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IX Simpósio Sul de Gestão e
Conservação Ambiental
XXV Semana Alto Uruguai do Meio
Ambiente
10 a 13 de Agosto de 2016
IX Simpósio Sul de Gestão e Conservação Ambiental
XXV Semana Alto Uruguai do Meio Ambiente
O conteúdo dos textos é de responsabilidade exclusiva dos (as) autores (as).
Permitida a reprodução, desde que citada a fonte
____________________________________________________________________________
S612a Simpósio Sul de Gestão e Conservação Ambiental (9. : 2016 : Erechim, RS)
Anais [recurso eletrônico] : / Simpósio Sul de Gestão e Conservação
Ambiental. - Erechim, 2016.
ISBN: 978-85-7892-106-4
Modo de acesso:
<http://www.uricer.edu.br/site/informacao.php?menu_superior_adicional=18>
Editora EdiFAPES (acesso em: 01 set. 2016).
Evento realizado na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das
Missões – Campus de Erechim.
Com Anais / XXV Semana Alto Uruguai do Meio Ambiente (SAUMA) -
Encontro Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho.
“Organização: Luiz Ubiratan Hepp, Vanderlei Secreti Decian”
1. Biodiversidade 2. Educação ambiental 3. Tecnologias ambientais 4. Ecologia
5. Gestão ambiental I.Título
CDU: 504.06 (063)
________________________________________________________________________
Catalogação na fonte: bibliotecária Sandra Milbrath CRB 10/1278
Livraria e Editora
Av. Sete de Setembro, 1621
99.709-910– Erechim-RS
Fone: (54) 3520-9000
www.uricer.edu.br
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SUMÁRIO
RESUMOS
AS CONCENTRAÇÕES DE CARBONO ORGÂNICO E NITROGÊNIO DISSOLVIDOS NA
ÁGUA DE RIACHOS SUBTROPICAIS DEPENDEM DA QUALIDADE QUÍMICA DA
MATÉRIA ORGÂNIC ALÓCTONE……………………………………………………….....07
AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA ECOLÓGICA, ECONÔMICA E SOCIAL COMO
PARÂMETROS INDICATIVOS DE SUSTENTABILIDADE NAS CAPITAIS
FEDERATIVAS BRASILEIRAS……………………………………………………………...08
EFEITOS DE DETRITOS FOLIARES NATIVOS E EXÓTICOS SOBRE O CARBONO
ORGÂNICO DISSOLVIDO E CARBONO INORGÂNICO DISSOLVIDO EM
RIACHOS……………………………………………………………………………………...09
BIOACUMULAÇÃO DE COBRE EM FOLHAS DE Nectandra megapotamica
(Spreng.)………………………………………………………………………………………..10
DIAGNÓSTICO E IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS NO CAMPUS DA URI – SANTO ANGELO – RS………………….11
LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA AVIFAUNA OCORRENTE EM UM FRAGMENTO
DE MATA ATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO-
RS………………………………………………………………………………………………12
OCORRÊNCIA DE FAUNA EPIEDÁFICA EM UM FRAGMENTO DE MATA
ATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO-RS………………………………….13
EFEITO DO EL NIÑO APLICADO AO INVENTÁRIO DE ARANHAS DE SOLO EM UM
FRAGMENTO DE MATA NO MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO, RS…………………...14
A INSERÇÃO DO MELHORAMENTO GENÉTICO NO MERCADO DE HORTALIÇAS:
UMA SÍNTESE BIBLIOGRÁFICA…………………………………………………………...15
PIERIDAE, PAPILIONIDAE, LYCAENIDAE E RIODINIDAE (LEPIDOPTERA:
PAPILIONOIDEA) DO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL: DIVERSIDADE E
PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO……………………………………………………………...16
EDUCOMUNICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL: UM CAMINHO ALTERNATIVO NA
PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE…………………………………………………...17
INFLUÊNCIA PLUVIOSIDADE NA ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE
CHIRONOMIDAE NO ALTO URUGUAI GAÚCHO…………………………………….....18
AÇÕES DO PROJETO ECOFORTE NA REGIÃO DO ALTO URUGUAI/RS……………..19
HESPERÍDEOS (LEPIDOPTERA: HESPERIOIDEA) DO NOROESTE DO RIO GRANDE
DO SUL: DIVERSIDADE E PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO……………………………...20
3
TRABALHOS COMPLETOS
ACÚMULO DE SERRAPILHEIRA, CARACTERÍSTICAS DE SOLOS E NDVI EM
FRAGMENTOS DE VEGETAÇÃO NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA
ARACURI/RS…………………………………………………………………………….....…21
RESPOSTAS MORFOLÓGICAS E FISIOLÓGICAS AO ALAGAMENTO EM Eugenia
uniflora L. E Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan…………………………………………27
RELAÇÃO ENTRE ESTOQUE DE CARBONO E ESTRUTURA ARBÓREA EM
FRAGMENTOS DE FLORESTA ATLÂNTICA SUBTROPICAL………………….....…….30
EFEITO SISTÊMICO DO EXTRATO DE MICROALGAS EM CAMUNDONGOS……….33
ANÁLISES DE PARAMÊTROS BIOQUÍMICOS DE CAMUNDONGOS TRATADOS COM
O EXTRATO SECO DE Ilex paraguariensis ST-HIL………………………………………...37
A SUBSTITUIÇÃO DA VEGETAÇÃO RIPÁRIA NATIVA POR AGRICULTURA
ALTERA A ABUNDÂNCIA RELATIVA DE GRUPOS TRÓFICOS FUNCIONAIS EM
RIACHOS SUBTROPICAIS…………………………………………………………………..42
ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL APLICADA A UMA ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO/RS…………………………….47
CONTEÚDO E DISCURSO SOBRE A AMAZÔNIA NO TELEJORNAL DE MAIOR
AUDIÊNCIA BRASILEIRO…………………………………………………………………..52
ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE CHIRONOMIDAE EM ESCALA
TEMPORAL………………………………………………………………………......……….57
RELACÃO ENTRE AS CONCENTRAÇÕES DE COBRE (Cu) E ZINCO (Zn) E OS USOS
DA TERRA (AGRICULTURA E VEGETAÇÃO)…………………………………………....62
FATORES QUE INFLUENCIAM A ABUNDÂNCIA DE FRAGMENTADORES E
COLETORES-RASPADORES EM RIACHOS SUBTROPICAIS…………………………...67
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DA Eugenia pyriformis
CAMBESS (UVAIA) EM CAMUNDONGOS………………………………………………..72
PADRÕES DE MODULARIDADE E INTEGRAÇÃO MORFOLÓGICA NA CARAPAÇA
DE AEGLA (CRUSTACEA: ANOMURA)……………………………………………………77
RELAÇÃO ENTRE ABUNDÂNCIA E RIQUEZA DE PEQUENOS MAMÍFEROS EM
DIFERENTES ESTÁDIOS SUCESSIONAIS DE UM FRAGMENTO DE MATA
ATLÂNTICA …………………………………………………………………………………...82
A AGROECOLOGIA NA TELEVISÃO BRASILEIRA: CONTRIBUIÇÕES DO
PROGRAMA GLOBO RURAL……………………………………………………………….87
PERCEPÇÕES SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UMA USINA HIDRELÉTRICA NO SUL DO
BRASIL: IMPACTOS SOCIAMBIENTAIS E O IMAGINÁRIO POPULAR SOBRE O
LUGAR ………………………………………………………………………………………..93
AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE USO PÚBLICO NO
PARQUE ESTADUAL FRITZ PLAUMANN………………………………………………...99
4
OFICINA: CONHECENDO A FAUNA SILVESTRE DO PARQUE ESTADUAL FRITZ
PLAUMANN…………………………………………………………………………………103
PROGRAMA: RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO LAJEADO CRUZEIRO – FASE II…………………………………107
COMPARAÇÃO ENTRE REGENERAÇÃO NATURAL E RESTAURAÇÃO POR MEIO
DA NUCLEAÇÃO EM AMBIENTE PERTURBADO……………………………………...111
DISPERSÃO DE FRUTOS DE SYAGRUS ROMANZOFFIANA (CHAM.) GLASSMANN EM
FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL
DECIDUAL………………………………………………………………………………..…116
CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DAS PRINCIPAIS ÁREAS DE NASCENTE NOS
RIOS QUE ABASTECEM O MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA – SC……………………….120
CARACTERÍSTICAS FOLIARES EM POPULAÇÕES DE Trichocline
catharinensis………………………………………………………………………………………....…126
DINÂMICA DO ESTABELECIMENTO DE Hovenia dulcis Thumb. (RHAMNACEAE) SOB
DIFERENTES ESPESSURA DE SERAPILHEIRA…………………………………............132
AVALIAÇÃO DA BIOACUMULAÇÃO DE CÁDMIO EM TECIDO VEGETAL EM
FUNÇÃO DO PH DE SOLO……………………………………………………………........136
EFEITO DA VARIAÇÃO GRANULOMÉTRICA NA DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DE
INVERTEBRADOS AQUÁTICOS EM RIACHOS SUBTROPICAIS……………………..140
PLANEJAMENTO EM ÁREAS URBANAS SOB OS PRINCÍPIOS DA CONSERVAÇÃO
DA BIODIVERSIDADE………………………………………………………………......…145
DETERMINAÇÃO DE TEORES DE Cd E Pb EM FOLHAS DE ERVA-MATE (ILEX
PARAGURIENSIS ST HIL.) EM ERVAIS NATIVOS E CULTIVADOS…………………..149
EFEITO DA SAZONALIDADE SOBRE O FLUXO DE CO PARA A REGIÃO NORTE DO
2
RIO GRANDE DO SUL……………………………………………………………………...153
SELEÇÃO DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS AUTÓCTONES DA SERRA
GAÚCHA……………………………………………………………………………………..159
CONTEÚDO E DISCURSO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS NOS
TELEJORNAIS BRASILEIROS ………………………………………………………….....165
MUSEU E ESCOLA: ALIANDO TEORIA E PRÁTICA NO ENSINO DA
BIODIVERSIDADE………………………………………………………………………….170
ANÁLISE DOS GRUPOS TRÓFICOS FUNCIONAIS DE MACROINVERTEBRADOS
BENTÔNICOS NO ALTO URUGUAI GAÚCHO…………………………………….........175
ABUNDÂNCIA E RIQUEZA DE LARVAS DE TRICHOPTERA (INSECTA) EM
PEQUENOS RIACHOS NO NORTE DO RIO GRANDE DO
SUL…………………………………………………………………………………………..180
MODULARIDADE NA FORMA DO CRÂNIO DE CAVIA (RODENTIA:
CAVIIDAE)………………………………………………………………………………..…185
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A CONSULTORIA AMBIENTAL COMO FERRAMENTA PARA O CONHECIMENTO DA
BIODIVERSIDADE………………………………………………………………………….190
HÁBITO ALIMENTAR DE Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802) NA FLORESTA
OMBRÓFILA MISTA………………………………………………………………………..194
AÇÃO ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE Casearia sylvestris
SWARTZ………………………………………………………………..................................198
ANÁLISE DE METODOLOGIA PARA EXTRAÇÃO DE DNA EM Araucaria angustifolia
(BERT.) O. KUNTZE………………………………………………………………………...203
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE ESPÉCIES NATIVAS DA FAMÍLIA
MYRTACEAE……………………………………………………………………………..…207
EDUCAÇÃO E MOBILIZAÇÃO PARA O ENFRENTAMENTO AO Aedes aegyti NO
NORTE DO RS…………………………………………………………………………….....212
VARIABILIDADE GENÉTICA EM POPULAÇÕES ADULTAS E JUVENIS DE Ocotea
odorifera (VELL.) ROHWER (LAURACEAE) USANDO MARCADORES
RAPD………………………………………………………………………………………....217
QUALIDADE DA ÁGUA NO SISTEMA ALTERNATIVO COLETIVO DA REGIÃO ALTO
URUGUAI………………………………………………………………………………........222
CORRELAÇÃO ENTRE A BIOACUMULAÇÃO DE CÁDMIO E ATIVIDADE DA
CATALASE EM Aegla singularis Ringuelett (1948)………………………………………..227
DOSAGEM DA GLUTATIONA REDUTASE EM Aegla singularis Ringuelett (1948),
UTILIZANDO PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL……………………………………..232
EFEITO DA EXPOSIÇÃO AGUDA AO HERBICIDA GLIFOSATO SOBRE OS NÍVEIS DE
SOBREVIVÊNCIA DE Artemia salina……………………………………………………………..237
