Table Of ContentUNIVERSIDADE DO PORTO
FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO DESVIANTE
INFLUÊNCIAS FAMILIARES NO DESENVOLVIMENTO
DE TRAJECTÓRIAS DESVIANTES EM ADOLESCENTES
INSTITUCIONALIZADOS
Luisa Maria Gentil Ferreira Carrilho
2000
UNIVERSIDADE DO PORTO
FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO DESVIANTE
INFLUÊNCIAS FAMILIARES NO DESENVOLVIMENTO
DE TRAJECTÓRIAS DESVIANTES EM ADOLESCENTES
INSTITUCIONALIZADOS
Luisa Maria Gentil Ferreira Carrilho
2000
UNIVERSIDADE DO PORTO
FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO DESVIANTE
INFLUENCIAS FAMILIARES NO DESENVOLVIMENTO
DE TRAJECTÓRIAS DESVIANTES EM ADOLESCENTES
INSTITUCIONALIZADOS
Luisa Maria Gentil Ferreira Carrilho
Dissertação de candidatura ao grau de Doutor, elaborada sob
orientação do Prof. Doutor Jorge Negreiros e co-orientação do Prof.
Doutor José Gameiro
2000
Aos meus filhos, que tal como os outros,
não tiveram oportunidade de escolher o pai e a mãe,
porque os pais não se escolhem.
Mas os filhos podem ser desejados.
Talvez isso ajude a aceitar os pais que não se escolheram.
Agradecimentos
Aos Professores Doutores Jorge Negreiros e José Gameiro gostaria de lhes
agradecer e transmitir o que senti ao longo destes anos em que me orientaram:
Não me parece complicado este processo de co-orientação. Na minha fantasia,
um orientador funcionava como pai quando me dizia "isso é uma crise passageira" ou
"então e a família?", o outro como mãe "a Luisa já tem muita coisa... não tenha pressa"
ou quando me questionava sobre aquilo que eu deveria ter escrito e não tinha, e eu
apresentava os meus argumentos... " não é a mim que tem que me dizer... tem é que
escrever..."
É muito bom quando se tem pais atentos, que nos ensinam a caminhar -
amparam-nos quando necessitamos e largam-nos para crescermos sozinhos.
Quero, igualmente, agradecer ao Professor Coimbra de Matos ter-se
disponibilizado à leitura, aconselhando-me sobre os temas psicanalíticos que abordo. A
Professora Doutora Glória Ramalho, a quem agradeço as sugestões, que com toda a
disponibilidade me fez, sobre o tratamento estatístico. À Dr. Margarida Rebelo, que me
deu as explicações de estatística e de informática, sem o que o trabalho que apresento,
não seria conseguido.
À Dra. Rosaria Curral e ao Dr. Roma-Torres por me terem facultado os
resultados das suas investigações sobre a FACES III, e à Dra. Julie O'Donnell que me
facultou as informações sobre a Child Behavior Check-list.
À Dra. Manuela Valadão que me ensinou a descomplexificar alguma legislação.
À Madalena e ao Narciso que na biblioteca do ISPA me apoiaram nos pedidos
bibliográficos para esta ou aquela biblioteca em Portugal e no estrangeiro.
Às alunas dos cursos e mestrado de psicologia e sociologia, que me auxiliaram
quer na introdução dos dados, quer no seu tratamento.
A amiga Zé que mais uma vez se disponibilizou a 1er e rever o que escrevi,
embora encontrando-se numa fase em que a sua própria investigação não lhe permitia
fazê-lo.
Aos professores e técnicos que me apoiaram na recolha dos dados nas diferentes
instituições.
Aos adolescentes e às suas famílias que se disponibilizaram a fornecer-me dados
para o trabalho de investigação. Foi um tempo difícil, mas muito gratificante, aquele em
que estive com os jovens e com as suas famílias. Presenciei como se sentem
abandonados, senti a sua revolta e constatei, reactivando as minhas memórias, como aos
12, 15 anos se deixa de acreditar.
Ao Nuno Maria e à Ana Catarina que embora com algumas fugas para Évora ou
para Roma aguentaram estoicamente, mais uma saída minha para o campo.
