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INTRODUÇÃO
AO
CANDOMBLÉ
ILÊ AXÉ OXOSSI E OXALÁ
JULHO DE 1994
DEDICATÓRIA
Esta modesta contribuição ao nosso amado Candomblé eu dedico àqueles que a prestigiarem
com sua leitura e críticas construtiva e a todos àqueles que tornaram possível sua realização.
Em especial:
Meu Pai, AGUINALDO DE OXOSSI,
Minha Mãe, IZETE DE OXUM,
Meus Pais de Santo, JOÃO BOSCO e LURDES DE OBALAUAÊ,
Meu Babakekerê, ALEFÁ,
Ao meu amor, WALKINHO
Aos amigos que me inspiraram, como professores e mestres, meu agradecimento especial à
FERNANDES PORTUGAL e FÁTIMA.
Agradecimentos
Aos meus irmãos: Alexandre,
Richard e Renato.
À querida Hellen e a Janaína.
Aos amigos queridos:
Walker
Branca
Walma
Nina
Ana Nascimento
Aída de Xangô
Yundia ( Regina )
Maria Gorda
Ana de Oxalá
Bomboxé
Biau e Cleunice
Gílio e família
Nevinha
Neuzi e sua amiga
Dani
Joel e esposa
Dona Maria
E aos demais Irmãos e crianças do Ilê Axé Oxossi e Oxalá
MÓDULO I
I – Cargos no Barracão
II – Termos e nomes no rito
III – A dança dos Orixás
IV – Tipos de Ejé que existem
V – Tipos de mediunidade
VI – Comportamento do Filho-de-santo
VII – Eleké
VIII – Lôorogun
IX – Termos e palavras em Yorubá
HISTÓRICO
O Candomblé é uma religião originária da África, trazida ao Brasil pelos negros escravizados na época
da colonização brasileira. A presença das religiões africanas é uma conseqüência imprevista do tráfico
dos escravos, que determinou a afluência de cativos Gegês e Nagôs (Daomeanos e Yorubás), trazidos
da Costa dita dos Escravos e desembarcados, principalmente, na Bahia e em Pernambuco.
A extraordinária resistência oposta pelas religiões africanas às formas de alienação e de extermínio
haveria de surpreender. A religião foi tolerada porque os senhores julgavam as danças e os batuques
simples divertimentos de negros nostálgicos, úteis para que eles guardassem a lembrança de suas
origens diversas e de seus sentimentos de aversão recíproca.
O Candomblé se difundiu no Brasil no século passado, com a migração de africanos como escravos
para os senhores de terra. A população escrava no Brasil consistia quase totalmente de negros de
Angola. No momento da chegada dos nagôs, um século e meio de escravidão havia passado,
distribalizando o negro e apagando seus costumes, crenças e sua língua nacional. Mas o elemento
africano, resistiu e criou uma forma de cultuar seus deuses através do sincretismo com os santos
católicos.
Mesmo levando em conta a pressão social e religiosa, era relativamente fácil para os escravos, na
sonolência geral, reinstalar na Bahia as crenças e práticas religiosas que trouxera da África, pois, a
igreja católica estava cansada do esforço despendido na criação de irmandades de negros como
tentativa de anular toda sua cultura, mas todos os meses novas levas de escravos, adeptos ao culto
aos Orixás, desembarcavam na Bahia.
Por volta de 1830 três negras conseguiram fundar o primeiro templo de sua religião na Bahia,
conhecida como Ylê Yá Nassó, casa da mãe Nassó. (Nassó seria o título de princesa de uma cidade
natal da costa da África). Esta seria a primeira a resistir às opressões católicas, desta casa se originam
mais três que sobrevivem até hoje e que fazem parte do grande Candomblé da Bahia, sendo elas: O
Engenho velho ou Casa Branca, Gantóis, cuja ilustre dirigente foi mãe menininha do gantóis (falecida
em 1986) e do Alaketu.
Os Candomblés se diversificaram desde 1830, a medida que a religião dos nagôs se firmava, primeiro
entre os escravos e for fim, no seio do povo. Hoje há quatro tipos de Candomblé ou Candomblé de
quatro nações: Kêtu (povo nagô), Jêje (povo nagô, mas obedientes a uma outra cultura), Angola-
congo (povo bantu, este culto é mais abrasileirado) e de caboclo (cultuam mais os caboclos, mistura-se
com a Umbanda).
