísmo racniao -noablr"da o importanpteen saddoer­
mocratrae voluciornuásors idoos écuXlIoX .V inculaàd omse s­
ma temátiocua s,e j,a à relaoç ãnetreé ticea s ociedade, s.ão
ix
os livrqouse p ubliceomu s eguidAa D: issoluçdãoosP adrões
Morai(esm 1 95e7 A) S ocioldoagM ioar alidoua daMe o rá!
daS ociol(oegmi1 a9 63Em) 1.9 6p6u,bl icaariinad- a sem­
pree m línghuúan ga-rao estudPoa peSlo cieaP lre conceito,
cujotse mass ãor etomadeoms. d oisd ose nsaios connat idos
1970
presenctoel etâ,n ceuajae diçãoor igailna lemãé de e
queé seup rimeilriov rpou blicaedmo p ortuguês.
Agnes Helle-r juntamecnotme Fer·ce nFehré,G yõrgy
Márksu eM ihálVya jd-a integar cah amadEas coldae B u­
dapes,t feormadpae lodsi scípumlaoissp róximodse Georg
LukácEsm. umae ntrevciosntcae dipdoau caon tse des uam or­
te,o mester húngarroe ssaul taoi mportândceiseas grupdoe
seguidosr pearau ma correatvaa liadçeã os uap róproibar a:
"Sinto-nmaeo brigadçãedo e starc qauem inhaosb ransã os ão
dem odoa lgumo resultdaod foe lêixzi tdoe u m únicion di­
vídu.o Ao contrársiemo e;u se scritfoosr eme studadoàs luz
des usa oiigeen sd es esu feeoist imediatos, tocrandaar -se-á
vezm aisc laor que minhaa tividtaedóer ijcaam aifso ia ativi­
dadede um pensard 'oisolamdaos's ,e mprfeo i� e o éc ada
vezm ais- algdoi rigpiadrooa estabelecoi dem·eu nmtal inha
de pensame,n dteo uma esocla.. A.s smi, a chamadEas cola
de Budaepstec rescneou cursdoe minah própraitai vidade
O
como teóriec coo mop rofessorf.a tdoe que aú nicpaa rte
da pro::luçãdoe sseasc olah ojei nternacionaclomnehnetcei da
sejaaq uelfao rmadpaor m eusp rópriloisv,r( omsu itdooss q uais
forame scrsi etmo alemãoa)l tebream poucoo indiscutível
dadod eq ues e tratdae uma linhdae pensamenctioe ntifica­
mentiem port,ad nettseinaa dcertamee natt re influênnoc ifau ­
turoE",.c aracteroi dzeam noddog eraal E scolLau,k ácasf ir­
mava:" Estu.danod de modoi ndividvuáarli oess tágisoosc ial­
mentes ignifisc adtoi dveosenvolvoi hmuenmtan,o essae scola
procusriat udaerm o::loc oncroe atse strutuer assa m udanças
estrutunraaqiuse lper oceshsios tórico-onqtuoeld óegviesc ero
explicoi ptoarud mac orrae ctompreendsoãm oé toddoe M arx."
Isssoi gnifqiucea,p artinddaoc oncepçdãoo m arxismcoom o
umao ntolodgois ae rs ocia(lc oncepqçuãeos ed esenvoslivse­
tematicamneasn toeb radso últoi mLukác,s a) Escoldae Bu­
dapesotpeõ -eset antaoo h istoricsiusbmjoe tai v(iqseut dissol­
vea so bjetivahçuõmeasn aesm suag ênesseo ciiamle diata)
quanot àsv ersões "estrutduor maalrixsitosa m(sq"eu subs-
X
titueam d imensãoon tológico-psoorcu ima elp istemologismo
formatlaie s anhtiis.,.t ór.i co)
Em suae ntreviLsutkaá,c sde stacapvaar ticularam ente
figudrea Agsn Heelleqrue, considear ao"v membrom aisp ro­
dutivdoa" E sco.l aReferinsdeao o-st.r abaldhaos ú ltimfaa se
deA gnesH elle(rq eu estãoe m cursdoe publicaeçmã ov árias
línguoacsi dentaaisss)i,ms e expressaLvuak ács":E ntraes
obrasd e Agnse Hell,e erncontramt-rsêels i vreqsu em elhor
exemplimf icoat ipdoe orientadçaã eos colmaa rxisdteaB u­
dapestAe É. tidceaA ristóet Oe lHeosm em Rdeoan scimento
sãom onografhiiatóssr ic.a sAp rimeifroran ecuem a visãdoe
