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NAl;OES, CULTURA8 E 0 FA8CINIO DA RAl;A
b
NOTA SaBRE A TRADUc;:Ao
SEMPRE QUE sejulgou uma palavra ou expressao muito especifiea de uma
dadaeultura,ela apareeenalinguaoriginalseguidade umabreveexpliea~aoentre
eolchetes. as eolchetes tambem foram utilizados para incluir atradu~ao de titulos
de livros ou artigosque apareeemnotextoequenaoeonstamnas notas derodape.
Do mesmo modo estao entre eolchetes os titulos de filmes ou musicas nos easos
emqueaanalisequeseseguefaz referendaao seueonteudo.Palavrasestrangeiras
apareeem em negrito de modo que nao se eonfundam com 0 reeurso ao italieo
empregado pelo pr6prio autorpara dar enfase a determinados termos.
Agrade~o a Josue Pereira da Silva pelo auxilio na revisao teeniea, 0 que
incluiusugest5esimportantes.
C. M. M.A..
NA«;OES, CUJ~TURASE 0
F A§CINJO DA RA«;A
Paul Gilroy
TRADU<;Ao
CELIA MARIA MARINHO DEAZEVEDO
ANDRE CORTES DE OLIVEIRA
CARLOS MARINHO DA SILVA
PATRICIA DE SANTANA PINHO
RENILSON ROSA RIBEIRO
SILVANA SANTIAGO
Coordena<;ao da Equipe de Tradu<;ao e Revisao Tecnica
CELIA MARIA MARINHO DEAZEVEDO
,
Centro de Documentat;aoeInforma~ao
Polis Instituto de Estudos, Forma~aoeAssessoria em PoliticasSociais
G392 Gilroy, Paul
Entre campos: na~6es,cultura e 0 fascfnio da Talfa. I Paul Gilroy. Tradwfao de Celia
Maria Marinho de Azevedo et al.- Sao Paulo: Annablume, 2007.
416 p.; 16 x 23 em
Tradw;ao de "Between camps: nations, cultures andthe allure ofrace", London and
NewYork: Rout/edge, 2004
ISBN 978-85-7419-736-4
l. Relalfoes Raciais. 2. Ra<;a. 3. Racismo. 4.ldentidade Negra. 5. Cultura Polftica.
6. Fascismo. 7. Identidade Cultural. 8. Direitos Humanos. I.Tftulo. II. Azevedo. Celia Maria
Marinho.
CDU 323.12
CDD 301.451
ENTRE CAMPOS
NA<;6ES. CULTURAS E 0 FASCINIO DA RA<;A
Coordellat;iio editorial
Joaquim Antonio Pereira
Diagramar;iio
Rai Lopes
Capa
Carlos Clemen
CONSELHO EDITORIAL
Eduardo PefiuelaCai'iizal
Norval BaitelloJunior
MariaOdilaLeite da Silva Dias
Celia Maria Marinho de Azevedo
Gustavo Bernardo Krause
MariadeLourdes Sekeff
CeciliadeAlmeida Salles
Pedro Jacobi
Lucrecia D'Alessio Ferrara
Iaedii;;iio: agosto de 2007
© Paul Gilroy
ANNABLUME editora .comllnica~ao
Rua Padre Carvalho, 275 . Pinheiros
05427-100. Sao Paulo. SP .Brasil
Tel. e Fax. (011) 3812-6764- Televendas 3031-9727
www.annablume.com.br
L
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AGRADECIMENTOS
ESTE PROJETO foi concluido gra~as ao beneficio de uma bolsa de estudo
[SOC/253 (279)] que me foi facultada pela Nuffield Social Science Foundation.
Gostaria de agradecer aeste organismo pelo apoio que me permitiu ficar porum
ano sem lecionar.
Inumeras pessoas nos mais diversos lugares abriram mao de seu precioso
tempo para me auxiliar em diferentes aspectos deste trabalho. Elas sabem quem
sao e foi uma homa contar com sua generosidade e amizade. Seus nomes estao
indicados de ummodo arbitrano abaixo, mas todas elas deveriamconstarde mais
de uma categoria. Nenhuma delas e responsavel por meus erros e falhas.
