Table Of ContentDADOS DE ODINRIGHT
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FILHO ADOTIVO
 
 
Romance do Espírito
Antônio Carlos
Psicografado pela médium
Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
Petit Editora
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do
Livro, SP, Brasil) 133.9 Carlos, Antônio (espírito)
Reconciliação - romance do espírito Antônio Carlos; psicografado pela médium
Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
São Paulo: Petit Editora, 1991
ISBN 85-7253-014-2
1. Espiritismo 2. Romance brasileiro
Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho. Título I
98-2565 CDD-133.9
índices para catálogo sistemático:
1. Romances mediúnicos: Espiritismo 133.9
 
 
 
Ajustes, correções e conversão para MOBI (ebook)
U.E. - Braga – Setembro 2021
Dedicamos
Aos  pais,  que  conseguiram  amar  filho  alheios  como
próprios, nosso respeito e admiração.
 
O Autor
Aos meus filhos: Gustavo, Angélica e Vanessa com todo meu
amor de mãe. E, em especial, ao José Carlos Braghini, meu
mestre espiritual encarnado.
 
A Médium
Agradecemos  a:  João  Duarte  de  Castro,  Antonina  Barbosa
Negro e Leila de Fátima Ap. de Souza Sotta
Sumário
PREFÁCIO
I - A INVÁLIDA
II - CISMAS PROFUNDAS
III - A HISTÓRIA DE ANTÔNIA
IV - OFÉLIA, FELIZ
V - SONHOS
VI - O SEGREDO
VII - A VERDADE
VIII - CAIO
IX - O ENCONTRO DE JOVENS
X - CAIO NO ESPIRITISMO
XI - O PERDÃO
XII - O PASSADO
XIII - LIBERTAÇÃO DE OFÉLIA
XIV - GRATIDÃO
PREFÁCIO
Esta série de magníficos romances de Antônio Carlos com
psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho iniciou-se
com RECONCILIAÇAO.
Ao  encerrar  o  Prefácio  deste  primeiro  livro  da  dupla
impecável, disse eu o seguinte: “Sem querer fazer predição,
acredito  que  este  Romance  estará  ocupando  muito
brevemente um lugar de destaque na Literatura Espírita”. E
não deu outra coisa: a primeira edição do RECONCILIAÇAO
esgotou-se rapidamente e outras se seguiram com a mesma
excelente aceitação por parte dos leitores. Nem poderia ser
diferente,  uma  vez  que  RECONCILIAÇAO  (e  eu  disse  isso
também  no  referido  Prefácio)  é  um  Romance  que
impressiona e agrada, a história é envolvente e sugestiva, o
tema  é  empolgante,  o  estilo  é  atraente,  a  leitura  é
dinâmica.
Antônio Carlos é, indiscutivelmente, um escritor exuberante,
um romancista privilegiado, e Vera Lúcia são, sem sombra
de  dúvida,  um  instrumento  mediúnico  fiel  e  competente.
Daí  que  os  resultados  só  poderiam  ter  a  alta  qualidade
literária que têm; com  todo  os ingredientes  necessários e
indispensáveis  para  agradar  os  apreciadores  de  obras  do
mais elevado padrão.
Após  RECONCILIAÇAO,  surgiram  COPOS  QUE  ANDAM  e
CATIVOS E LIBERTOS que só fizeram confirmar e reafirmar
as  virtudes  do  primeiro  trabalho  da  “dupla  dinâmica”.  E
agora,  ainda  através  do  ditado  de  Antônio  Carlos  e  pela
escrita de nossa querida Vera Lúcia, surge mais um
“filho  literário”,  mas  legítimo,  apesar  do  título:  FILHO
ADOTIVO!
O que eu tinha a dizer a respeito deste Romance já o disse
na Contracapa e, depois, já está ficando monótono elogiar
as virtudes dos responsáveis por esta tarefa soberba.
E repetitivo, também não fora eu o grande admirador que
sou, declarado e confesso, desse Autor de escritos de tão
superior qualidade!
E  lembrar  que  minha  colaboração  nesta  sequência  de
trabalhos  começou  por  via  indireta,  através  do  pedido  da
querida Antonina Barbosa  Negro quando — valendo-se de
nossa  grande  amizade  —  encaminhou-me  os  primeiros
originais  para  que  os  apreciasse.  E  imaginar  que,  visto
tratar-se de obra mediúnica, fiquei com um pé atrás antes
de iniciar a leitura, dada à proliferação de textos medíocres
dessa  natureza  no  mercado  livreiro  espírita.  Mas  foi  por
apreciar  tanto  sua  qualidade  literária,  estilo,  trama,
linguagem, tudo enfim, que me tornei “padrinho” da equipe.
Não que seja lá um “padrinho” de grande importância, mas,
afinal, coloquei-me à disposição para monitorar o trabalho.
Resultado:  os  “afilhados”  usando  e  abusando  de  tal
concessão...  Assoberbaram-me  de  serviço!  Serviço  esse
que, aliás, me é muito gratificante.
 
