Table Of ContentProcesso de Registo de Adequação
de Ciclo de Estudos
Universidade de Évora
Licenciatura em Matemática Aplicada
Processo de registo de adequação de ciclos de estudos
Documento do Reitor da Universidade de Évora a subscrever o relatório da
Comissão de Curso
O Relatório para pedido de registo de adequação do curso de Licenciatura em
Matemática Aplicada, que subscrevo, recebeu o amplo contributo de toda a
academia e está conforme à legislação nacional e às normas internas, tendo sido
apresentado, discutido e aprovado em todos os órgãos competentes da
Universidade de Évora: Conselho de Departamento, Conselho Científico da Área
Departamental, Conselho Cientifico da Universidade de Évora, Conselho Pedagógico
da Universidade de Évora e Senado Universitário.
…………………………………………………………..
Jorge Araújo
(Reitor da Universidade de Évora)
Universidade de Évora / Pró-Reitoria para a Política da Qualidade e Inovação 1
Processo de registo de adequação de ciclos de estudos
Documento do Conselho Científico e do Conselho Pedagógico a subscrever
o relatório da Comissão de Curso
Este Relatório foi apresentado, discutido e aprovado no Conselho Científico e no
Conselho Pedagógico da Universidade de Évora, que o subscrevem.
………………………………………………………….. …………………………………………………………..
José Alberto Simões Gomes Machado António Manuel Neto Vaz
(Presidente do Conselho Científico) (Presidente do Conselho Pedagógico)
Universidade de Évora / Pró-Reitoria para a Política da Qualidade e Inovação 2
Processo de registo de adequação de ciclos de estudos
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA APLICADA
NOTA INTRODUTÓRIA
A Universidade de Évora apresenta a proposta de adequação da actual licenciatura
em Matemática e Ciências da Computação, designação que não consta da lista
proposta pelo CRUP, pelo que se adopta a nova designação de Licenciatura em
Matemática Aplicada aí proposta. Ao fazê-lo, a licenciatura assume agora a sua
vocação principal de Licenciatura em Matemática Aplicada, retomando a designação
tradicional. De facto, foi em 2003/04 que a Licenciatura em Matemática Aplicada e
a Licenciatura em Ensino de Matemática, ambas bastante procuradas pelos
estudantes, se fundiram na actual Licenciatura em Matemática e Ciências da
Computação, licenciatura que se verificou não ter conseguido atrair estudantes
mais vocacionados para as Ciências da Computação (têm outras alternativas mais
aliciantes a funcionar na Universidade de Évora) e ter uma designação que afastava
estudantes mais vocacionados para a Matemática, não obstante a excepcional
qualidade da formação que proporciona.
É desnecessário realçar a primordial importância da Matemática para o
desenvolvimento científico, tecnológico, económico e social do País e da tão
deprimida Região Alentejo. A existência na Universidade de Évora (U.E.) de uma
fileira integrada de ensino dos mais variados ciclos e de investigação em
Matemática e suas aplicações é fundamental.
Apresentamos de seguida dez razões principais para a continuação do
funcionamento na Universidade de Évora de estudos de Matemática, através da
Licenciatura em Matemática Aplicada.
1ª) A longa tradição e qualidade da formação inicial em Matemática na
Universidade de Évora numa fileira integrada de licenciatura, mestrado e
doutoramento, a única formação Matemática no Sul do País, já com
extensões a Cabo Verde e futuramente à Guiné-Bissau.
Desde 1978/79 que, sem interrupção, funcionam licenciaturas na área da
Matemática e do Ensino da Matemática na Universidade de Évora, tendo as
avaliações externas reconhecido a sua qualidade e apresentado sugestões de
melhoria que foram sendo incorporadas. Os seus licenciados têm dado um
contributo significativo para o desenvolvimento do País e, particularmente, da
Região, onde inclusivamente muitos que a ela não pertenciam se fixaram. Desde
1995/96 que funciona ininterruptamente (inicialmente cada dois anos e, desde
2003/04, anualmente), e sempre com uma muito boa procura de licenciados pelas
mais variadas Universidades, o Mestrado em Matemática e Aplicações da U.E.
