Table Of ContentFRONTEIRAS
DO
UNIVERSO
Paul Halpern, Ph.D.
FRONTEIRAS
D0
UNIVERSO
Uma Viagem aos Limites do Horizonte Cósmico
Tradução
ALEPH TERUYA EICHEMBERG
FERNANDA HELENA SILVA BORDON
Título do original: Edge of the Universe —A Voyage to the Cosmic Horizon and
Beyond.
Copyright © 2012 Paul Halpern.
Publicado mediante acordo com o autor e com Baror International, Inc.,
Armonk, New York, USA. Copyright da edição brasileira © 2015 Editora
Pensamento-Cultrix Ltda.
Texto de acordo com as novas regras ortográficas da língua portuguesa.
1ª edição 2015.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou
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Editor: Adilson Silva Ramachandra Editora de texto: Denise de Carvalho Rocha
Gerente editorial: Roseli de S. Ferraz Revisão técnica: Newton Roberval
Eichemberg Produção editorial: Indiara Faria Kayo Assistente de produção
editorial: Brenda Narciso Editoração eletrônica: Fama Editora Revisão: Nilza
Agua
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do
Livro, SP, Brasil)
Halpern, Paul, 1961- .
Fronteiras do universo : uma viagem aos limites do horizonte
cósmico/Paul Halpern ; tradução Aleph Teruya Eichemberg, Fernanda
Helena Silva Bordon. — São Paulo : Cultrix, 2015.
Título original: Edge of the universe: a voyage to the cosmic horizon and
beyond
Bibliografia.
ISBN 978-85-316-1341-8
1. Cosmologia — Obras populares I. Título.
15-08816 CDD-523.1
Indices para catálogo sistemático: 1. Universo: Astronomia 523.1
Direitos de tradução para o Brasil adquiridos com exclusividade pela EDITORA
PENSAMENTO-CULTRIX LTDA., que se reserva a propriedade literária desta
tradução.
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Foi feito o depósito legal.
Dedicado, com amor, a Felicia, Eli e Aden
SUMÁRIO
Prólogo: As Novas e Extraordinárias Fronteiras da Cosmologia
1. Até Onde Nós Conseguimos Enxergar? — Viagem às Fronteiras do Universo
conhecido 2. Como o Universo Nasceu? — Revelando a Aurora do Tempo
3. Até Onde se Estendem as Fronteiras do Universo? —A Descoberta da
Aceleração do Universo 4. Por Que o Universo Parece Tao Uniforme? — A
Era Inflacionária.
5. O Que é a Energia Escura? — Será Que Ela Está Dilacerando o Universo?
6. Nós Vivemos em um Holograma? — Explorando as Fronteiras da Informação
7. Existem Alternativas para a Inflação? — Dimensões Extras e o Grande Salto
8. O Que Proporciona Estrutura ao Universo? — A Procura pela Matéria Escura
9. O Que Está Arrastando as Galáxias? — Os Mistérios do Fluxo Escuro e o
Grande Atrator 10. Que é o “Eixo do Mal”? — Investigando Estranhas
Características do Fundo Cósmico 11. O Que são as Imensas Rajadas de Energia
Vindas das Mais Longínquas Regiões do Universo? — Erupções de Raios Gama
e a Procura pelos Dragões Cósmicos 12. Será Que Podemos Viajar para
Universos Paralelos? — Os Buracos de Minhoca como Portais 13. Será Que o
Universo Está se Dividindo Incessantemente em Realidades Múltiplas? — A
Hipótese dos Muitos Mundos 14. Como Será o Fim do Universo? — Com uma
Explosão, um Salto, uma Implosão, um Rasgão, um Estiramento ou um
Lamento?
15. Quais São os Limites Definitivos do Nosso Conhecimento a Respeito do
Cosmos?
Agradecimentos
Notas
Leituras Recomendadas
Prólogo
As Novas e Extraordinárias Fronteiras da Cosmologia
Tudo em que antes acreditávamos sobre o universo está errado!
Pensávamos que a maior parte do material presente no espaço compunha-se de
átomos, ou pelo menos de substâncias visíveis. Errado! Pensávamos que a
expansão do universo estivesse desacelerando — que seu crescimento a partir do
Big Bang estivesse perdendo força. Errado mais uma vez! Pensávamos que as
galáxias estivessem espalhadas com uniformidade e regularidade, e que não
houvesse grandes regiões de espaço em que elas não estivessem presentes. Era o
que se pensava antes que a descoberta de gigantescas regiões vazias tornasse
essa noção destituída de significado e... errada mais uma vez! Pensávamos que
houvesse um único universo — afinal de contas, “uni” significa “um”. Embora o
júri ainda esteja tomando sua decisão, alguns cientistas já estão alegando
evidências de um multiverso — uma coleção de realidades paralelas. Assim, em
última análise, até mesmo o nome “universo” pode estar errado!
