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FORMAÇÃO DE PROFESSORES, VIA INTERNET, NO USO DA INFORMÁTICA
NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
José Armando Valente
Depto. Multimeios e Nied - Unicamp & Ced - PucSP
Resumo
José Armando Valente
O artigo descreve as bases que fundamentam o trabalho de formação de professo-
res no uso da informática na educação especial, como parte do Projeto de Informática na
Educação Especial (PROINESP) da SEESP/MEC e FENAPAES. Esta formação foi total-
mente a distância, via Internet, usando a abordagem do “estar junto virtual”. A interação via
Internet permitiu a realização de atividades de formação bem como auxiliar os professores
na implantação da informática em suas respectivas instituições.
INTRODUÇÃO
O Projeto de Informática na Educação Especial (PROINESP) da Secretaria de Edu-
cação Especial (SEESP) do Ministério da Educação, realizado em conjunto com a Federa-
ção Nacional das APAES (FENAPAES) teve como objetivo a implantação de infra-estrutura
de tecnologias da informação e comunicação (TIC) nas instituições de educação especial e
a formação dos professores destas instituições para o uso das TIC como parte das ativida-
des de sala de aula.
Este artigo descreve as bases que fundamentam o trabalho de formação de profes-
sores para o uso das TIC, que foi realizada totalmente a distância, via Internet. O curso de
formação foi desenvolvido por docentes, pesquisadores do Núcleo de Informática Aplicada
à Educação (NIED) da Unicamp e do Núcleo de Informática na Educação Especial (NIEE)
da UFRGS. A interação via Internet permitiu aos pesquisadores “estarem junto” aos profes-
sores, auxiliando-os na realização das atividades de formação bem como na implantação
da informática em suas respectivas instituições.
O artigo descreve brevemente o que é a Internet, a abordagem de Educação a
Distância (EAD) conhecida como o “estar junto virtual”, o curso de formação e os principais
resultados alcançados.
O QUE É INTERNET
A Internet é uma extensa rede de redes de computadores. A rede mais básica pode
ser constituída ao redor de um Provedor. Este provedor, geralmente é uma instituição que
permite que computadores pessoais (p1, p2, ...) ou de outras instituições (inst1, inst2, ...)
com suas redes locais de computadores (c1, c2,...) se conectem aos seus computadores,
formando uma rede. Os provedores existentes ao redor do planeta (prov1, prov2,....), por
sua vez, estão interligados, constituindo uma outra rede, denominada de Internet – interligação
de redes, como mostrado na figura 1.
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Figura 1 – interligação de redes de redes de computadores, constituindo a Internet
A Internet oferece diversas ferramentas de acesso à informação como correio ele-
trônico (e-mail), grupo de discussão (chat groups), recursos para transferência de arquivos
(FTP ou File Transfer Protocol) que atualmente são integrados no Word Wide Web (WWW).
A WWW é hoje a mais conhecida e disseminada ferramenta a ponto de as pessoas confun-
direm a Web com a Internet. O meio para tornar disponível uma informação na Web é via
páginas Web. Cada indivíduo ou instituição pode criar suas páginas Web, armazenando-as
no seu próprio computador ou nos computadores do provedor.
Assim, a Internet e, principalmente a Web, cria verdadeiros desafios de ordem pe-
dagógica. Ela pode contribuir tanto para armazenar e disseminar informação ou como meio
para permitir que pessoas possam interagir e, com isto, trocar idéias, resolver desafios e
construir novos conhecimentos. No entanto, é importante lembrar que a ênfase está no
aspecto pedagógico do seu uso e não na Internet em si.
USOS DA INTERNET NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Existem diferentes maneiras de se usar a Internet na Educação a Distância (EAD):
a abordagem “broadcast”, a virtualização da sala de aula tradicional e o “estar junto virtual”
(Valente, 2002). O que difere estas abordagens é o grau de interação entre o docente do
curso e o aprendiz. Na abordagem “broadcast” a informação é enviada ao aprendiz, via
Internet, e não existe nenhuma interação entre ele e o docente. Sem interação, fica difícil de
saber se o aprendiz foi capaz de se apropriar da informação, convertendo-a em conheci-
mento.