(inicialmente designado Mestrado em Matemática Aplicada) e o curso de pós-
graduação associado, tendo já sido formados 38 mestres e 16 pós-graduados e
estando em curso 10 orientações de teses. Funciona também desde há vários anos
o ramo de doutoramento em Matemática, que já produziu 8 doutores, estando
ainda em curso 16 orientações de teses. Prevê-se ainda a criação do Mestrado em
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Modelação Estatística e Análise de Dados, mais vocacionado para profissionais
e investigadores de várias áreas (biológicas, saúde, economia e gestão) que
precisam de aprofundar conhecimentos de metodologias estatísticas e suas
aplicações.
Estas formações têm também sido frequentadas por estudantes dos PALOP. Há um
acordo de cooperação regular com Cabo Verde no que se refere à formação que
funciona nesse país e à continuidade de estudos na Universidade de Évora, tendo
formado pessoas que ocupam altos cargos em Cabo Verde. Está em fase avançada
de estudo um acordo com a Guiné-Bissau.
2ª) A existência de um corpo docente adequadamente dimensionado e de
elevada qualificação.
O Departamento de Matemática tem actualmente um corpo docente com 30
doutorados, 20 mestres e 4 com PAPCC, estando os não-doutorados a preparar os
seus doutoramentos (vários deles à beira de entregar a tese). Este corpo docente
está adequadamente dimensionado para a formação em Matemática referida acima
e para a leccionação das disciplinas de Matemática em todos os cursos de
licenciatura, mestrado e doutoramento da Universidade.
3ª) A elevada empregabilidade dos licenciados em Matemática pela
Universidade de Évora, traduzindo as necessidades do mercado de trabalho
e o reconhecimento por este da competência dos nossos licenciados.
A empregabilidade dos licenciados em Matemática pela Universidade de Évora é
excelente, sendo raros os que não se encontram empregados e tendo 93%
conseguido emprego em prazo inferior a 6 meses. Isso mesmo foi constatado num
Inquérito aos licenciados feito pelos estudantes da disciplina de Teoria da
Amostragem a uma amostra aleatória de 88 dos 240 licenciados em Matemática
Aplicada e em Ensino da Matemática pela Universidade de Évora no período de
2000 a 2004, e por um outro inquérito feito pela Pró-Reitoria para a Avaliação.
Além das profissões ligadas ao ensino e formação (as predominantes nos
licenciados em Ensino de Matemática), os nossos licenciados têm profissões nos
mais variados ramos de actividade (seguradoras, bancos, empresas comerciais,
industriais e de serviços, Administração Pública, etc.).
As constantes solicitações, por vezes difíceis de satisfazer, de empresas e serviços
que o Departamento recebe para sugerir potenciais candidatos a postos de trabalho
mostram o grau de satisfação do mercado pelos que já estão a trabalhar e a
necessidade de aumentar a formação de licenciados em Matemática Aplicada. Para
isso, para além das acções de divulgação da Matemática que o Departamento e
outras instituições realizam, são necessárias medidas de incentivo aos jovens para
a frequência deste curso (por exemplo, bolsas de estudo específicas).
Um outro indício da empregabilidade dos licenciados em Matemática Aplicada é o
facto de a maioria dos estudantes do Mestrado em Matemática e Aplicações já estar
a trabalhar.
4ª) A forte ligação do Departamento de Matemática e da Licenciatura à
actividade empresarial e o seu relevante papel no desenvolvimento da
região.