E, por último, ao meu marido, que me acompanhou percorrendo o país, em
busca destas famílias, e que como pôde verificar um doutoramento não tem
forçosamente que acarretar num divórcio.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 1
PRIMEIRA PARTE
CAPITULO I - EVOLUÇÃO DAS CONCEPÇÕES SOBRE O CRIME E A
DELINQUÊNCIA
1 -Introdução 8
2 - Criminologia: perspectiva histórica 1 ]
2.1 -A escola criminológica clássica 15
2.2 - O positivismo do séc. XIX 17
2.3 -A sociologia criminal 19
2.4 - A criminologia socialista 21
2.5 -A criminologia dos países socialistas 22
2.6 - A sociologia criminal americana 23
2.7 - Dos anos sessenta à actualidade 25
3 - Conceitos relacionados com a delinquência 30
3.1 - Conceito de comportamento desviante 33
3.2 - Conceito de delinquência 34
3.2.1 - Perspectiva Jurídica 35
3.2.2 - Perspectiva Sociológica 40
3.2.3 - Perspectiva Psicológica 41
3.3 - Conceitos psicopatológicos: perturbação do comportamento, perturbação
anti-social de personalidade e perturbação disruptiva do comportamento . 48
4 - Comentários 57
I
CAPITULO II - PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS SOBRE A DELINQUÊNCIA
1 Introdução ou
2 Escola Tradicional "9
2.1 Teoria da Anomia 71
2.2 Teoria da Desorganização Social 82
2.3 Teoria da Frustração 84
2.4 Teoria da Diferença de Oportunidade 85
2.5 Teoria da Associação Diferencial 87
2.6 Teoria do Controlo 91
3 Escola Moderna *■"*
3.1 Teoriado Labeling 104
3.2 Teoria Fenomenológica 111
3.3 Teoria do Conflito ! 13
4 Comentários 1 1"
CAPITULO III - PERSPECTIVAS PSICOLÓGICAS SOBRE A DELINQUÊNCIA
1 Introdução 124
2 Perspectiva Psicodinâmica 126
2.1 Perspectiva psicodinâmica sobre o crime 128
2.2 Perspectiva psicodinâmica sobre delinquência 130
2.3 Perspectiva psicodinâmica sobre agressividade 140
2.4 Perspectiva psicodinâmica sobre psicopatia 145
2.5 Autoconceito e delinquência 152
II
3 - Teorias da Personalidade Criminal 157
3.1 - Perspectiva psico-moral 159
3.2 - Teoria dos Traços 164
3.3 - Teoria do Nó Central 171
4 - Perspectivas Fenomenológica, da Aprendizagem Social e Cognitivo-
-Desenvolvimental 176
4.1 - A Psicologia do Criminoso 177
4.2 - Teorias da Aprendizagem 182
4.3 - Teorias do Desenvolvimento Cognitivo e Moral 188
5 - Perspectiva Desenvolvimental 195
5.1 - Trajectórias na actividade delinquente 202
6 - Comentários 206
CAPITULO IV - DELINQUÊNCIA E FAMÍLIA
1 -Introdução 208
2 - Evolução das formas familiares: da família tradicional à família moderna 212
3 - Perspectiva sistémica sobre o funcionamento psicológico da família 220
4 - A organização e funcionamento familiar 234
4.1 - Estrutura familiar 242
4.2 - Tipologia familiar 246
4.3 - Os papéis na família 249
5 - Influências familiares na trajectória delinquente 256
III
5.1 - Estrutura familiar 258
5.1.1 -Famílias monoparentais 262
5.2 - Práticas parentais 266
5.3 - Criminalidade parental 279
5.4 - Padrões de comunicação 284
5.5 - Estrutura sócio-económica 289
6 - Comentários 294
SEGUNDA PARTE
CAPITULO V - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
1 -Introdução 300
2 - Complementaridade dos métodos qualitativo e quantitativo 304
3 -Estudo Qualitativo 311
3.1-Objectivos 311
3.2-Método 312
3.3- Entrevista semi-directiva 313
4 - Estudo Quantitativo 318
4.1-Objectivos 318
4.2- Instrumentos 319
4.2.1 - Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale-Faces III 319
4.2.2 - Parental Bonding Instrument 329
4.2.3 - Escala de Agressividade do Child Behavior Check-list 332
5-Procedimentos Gerais 345
6 - Caracterização sociodemográfíca da amostra 351
IV
Description:À época das Ordenações Afonsinas (1446), o direito penal de menores era bastante rudimentar. "O legislador aplicava SAI3 de 16 anos relata: "O meu pai morreu quando eu tinha um ano, num desastre de moto, e a minha mãe