Na virtualização da sala de aula tradicional prevê-se um mínimo de interação entre
o docente e o aprendiz. No entanto, a interação é semelhante ao que acontece em uma sala
de aula presencial, em que o docente solicita um exercício ou uma tarefa que faça uso dos
conceitos em estudo. O aprendiz realiza a tarefa e envia a resposta ao docente para que
seja avaliada. Portanto, a interação pode se resumir a fazer uma pergunta e receber uma
resposta. Certamente isto é insuficiente para entender se o aprendiz foi capaz de atribuir
significado à informação disponível.
O “estar junto virtual” envolve múltiplas interações no sentido de acompanhar e
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assessorar constantemente o aprendiz para poder entender o que ele faz e, assim, propor
desafios que o auxiliam a atribuir significado ao que está desenvolvendo. Estas interações
criam meios para o aprendiz aplicar, transformar e buscar outras informações e, assim,
construir novos conhecimentos. O acompanhamento do aprendiz e a atuação do docente
do curso são feitos por meio da Internet e a interação estabelecida usa a rede para realizar
um ciclo de atividades identificadas como descrição-execução-reflexão-depuração-descri-
ção (Valente, 1999a).
Para que a abordagem do “estar junto virtual” possa ser efetiva o aprendiz deve
estar engajado na resolução de um problema ou na elaboração de um projeto. Em tais
situações, se surgem dificuldades ou dúvidas, elas podem ser resolvidas com o suporte do
docente, via rede. Isto significa que as trocas entre docente e aprendiz são contextualizadas
pelo projeto que está sendo desenvolvido.
O desenvolvimento do projeto e a presença virtual do docente permitem a criação
de um ciclo de interações que não só ajuda na realização do projeto em si, mas também na
geração de novos conhecimentos. Por meio do projeto o aprendiz pode agir, produzir resul-
tados que podem servir como objeto de novas reflexões. Por sua vez, estas reflexões po-
dem gerar outras indagações e problemas que devem ser compartilhados com outras pes-
soas a fim de encontrar meios de resolvê-los. Neste caso, o aprendiz pode enviar suas
questões ou uma breve descrição do que está ocorrendo para que o docente reflita sobre
elas e envie seu comentário por meio de um material para leitura ou por meio de outras
questões que podem auxiliar o aprendiz a resolver suas dúvidas. O aprendiz recebe os
comentários e tenta colocá-los em ação, o que, provavelmente, acaba gerando novas
dúvidas, que podem ser resolvidas com o suporte do docente. Assim, estabelece-se um
ciclo que mantém o aprendiz no processo de realizar atividades que até então não havi-
am sido pensadas, produzindo conhecimento a respeito de como desenvolver tais ações,
mas agora com o suporte de especialistas. Assim, a Internet pode propiciar ao docente
o “estar junto virtualmente” do aprendiz a fim de auxilia-lo no processo de construção de
conhecimento. A figura 2 ilustra o “estar junto virtual”.
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Figura 2: Ciclo que se estabelece na interação aprendiz-docente no “estar junto” via Internet
A FORMAÇÃO A DISTÂNCIA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
A abordagem do “estar junto” virtual tem sido utilizada na formação de professores
reflexivos, capazes de utilizar a informática em sua prática pedagógica (Prado & Valente,
2002). A formação de professores de educação especial tem os mesmos propósitos. Ela
visa capacitar estes professores para que sejam capazes de usar as TIC integradas às
atividades de sala de aula, permitindo, por sua vez, que seus alunos possam usar estes
recursos para construir conhecimento. Esta formação deve fornecer condições para que o
professor construa diferentes tipos de conhecimentos, que estão inter-relacionados e que
não acontecem necessariamente de modo seqüencial e estanque como apresentados a
seguir:
- Entender os potenciais das TIC como recurso para resolução de tarefas e constru-
ção de novos conhecimentos. Isto acontece quando o professor usa diferentes software
para resolver diversas tarefas, sendo que cada uma destas experiências é utilizada como
objeto de reflexão, permitindo a ele entender como está aprendendo e qual o papel da
informática no processo de construir o conhecimento;
- Saber utilizar as TIC em atividades pedagógicas. Isto implica dois tipos de conhe-
cimentos. Um, sobre como a informática pode ser usada na elaboração de projetos envol-
vendo conceitos disciplinares. Outro, sobre como interagir com o aluno e orientá-lo no de-
senvolvimento de projetos que tenham sentido para ele, proporcionando o prazer e o desa-
fio no processo de aprender. O trabalho com projetos possibilita a transição de um sistema
fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdos e interdisciplinar. A
interação com alunos possibilita ao professor aprender como criar condições para promover
a construção de conhecimento, bem como, saber equacionar as necessidades e os interes-
ses de seus alunos com os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir;
- Saber atuar no contexto da sua comunidade escolar. Para tanto, o professor deve
vivenciar experiências que contextualizam o conhecimento que ele constrói durante sua
formação para a sua realidade de sala de aula e do ambiente de trabalho. O contexto da
escola e a prática do professor são aspectos constituintes das atividades de formação. Sem
esta contextualização, o professor não tem condições de superar barreiras de ordem admi-
nistrativa e pedagógica e, portanto, de reconstruir a sua prática. Além disto, o contexto
permite a construção de um conhecimento localizado que poderá ser ampliado à medida
que este conhecimento é descontextualizado para outras situações semelhantes.