O Departamento de Matemática, bem como o seu Centro de Investigação em
Matemática e Aplicações da U.E., têm uma forte componente de investigação
aplicada, muitas vezes em cooperação interdisciplinar com outros sectores da U.E.
e de outras Universidades nacionais e estrangeiras (ver lista em 7ª),
frequentemente em resposta a solicitações de empresas e serviços nacionais e
regionais, dando assim um valioso contributo para o desenvolvimento. São
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frequentemente pequenos projectos, mas há também projectos mais vultuosos (por
exemplo, nos últimos anos, com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e das
Pescas, o Instituto de Investigação da Floresta e do Papel, a Portucel e a Soporcel).
A recém-criada Consultadoria em Estatística e Modelação de Matemática, estrutura
do Departamento que funciona no âmbito da OTIC (Oficinas de Transferência de
Tecnologia e Conhecimento da U.E.), onde também se permite pequenos estágios
dos estudantes da licenciatura, vai reforçar esta componente da nossa actividade.
Os estágios de fim de curso dos alunos da actual licenciatura têm decorrido em
ambiente profissional em importantes empresas, serviços e autarquias a nível
nacional e regional (ver lista no Anexo VII a este documento). Essas entidades têm
manifestado grande satisfação pela qualidade do trabalho dos estagiários, que
nalguns casos deram, com a ajuda do orientador da Universidade, importante
contributo para a resolução de problemas existentes. Temos constantes pedidos de
mais estagiários.
Na licenciatura em Matemática Aplicada, devido à redução para 3 anos, os estágios
terão lugar principalmente no âmbito da unidade curricular de Projecto de
Matemática e terão de ser mais reduzidos (podendo também ocorrer em regime de
tempo parcial) ou ser substituídos por contactos regulares com a empresa ou por
participação em projectos realizados em cooperação com as empresas na
Consultadoria em Estatística e Modelação de Matemática.
O Departamento tem também tido um relevante papel a nível da formação
profissional de professores, em Cursos de Especialização Tecnológica e em acções
de formação associadas ao Mestrado em Matemática e Aplicações. Essa acção vai
alargar-se com acções de formação associadas aos futuros Mestrados em
Modelação Estatística e Análise de Dados (formação para profissionais de variadas
áreas) e em Matemática para o Ensino (destinado a actuais professores dos ensinos
básico e secundário, de forma a contribuir para a melhoria do sucesso educativo).
5ª) A Matemática é uma área estratégica e pilar fundamental para o
desenvolvimento nacional e regional, bem como suporte do Plano
Tecnológico. A nível da tão atrasada Região do Alentejo, temos elevadas
exigências nos aspectos de investigação e desenvolvimento e na formação
e fixação de quadros com elevadas competências matemáticas. O
funcionamento da Licenciatura em Matemática Aplicada na Universidade de
Évora é essencial, integrada que está num todo articulado e coerente de
formação pós-graduada e contínua, de investigação e de prestação de
serviços à comunidade.
É de notar que o Departamento de Matemática da U.E. e o Centro de Investigação
em Matemática e Aplicações da U.E. (CIMA-UE) têm, a par da investigação
fundamental, uma fortíssima componente de investigação aplicada e
interdisciplinar, fundamentais para o desenvolvimento da Região. Com eles se
articulam, de forma coerente, os seus programas de ensino e formação
(Licenciatura em Matemática Aplicada, Mestrados em Matemática e Aplicações e em
Modelação Estatística e Análise de Dados e pós-graduações e programas de
formação associados, Doutoramento em Matemática) e a sua Consultadoria em
Estatística e Modelação de Matemática no âmbito da OTIC (Oficinas de
Transferência de Tecnologia e Conhecimento da U.E.).
Nesta altura em que a juventude portuguesa se tem vindo a arredar da Matemática
e da formação tecnológica, há que fazer uma forte aposta na manutenção e reforço
das estruturas de formação nessas áreas (infelizmente, o Estado parece estar a
fazer o contrário, em contradição com os objectivos de desenvolvimento
tecnológico e regional) e de incentivar a juventude para elas através de divulgação
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Processo de registo de adequação de ciclos de estudos
científica e de bolsas de estudo específicas. Esta é a melhor forma de fixar na
Região quadros tecnológicos essenciais ao seu desenvolvimento.