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DA COMUNIDADE VEGETAL EM UMA ÁREA DE
TRANSIÇÃO FLORESTA-CAMPO ……………………………………………………..…242
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE SUBCRÔNICA DO EXTRATO DE MICROALGAS EM
CAMUNDONGOS………………………………………………………………………...…247
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS EM
RESPOSTA À INUNDAÇÃO………………………………………………………………..252
DETERMINAÇÃO DE TOXICIDADE DO EXTRATO BRUTO DE UVAIA (Eugenia
pyriformis Cambess) POR ENSAIO IN VITRO COM ARTEMIA
SALINA………………………………………………………………………………….…...255
DIVERSIDADE DE INVERTEBRADOS ASSOCIADOS A DIFERENTES SUBSTRATOS
EM UM RIACHO NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO………………………………………..259
ANÁLISE DA CORRELAÇÃO ENTRE METAIS NO AMBIENTE E NÍVEIS DE TBARS
EM Aegla singularis Ringuelett (1948)………………………………………………………264
EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DO PROGRAMA A TURMINHA DA
RECICLAGEM DA FUNDAÇÃO AURY LUIZ BODANESE………………………..……270
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AS CONCENTRAÇÕES DE CARBONO ORGÂNICO E NITROGÊNIO
DISSOLVIDOS NA ÁGUA DE RIACHOS SUBTROPICAIS DEPENDEM DA
QUALIDADE QUÍMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA ALÓCTONE
Lucas Eugenio Fontana1,3; Luiz Ubiratan Hepp2,3
1Mestrando - Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Ecologia. 2Docente - Programa de Pós-Graduação -
Mestrado em Ecologia. 3Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de
Erechim. Contato: [email protected]
A matéria orgânica alóctone se origina na zona ripária e influencia na composição química da
água. Os detritos passam por processos físicos, químicos e biológicos durante a decomposição
e são mineralizados. Carbono Orgânico Dissolvido (COD) e o Nitrogênio Total Dissolvido
(NTD) são importantes no metabolismo aquático, especialmente para a produção primária. O
objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre o input de matéria orgânica e as concentrações
de COD e NTD da água. O experimento foi realizado em um riacho de primeira ordem no
município de Gaurama/RS. No riacho foram considerados 3 vias de entrada em 5 pontos
distintos. O aporte vertical foi coletado com baldes suspensos no leito do riacho. A entrada
lateral foi quantificada a partir de amostradores laterais e o estoque bentônico foi coletado com
amostrador tipo Surber. As coletas foram realizadas a cada 30±2 dias durante o ano de 2013.
Os detritos coletados foram secos em estufa (40 ± 5ºC durante 72 horas) e, posteriormente
pesados para determinação da matéria orgânica. Mensalmente, amostras de água do riacho
foram coletadas para determinação das concentrações de COD e NTD. O COD apresentou
correlação apenas com o estoque bentônico (r=0,57; p=0,05) e o NTD apresentou correlação
negativa com o aporte lateral (r=-0,61; p=0,03). A razão C:N da água foi correlacionada com o
aporte vertical (r=0,65; p=0,02) e com o estoque bentônico (r=0,74; p<0,01). Os detritos do
aporte lateral foram de baixa qualidade enquanto os detritos do aporte vertical e do estoque
bentônico foram de melhor qualidade (são decompostos dentro do riacho). Detritos foliares
com melhor qualidade são consumidos mais rapidamente, tornando fundamental a manutenção
da vegetação para as comunidades bentônicas.