O Candomblé baseia-se no culto aos Orixás, deuses oriundas das quatro forças da natureza: Terra,
Fogo, Água e Ar. Os Orixás são, portanto, forças energéticas, desprovidas de um corpo material. Sua
manifestação básica para os seres humanos se dá por meio da incorporação. O ser escolhido pelo
orixá, um dos seus descendentes, é chamado de elegum, aquele que tem o privilégio de ser montado
por ele. Torna-se o veículo que permite ao orixá voltar à Terra para saudar e receber as provas de
respeito de seus descendentes que o evocaram. Cada orixá tem as suas cores, que vibram em seu
elemento visto que são energias da natureza, seus animais, suas comidas, seus toques (cânticos), suas
saudações, suas insígnias, as suas preferências e suas antipatias, e aí daquele que devendo obediência
os irrita.
A síntese de todo o processo seria a busca de um equilíbrio energético entre os seres materiais
habitantes da Terra e a energia dos seres que habitam o orum, o suprareal (que tanto poderia
localizar-se no céu - como na tradição cristã - como no interior da Terra, ou ainda numa dimensão
estranha a essas duas, de acordo com diferentes visões apresentadas por nações e tribos diferentes).
Cada ser humano teria um orixá protetor, ao entrar em contato com ele por intermédio dos rituais,
estaria cumprindo uma série de obrigações. Em troca, obteria um maior poder sobre suas próprias
reservas energéticas, dessa forma teria mais equilíbrio.
Cada pessoa tem dois Orixás. Um deles mantém o status de principal, é chamado de orixá de cabeça,
que faz seu filho revelar suas próprias características de maneira marcada. O segundo orixá, ou ajuntó,
apesar de distinção hierárquica, tem uma revelação de poder muito forte e marca seu filho, mas de
maneira mais sutil. Um seria a personalidade mais visível exteriormente, assim como o corpo de cada
pessoa, enquanto o outro seria a face oculta de sua personalidade, menos visível aos que conhecem a
pessoa superficialmente, e às potencialidades físicas menos aparentes.
Como qualquer outra religião do mundo, o Candomblé possui cerimoniais específicos para seus adeptos
porém, esses ritos mostram singularidades especialíssimas, como a leitura de búzios (um primeiro e
ocular contato com os Orixás), a preparação e entrega de alimentos para cada uma das entidades ou
as complexas e prolongadas iniciações dos filhos-de-santo. Através da observância desses
procedimentos é que o Candomblé religa os humanos aos seres astrais, proporcionando àqueles o
equilíbrio desejado na existência.
O CANDOMBLÉ a uma estrutura de culto às forças da natureza, a um hino à vida como Eterno
Movimento, que se manifesta nas danças, nas cores dos ORIXÁS, nos alimentos sacramentais. Ritual
comunitário de cantos, danças e alimentos sagrados na sua forma pública, o Candomblé é
sacramentado pelo Pai ou Mãe de Santo, pelos Filhos de Santo, pelos tocadores de atabaque (OGAN),
que entoam os cantos sagrados possibilitando a vinda do ORIXÁ, com a participação da comunidade
dos mais velhos às criancinhas. Todos cantam e saúdam os ORIXÁS, executam a dança sagrada, num
hino à Alegria, Amor e Partilha.
O CANDOMBLÉ se expressa nos terreiros ou roças, onde se cultuam os ORIXÁS e os ancestrais
ilustres. O terreiro contém dois espaços, com características e funções diferentes: (a) um espaço
urbano, construído, onde se dá a dança; (b) um espaço virgem (árvores e uma fonte, equivalentes à
floresta africana), que é considerado sagrado.