Epreciso que eu agrade~a em especial pela amizade, pelos dialogos
estimulantes e pelas criticas profundas a este projeto a Hedda Ekerwald, Vikki
Bell,AngelaMcRobbie,LesBack,HomiBhabha,StuartHall, GretaSlobin,Mark
Siobin,FlemmingRogilds,S.M.Islam,GloriaWatkinseVronWare.Foiimportante
receber 0 incentivo e apoio de Chris Connery, Jim Clifford, bell hooks, Mandy
Rose, Brenda Kelly, Jon Savage, Michael Denning, PatrickWright, Hazel Carby,
Isaac Julien, Beryl Gilroy, Anne-Marie Fortiere lain Chambers.
David Okuefuna, Everlyn Nicodemus, Kristian Romare, Dr. Tricia Bohn,
Monique Guillory, Mandy Rose outra vez, Joe Sim, Patrick Hagopian, Graham
LockITaylor, Ben Karpf, Juergen Heinrichs, Stephanie Sears e Robert A. Hill
ajudaram-me com itens especfficos de inforrna~ao, livros, fitas, videos, artigos,
etc. Preciso tambem agradecer a Roman Horak pelo seu auxilio em encontrar 0
tumulo de JeanAmery em Viena; Jaqueline Nassy Brown pelo material referente
a Josef Nassy; Nina Rosenblum e Bill Miles pela informa~ao sobre 0 destino
lamentavel de seu importante filme Liberators; Benita Ludmer pelos recortes da
imprensafrancesa sobre 0 pogrom de outubro de 1961 e ojulgamento de Papon;
e Larry Grossberg pelo envio de material sobre os campos POW para soldados
alemaes na Carolina do Norte. Val Wilmer, Laura Yow, Jayna Brown, Amanda
Sebesteyen e Nikolas Rose por terem todos eles me passado materiais de suas
,
I ENTRE CAMPOS •• Na~oes. CuLturas e 0 Fasd"io da Ra~a I
pr6prias cole~6es e projetos de pesquisa. Este livro ficou melhar devido a sua
bondade.
Marcus Gilroy Ware e Cara Gilroy Ware foram eficientes conselheiros
culturaiseauxiliaresdepesquisa,emespecialquantaaassuntosdosetartelevisivo
de infoentretenimento. Eles me ajudaram bern mais do que perceberam e quero
agradeceraelesporsuapaciencia,suapercep~aoangular,suasensibilidadesensata
e sua impacienciacom a raciologia, bern como a sabedoria precoce repartida por
eles.
Deveria tambem expressar minha gratidao as pessoas que compareceram
as minhaspalestrasemeenvolveramemdebates em varias universidadeseoutros
institutosondeapresenteiinicialmenteestesargumentos.Asmaisimportantesdestas
sess6es aconteceram em De Balie, em Amsterdam; no Departamento de Ingles
da Universidade da Pensilvania; no Centrode Estudos Culturais da Universidade
da Calif6rniaem Santa Cruz; na Universidade de New Hampshire; Universidade
deViena;UniversidadedeStanford;VolksbuhneemBerlim;nocongressoEstudos
Etnicos e Raciais da LSE; e na sessao estimulante arganizada por Diggante em
Estocolmo.
QueroagradecermeuscolegasealunosemGoldsmithseemYale. Minhas
ideias foram testadas e refinadas em conversas com Anita Pilgrim, Eamon
Wright, Yoshitaka Mari, Hiroki Ogasawara, Lez Henry, Giovanni Porfido e
Colin King. Agradecimentos especialmente calorosos pelo auxilio prMico de
Mary Clemmey.
Os sons que ampararam este projeto vieram basicamente do rnodernismo
crioulodeGonzaloRubalcaba. Eleenitidamentea maiorpianistacomcapacidade
improvisadora da hist6ria do que se chama "jazz" e a sua criatividade obliqua e
uma fonte dupla de admira~ao e incentivo para se alcan~ar algo fora do comum.
