Table Of ContentUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA POLITÉCNICA
FELIPE MASSAMI MARUYAMA
Incubar ou acelerar?
Análise sobre o valor entregue para as startups pelas incubadoras e aceleradoras de
negócios.
São Paulo
2017
1
FELIPE MASSAMI MARUYAMA
Incubar ou acelerar?
Análise sobre o valor entregue para as startups pelas incubadoras e aceleradoras de
negócios.
Versão original
Dissertação apresentada à Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo para a obtenção do título
de Mestre em Ciências.
Área de concentração: Engenharia de Produção
Orientador: Prof. Dr. Mario Sergio Salerno
São Paulo
2017
2
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
Catalogação na publicação Serviço de Biblioteca e Documentação
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Maruyama, Felipe Massami
Incubar ou acelerar? Análise sobre o valor entregue para as startups
pelas incubadoras e aceleradoras de negócios. / F. M. Maruyama -- São
Paulo, 2017.
335 p.
Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo. Departamento de Engenharia de Produção.
1.Aceleradora de empreendimentos iniciantes 2.Incubadoras de
empreendimentos iniciantes 3.Modelos de incubação de negócios
4.Modelos de aceleração de negócios 5.Startups I.Universidade de São
Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia de Produção II.t.
3
Nome: MARUYAMA, Felipe Massami
Título: Incubar ou acelerar? Análise sobre o valor entregue para as startups pelas
incubadoras e aceleradoras de negócios.
Dissertação apresentada à Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo para a obtenção do título
de Mestre em Engenharia de Produção.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Tales andreassi
Instituição Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP-FGV)
Julgamento _____________________________________________________________________________________
Profa. Dra. Luciane Meneguin Ortega Vidal
Instituição Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP)
Julgamento _____________________________________________________________________________________
Prof. Dr. Mario Sergio Salerno
Instituição Escola Politécnica (EP-USP)
Julgamento _____________________________________________________________________________________
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho, à minha família, que tem estado ao meu lado em todos os
startups
momentos da minha vida. E também a todos os empreendedores dos ecossistemas de
empreendedorismo brasileiros, em especial, ao paulistano ZeroOnze .
5
AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho, primeiramente, a minha família, que tem estado ao meu lado
em todos os momentos da minha vida, sendo o alicerce para que eu tivesse todos os
insumos tangíveis e intangíveis para poder estar onde eu estou. À minha mãe, Beatriz da
Silva Piovesani Maruyama, ao meu pai, Miguel Massaiuki Maruyama, aos meus irmãos,
Jessica Mayumi Maruyama e Flávio Koiti Maruyama. À minha namorada, Tatiane Mayumi
Nakasone, que tem sido muito mais do que companheira e parceira. E aos demais
familiares que fazem parte dessa minha jornada: Rafael Calabró, Natalia Kanno, Claudia
Piovesani, Renato Miraldo, Larissa Miraldo, Sofia Miraldo e família Nakosone.
Ao meu orientador, Mario Sergio Salerno, por ter me colocado na linha do início ao
fim dessa trajetória fazendo jus ao título de orientador. Tal atitude não só me fez adensar
meu conhecimento acerca dos constructos que me propus explorar, como também ajudou
em minha formação como um pesquisador responsável pela construção de conhecimento
e cidadão ciente dessa responsabilidade.
Aos professores Dr. Tales Andreassi e Luciane Meneguin Ortega Vidal por terem
contribuído enormemente para a “pivotagem” de minha dissertação na etapa de
qualificação, abrindo novos horizontes e me dando os incentivos para correr maiores
riscos em busca de conhecimento. Como também por poderem estar comigo ao fim deste
ciclo.