Bem-vindo à cosmologia do século XXI, campo altamente preciso que
não tem medo de admitir que a imensa maioria de tudo o que constitui o
universo é feita de coisas que estão além da nossa compreensão atual. Matéria
escura, energia escura e enormes “buracos” no espaço — imensas extensões
vazias — são os muito discutidos tópicos cosmológicos da atualidade, os quais,
como a série de televisão Seinfeld, da década de 1990, são, todos eles, “a
respeito do nada”. O nada está, literalmente falando, nas telas de radar dos
cosmólogos, à medida que eles estão aprendendo sobre as enormes lacunas por
meio de abrangentes levantamentos do espaço celeste graças a telescópios
espaciais e terrestres, bem como por sondagens detalhadas dos sinais de rádio
vindos da aurora do tempo, entre outras fontes.
É claro que essas coisas, na verdade, não são “o nada” — nós apenas não
sabemos o suficiente a seu respeito para dizer o que elas são. Tradicionalmente,
os astrônomos têm se concentrado naquilo que podemos observar diretamente —
o material que forma as estrelas e os planetas. Eles estimam que cerca de 4% a
5% do universo é composto de matéria convencional. Mas para aqueles que
seguem as últimas tendências, a matéria comum é tão século XX! Estivemos lá,
fizemos isso, e agora queremos resolver o sofisticado enigma de sondar a maior
parte do cosmos, que é invisível.
A cosmologia, como a ciência cujo objeto é todo o universo físico, muda
suas metas e seu âmbito em conformidade com o fluxo e o refluxo do nosso
conhecimento a respeito do espaço. Graças a técnicas modernas, muitos dos
grandes mistérios que outrora confundiam filósofos e cientistas foram
solucionados. Dados cosmológicos de todos os tipos apontam para uma era
primordial do cosmos que foi incrivelmente quente e inacreditavelmente densa,
chamada Big Bang. Os astrônomos o tomam como referência para estimar a
idade aproximada do universo, 13,75 bilhões de anos (com uma margem de erro
de cerca de 100 milhões de anos para menos ou para mais), e obtiveram uma
imagem detalhada de alguns dos seus primeiros estágios. Recentes modelos
estimam que o tamanho do universo observável (a parte dele potencialmente
detectável por instrumentos que medem sinais vindos do espaço) é de
aproximadamente 93 bilhões de anos-luz de diâmetro. No entanto, ironicamente,
parece que quanto mais nós aprendemos a respeito do cosmos, mais nós
compreendemos o quanto dele ainda está além da nossa compreensão.
Há cinco séculos, intrépidos exploradores europeus içaram velas para
além do horizonte visível do mar e mapearam terras até então desconhecidas
para eles. Hoje, astrônomos embarcaram em uma busca ainda mais
extraordinária: determinar a forma, os horizontes e a extensão do próprio
universo, inclusive das enormes regiões invisíveis. Para essa viagem cósmica,
bússolas, sextantes e rolos de pergaminho foram substituídos por poderosos
telescópios, delicados receptores de micro-ondas, sofisticados algoritmos de
computadores e uma multidão de outras ferramentas para captar ondas luminosas
vindas de todas as regiões do espectro. A cartografia emergente do universo está
sendo montada a partir de seu registro imensamente intrincado de sinais
luminosos — e até mesmo quando tentamos penetrar nos segredos da escuridão.
Nesse alvorecer da nova cosmologia, são os diversificados matizes da luz
coletada, e cientificamente analisada, que iluminam a noite eterna.
A escuridão circunda o nosso mundo, interrompida apenas por pontos
luminosos espalhados pelo espaço. Estamos acostumados ao vazio, e não nos
intimida a tarefa de pinçar informações vindas de longínquos objetos que apenas
vagamente anunciam sua chegada a cada noite. Nossa prática de fabricar
espelhos e lentes que reúnem a luz nos foi de grande utilidade, permitindo-nos
mapear regiões do espaço de onde os sinais que hoje recebemos levaram,
literalmente, bilhões de anos para chegar até nós. A astronomia agora se sente
confortável diante de tais desafios.
No entanto, crescemos progressivamente mais conscientes de uma
escuridão muito mais perturbadora e que, até agora, tem desafiado todas as
tentativas de compreensão. Embora o puro nada, o nada incapaz de exercer
Description:Paul Halpern explora, numa linguagem acessível até para quem não conhece o tema, o que a ciência já descobriu e o que espera descobrir em breve a respeito das longínquas extensões do universo. O autor nos faz pensar sobre o lugar que ocupamos no vasto universo, tanto no espaço como no tempo,