- Compreender a sua atuação. Isto implica desenvolver autonomia para relativizar,
preservar, redimensionar e transformar os aspectos constituintes da prática pedagógica.
Para isto é fundamental que o professor em formação vivencie também o momento da
descontextualização. Este momento permite ao professor transcender uma compreensão
localizada na sua sala de aula para uma compreensão mais global e profunda, relacionada
com princípios e propósitos norteadores do trabalho educacional.
Nesta perspectiva, a formação não pode restringir-se à passagem de informações
sobre o uso pedagógico da informática. Ela deve acontecer contemplando o cotidiano do
professor, de modo que a experiência no uso da informática na sua prática pedagógica seja
tratada como objeto de reflexão e de construção de novos conhecimentos. Estas foram as
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bases do curso Proinesp.
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CURSO DE FORMAÇÃO PROINESP
O “Curso de Formação de Professores, a Distância e em Serviço, em Informática na
Educação Especial” ou Curso de Formação Proinesp, a teve como objetivos:
a) Formar, em serviço e via Internet, os professores de instituições de educação
especial no uso pedagógico das TIC;
b) Auxiliar os professores na implantação, nas respectivas instituições, de ativida-
des de uso das TIC, integradas às atividades curriculares que desenvolvem.
O curso visou a formação de professores de instituições de Educação Especial que
participaram do Projeto Proinesp, aqui denominado professor em formação. Estas institui-
ções já tinham instalado os laboratórios de informática e a Internet. De cada instituição
foram escolhidos quatro professores, não necessariamente com conhecimentos sobre
informática, porém com interesse em aprender sobre como usar as TIC em suas práticas de
sala de aula e dispostos a disseminar o uso das TIC na instituição, criando condições para
que outros colegas pudessem adquirir estes conhecimentos (efeito multiplicador).
Para poder participar do curso era fundamental que o professor em formação tives-
se no mínimo 20 horas por semana para se dedicar às tarefas do curso e estivesse atuando
em sala de aula. Como tarefas do curso, o professor em formação desenvolveu projetos
individuais usando as TIC e leituras para discussões coletivas, planejou e realizou ativida-
des práticas de uso das TIC com alunos, e relatou os resultados dos projetos individuais e
com seus alunos. Os resultados dos projetos eram discutidos pelo docente ou pelos cole-
gas do curso e, com isto, o professor em formação recebeu o suporte necessário – prático
ou teórico – para poder dar continuidade e melhorar os diferentes projetos que desenvol-
veu. Desta maneira, ele tinha a oportunidade de vivenciar situações que permitiram a cons-
trução de seu conhecimento contextualizado na realidade da sua sala de aula e/ou de sua
instituição.