Aos empreendedores que, prontamente, atenderem à minha solicitação de
entrevista e dedicaram pacientemente um tempo de suas agendas. Dessa forma, não só
colaboraram com esta dissertação, mas para a produção de conhecimento que poderá ter
impacto, diretamente e indiretamente, em novos estudos e apoiar a formulação de
políticas públicas. Nominalmente, ao Dirceu Corrêa Jr., sócio-fundador e CEO da
Postmetria; ao Eliézer Machado Dias, cofundador e CEO da ColOff; à Naira Bonifácio, ex-
CFO da Bright Photomedicine; ao Gustavo Suim, sócio-fundador da SafeTruck; à Silvia
Mayumi Takey, sócia-fundadora da DEV Tecnologia; ao Pedro Kayatt, sócio-fundador da
VR Monkey; ao Everton Natalin, sócio-fundador da DSPGeo; à Cecília Passagli, sócia-
fundadora da Cora; ao Pedro Marton Pereira, sócio-fundador da ePHealth; ao Daniel
Motta, gerente financeiro da Proradis; ao Claudivan Ribeiro, sócio-fundador da Profes; ao
Alexandre de Avila Lerípio, sócio-fundador da Sumá; ao Hugo Yang, sócio-fundador do
Fábrica de Aplicativos; ao Marcílio Caetano, sócio-fundador da Tauflow; ao Ely Teixeira,
6
sócio-fundador da Senfio; ao Marlon Blumer, sócio-fundador da LogBee; ao Antonio
Carlos Rossini, sócio-fundador da Nexxto; ao Pedro Marton Pereira, sócio-fundador da
Telep; ao Lucas Montano, sócio-fundador da Planejei.
Aos catalisadores em minha vida: Senen Barro Armeiro, um grande mentor,
professor e amigo; Carlos Torres-Freire, parceiro de pesquisa e grande conselheiro na
vida; Celso Fonseca, por ter sido um dos grandes motivadores em minha trajetória
acadêmica, profissional e pessoal; aos professores da FAU, em especial a Cristiane Aun e
a Daniela Hanns, que sempre respeitaram e valorizaram minha visão sobre design; aos
demais professores da USP, como o prof. Glauco Arbix, por me inspirarem como cientista
e pesquisador;ao André Fleury, Dulcimar, Thais Bento, Naira Bonifácio, Gabriel Romitelli
por terem dado a base de meus conhecimentos em empreendedorismo na universidade e
serem companheiros nesta causa; aos meus colegas e amigos pesquisadores dos grupos
de pesquisa que faço parte, como o CEBRAP e do OIC, que me ajudaram a ser um curioso
muito melhor; aos meus amigos fomentadores do ecossistema do SEBRAE, em especial,
ao José Marques; aos meus grandes amigos da CEFET-Federal que, de um jeito pouco
ortodoxo, torcem por mim e me alavancam como pessoa; aos meus amigos da Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo, em especial ao Alex Tso, ao Vinicius Franulovic e à Camila
Annaruma, por terem de diferentes formas contribuído com minha formação em meus
seis anos de graduação.
Mais recentemente, à toda a equipe do (011).lab – Fernando Nogueira, Fabio
Storino, Vitor Fazio, Bruno Martinelli, Nathalie Badaoui, Ediane de Lima, Mariana Collin,
Marcele Guerra, Sofia Marshallowitz, Isabel Teles, Ana Ferrari, Leticia Daidone, Lucas
Vaqueiro, Luca Cohen, Natalia Esper –, laboratório de inovação em governo do município
de São Paulo e de outros órgãos ligados à administração direta e indireta do governo
municipal, como Techsampa – Michel Porcino – e o Mobilab – Rafael Tartaroti e Daniela
Coimbra –, que têm despertado em mim a vocação para atuação com a administração
pública e o desejo de impactar cada vez mais a vida das pessoas.
Às organizações – e as inúmeras pessoas que tive a sorte de encontrar em cada
uma destas organizações - das quais tive o privilégio de participar durante minha
trajetória acadêmica e profissional, que, em muito, ajudaram-me a me formar como
pessoa. À empresa Junior de Design da Unesp, ao Núcleo de Empreendedorismo da
Universidade de São Paulo (NEU), ao Projeto Design Simples, ao projeto Colabora, à
Agência USP de Inovação (AUSPIN), ao Observatório de Inovação e Competitividade
7
(OIC), RedEmprendia, ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), ao
Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN), à Secretaria Municipal de
Inovação e Tecnologia (SMIT) e ao (011).lab.