João Duarte de Castro
I - A INVÁLIDA
Defrontei-me com um cuidadoso jardim, que circundava a
frente  de  uma  bela  e  confortável  residência,  situada  num
bairro nobre de uma grande cidade brasileira.
Flores  singelas  perfumavam  a  varanda  em  forma  de  U,
abrigando  cadeiras  confortáveis,  demonstrando  ser  uma
parte da casa admirada por seus moradores.
— Que bom que tenha vindo, Antônio Carlos! Alegro-me e
agradeço sua presença. Estava à sua espera, disse Antônia,
vindo ao meu encontro.
Antônia  me  é  muito  querida.  Participamos  juntos,  por
muito tempo, de um trabalho devotado nas enfermarias de
um Hospital no Plano Espiritual, onde de interna passou a
auxiliar  com  dedicação,  compreendendo  os  enfermos,
lembrando os próprios infortúnios de outrora.
Encontrava-se  no  momento  em  missão  de  caráter
particular junto a seus entes queridos. Defrontando-se com
um delicado problema, minha amiga pedira meus conselhos
e auxílio.
— Sou muito grata aos nossos mentores que permitiram
sua presença aqui. Venha, Antônio Carlos, entremos, falou
Antônia indicando-me o caminho.
Passamos à sala de estar, ambiente espaçoso, decorado
com gosto. Ao lado de uma grande janela, dando vista para
o  jardim,  estava  sentada  em  uma  cadeira  de  rodas  uma
senhora de agradável semblante. Muito magra, de cabelos
encaracolados  que  caíam  aos  ombros,  olhos  verdes
tristonhos  e  expressivos.  Olhava  distraída  para  o  jardim,
rugas  profundas  marcavam  a  testa,  demonstrando
preocupações.
Aproximamo-nos.
—  É  Ofélia,  pessoa  boníssima,  a  quem  devo  tanto...,
esclareceu-me Antônia.
Ofélia  saiu  do  seu  torpor  suspirando,  olhou  pela  sala
certificando estar realmente sozinha, retirou do bolso uma
carta  e  segurou-a  contra  o  peito.  Lágrimas  doloridas
desceram pelas faces pálidas.
— Deve estar com quarenta anos, comentei, observando-
a.
— Quarenta e um, esclareceu Antônia. Há onze anos está
sem  andar  nesta  cadeira  de  rodas,  após  um  violento
acidente.
Ofélia não nos viu, não era médium, porém, estava com
sua intuição aflorada pelos anos de meditação, pela oração
sincera  e  diária  e  por  sua  resignação.  Bastou  Antônia
mencionar o acidente para recordá-lo.
Acompanhamos suas lembranças:
“Em  uma  tarde,  saíra  a  passear  com  os  filhinhos.  Os
pequenos  inquietos  tomavam-lhe  toda  a  atenção  de  mãe
extremosa e cuidadosa. Ia orgulhosa de sua família, para ela
não havia rebentos mais lindos. Todos arrumados como se
fossem a uma festa, chamavam a atenção dos passantes,
principalmente à menina que parecia uma boneca com seu
vestido de rendas e seu jeitinho dengoso.”
Quando, de repente, a caçula escapa-lhe das mãos, indo
em direção à rua movimentada.
— Carla! - gritou apavorada, volte!
A menina pareceu nem ouvir, começou a atravessar a rua,
Ofélia viu apavorada um carro vindo ao encontro da menina
em alta velocidade. Correu atrás da filha, naquele instante
só pensou em salvá-la, instintivamente, saltou e empurrou a
filha  para  a  calçada.  O  motorista  tudo  fez  para  evitar  o
acidente, não conseguiu parar a tempo nem ela de evitar o
choque com o veículo.
Ofélia  sentiu  o  baque,  ouviu  o  barulho,  com  esforço
procurou a filha, vendo-a de pé a seu lado, perdeu então os
sentidos.
Acordou  dias  após,  em  um  hospital,  as  lembranças  do
acidente  vieram  aos  poucos,  só  se  preocupou  com  as
crianças,  quis  vê-las,  quando  as  viu  bem,  chorou