Palavras-chave: Lixiviação, Química da Água, Integridade Ambiental, Zona Ripária,
Nitrogênio Dissolvido.
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AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA ECOLÓGICA, ECONÔMICA E SOCIAL
COMO PARÂMETROS INDICATIVOS DE SUSTENTABILIDADE NAS CAPITAIS
FEDERATIVAS BRASILEIRAS
Giovani Jordi Bruschi¹; Levino Bertochi Junior²; Alice T. Valduga³
1Acadêmico do Curso de Engenharia Civil, URI Erechim: e-mail: [email protected]
²Graduado do Curso de Administração – L. F. E. em COMIN, URI Erechim: e-mail: [email protected]
³PPG Ecologia, URI Erechim: [email protected]
Capitais Federativas são cidades ou localidades que possuem a proeminência em um campo social,
cultural e econômico, que podem comportar diferentes níveis hierárquicos, bem como são porções
territoriais que abrigam o governo central, os ministérios e todos os organismos da suprema
administração do Estado. Transformações severas no ambiente urbano protagonizam um cenário de
reduções drásticas nas zonas e espaços verdes, que se apresentam prestando um serviço
infraestrutural em áreas urbanas. O desenvolvimento sustentável é, portanto, necessário para permitir
que urbanização e progresso continuem sem que causem danos irreversíveis ao meio ambiente. A
progressão da sustentabilidade pode ser monitorada a partir de um sistema indicativo que mensura
características, como, desenvolvimento da qualidade ambiental, progresso social e desenvolvimento
econômico. Os indicadores possuem o propósito de satisfazer as demandas e objetivos de
avaliação da infraestrutura ecológica, econômica e social da pesquisa bem como, munir o público
com uma ferramenta substancial de orientação, que permeie a qualidade de vida, bem-estar e
igualdade cuja deliniação exprime essencialmente a realidade do progresso urbano. Vinte e dois
indicadores foram concebidos de forma a serem capazes de atender as necessidades da pesquisa. A
partir de dados coletados de anos referenciais, 2005 e 2010, alusivos às vinte e seis capitais
federativas brasileiras, alicerça-se o estudo com o método Full Permutation Polygon Synthetic
Indicator (FPPSI) cujos resultados, representam a capacidade dos objetos estudados de se avultarem
sustentavelmente e mostrar-se-ão na forma de um polígono onde o coeficiente conjecturado pode
dispor-se no intervalo de -1 a 1, sendo respectivamente a pior e melhor situação possível. A obtenção
de um desenvolvimento sustentável requer mudanças concomitantes nos âmbitos, ecológico,
econômico e social. Com base nos dados coletados houve a possibilidade de definir um modelo de
urbanização que há de conduzir à sustentabilidade.
Palavras-chave: desenvolvimento sustentável, progresso social, urbanização.
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EFEITOS DE DETRITOS FOLIARES NATIVOS E EXÓTICOS SOBRE O CARBONO
ORGÂNICO DISSOLVIDO E CARBONO INORGÂNICO DISSOLVIDO EM
RIACHOS
Daniel José da Silva1, Luiz Ubiratan Hepp1
1Programa de Pós-graduação em Ecologia. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Av.
Sete de Setembro, 1621, Erechim, 99709-910. E-mail:[email protected]
A vegetação ripária é responsável por grande parte da matéria orgânica que é lixiviada e supre
os sistemas aquáticos continentais. Em riachos, a matéria alóctone representa mais da metade
da entrada de carbono. Diferentes usos da terra, especialmente na substituição de florestas
nativas por monoculturas florestais afetam os ecótonos de vegetação ripária. Assim,
monocultura de Pinus e Eucalipto podem interferir na biodiversidade e fluxo de matéria e
energia. Estudos da dinâmica do carbono em zonas ripárias são importantes para se conhecer os
processos ecológicos desses ambientes e definir estratégias de recuperação de áreas
degradadas. Altas taxas de liberação de carbono representam um grande problema ambiental
que precisa ser melhor entendido a fim de minimizar seus impactos. O objetivo deste estudo é
avaliar a variação sazonal e a dinâmica de lixiviação do carbono inorgânico dissolvido (CID) e
carbono orgânico dissolvido (COD) em riachos. Foram coletadas folhas em vegetação riparia
de três riachos, ao longo de 12 meses para cada sistemas florestais, nativo, pinus e eucalipto.
