Table Of ContentFacebook/Google como ferramentas
de suporte ao ensino colaborativo/
cooperativo – Proposta de um modelo
Luis Manuel Mendes Garcia
Tese de Doutoramento em Informática
Orientação: Prof. Doutora Maria João Ferreira
abril, 2015
Gabriel, a educação e a formação fazem parte da
minha vida profissional há mais de 20 anos, ainda assim,
quando comecei este trabalho não sabia, exatamente, que
caminho seguir. Agora, se eu pudesse escolher, gostaria
que este trabalho pudesse contribuir para que a tua escola
seja uma escola que não apaga curiosidades, mas que
estimula os mundos que eu sei que tens em ti, o que para
mim faz todo o sentido até porque tu és o meu mundo!
Agradecimentos
Várias foram as pessoas e instituições que contribuíram para a realização desta
investigação. A todas, sem exceção, dedico o meu profundo e sincero agradecimento.
Ainda assim, gostaria de individualizar e expressar a minha total e sincera gratidão:
À minha orientadora Profª Doutora Maria João Ferreira, pela sua sapiente
orientação científica, pelo constante incentivo e apoio, pela enorme dedicação, elevado
rigor e exigência no desenvolvimento de todo o estudo, pelos inúmeras aprendizagens
que me proporcionou, científicas, profissionais e pessoais, pelas suas qualidades
humanas e profissionais e acima de tudo, pela sua amizade.
Ao Prof. Doutor Fernando Moreira pelo apoio, incentivo e valiosas contribuições
para tornar este estudo mais inteligível.
À Ana pela paciência (muita), companheirismo, compreensão e motivação ao
longo deste caminho árduo, que me ensinou que a inspiração é, de facto, real, mas que
só nos encontra se estivermos a trabalhar (muito) … Por tudo, obrigado! E também,
claro, pelo sorriso, ainda que eu saiba que a ela própria não apetecesse sorrir, soube
sorrir sempre, nos momentos em que um sorriso fez toda a diferença e me fez avançar
mais um pouco e isso é espantoso…. Obrigado!
Ao Gabriel, que nasceu já com este estudo a decorrer, pelas muitas horas em que
falhei como pai, em que não estive presente, e cujo amor foi 100% determinante para
superar as inúmeras fases menos animadoras deste trabalho. Este trabalho começou
por ser para mim, mas tu ensinaste-me a ser menos egoísta, agora este trabalho é para
ti.
Aos meus pais por tudo o que aprendi com eles, porque foram eles os primeiros a
ensinar-me a criar e a manter a minha própria rede social, com todas as ligações que me
fizeram e fazem, sempre, aprender e também por serem os meus guardadores de
sonhos.
À minha irmã que sempre me disse que eu conseguia chegar a escrever esta
página, em particular, e claro, pelas traduções para a língua de Sua Majestade, embora
um dia tenha sido eu a colocar um pouco de inglês na sua vida. Porque, sinceramente,
me parece tão mais profundo dizer “thank you”, do que um simples obrigado.
Aos meus avós, que estavam lá quando tudo começou para mim, que estão
sempre comigo e por serem, sempre, os meus queridos avós.
À Betita pelas palavras amigas que escolheu para serem incentivos, que agora,
passado todo este tempo, compreendo melhor.
À família e aos amigos que me apoiaram neste longo percurso.
Aos meus formandos, com quem aprendo todos os dias, que sempre se mostraram
disponíveis para colaborar comigo e sem os quais este trabalho não seria possível.
À Universidade Portucalense que me permitiu levar a cabo esta investigação e
proporcionou condições para a sua realização.
Resumo
O impacto das transformações introduzidas na nossa sociedade por uma nova
geração de tecnologia informática social é atual e profundo. Estas inovações permitem
que as pessoas partilhem informação, colaborem em projetos e construam
comunidades virtuais sem que, para tal, encontrem qualquer tipo de limite, seja
temporal ou espacial. Neste sentido, estão criadas as condições para que várias pessoas
possam interagir, trabalhar em conjunto com um objetivo comum e esperar um
resultado pelo seu esforço enquanto grupo, podendo para tal fazer uso não de uma,
mas de várias plataformas disponibilizadas na Nuvem.