O Curso de Formação Proinesp foi realizado duas vezes, sendo o Proinesp I em
2000 e o Proinesp II em 2001. Ambos consistiram de 210 horas de atividades, sendo 90
horas presenciais e 120 horas a distância, divididas em seis disciplinas. Estas duas partes
do curso podem ser descritas como:
Atividade presencial
Tanto no Proinesp I quanto no Proinesp II o objetivo desta atividade foi a de propici-
ar aos professores em formação a familiarização com as TIC, de modo que pudessem usá-
las na realização de atividades a distância, via Internet. Foram previstas 90 horas de ativida-
des presenciais, realizadas nos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) do Proinfo (nas
localidades em que existiam NTE instalados) ou em empresas locais que prestam serviços
de capacitação em informática (o Projeto previu uma verba para cobrir estes gastos). A
parte presencial do curso consistiu de oficinas onde foram abordados os seguintes conteú-
dos:
• Introdução ao Windows (30h): domínio da função Iniciar, ações básicas do Windows
1O TelEduc ‚ um ambiente de suporte para o ensino e aprendizagem a distƒncia, desenvolvido no N£cleo de Inform tica
Aplicada … Educa‡Æo (NIED) em parceria com o Instituto de Computa‡Æo ambos da Unicamp (http://hera.nied.unicamp.br/
teleduc)
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Explorer, Programa de compactação (por exemplo: Winzip) e Vírus e antivírus;
• Introdução ao Word (30h): elaboração de textos no Word, domínio das funções de
Arquivo do Word, e compreensão das principais funções do Editar, do Exibir, do
Inserir, do Formatar e das Ferramentas do Word;
• Introdução à Internet (30h); domínio de funções básicas do Browser Explorer,
envio e recebimento de mail com arquivos attachados e download de arquivos
em PDF.
Atividades à distância
O Proinesp I e o Proinesp II abordaram o mesmo conteúdo com algumas diferenças
em termos de disciplinas. Nesta parte do curso os professores em formação, foram dividi-
dos em turmas de aproximadamente 23 participantes cada. Cada turma contou com um
docente e um monitor que acompanharam a realização das atividades em todas as discipli-
nas.
Os professores em formação, usaram os recursos disponíveis nos laboratórios mon-
tados nas respectivas instituições, acessaram a Internet e por intermédio do ambiente de
educação a distância, TelEduc1, interagiram com o docente e o monitor da sua respectiva
turma. Por intermédio do Teleduc puderam realizar ações como: enviar e receber e-mails,
participar de grupos de discussão e chats, receber tarefas e enviar seus resultados, receber
orientações a respeito das atividades a serem desenvolvidas com os alunos e sobre como
implantar a informática em sua instituição.
Nas atividades a distância foram enfatizadas a integração de diferentes conteúdos
computacionais e pedagógicos no trabalho que os professores em formação desenvolve-
ram no seu projeto individual ou no projeto que seus alunos realizaram. As disciplinas e
respectivos conteúdos abordados no Proinesp I e no Proinesp II foram:
Proinesp I
• Introdução à linguagem e metodologia Logo (30h): uso da dinâmica de progra-
mação para refletir sobre uma experiência de aprendizagem pessoal, e para
redimensionar esta reflexão para o processo de aprendizagem de alunos com
necessidades educativas especiais; desenvolvimento de conceitos como defini-
ção de procedimentos, iteração, manipulação de objetos, som e figuras, e anima-
ção;
• Word pedagógico (30h): uso do Word integrado com outros software, no desen-
volvimento de projetos pedagógicos relacionados aos diferentes assuntos
curriculares que os professores em formação desenvolvem com seus alunos em
sala de aula;
• Discussão de interfaces para deficientes (10h): análise e discussão sobre
tecnologias adaptativas/assistivas, exploração de leituras, navegação em sites es-
pecíficos e manuseio de interfaces disponibilizadas (em rede e pelo curso), possibi-
litando sua utilização com alunos especiais, observadas as devidas adequações e
necessidades;
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• Introdução à Internet e seu uso pedagógico (20h): apropriação e exploração de
recursos da Internet, navegação em sites relacionados com educação especial,
criação de páginas simples, e vivência de interações síncronas como recurso
pedagógico;
• Elaboração de projeto pedagógico (30h): trabalho em grupo, envolvendo os qua-
tro professores de cada entidade, para desenvolver um projeto pedagógico para
dar continuidade ao trabalho de informática na sua respectiva instituição. A ela-
boração deste projeto é acompanhada pelos docentes e colegas no sentido de refle-
xão coletiva sobre o problema escolhido, a abordagem, a viabilidade, e soluções
alternativas.