6ª) A forte retoma prevista da procura das licenciaturas em Matemática
pelos estudantes e a necessidade de manter activa essa área de formação.
É sabido que o desenvolvimento do País e da Região vai exigir a formação de um
cada vez maior número de licenciados em Matemática Aplicada (além de mestres e
doutores) de que as empresas e serviços vão necessitar, sem o que o
desenvolvimento ficará seriamente comprometido. Essa pressão, mesmo com os
níveis de atraso da Região, já se começa a fazer sentir. Simultaneamente, nos
últimos anos tem havido um menor interesse dos estudantes por estudar nessa
área (e noutras áreas tecnológicas), em boa parte devido ao insucesso em
Matemática e abandono escolar nos ensinos básico e secundário. Felizmente, estão
a ser tomadas medidas para combater esse insucesso e os estudantes e famílias
estão a aperceber-se de quais as áreas onde há empregos, mas só daqui a uns
anos é que isso terá efeitos na frequência do ensino superior, o que já começa a
sentir-se noutros países ocidentais que tomaram medidas correctivas mais cedo.
É preciso estar preparado para essa retoma do número de estudantes que irá
inevitavelmente ocorrer, admitindo que o País não se irá resignar ao
subdesenvolvimento (poderá ser mesmo necessário criar incentivos especiais, como
bolsas de estudo específicas, nessas áreas). Claro que isso exige a manutenção das
estruturas de formação e investigação instaladas para que o País esteja pronto a
corresponder à retoma da procura (tempos houve em que a procura destes cursos
era muito superior à oferta e vamos voltar a essa situação). Essas estruturas
levaram dezenas de anos a criar e, se forem delapidadas, quando brevemente se
tornarem de novo necessárias, levará muito tempo a reconstruí-las, tempo que é
vital para o desenvolvimento. Daí a necessidade de as manter a funcionar, bem
como as respectivas Licenciaturas (e outros níveis de formação), ainda que
temporariamente com um número reduzido de alunos.
7ª) A elevada produtividade científica do Departamento de Matemática da
Universidade de Évora e o seu prestígio na comunidade científica.
O Departamento de Matemática tem um elevado nível de produtividade científica,
como se pode verificar pelo Relatório de Actividade Científica do Ano de 2005 (ver
Anexo VI deste documento). Só em 2005 foram produzidas 71 publicações
científicas (10 livros, 3 capítulos de livros, 25 artigos em revistas internacionais, 3
artigos em revistas nacionais, 30 artigos em Actas) e apresentadas 68
comunicações em reuniões científicas, a maioria internacionais. Há 24 projectos de
investigação em que participam membros do Departamento. As orientações de
teses no âmbito do Mestrado em Matemática e Aplicações e do Doutoramento em
Matemática da Universidade de Évora já foram referidas acima (ver 1ª), mas os
professores do Departamento de Matemática têm orientado ou co-orientado teses
de doutoramentos realizados noutras Universidades (num total de 20
doutoramentos já concluídos) e teses de outros Mestrados da Universidade.
O Departamento organizou várias reuniões científicas nacionais e internacionais e
membros seus fizeram e fazem parte de Comissões Científicas e de Comissões
Organizadores desses eventos (só em 2005, membros seus participaram em 4
Comissões Científicas e em 2 Comissões Organizadoras de grandes reuniões
científicas internacionais e na Comissão Organizadora e Comissão Científica de um
grande Congresso nacional).