A escola em que crescemos, no entanto, ao invés de interação parece tender a
valorizar a competição entre estudantes, fomentando, aparentemente o
desenvolvimento do individualismo destes, contrariamente a uma colaboração, que nos
parece, poderia ser saudável e produtiva para todos os intervenientes no processo de
ensino/aprendizagem. A escola surge-nos assim como um espaço fechado, quase
militarizado, que prepara para a guerra quando deveria educar para a paz. Mais do que
um espaço que pode (pretender) ensinar, a escola deveria ser um ambiente de
aprendizagem, onde todos os intervenientes pudessem de facto aprender em
colaboração efetiva.
O conectivismo emerge, assim, como uma teoria da aprendizagem para a era
digital, na qual o conhecimento é construído segundo uma rede de ligações. O
fenómeno do denominado Social Media, está a alterar de forma incisiva o modo como
o ser humano cria interações entre si, com a informação e, por fim, com o próprio
conhecimento. No contexto do conectivismo, “Eu guardo o meu conhecimento nos meus
amigos” torna-se o axioma para o conhecimento coletivo e são estas ligações, entre os
vários intervenientes, que constituem aquilo que entendemos por conectivismo.
Um ambiente de aprendizagem pode, neste contexto, ser uma das componentes
do processo ensino/aprendizagem, virtualmente, em qualquer domínio do saber,
quando a razão epistemológica do seu desenvolvimento se encontra em consonância
com as práticas pedagógicas do professor. Assim a nuvem conquistou o seu espaço no
nosso quotidiano de um modo que não pode ser ignorado, uma vez que é, neste
momento, transversal a toda a nossa sociedade.
Criar um modelo que permita a estudantes e professores beneficiar das ligações
que podem criar, bem como da nuvem, parece poder conduzir a um ecossistema de
aprendizagem caracterizado por uma liberdade, que mais do que à especialidade, pode
levar a um caminho de descoberta e aprendizagem. Porque no contexto da nuvem,
parece-nos, não é necessário qualquer talento especial, basta, fazendo nossas as
palavras de Einstein, “ser apaixonadamente curioso”. Assim, neste contexto é proposto
um modelo de suporte à aprendizagem colaborativa/cooperativa que tem como base o
Facebook e as ferramentas do ecossistema da Google.
Palavras-Chave: Interação, Partilha, Escola, Colaboração, Conectivismo, Ligações,
Nuvem, Ensino/Aprendizagem
Abstract
The impact of the transformations introduced into our society by a new generation
of social computing technology is current and thorough. These innovations allow people
to share information, collaborate on projects and build virtual communities without
finding any kind of limit, either temporal or spatial. In this sense, the conditions are
created so that multiple people can interact, work together with a common goal and
expect a result for their effort as a group and, for such, they may make use of not one
but several platforms available in the Cloud.
The school in which we grew up, however, instead of interaction seems likely to
enhance competition among students, apparently encouraging the development of
their individualism, unlike a collaboration, which, for us, might be healthy and
productive for all stakeholders in the of teaching/learning process. The school strikes us
as a closed space, almost militarized, preparing for war when it should educate for
peace. More than a space that can (wants to) teach, the school should be a learning
environment where all stakeholders could actually learn in effective collaboration.
Connectivism appears thus as a learning theory for the digital age in which
knowledge is constructed according to a network of connections. The phenomenon of
the so called Social Media is incisively changing how humans interact with each other,
with the information and, finally, with the knowledge itself. In the context of
connectivism, “I store my knowledge in my friends” becomes the axiom to the collective
knowledge and it is these connections between the various stakeholders which are what
we mean by connectivism.
In this context, a learning environment can be one of the components of the
teaching/learning process in virtually any field of knowledge, when the epistemological
grounds of its development is in line with the pedagogical practices of the teacher.
Therefore, the cloud has conquered its space in our daily lives in a way that cannot be
ignored, since it is, at this point, transversal to all our society.
Creating a model that allows students and teachers to benefit from the
connections they can create as well as from the cloud, seems to lead to a learning
ecosystem characterized by freedom, which more than to the specialty can lead to a
path of discovery and learning. Because in the context of the cloud, no special talent
seems to be needed. Making Einstein’s words our words it is enough to “be passionately
curious”. Thus, in this context we propose a model to support collaborative/cooperative
learning which is based on Facebook and Google's ecosystem tools.
Keywords: Interaction, Sharing, School, Collaboration, Connectivism, Connections,
Cloud, Teaching/Learning
“Keep in mind that imagination is
at the heart of all innovation. Crush or
constrain it and the fun will vanish.”
Albert-László Barabási
Description:educadores e estudantes (LAI & TURBAN, 2008). Quase em simultâneo, o Raspberry Pi and Arduino. Innovative Paris: Dunod. COUTINHO, C.