O chefe supremo do terreiro é o BABALORIXIÁ ou IYALORIXÁ (pai ou mãe que possuem o
ORIXÁ). Eles são detentores de um poder sobrenatural - o AXÉ, a força propulsora de todo Universo. O
AXÉ impulsiona a prática sagrada que, por sua vez, realimenta o AXÉ, pondo todo sistema em
movimento. O AXÉ sendo principio e força é neutro. Transmite-se, aplica-se e combina-se aos
elementos naturais, que contam e expressam o AXÉ do terreiro, que pode ser: (a) o AXÉ de cada
ORIXÁ, realimentado através das oferendas e da ação ritual; (b) o AXÉ de cada membro do terreiro,
somado ao do seu ORIXÁ, recebido na iniciação, mais o AXÉ do seu destino individual (ODU) e o
herdado dos próprios ancestrais; (c) o AXÉ dos antepassados ilustres.
O AXÉ como força pode diminuir ou aumentar dependendo da prática litúrgica e rigorosa
observância dos deveres e obrigações. A força do AXÉ é contida e transmitida através de elementos
representativos do reino vegetal, animal e mineral (oferendas) e podem ser agrupados em três
categorias: (a) sangue vermelho do reino animal (sangue), vegetal (azeite de dendê) e mineral
(cobre); (b) sangue branco do reino animal (sêmen, a saliva), vegetal (seiva), mineral (giz); (c)
sangue preto do reino animal (cinzas de animais), vegetal (sumo escuro de certos vegetais) e mineral
(carvão, ferro). Estes três tipos de sangue, por onde veicula o AXÉ, com sua coloração, vai determinar
a fundamental importância da cor no culto. Resumindo: o AXÉ é, portanto, um poder que se recebe,
partilha-se e distribuí-se através da prática ritual, da experiência mística e iniciática, conceitos e
elementos simbólicos servindo de veículo. É a força do AXÉ que permite que o ORIXÁ venha e realize-
se.
A existência transcorre em dois planos: o AIYE (mundo, habitação do homem) e o ORUN (além,
habitação dos ORIXÁS, mundo paralelo ao mundo real, que coexiste com todos os conteúdos deste).
Cada indivíduo, árvore, animal, cidade etc, possui um duplo espiritual e abstrato no ORUN. Os mitos
revelam que, em épocas remotas, o AIYÉ e o ORUN estavam ligados, e os homens podiam ir e vir
livremente de um local a outro. Houve, porém, a violação de uma interdição e a conseqüente
separação e o desdobramento da existência. Um mito da criação nos conta que nos primórdios, nada
existia além do ar. Quando OLORUN começou a respirar, uma parte do ar transformou-se em massa de
água, originando ORIXALÁ - o grande ORIXÄ FUNFUN do branco. O ar e as águas moveram-se
conjuntamente e uma parte deles transformou-se em bolha ou montículo uma matéria dotada de forma
- um rochedo avermelhado e lamacento. OLORUN soprou vida sobre ele e com seu hálito deu a vida a
EXU, o primeiro nascido, o procriado, o primogênito do Universo.
OLORUN abrange todo espaço e detém três poderes que regulam e mantém ativos a existência
e o Universo: IWÁ, que permite ao Universo genérico o ar, a respiração; AXÉ, que permite a existência
advir dinâmica; ABÁ, que outorga propósito e dá direção. Ou como diz o poeta Moraes Moreira em
"Pensamento Ioruba": Para tudo ser tem que ter IWA. Para vir a ser tem que ter AXÉ. Para o sempre
ser tem que ter ABÁ
Ao combinar esses três poderes de forma específica, OLORUN transmite-os aos IRUNMALÉ,
entidades divinas que remontam aos primórdios de universo, encarregados de mantê-las nas diferentes
esferas de seu domínio. Os IRUNMALÉ seriam em número de seiscentos, quatrocentos da direita (os
ORIXÁS, detentores dos poderes masculinos) e duzentos da esquerda (os EBORAS, detentores dos
poderes femininos). Os ORIXÁS são massas de movimentos lentos, serenos, de idade imemorial. Estão
dotados de um grande equilíbrio que controlam as relações do que nasce, do que morre, do que é
dado, do que deve ser resolvido. São associados à Justiça e ao equilíbrio, principio regulador dos
fenômenos cósmicos, sociais e individuais.
Vimos que quando OLORUN começou a respirar, gerou ORIXALÁ e EXU, o procriado. Na
qualidade de procriado, EXU não pode ser isolado nem classificado em qualquer categoria. Minha
homenagem ao meu BARA! Nestes escritos sobre os ORIXÁS, EXU com seu perfil psicológico e o tipo
determinante dos seus filhos, abrirão os caminhos sendo o primeiro a ser evocado.