conjundtao t otaliddaad fei losopfliaat ônei caar istotéal ica;
segundéa a lgoq ueE rnsCta ssirteerri ar ealizasdeo f oss·e
marxisotuas ,ej a, umae xatea d inâmirceap resentdaeçu ãmoa
épocai ntetlueacla,t éa gor-a salvaol guncso mentáriino­s
cidenst -aiignorapdeal om arxismoE.s sesd oisli vropso,­
rém,s .oã muitmoa isq ues impsl aenálihsiesst óriocsap se:r ío­
dosp ore lerse presentsaãdoop se ríodeoms q uea alienaçã0
estavpao ucoav ançaed aem quea distânecnitar aes p otencia­
lidaddeos g ênerhou manoe ar iquedzoas i ndivídauionsad
nãoe ram uitog randeP.r ecisaem·ee nsstap rbolemáat ilcecvu
AgneHs,e llear e screvseuram ais maduroab raat é hojea, om­
nografsioab rAe Viad Cotidicaunjota e,m ap rinciép aln osso
inteisrios tedmian âmidcaos categosr diaaa tividea ddoe pen­
samentcoo tidi.a Ensosel iov raparee,c ao mesmot empoc,o ­
mo um dos mais importanetxeesm plodso rensacimeon dta
ontolomgairax isdtuar aen tad écadpaa ssad.a D"evee- sainda
sublinhqaure e ssam onografsioab rAe VidaC oitdia-na
que explicsiitsat ematicaomse tnetmea �c ontidnoos s egundo
ensaidoa presenctoel etâ-neéa prefacipaedola p rópiroL u­
kácse deversáe rp roximamepnutbel icaedma n ossPoa íspe la
EditoPraaz e Terra.
O
lançamenetmo n ossa lídnogsu tar abalhdoes A gnes
Hel1e(rq ues. ef azj untamecnotmeo <lo beleon siaod eF erenc
Fehésro broe r omanctea,m bémp ublicapedloa P aze Terr,a )
constituumi i mpornttaes ervipçroe staàd oc ultubrraa sileira;
o conhecimeen tado i vulgadçaãsoi déilausk acssi adnoag ruop
de Budapesptoed emc ontribdueicri sivampeanrtaer eativar
um debatceu lturquael o monopóleisot ruturaelnitstrnaeó s
xi
ameaçtar ansfornmuamr e s,tméorniólol go. Os tradutodresetse
livr-o ques emprfeu ndamentasruaa mt aiivdadien telectual
na convicçdãeoq ueo pensamendteoL ukácés a únic.ar es­
postpal enaemnet válidàasq uestõecsu lturdaein so sos tempo
- senemt-sea ssibma stanstaet issf eeimt·ao presenotsat rr aba­
lhso dessEas colaao públibcroa sileiro.
C.N.C e L.K.
ValorH istória
e
A
TEORIAse gundoa quaols h omesn fazem spuraó pria
histórmiasa e, m condisç õpereviamee dnatda,s contéams t,e ses
fundamentdaaic so ncpeçoã marxisdtaa h istórpiora u:m lad,o
a tesdea imanênciea,,p oro utroa, d a objetividÀa dprei.­
meirav is,to a princoí dpaii manênciimap lincoa f atdoa t eleo­
logiaao,p assqou e o princídpaio ob jetiviidmapdlei ncaaq uele
da causalidoasdh eo;m ensa spiraam c ertofsi1n, s mas ·etses
estãdoe terminapdeolsa csi rcunst,â nasci iqausaisd,e resto,
modifictaamsi esforçeo ass piraçpõreosd,u zoi nddesse mofo
resultaqduoesd ivergdeoms f inisn iciatlemc eonlocadeotcs.,
Mas ·essdai stinsçeãroi vae rdadae tiãro-sotmees ne (' ciurncs­
tânciea ""h omem" fosesnetmi dsa sdepearad.a Tsodavia, essas
"circunss,"t dâentceiramin,a ndaassq uaioss h omensf ormulam
finalid,a sdãoe assr elaçõee ssti uaçõseósc io-humaansap sr,ó ­
priarse laçõee ssi tuaçhõuemsa namse diatizapdealsac so,i sas.
Não sed eev jamais entae "ncdierrc tuânncsiac"o mo totalida­
de de objetmoosr tonse,m mesmod em eiso de produçãao ;
"circunstâén cai uan"i daddee forçapsr odut.i,ves atsrutura
socli ea formadse pensamenotuo ,s ejau,m complexqoue
1