O Departamento atingiu cotas de elevado prestígio. Membros seus ocupam a
Presidência da Sociedade Portuguesa de Estatística - SPE (além de mais um lugar
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na Direcção e outro na Mesa da Assembleia Geral), a Presidência da Sociedade
Portuguesa de Astronomia, a Presidência da Direcção Regional do Sul da Sociedade
Portuguesa de Matemática – SPM, um lugar na Direcção da European Society for
Mathematical and Theoretical Biology, um lugar de membro eleito do International
Statistical Institute, lugares como Editores associados de duas revistas científicas
internacionais, um lugar em Conselho editorial de revista científica lusófona,
lugares nos Conselhos Editores dos Boletins da SPE e da SPM. Um deles é
representante português no CEIES (comité consultivo para questões estatísticas da
Comunidade Europeia). Outro integra o painel de avaliação do telescópio espacial
XMM-Newton da ESA, o Steering committee do "Computational Astrophysics and
Cosmology" (ASTROSIM) da European Science Foundation e é membro do Science
Working Group do Gamma Ray Imager da ESA e do consorcio internacional
"ChASeM33" da NASA. Muitos membros seus são frequentemente solicitados para
júris académicos e para trabalho de “referee” em revistas internacionais.
Além de várias ligações nacionais com várias Universidades e com o Instituto
Nacional de Investigação Agrária e das Pescas e o Instituto de Investigação da
Floresta e do Papel, existem ligações internacionais no âmbito do ensino e da
investigação com as Universidades de Campinas (Brasil), Paul Sabatier (Toulouse
III, França), North Carolina State (EUA), de Pittsburgh (EUA), Carnegie Mellon
(Pittsburgh, EUA), de Princeton (EUA), de Chicago (EUA), de Cabo Verde, de Jaén
(Espanha), de Granada (Espanha), de Castilla-La Mancha (Espanha), de Bordeaux 1
(França), da Costa Rica, Nacional de Heredia (Costa Rica), de Rousse (Bulgária),
Universidade de Viena (Austria), Rhur-Universitat Bochum (Alemanha), de
Heidelberg (Alemanha), bem como com o MIT (EUA), o American Museum of
Natural History (EUA), o Patuxent Wildlife Research Centre (EUA), o CSIRO
(Austrália) e a Academia Nacional de Ciências da Ucrânia.
8ª) A existência desde 1995 do Centro de Investigação em Matemática e
Aplicações da Universidade de Évora (CIMA-UE), centro financiado pela
FCT e por ela avaliado com a classificação de “Bom”.
O CIMA-UE tem 41 membros, dos quais 23 doutorados, sendo a maioria membros
do Departamento de Matemática da U.E., pelo que nos dispensamos de indicar a
actividade científica pois já referimos a do Departamento.
No último relatório de avaliação da FCT dos centros de Matemática, o painel
recomendou estimular, através do Fundo Programático Especial, apenas duas
iniciativas de importância a nível nacional. Uma delas referia-se ao CIMA-UE e
destinava-se a: “...to support and encourage the development of the statistical
work in biomathematics in Évora...”. Além desta área, o CIMA-UE tem várias outras
áreas fortes.
Alguns docentes do Departamento integram o Centro de Estudos em História e
Filosofia da Ciência da Universidade de Évora numa linha de investigação altamente
produtiva.
9ª) A qualidade do plano curricular proposto e as suas características
inovadoras no panorama nacional.
O plano curricular proposto para a Licenciatura em Matemática Aplicada é um
programa adequado, baseado na nossa longa experiência de ensino na área e nas
recomendações de Comissões de Avaliação da FUP e de inquéritos aos nossos
licenciados, com metodologias de ensino/aprendizagem muito centradas no
trabalho do aluno. Além da formação básica e de alguma formação especializada
em Matemática, o aluno escolherá um dos menores (cada um tem 24 ECTS),
podendo aprofundar a sua formação Matemática ou Estatística ou obter uma
formação complementar em áreas de aplicação da Matemática como Ciências da
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Computação, Economia e Gestão, Biologia e Ecologia, Física ou Química, que lhe
podem ser úteis para a sua vida profissional. É a Matemática em acção, não
desligada das suas aplicações, que julgamos ser singular no âmbito das
licenciaturas nacionais na área da Matemática. Esse contacto com outras formações
também ocorre em várias disciplinas de Matemática que são comuns a outros
cursos, de forma a desenvolver hábitos de cooperação interdisciplinar. Além de
várias unidades curriculares preverem trabalhos/projectos do aluno e de este ser
incentivado a participar nos Seminários do Departamento/CIMA-UE e a ter
pequenos estágios ou experiências profissionais livres, a unidade curricular de
Projecto de Matemática vai-lhe permitir realizar uma monografia ou um pequeno
estágio numa empresa/serviço ou na Consultadoria em Estatística e Modelação
Matemática (estrutura do Departamento no âmbito das OTIC).