Proinesp II
• Discussão sobre interfaces para deficientes (10h): análise/discussão sobre
tecnologias adaptativas/assistivas, exploração de leituras, navegação em sites
específicos e manuseio de interfaces disponibilizadas (em rede e pelo curso),
possibilitando sua utilização com alunos especiais, observadas as devidas ade-
quações e necessidades;
• Uso pedagógico da Internet (40h): apropriação e exploração de recursos da
Internet, navegação em sites relacionados com educação especial, criação de
páginas simples, exploração de ferramentas para avaliação de acessibilidade de
páginas web, exploração e vivência de interações síncronas como recurso peda-
gógico;
• Análise de software educacional (10h): análise de software desde os mais
direcionados como os tutoriais, até as ferramentas abertas, passando por software
de simulação e de exploração de assuntos específicos, procurando sempre levar
em consideração o propósito educacional estabelecido no trabalho com alunos e
na avaliação da aprendizagem;
• Introdução à linguagem e metodologia Logo (30h): uso da dinâmica de progra-
mação para refletir sobre uma experiência de aprendizagem pessoal, e para
redimensionar esta reflexão para o processo de aprendizagem de alunos com
necessidades educativas especiais; desenvolvimento de conceitos como defini-
ção de procedimentos, iteração, manipulação de objetos, som e figuras, e anima-
ção;
• Integração de diferentes software em projetos pedagógicos (20h): desenvolvi-
mento, por cada professor em formação, de um projeto pedagógico utilizando um
ou mais software com um ou mais alunos, colocando em ação os seus conheci-
mentos adquiridos e criando situações para a reflexão sobre os resultados obti-
dos;
• Elaboração de projeto pedagógico (10h): trabalho em grupo, envolvendo os qua-
tro professores de cada entidade, para desenvolver um projeto pedagógico
2 Esta avaliação presencial foi realizada somente com os participantes do Proinesp II, seguindo as normas em vigor na
Unicamp para cursos de extensão.
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para dar continuidade ao trabalho de informática na sua respectiva institui-
ção. A elaboração deste projeto é acompanhada pelos docentes e colegas no
sentido de reflexão coletiva sobre o problema escolhido, a abordagem, a via-
bilidade, e soluções alternativas.
Acompanhamento e avaliação dos participantes do curso
As atividades dos professores em formação foram acompanhadas pelos docentes
e monitores do curso. Semanalmente era elaborado um relatório relativo à participação do
professor em formação e este relatório era disponibilizado no ambiente TelEduc para que
ele pudesse acompanhar o seu desempenho. Este tipo de acompanhamento permitiu uma
avaliação contínua de cada participante.
Assim, a performance de cada professor em formação foi avaliada com base na:
a) Acompanhamento contínuo do professor em cada uma das disciplinas. Esta ava-
liação contínua foi feita pelo docente do curso com base na participação individu-
al do professor, observando se foram cumpridos os objetivos estabelecidos em
cada disciplina e na qualidade dos trabalhos realizados;
b) Avaliação presencial que o professor em formação realizou, sob supervisão do
diretor da sua instituição. Esta avaliação consistiu de uma atividade escrita que o
professor realizou na presença do diretor, em seguida enviada pelo diretor, via
correio, para o docente do curso2.
A avaliação final do professor em formação foi composta de 70% da avaliação con-
tínua e 30% da presencial. Foi considerado aprovado quem realizou 85% das atividades
solicitadas e obteve média final igual ou maior do que 7 (sete).
Seminário presencial
Após o término do curso a distância foi realizado o Seminário sobre Informática na
Educação Especial Proinesp, envolvendo representantes da SEESP, da FENAPAES, do-
centes do curso e professores das instituições participantes do Proinesp.
O seminário presencial teve três objetivos. Primeiro, reunir presencialmente os dife-
rentes elementos participantes do Projeto Proinesp para que se conhecessem. Segundo,
permitir que os professores pudessem apresentar sua instituição e mostrar o trabalho de
informática na educação que estava sendo desenvolvido pelos professores formados. Com
base nos trabalhos apresentados auxiliar os professores na melhoria dos mesmos e na
disseminação da informática na instituição. Durante o Seminário eram discutidas com os
professores as estratégias que eles adotariam na criação de ações de formação de seus
colegas para que pudessem se apropriar das TIC e usa-las com seus respectivos alunos.