I – CARGOS NO BARRACÃO
O candomblé é uma seita de origem africana na qual se presta culto aos Orixás. Chegou ao
Brasil através dos negros africanos, que para cá vieram como escravos, mas trouxeram consigo o AXÈ
dos ORIXÀS e a forma de cultuá-los, o que foi o princípio do que até hoje é praticado.
A hierarquia no Egbé (barracão) é fundamentada no tempo de iniciação no culto, obrigações
realizadas (“tempo de santo”), qualidade do Orixá, sexo do filho-de-santo e, especialmente, pela
indicação do Babalorixá, que o fará segundo a determinação dos Orixás.
A seguir relacionam-se alguns cargos no culto:
ATÔ-AXOGUN: Sacrificador de animais de dois pés.
AXOGUN: Sacrificador de todo tipo de animais.
ABAXÉ: Pessoa que ajuda na cozinha, ou cuida das crianças enquanto as mães estão
ocupadas.
IYÁ-BASSU: Pessoa responsável pela cozinha.
EBÂMI ou EBÔMI: Após sete anos como Iaô, ofertadas as obrigações devidas, o iniciado é
levantado EBÔMI. A situação do Iaô que passa à ebômi é modificada, pois ao receber o DEKÀ (cuia do
axé), poderá iniciar outras pessoas, assumindo a direção de outro barracão. Caso não assuma tais
responsabilidades e continue na mesma casa, assumirá funções específicas como Mãe-Pequena ou Pai-
Pequeno, organizador de rituais, etc...
IYÁ-KEKERÊ: Substituta da YALORIXÁ, também conhecida como Mãe-Pequena
EKEDE: Cuida dos assentamentos e quartinhas do Babá, ajuda a Mãe-Criadeira, transmite
ensinamentos soa Abiãs e zela pelos Orixás durante os rituais.
DAGÃ e OSSIDAGÃ: Despacham o padê e determinadas oferendas a Exu.
IYÁ-TEBEXÉ: Dirige o canto, obedecendo às normas do ritual.
MÃO-DE-OFÁ: Conhece e colhe as ervas do culto aos Orixás.
IABÁ (IYÁBÁ): Cozinheira do culto aos Orixás.
TIBONÃ: Fiscal das cerimônias.
OGÃ: Significa padrinho.
ALABÊ: Tocador de atabaques.
OGÃNILÛ: Chefe dos alabês, os quais dirige sob ordem direta do Babalorixá.
TÁTA: Quando o Babalorixá atinge 21 anos de atividade no seu Egbé é proclamado TÁTA
(Grande Pai). Nesse caso, ele pode escolher um filho para substituí-lo, este passará à ser Babalorixá,
dando ao Táta oportunidade de elevar-se.
VODUNCES: Poucos conseguem atingir esse grau, devido às exigências, especialmente de
tempo que é de 50 anos de culto ou Chefia.
DENOMINAÇÕES DE ZELADORES:
BABALAWÔ: Pai de Segredo
BABALORIXÁ: Pai de Orixá
BABALAXÉ: Pai da Força
BABALADÊ: Pai da Coroa
BABAOXÉ: Pai do Axé
BABAEWÉ: Pai da Folha
BABAODÊ: Pai da Navalha
BABAKEKERÊ: Pai Pequeno
BABAEFUM: Pai da Pintura do Iaô.
II – TERMOS E NOMES NO RITO
Conforme dissemos, o candomblé no Brasil tem origem africana, sendo assim, utiliza termos
e nomes cuja tradição, mantém em uso corrente no culto.
A seguir, citamos alguns termos e nomes de uso freqüente:
ATABAQUES:
RUM: É o maior deles, pertence ao Orixá dono do ILÊ.
RUMPI: Menor que o Rum, seria o de tamanho médio.
LÊ: É o menor entre os três.
ILÛ: Pequeno atabaque usado na nação IJEXÁ.
AKIDAVÍ ( AGHIDAVÍ): É o nome dado às varas com que se toca os atabaques.
