Table Of ContentFernanda Eugenio Machado
Hedonismo Competente.
Antropologia de urbanos afetos
PPGAS - UFRJ
2006
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Fernanda Eugenio Machado
Hedonismo Competente.
Antropologia de urbanos afetos
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de
P(cid:243)s-Gradua(cid:231)ªo em Antropologia Social do Museu
Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro,
sob orienta(cid:231)ªo do Prof. Dr. Eduardo Viveiros de
Castro.
Rio de Janeiro
2006
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Ficha CatalogrÆfica
Eugenio, Fernanda.
Hedonismo Competente. Antropologia de urbanos afetos.
Rio de Janeiro: UFRJ/PPGAS/MN, 2006
Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, PPGAS
1. Antropologia Urbana 2. Subjetividade 3. Sexualidade 4.
Juventude 5. Sensibilidades de Vanguarda I. T(cid:237)tulo
4
Hedonismo Competente.
Antropologia de urbanos afetos
Fernanda Eugenio Machado
Tese submetida (cid:224) banca examinadora e ao corpo docente do
Programa de P(cid:243)s-Gradua(cid:231)ªo em Antropologia Social do
Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
como parte dos requisitos necessÆrios (cid:224) obten(cid:231)ªo do grau
de doutor. Aprovada por:
_____________________________________________
Prof. Dr. Eduardo Viveiros de Castro (orientador)
_____________________________________________
Prof. Dr. Gilberto Velho (PPGAS/MN/UFRJ)
____________________________________________
Prof. Dr. OtÆvio Velho (PPGAS/MN/UFRJ)
____________________________________________
Profa. Dra. Maria Isabel Mendes de Almeida (PUC-Rio)
____________________________________________
Prof. Dr. Amir Geiger (UERJ)
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Para o pai da minha mªe, em doce e adorÆvel mem(cid:243)ria.
E para o filho dela, em doce e adorÆvel presen(cid:231)a; o
irmªo atribu(cid:237)do e o amigo escolhido.
Para as trŒs mulheres mais incr(cid:237)veis, fortes e generosas
com que a vida me brindou: minha mªe, sua irmª e sua
mªe.
Agradecimento (nunca tanto)
por um amor in-terminÆvel.
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VOLUME II
PARTE II
Diagrama de arbitrariedades (ou, para tentar desdobrar um evento
abdutivo)
341
• Cultivar-se •
Sujeitos e Predicados. Do repert(cid:243)rio rom(cid:226)ntico (cid:224) individualiza(cid:231)ªo radical
361
1. Pulsªo rom(cid:226)ntica e
individualismo(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133).......................366
2. Cristianismo, ascetismo e mundaniza(cid:231)ªo do indiv(cid:237)duo dual(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)373
3. Sexo e verdade
(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)...............................................377
4. Amores
ocidentais(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)............................................383
5. Afeta(cid:231)ıes diferenciadas. Homens e mulheres(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133).......399
6. Decl(cid:237)nio do prazer, ascensªo do prazer racionalizado(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133).403
7. Culturas homossexuais e pragmatiza(cid:231)ªo do afeto(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133).408
8. Individualiza(cid:231)ªo da sexualidade, interioriza(cid:231)ªo do controle(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)..416
• Perverter-se •
Sensibilidades de Vanguarda e CompetŒncia. Dos contradiscursos
ao enquadramento
422
1. Vanguardas pol(cid:237)ticas e vanguardas
art(cid:237)sticas(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)........424
2. A Boemia fin-de-siŁcle e o elogio da
decadŒncia(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)....431
3. (cid:201)tica rom(cid:226)ntica e estetiza(cid:231)ªo da existŒncia. Fl(cid:226)nerie e dandismo(cid:133)(cid:133)(cid:133).450
4. Amor boŒmio e homoerotismo. Afeta(cid:231)ªo, transgressªo e apropria(cid:231)ıes
contempor(cid:226)neas(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)...................................................46
7
5. Dos anos loucos (cid:224) contracultura, e depois. Do valor-ruptura ao valor-
media(cid:231)ªo(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133).............................................................4
85
6. CompetŒncia e biossociabilidade. As sociedades de controle(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133)(cid:133).531
ANEXOS
CD-Anexo • Sortimento (fotografias, mœsicas, flyers & e-flyers)
542
Anexo • Clipping (sele(cid:231)ªo de material jornal(cid:237)stico 2003/2006)
543
8
•
ReferŒncias BibliogrÆficas
544
9
! Agradecimentos !