Finalmente, à todos aqueles que foram importantes, mas por questões práticas e
desatenção, não enumerarei. Mas deixo registrado um grande obrigado por terem
contribuído de alguma forma nesta minha jornada.
8
O Brasil hoje sofre de um primitivismo produtivo. Nossas grandes
empresas são relativamente atrasadas; ainda quando possuem tecnologia
avançada, possuem-na em espectro estreito. Nossas pequenas empresas estão
afundadas no atraso, oscilando entre a informalidade e a ilegalidade. E em
especial faz-nos falta uma rede de empresas médias avançadas.
O país precisa instaurar nova estratégia de desenvolvimento:
produtivista, capacitadora e democratizante. Se antes democratizamos a
economia do lado da demanda, agora temos de democratizá-la do lado da
oferta. Democratização da demanda se pode fazer só com dinheiro.
Democratização da oferta exige inovação institucional.
O objetivo não é apenas permitir ao Brasil construir novas vantagens
comparativas na economia mundial. É dar ao brasileiro condições para ficar
de pé: para ser agente do seu próprio destino.
(SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS SUBSECRETARIA DE AÇÕES
ESTRATÉGICAS, 2015)
9
RESUMO
Tanto as incubadoras como as aceleradoras são organizações especializadas no
startups
suporte de empreendimentos em fases iniciais, em especial, aqueles intensivos em
inovação conhecidos como . Apesar da grande disseminação dessas organizações,
há poucas informações na literatura que evidenciem as suas diferenças e as contribuições
na jornada do empreendedorismo inovador. Assim, o objetivo principal deste estudo é
startups
comparar a diferença entre as propostas de valor das aceleradoras e das incubadoras a
partir da percepção das que tenham sido tanto incubadas como aceleradas. Entre
os objetivos específicos temos: discutir possíveis relações entre as aceleradoras e as
incubadoras de negócios; apresentar a evolução das incubadoras e os fatores que
induziram o surgimento das aceleradoras, descrevendo os diferentes arquétipos e as
implicações que essas organizações têm no ecossistema de empreendedorismo;
apresentar o cenário nacional do fenômeno de aceleração e de incubação.
O levantamento de dados contará com duas etapas: análise documental de fontes
de dados secundárias e estudos de caso com uso de técnica de entrevista e questionário
semiestruturado. A análise documental foi feita a partir de banco de dados de artigos
científicos, dados oficiais de governos, fundações, revistas e páginas web especializadas e
editais de chamamento das próprias organizações. A análise documental fornecerá o
startups.
retrato de como as incubadoras e as aceleradoras se promovem no ecossistema como
organizações importantes no apoio às Em seguida, através de abordagem
startups
exploratória descritiva e qualitativa, foram realizadas entrevistas com roteiros
semiestruturados com fundadores de que foram incubadas e aceleradas, para
compreender o valor que cada um desses processos forneceu ao desenvolvimento dessas
startups
empresas.
Concluiu-se que existe uma dissonância entre o valor percebido pelas e o
startups
que as incubadoras e as aceleradoras promovem. Também foi possível identificar que a
busca por recursos pelas tende a não seguir um processo linear, capturando as
startups
melhores oportunidades que estejam disponíveis no momento. Por fim, esta pesquisa é
um passo exploratório para trazer novas evidências do fenômeno das e dos
diferentes instrumentos que as constroem. Sugerem-se encaminhamentos que possam
preencher lacunas na literatura a respeito dos fenômenos citados, indicando a
necessidade de estudos futuros que adensem o conhecimento desse fenômeno.
Description:sources; and the case study using interview technique through semi-structured questionnaire. Salido (2013), ao analisarem o cenário das aceleradoras nas 10 principais economias europeias performance-of-accelerators-in-the-Australian-startup-ecosystem.pdf> Acesso em 2 de junho de 2016.