AXÉ: Princípio e poder de realização. Força que dá o movimento, sem ele tudo estaria
paralisado. É a fonte que torna possível a renovação da vida. Pode ser transmitido através de comidas
e bebidas ou pelo contato, já que pode ser transmitido a objetos e seres humanos.
Para que o Agbé possa atender à sua função de vê ter AXÉ. Para isso o “plantamos”, ou
seja, fazemos símbolos que representam pontos de culto do axé. Uma vez plantado, se fortifica
combinando todas as formas nele existentes:
(a) O Axé de cada Orixá, obtido através de oferendas, bori e iniciação.
(b) O Axé de cada membro do terreiro (Egbé), somado com os de seu Orixá, através de um
elo de ligação entre o filho-de-santo e o Orixá (Cuidado com os assentamentos e zelo
pelas coisas do Orixá, além de respeito pelos irmãos e Babalorixá.
(c) O Axé dos antepassados do Egbé, seus ilustres mortos, cujo poder é acumulado e
mantido ritualmente nos assentamentos do ILÊ-IBÓ OKU.
EWÓ: São cuidados com oque o filho-de-santo come e faz, afim de não agredir ao Orixá (é o
mesmo que quizila). Quem desobedece pode ter as mais variadas reações, tais como: enjôos,
problemas materiais, espirituais, etc...
ADÔXU: Nome dado às pessoas iniciadas no culto aos Orixás (Oxú). Pequeno cone feito de
ervas e outros axés, colocados no alto do Ori do Iaô.
ATAKÂN: Pano que envolve o peito da filha-de-santo quando está incorporada pelo Orixá.
AGOGÔ: instrumento de ferro com dois sinos, badalo, superpostos, um menor que o outro,
donde se tira som batendo-se com um pedaço de ferro.
ADJÁ: Sinos de metal, usados pelos zeladores para chamar os orixás.
ABIÃ: São filhos ou filhas-de-santo que ainda não se iniciaram, ou seja, não nasceram.
AJUNTÓ ou JUNTÓ: É o segundo Orixá que comanda a pessoa junto com o seu Orixá
assentado no Ori no dia de sua feitura.
ABASSÁ: Salão onde se realizam as cerimônias públicas do candomblé.
AYÊ: Terra (planeta).
ORUN: Além do céu.
ILÊ: Terra (chão).
ILÉ: Pombo.
Exemplos: ILÊ-AXÉ: Casa privada destinada ao recolhimento do Iaô.
ILÊ-IBÓ OKU: Casa onde são adorados os mortos e onde se encontram
seus assentamentos. O local deve ser guardado por sacerdotes preparados para este mistério. É
separado do resto do terreiro (Egbé), sendo conhecida também como ILÊ ISINMI.
EGBÉ: Nível, perto, roça-de-santo, terreiro.
EJÉ: Sangue.
ILARE: brado de guerra do Orixá, erradamente chamado “ilá”.
ILÁ: Quiabo.
ADOBALE: Bater cabeça ao Orixá.
DIDÊ: Levantar. Exemplo: “Didê Orixá!”
JOKÔ: Sentar.
ADUPÉ ou DUPÉ: Obrigado. Exemplo: “Adupé lowó Olorum” (obrigado à Olorum, agradeço
à Olorum)
DIJINA ou DJINA: Nome da iniciada ou iniciado.
IRUNMALÉ ou IRUNMOLÉ: São aqueles que habitam o Orum, também chamados
Irunmolés e ARA_ORUM. Usa-se essa terminologia durante as invocações, no começo dos rituais, como
por exemplo: “Awom irinwó Irunmolé ojû kofun” (Os quatrocentos Irunmolés do lado direito e os
duzentos do lado esquerdo).
OSIWAJU: O primeiro cargo, primeiro Orixá para os Yorubás (Oduduwa e Oxalá). Na Bahia
Ogum, Exu, e Oxossi.
OSI: Lado esquerdo.
OTUM: Lado Direito.
ORI: Cabeça.
PARTES EM QUE SE DIVIDE O ORI:
Description:Mandinga - Feitiço. Màrìwò - folhas de palmeira - As folhas desfiadas Oxalufã é o compasso do terra, Oduduwa. Caminha apoiado em seu cajado