Ou~o uma mistura semelhante de espfrito insurgente e disciplina incansavel no
trabalho igualmente inspirador de Edgar Meyer, Victor Wooten, e de seu irmao
FutureMan, Marcus Millere, eclaro,AnthonyJackson. Aindaquecom0 riscode
parecer sentimental, gostaria de pensar que os fantasmas de Eric Gale, Richard
Tee e Dennis Emmanuel Brown tenham deixado tra~os identificaveis em algum
lugaraqui.
I I
6
Para Vron Ware
eemmemoria de meu amigoNick Robin,
amboscompanheiroscosmopolilasruidosos
J.:...
-~-_~.-._--~
j
SUMARIO
a
Prefaeio Nova Edi~ao de 2004 11
Introdu~ao 19
I
OBSERVANCIA RACIAL, NACIONALISMO E HUMANISMO
1 A Crise da "Ra~a" e da Raciologia 29
2 Modemidade e Infra-humanidade 77
3 Identidade, Pertencimentoe a Criticada Similitude Pura 123
II
FASCISMO, CORPORIFICA<;Ao E
CONSERVADORISMO REVOLUCIONARIO
4 Hitler Vestia Caqui: leones, Propaganda e Politica Estetica 165
5 "Depoisque 0 Amor sefoi": Biopolftieae0 Declinioda
Esfera Publica Negra 211
6 AsTiraniasdo Unanimismo 249
III
o NEGRO PARA 0 FUTURO
7 "TudosobreosBenjamins": NegritudeMulticultural-Empresarial,
Comereial e Oposieionista 287
8 "Ra~a", Cosmopolitismo e Catastrofe 329
9 "ATereeira Pedrado Sol": Humanismo Planetarioe Universalismo
Estrategico 383
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A
PREFAcIO
NOVA EDI<;AO DE 2004
A OPORTUNIDADE de apresentar a nova edi<;ao de Entre Campos me vern
em boa hora para explicitar meus propasitos ao escreve-lo, bern como sublinhar
alguns de seus argumentos centrais a luz de desenvolvimentos posteriores a sua
primeira publica<;ao. Entre Campos sugere que podemos discernir tres processos
interligados mas contrastantes, os quais podem ser separados para esclarecer a
novidade com que atualmente as divis5es raciais sao tanto invocadas como
vivenciadas deformas distintas em varios lugares. Emprimeiro lugar, precisamos
considerar aextensaoe 0 caraterda culturade consumo em suas varias conex5es
pouco examinadas com a revolu<;ao cultural do fascismo. Em segundo lugar,
devemos examinar0 impacto do genoma eda biotecnologia, e por fim, levar em
considera<;ao 0 golfo sempre crescente entre partes do nosso planeta, algumas
superdesenvolvidas e outras nem sempre em desenvolvimento. Estas dinamicas
moldamumaconjunturahistaricaquemudaostermosdodiscursoracialetransforma
o que estaemjogoempolitica racial.
Espero que tenha ficado claro que 0 enfoque central formou-se a partirde
umapreocupa<;aocomapolfticadoracismo,tornando-secomissomaisfacil reunir
estas quest5es divergentes e examinar sua inter-rela<;ao. Afirmar a existencia de
urnproblemade funda<;ao comoaquelecontinuaadespertarcontroversias. Muitos
iraocontestaraideiadeque0 racismopodegerarumaformaparticulardepolitica,
oumesmoqueelepodedefato transformaros.processospoliticosoficiaisemalgo
maisgrosseiro,maisvicioso,hierarquicoe predispostoabrutalidade.Emuitomais
provavel que as ortodoxias escolasticas considerem que 0 racismo deva ser
abordadocomournfenomenopreoupas-politico,preferindodirigirsuaaten<;aoas
profundezasdapsicologiaindividualemlugardequaisquerpadr5essociais,culturais
e histaricos. Assim, qualquer aspira<;ao a uma compreensao mais abrangente de
como funciona 0 racismo pode ser direcionada para preocupa<;5es mais estreitas
representadas pela necessidade de regular 0 comportamento racial. Isso, por seu
tumo, toma-se uma questao controversa, mas basicamente correta para a polftica
social bernintencionada.
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