Terceiro, apresentar ou demonstrar alguns software ou resultados de pesquisa que pudes-
sem ser utilizados com diferentes populações de alunos com necessidades educacionais
especiais como, por exemplo, recursos computacionais disponíveis para alunos cegos.
A condição para que os professores pudessem participar do Seminário era a elabo-
ração de uma apresentação sobre o que estava sendo realizado em termos de informática
na educação, tanto com alunos quanto em termos de ações de formação de professores na
instituição.
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PRINCIPAIS RESULTADOS
O Proinesp I foi desenvolvido por docentes do NIED da Unicamp em duas fases: a
primeira fase, de nove semanas, de 08 de maio a 07 de julho de 2000, e a segunda fase, de
três semanas, de 18 de setembro a 03 de outubro de 2000. Atendeu quarenta (40) institui-
ções, sendo vinte e oito (28) APAEs, dez (10) Pestalozzis, o INES e o IBC.
Foram matriculados no curso 156 professores destas instituições, divididos em 7
turmas, sendo que cada uma tinha aproximadamente 23 participantes. Do total de professo-
res que iniciaram o curso, 132 foram aprovados, 12 foram reprovados e 12 professores, de
três instituições, não conseguiram acompanhar o curso por danos na rede local da escola
ou no acesso à Internet. Considerando o número de professores que acompanharam o
curso (144), 91,6% foram aprovados e 8,4% reprovados, sendo que o aproveitamento glo-
bal do curso foi de 84.6% – considerando o número de professores que iniciaram o curso
(156) e os que foram aprovados (132).
O Seminário do Proinesp I foi realizado no período de 3 a 6 de outubro de 2000, em
Brasília. Compareceram professores de 22 APAEs, de 5 Pestalozzis e do INES, que apre-
sentaram trabalhos desenvolvidos por alunos e/ou propostas de ações de formação de
colegas da instituição.
O Proinesp II foi desenvolvido por docentes do NIED da Unicamp e do NIEE da
UFRGS ao longo de 12 semanas, de 03 de setembro a 23 de novembro. Atendeu noventa
e cinco (95) instituições, sendo setenta e cinco (75) APAEs, nove (9) Pestalozzis, três (3)
Associações, três (3) Centros de Educação Especial e cinco (5) Institutos.
Foram matriculados no curso 389 professores destas instituições, divididos em 17
turmas, sendo que cada uma tinha aproximadamente 23 participantes. Do total de professo-
res que iniciaram o curso, 344 foram aprovados, 34 foram reprovados e 11 professores, de
quatro instituições, não conseguiram acompanhar o curso por danos na rede local da escola
ou no acesso à Internet. Considerando o número de professores que acompanharam o
curso (378), 91,0% foram aprovados e 9,0% reprovados, sendo que o aproveitamento glo-
bal do curso foi de 88,4% – considerando o número de professores que iniciaram o curso
(389) e os que foram aprovados (344).
O Seminário de Proinesp II foi realizado no período de 28 a 30 de novembro, em
Fortaleza. Participaram deste evento 121 professores de 72 instituições. Eles apresentaram
trabalhos de alunos ou de formação de professores da instituição na forma de pôsteres.
Estes trabalhos foram comentados individualmente por ocasião da visita aos stands da
mostra do pôster e em sessão plenária, procurando destacar temas ou aspectos interes-
santes de cada um, com o objetivo de melhora-los ou servir de exemplo de ações que
poderiam ser utilizados em outras instituições.
Os principais resultados e uma visão geral do Proinesp II pode ser encontrado no
site http://www.nied.unicamp.br/~proinesp.
DISCUSSÕES
As atividades de formação a distância realizadas no Projeto Proinesp permitiu que
docentes dos centros de pesquisa pudessem estar junto virtualmente dos professores das
instituições de educação especial, auxiliando-os no processo de domínio de diversos co-
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Description:soas a fim de encontrar meios de resolvê-los. Neste caso, o aprendiz pode enviar suas The American Sign Language Dictionary. • SignWriter