Que, passados pouco mais de quatro anos, aqui esteja eu com uma
tese em mªos, eis um fen(cid:244)meno da ordem da sobrevivŒncia.
Acostumamo-nos com a idØia de que sobreviver quer dizer mal e
mal, ou a duras penas, arrastar uma vida pelos cabelos, quase na marra.
Vida minguante. Acostumamo-nos, pois, a entender sobrevivŒncia como
subvivŒncia. Nªo Ø disso que falo aqui. Ao contrÆrio, o fen(cid:244)meno que dou
conta de ter experimentado Ø sobrevivŒncia na medida em que Ø
adensamento de vida. Acœmulo, sim. Mas nªo apenas. Acœmulo posto
seguidamente em a(cid:231)ªo, aprendizado, espiralamento. Vida crescente.
SupervivŒncia, se quisermos.
E muitas pessoas tornaram-na poss(cid:237)vel. Ofereceram-me
generosamente mœltiplos de vida, sob a forma de disponibilidade, presen(cid:231)a,
andan(cid:231)as, fala e escuta. Compartilharam olhares e janelas para o mundo,
abriram-se para a troca. Agrade(cid:231)o todos os dias pelo entorno de queridos
com os quais conjugo sobre-vida - vida alØm da conta. Esta tese, em
muitos n(cid:237)veis, Ø uma celebra(cid:231)ªo da amizade e uma cren(cid:231)a na comunica(cid:231)ªo.
Eu a incorporei como aprendizado deste tamanho muito recentemente, no
engajamento simult(cid:226)neo com livros e pessoas.
Nªo poderia tŒ-lo feito sem a escola que foi, para mim, o Museu
Nacional. Agrade(cid:231)o ao Professor Eduardo Viveiros de Castro, sobretudo, por
ter me acolhido como orientanda com este trabalho jÆ em agravado estado
de (cid:147)desorienta(cid:231)ªo(cid:148) - e por tudo o que veio no pacote: pela disposi(cid:231)ªo e pela
generosidade; pelos bocados desse admirÆvel brilhantismo que nªo se
deixa capturar em cinza; pelas mais estimulantes e fantÆsticas conversas.
Se as contingŒncias1 fizeram breve nosso tempo como orientador e
orientanda, elas no entanto fizeram acontecer um encontro - tardio ou
curto que possa ter sido - intenso no tanto que me proporcionou, e
portanto alargado na mØtrica que importa. A inspira(cid:231)ªo, porØm, certamente
1 Aqui Ø preciso cometer um breve escape e, por antecipa(cid:231)ªo, mencionar algumas pessoas
cujo apoio imediato foi fundamental no enfrentamento de tais contingŒncias. De pronto, a
transforma(cid:231)ªo nªo teria acontecido sem o arguto aconselhamento dos gŒnios-da-l(cid:226)mpada
Helena e Lu(cid:237)s. Tampouco teria sido poss(cid:237)vel atravessar aquelas que foram sangrentas
semanas de trabalho sem a (cid:147)bolha-do-bem(cid:148) com que me envolveram minha fam(cid:237)lia e todos
os amigos - Joªo e seus emails transbordantes de carinho; Fred e suas prontas respostas
apesar da dist(cid:226)ncia pelo doutorado-sandu(cid:237)che; a pondera(cid:231)ªo amorosa de Tati e Octavio; os
(cid:147)amuletos(cid:148) de Carol; os abra(cid:231)os (cid:147)fagocitantes(cid:148) da RŒ; a leitura-urgente de Bebel. Nada
Description:do topete, com a lateral raspada, uma mistura de new wave com rockabilly, colonizados nas cabecinhas idiotas, bolsas na Sorbonne, chás com