Em laboratório foram realizados experimentos de lixiviação numa escala de tempo de 0,25, 1,
4, 8, 12, 24 e 48 h de incubação. O Carbono Inorgânico Dissolvido (CID) foi lixiviado em
maior quantidade no sistema florestal nativo (1,19±0,14 mg/l-1); o carbono orgânico dissolvido
(COD) foi lixiviado em maior quantidade no sistema florestal de Eucalipto (31,9±3,2 mg/l-1);
constatou-se dinâmicas diferentes entre estações do ano, (p=0,001) para CID. Para COD as
estações do ano não foram significativas (p=0,42). Os resultados apontam para significativas
diferenças sazonais no fluxo de carbono em zonas ripárias, bem como diferentes dinâmicas de
lixiviação de carbono nos três sistemas florestais.
Palavras Chave: Dinâmica de matéria orgânica, lixiviação, zonas ripárias, reflorestamento,
sistemas florestais.
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BIOACUMULAÇÃO DE COBRE EM FOLHAS DE Nectandra megapotamica
(Spreng.)
Amanda Binotto1,4; Mariana Nunes Menegat1,4; Rafael Chaves Loureiro2,4; Rozane Maria
Restello3,4; Luiz Ubiratan Hepp3,4
1Graduanda - Curso de Ciências Biológicas - Bacharelado. 2Mestrando - Programa de Pós-Graduação - Mestrado
em Ecologia. 3Docente - Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Ecologia. 4Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim. Contato: [email protected]
Os ambientes naturais vêm sofrendo constantemente com as atividades antrópicas, dentre elas o
aumento nas concentrações de cobre no solo. A contaminação de Cobre (Cu) é comum em
regiões com uso excessivo de agroquímicos. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar
a capacidade de absorção de Cobre em detritos foliares de Nectandra megapotamica (Spreng.).
Folhas senescentes de N. megapotamica foram postas em contato com uma solução de CuSO
4
com concentração de 0,1 mol L-1 (correspondente à Cu = 0,464 mg L-1). Após zero, 15’, 30’,
1h, 2h, 4h, 8h, 12h, 24h e 48h, amostras de folhas foram retiradas da solução e foram secas.
Para a análise de Cu nas folhas foi realizada a digestão ácida e lida por um Espectrofotometria
de Absorção Atômica. A quantidade de Cu nas folhas de N. megapotamica no tempo zero foi
de 0,07 µg g-1. A absorção de Cu ocorreu de forma mais rápida nas primeiras horas do
experimento (4 h). Nos períodos seguintes, a absorção pelas folhas passou a perder a
intensidade, apresentando, após 48h, uma concentração final de 50,6 µg g-1 de Cu. A espécie
arbórea estudada apresentou um alto potencial de absorção de Cu, uma vez que absorveram o
metal de forma rápida e em grande quantidade. Estes resultados demonstram que, quando as
plantas estão em ambientes com Cu em quantidades excessivas, tendem a absorver este
elemento. Esta característica pode gerar problemas relacionados à toxicidade para as próprias
plantas e/ou para os organismos que utilizam as folhas no processo de decomposição.
Palavras-chave: absorção; toxicidade; Agroquímicos.
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Description:considerado (P > 0,05), para A. platensis teve o valor de P = 0,117 e A. singularis, P = 0,144. PLS. A espécie A. platensis apresenta integração morfológica OIV (International Organization of Vine and Wine) pH, grau alcoólico, acidez total e acidez volátil. Foram utilizados medidor de pH (Di