10ª) A articulação do plano curricular proposto com o de outras
licenciaturas e os custos marginais extremamente reduzidos do seu
funcionamento, aliados a uma comprovada atracção de novos públicos.
O plano curricular da Licenciatura em Matemática Aplicada está articulado com os
planos de estudo de outras licenciaturas na área da Ciência e da Tecnologia,
havendo muitas unidades curriculares comuns, quer obrigatórias quer optativas.
Isso tem evidentes vantagens pedagógicas, fomentando o convívio interdisciplinar e
fazendo a ponte entre a Matemática e as suas aplicações. Mas conduz também a
uma grande economia de custos. De facto, com esta metodologia, o custo marginal
de funcionamento da Licenciatura em Matemática Aplicada é extremamente
reduzido.
Convém notar que as “economias” com a suspensão das entradas na licenciatura
seriam negativas. Com efeito, durante vários anos, o reduzido número de unidades
curriculares específicas (não-comuns a outras licenciaturas) da licenciatura em
Matemática Aplicada teria de continuar a funcionar para os alunos actuais (mesmo
as unidades dos primeiros anos, devido a haver reprovações). Teríamos os
correspondentes encargos mas não a receita das propinas dos novos ingressos
(que, ainda por cima, fazem falta no mercado de trabalho). Ao fim desses anos,
teremos certamente, como já se referiu (ver 6ª), uma forte retoma dos alunos
interessados em frequentar a licenciatura, que, não só proporcionará uma boa
receita de propinas, provavelmente superior aos custos marginais acima referidos,
mas também trará benefícios incomensuráveis para o desenvolvimento regional e
nacional.
Por outro lado, nos últimos anos, a licenciatura tem atraído novos públicos,
havendo, para além dos alunos que entram pelos concursos nacionais de acesso
(1ª e 2ª fases), mais de vinte alunos por ano que ingressam na licenciatura por
concursos e regimes especiais (muitos alunos já possuidores de uma outra
licenciatura que entram pelo concurso especial de acesso, transferências, mudanças
de curso, reconversões profissionais, reingressos, cooperação com os PALOP, etc.)
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Processo de Registo de Adequação de Ciclo de Estudos
A - Identificação do ciclo ou ciclos de estudos actualmente em
funcionamento
1º ciclo - Lienciatura em Matemática e Ciências da Computação
B - Estrutura curricular e plano de estudos
1. Estabelecimento de ensino:
Universidade de Évora
2. Unidade orgânica:
Não aplicável
3. Curso:
Matemática Aplicada
4. Grau ou diploma:
Licenciatura
5. Área científica predominante do curso:
Matemática
6. Número de créditos, segundo o sistema europeu de transferência e
acumulação de créditos, necessário à obtenção do grau ou diploma:
180
7. Duração normal do curso:
6 semestres
8. Opções, ramos, perfis, maior/menor, ou outras formas de organização
de percursos alternativos em que o curso se estrutura (se aplicável):
Maior – Matemática
Menores – Matemática
Estatística
Ciências da Computação
Biologia e Ecologia
Economia e Gestão
Física
Química
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Description:Da perspectiva à geometria projectiva. Plano e espaço projectivos reais. Projecções. Razão cruzada. Teoremas de Papo e de Desargues. Transformações de. Mobious. Leituras recomendadas Mendenhall, W., Scheaffer, R.L., & Wackerly, D.D. (1986). Mathematical Statistics with. Applications. 3P rd.