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"Quando o mundo estiver unido na busca do
conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e
poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a
um novo nível."
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Tradução
Jorge Bastos
© Éditions Albin Michel, 2008
Todos os direitos desta edição reservados à
EDITORA OBJETIVA LTDA. Rua Cosme Velho, 103
Rio de Janeiro — RJ — CEP: 22241-090
Tel.: (21) 2199-7824 — Fax: (21) 2199-7825
www.objetiva.com.br
Título original
Marilyn et JFK
Capa
Adaptação de Marcela Perroni / Ventura Design sobre design original
Imagem de capa
Cecil Stoughton / Getty Images
Revisão
Tathyana Viana
Lucas Bandeira de Melo
Tamara Sender
Coordenação de e-book
Marcelo Xavier
Conversão para e-book
Freitas Bastos
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
F798m
Forestier, François
Marilyn e JFK [recurso eletrônico] / François Forestier ; tradução Jorge Bastos. - 1.
ed. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2014.
recurso digital
Tradução de: Marilyn et JFK
Formato: ePub
Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions
Modo de acesso: World Wide Web
213p. ISBN 978-85-390-0640-3 (recurso eletrônico)
1. Monroe, Marilyn, 1926-1962 - Relações com homens. 2. Kennedy, John F. (John
Fitzgerald), 1917-1963 - Relações com mulheres. 3. Atores e atrizes de cinema -
Estados Unidos - Biografia. 4. Presidentes - Estados Unidos - Biografia. 5.
Estados Unidos - Política e governo - Século XX. 6. Livros eletrônicos. I. Título.
14-16206 CDD: 927.9143028 CDU: 929:791
Sumário
Capa
Folha de Rosto
Créditos
Prólogo
Primeira Parte | A ascensão de Marilyn
Prelúdio. Dallas, 22 de novembro de 1963
1. Gloria e Joe
2. Norma Jeane se casa
3. Jack e Inga Binga
4. O encontro
5. O vestido esvoaçante
6. Hollywood confidencial
7. Poor Prince
8. Quanto mais gente melhor
9. A zona de perigo
10. Desajustada
Segunda Parte | A ascensão de JFK
11. Perfume de mulher
12. Uma louca diferente
13. Tempestade em Washington
14. Mother se intromete
15. Marilyn foge
16. Presente de aniversário
17. A grande limpeza
Epílogo. Washington, 12 de novembro de 1964
In memoriam
Bibliografia
Prólogo
É uma história que todo mundo conhece, mas ninguém
conhece. Ela aparece nos inúmeros livros, romances,
narrativas, filmes, documentários, artigos, sonhos, teses,
fantasmas e mitos sobre Marilyn ou sobre John Fitzgerald
Kennedy, mas nunca foi contada. Nela se esbarram espiões,
policiais, gângsteres, escroques, atores, amantes,
psicanalistas, escritores, informantes e até um roteirista
mexicano. Juro, há uma verdadeira multidão nessa love
story.
Marilyn foi filmada, JFK foi gravado. O FBI, a CIA, a Máfia
e, quem sabe, até mesmo Deus seguiram com paixão os
capítulos da novela encenada pela estrela e pelo Presidente.
Eles nunca estão a sós. Microfones nos colchões, buracos
nas paredes, lunetas à distância, tudo se passa como em
um jogo de espelhos: cada um vê, enquanto está sendo
visto. As casas têm olhos, os ouvidos têm paredes. E
querem que se acredite que não sabem quem assassinou
Kennedy? Que se trata de um mistério como o naufrágio do
Titanic, a pedra de Roseta ou a fórmula secreta dos
macarons Ladurée?
Para iluminar um pouco tanta escuridão, foi preciso uma
sólida documentação, um editor paciente e um defeito
crucial.
Uma má índole.
Eu tenho.
F.F.
