História bizarra da 2ª Guerra Mundial

234 Pages·2015·2.9 MB·Portuguese

by  Otavio Cohen

Copyright © Otavio Cohen, 2015
Copyright © Editora Planeta do Brasil, 2015
Todos os direitos reservados
Preparação: Marcelo Nardeli Checagem de informações: Simone Costa Revisão: Silvana Salerno e
Mauricio Yasuyuki Katayama Projeto gráfico e Diagramação: Desenho Editorial Capa: Departamento de
criação Editora Planeta do Brasil Imagem de capa: Fernando Mena adaptação para eBook: Hondana
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

C628h
Cohen, Otavio
História bizarra da 2. Guerra Mundial / Otavio Cohen. – 1. ed. – São Paulo: Planeta, 2015.
ISBN 978-85-422-0546-6
1. Guerra Mundial, 1939-1945 - História. I. Título.
CDD: 940.548
15-23398 CDU: 94(100)'1939/1945'

2015
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Ao Legolas, que sempre traz paz em tempos de guerra.
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
ANTECEDENTES - PANELA DE PRESSÃO
1939 A GUERRA-RELÂMPAGO
O soldado que não matou Hitler
Keep calm and vá à guerra
A verdadeira primeira batalha da guerra
Os submarinos órfãos da Polônia
Submarinos porcos
Luxo e conforto não faziam parte do serviço de bordo de um U-boot.
Como escolher bem o seu filho
1940 GUERRA NO TABULEIRO
O primeiro-ministro comilão
A dona de casa valente e o espião dentro do caixão
Por um punhado de diamantes
O 007 da vida real
A Vênus exilada
O quadro falso de meio milhão de marcos
Como jogar golfe no campo de batalha
Quando os nazistas proibiram clipes de papel na Noruega
O dia em que o grande ditador viu O Grande Ditador no cinema
1941 PELA RETAGUARDA
Cachorros versus tanques
A superprodução do cinema nazista
Sardinhas adulteradas
Quem tem medo de bruxas?
O navio preferido de Winston Churchill
A melhor atiradora da URSS
A partida da morte
O jipe e as mentiras de Stálin
A bomba de agulhas britânica
Quando a cerveja salvou a Irlanda
O que não se faz por um amigo?
As muitas vidas do gato Sam
Herói inafundável
1942 MUDANÇA DE VENTOS
Uma ajudinha da natureza
Bombas-morcego
Um herói improvável
Pornografia voadora
Já chegou o disco voador
Exército de um homem só
As escravas sexuais do Japão
Cachorro norte-americano! O Tio Sam quer você
Ratos aliados
A bebida preferida da Alemanha Nazista
A origem dos gremlins
A batalha da vodca
Os cachorros que sabiam falar
Como a Cannabis ajudou os Estados Unidos durante a guerra
O soldado mais jovem da guerra
1943 O TRIUNFO DOS SUB-HUMANOS
A sorveteria voadora
Voytek, o soldado mais peludo da guerra
Mísseis “pomboguiados”
O homem que não estava lá
Um livro de história escrito em tempo real
Amores perigosos
Clima de vingança no ar
Escola de espiões
Coca-Cola: a bebida oficial da guerra
1944 O DIA D
Vitória sem resistência
Fuzileiro em queda livre
O sargento salvo pela palavra de Deus
Soldados ou esquiadores?
O exército fantasma
A cachorra prisioneira
O norte-americano que quase derrubou o Empire State Building
A breve carreira da galinha paraquedista
Milagre de guerra
O sobrinho (e inimigo) de Hitler
1945 PISANDO EM CADÁVERES
1945
Os crocodilos assassinos do Pacífico
Tubarões esfomeados
Um pedacinho da Holanda no meio do Canadá
Uma ajuda inesperada
Salvação no jogo de tabuleiro
O soldado de três exércitos
Sua Majestade, a Mecânica
Emergência inusitada
Não se esqueça de dar descarga
O desaparecimento do Voo 19
O homem que fugiu duzentas vezes
A mulher que roubou a água do banho de Hitler
A suástica na floresta