PRIMEIRA PARTE
A ascensão de Marilyn
“Os Federais haviam colocado escutas. Nas duas últimas
semanas, ela tinha ‘traçado’ o disc-jóquei Allan Freed, Billy
Eckstine, Fred Otash, Jon Ramar of the jungle Hall, o cara que
limpava a piscina, dois entregadores de pizzas, o amestrador de
Rin-Tin-Tin, o apresentador de talk-shows Tom Duggan e o marido
da faxineira.”
James Ellroy,
American Tabloid
PRELÚDIO
Dallas, 22 de novembro de 1963
A bala penetra no crânio de John Fitzgerald Kennedy,
abrindo uma cratera de 13 centímetros de diâmetro. O
projetil Winchester Mannlicher-Carcano, calibre 6,5, dilacera
a região parietal do cérebro, esmigalha a área
somatomotora e explode, fraturando o osso e o frontal
direito. Minúsculas lascas de metal se espalham. O lobo
esquerdo pura e simplesmente desaparece. Pedaços do
tecido e dos ossos se perdem, sob a pressão colossal
provocada pela bala. Linhas de fratura como raios
dardejando de um núcleo racham a caixa craniana. O
sangue brota como um gêiser, atingindo todos que se
encontram na limusine presidencial. O corpo de JFK,
amolecido, é lançado contra o encosto do banco traseiro e
desaba sobre o ombro de Jackie Kennedy. Ela está sentada à
sua esquerda, a 15 centímetros, e grita:
— Ah! não! Não, não, não! Atiraram em meu marido!
Um pedaço de crânio com matéria cerebral voa para trás
e cai sobre a tampa do porta-malas do automóvel. Jackie, de
joelhos, sobe no capô e segue na direção do fragmento
sanguinolento. Estranhamente, o agente William Greer, que
está ao volante da limusine, diminui a velocidade, ficando a
menos de 18 quilômetros por hora e contrariando, com isso,
o regulamento. O agente Clint Hill, encarregado da
segurança da primeira-dama, se aproxima às pressas. Ele
segura Jackie, forçando-a a voltar para o interior do carro.
Ela grita:
— Meu Deus! Deram um tiro na cabeça!
Teria sido a segunda, a terceira, a quinta bala? Ninguém
sabe. Oito segundos e quatro décimos se passam entre o
primeiro e o último tiro. Ao diminuir a velocidade, o chofer
havia proporcionado um magnífico alvo. Em vez de partir a
toda, Greer se vira para trás, incrédulo. Os motociclistas,
que deviam escoltar o veículo e proteger os flancos, ficam
para trás, sem nenhuma utilidade. Os demais agentes do
Serviço Secreto — encarregado da segurança pessoal do
Presidente — permanecem inertes. Na véspera, nove deles
tinham saído para farrear na cidade e o último havia
chegado às cinco horas da manhã.
O governador do estado, John Connally, sentado com a
esposa no banco dianteiro da limusine, desaba. Foi atingido.
Sua mulher lhe segura a mão.
— Mataram o Presidente, mataram o Presidente!
Abraham Zapruder, um simples alfaiate judeu ucraniano,
não se contém. Ele grita e grita cada vez mais. Sua câmera
Bell & Howell 8mm grava tudo. E continua seguindo o
veículo presidencial, com o zoom no máximo, filmando até
ele desaparecer na escuridão de um túnel.
Ao emergir do túnel, o agente Clint Hill ainda está
estendido sobre o capô traseiro do veículo. Ele vê apenas
uma massa vermelha no lugar da cabeça do Presidente e
percebe um pedaço de cérebro no assento. Há sangue no
encosto, nas portas, nas roupas de Jackie. Ela sussurra para
o marido:
— Jack, Jack, o que fizeram?
Clint Hill grita:
— Para o hospital, para o hospital!
Na viatura de escolta, o agente Paul Landis, de pé no
estribo, olha para o casal presidencial. Clint Hill acena com
o polegar para baixo, em sinal de derrota.
A velocidade aumenta e o caos se torna perceptível. De
cada lado da rua as pessoas parecem paralisadas, enquanto