O homem que sobreviveu a duas bombas atômicas
Hitler não morreu: a grande conspiração
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
BIBLIOGRAFIA
CRÉDITOS DAS IMAGENS
APRESENTAÇÃO
A Por João Barone literatura sobre a Segunda Guerra Mundial é tão ampla e diversificada quanto
foram seus combatentes e cenários de luta. Mas, agora, esqueça tudo que já foi escrito e reportado
sobre o conflito porque chegou a vez de você conhecer os relatos mais fora do comum já reunidos
sobre o tema. História bizarra da 2a Guerra Mundial representa algo inédito, em especial para os que
possuem aquela curiosidade infinita – e até certo ponto mórbida – sobre o maior conflito da história. Aqui
estão as experiências gastronômicas de Churchill com a carne sintética encomendada pelo governo inglês,
a verdadeira história do agente secreto 007, o que Stálin fez depois de receber 5 mil jipes norte-americanos,
como agulhas de costura seriam usadas como arma biológica letal, o salto de uma galinha paraquedista, um
cão mascote que salvou seu pelotão com a própria vida, morcegos que foram usados como bombas e muito
mais histórias que ficaram à margem dos relatos oficiais de quem vivenciou a guerra.
Não há quem não fique arrebatado ao se deparar com tantos fatos
desconhecidos sobre a Segunda Guerra Mundial. Um recado aos que pensam já
saber tudo sobre o conflito: preparem-se para muitas surpresas, a guerra nunca
pareceu tão bizarra.
Tenha calma e boa leitura!
INTRODUÇÃO
Faltava pouco para o fim da Primeira Guerra Mundial. Apesar da recente
saída da Rússia dos campos de batalha, a Tríplice Aliança, coligação
liderada pela Alemanha, ainda resistia. Foi nessa época que os exércitos
alemães partiram com tudo para cima das forças britânicas no oeste europeu. As
investidas não foram em vão. Em maio de 1918, a Romênia foi forçada a ceder
alguns territórios para a Alemanha, o que deu mais fôlego ao conflito. Mas,
como guerra é guerra, o outro lado também não estava para brincadeira. Desde
o início do conflito, a moda na Europa era atacar inimigos com armas químicas.
Bombas liberavam gases tóxicos que instantaneamente deixavam soldados
cheios de bolhas, sem conseguir respirar direito, totalmente incapacitados para a
batalha. Os mísseis eram como cavalos de Troia: traziam surpresas bastante
desagradáveis.
Foram os alemães os primeiros a ter a ideia de usar armas químicas: o
químico Fritz Haber havia inventado o gás cloro, uma nuvem esverdeada de
cheiro forte que matou 6 mil homens em abril de 1915. O troco veio pelas mãos
dos químicos franceses. Surgiu o fosgênio, um gás cujos efeitos são parecidos
aos do gás cloro. Mas com um detalhe: o fosgênio não tem cheiro nem cor, e as
vítimas só percebiam os efeitos da arma química quando já era tarde demais.
Uma vez que a morte podia chegar a qualquer momento, os soldados
começaram a usar capacetes que cobriam o rosto todo, e estavam sempre
abastecidos de outras substâncias químicas que diminuíam os efeitos dos gases
letais. Apesar de serem bem rudimentares, as máscaras ajudavam bastante e
provavelmente evitaram muitas mortes. Mas os gases eram tão poderosos que
causavam outras reações, como cegueira temporária, que as máscaras não
conseguiam evitar.
Um desses ataques com armas químicas aconteceu em Ypres, na Bélgica, em
outubro de 1918. Depois da investida, um jovem soldado austríaco naturalizado
alemão ficou cego temporariamente e foi internado num hospital na Alemanha.