Table Of ContentFicha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma
2016
Título; Educação nutricional e consumo de frutas e hortaliças: ação restrita a
educação nutricional na escola.
Autor: Maria Peczek
Disciplina/Área: Ciências
Escola de Implementação do Colégio Estadual Professora Julia H de Souza-
Projeto e sua localização: EFM
Município da escola: Pitanga
Núcleo Regional de Educação: Pitanga
Professor Orientador: Welligton Luciano Braguini
Instituição de Ensino Superior: UNICENTRO
Relação Interdisciplinar: Biologia, Matemática e Química
Resumo: A produção didática destina-se aos alunos do 8º
ano do ensino fundamental. O objetivo é
desenvolver nos alunos maior interesse e
conhecimento das propriedades nutricionais de
frutas e hortaliças através de ações que possam
favorecer o processo de ensino aprendizagem.
Desta forma, pretende-se desenvolver a educação
nutricional no âmbito da escola, bem como
reforçar a importância de bons hábitos
alimentares, principalmente nas crianças e
adolescentes que, na maioria das vezes
desprezam alimentos saudáveis como frutas e
hortaliças, muitas vezes influenciado pelo
modismo e pela propaganda que leva a uma
inversão de escolhas do necessário pelo
desejado. Pretende-se com esse projeto
demonstrar e discutir os componentes nutricionais
presentes nas frutas e hortaliças bem como os
benefícios que esses alimentos oferecem, para
que os alunos reflitam sobre sua alimentação,
destacando que, para uma qualidade de vida
saudável, necessitamos de uma alimentação
correta, balanceada e nutritiva, baseada em
alimentos saudáveis e preferencialmente naturais
como fruta e hortaliças que além de nutrir nosso
organismo e fornecer energia possui componentes
que previnem o aparecimento de doenças e
protegem nosso corpo contra elas.
Palavras-chave: Alimentação saudável; frutas; hortaliças; nutrição.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental.
1. APRESENTAÇÃO
O presente trabalho compreende o material didático a ser utilizado como uma das
estratégias na implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, que será
desenvolvido junto aos alunos do 8º ano no Colégio Estadual Professora Julia H de
Souza-EFM, município de Pitanga-Pr.
A preocupação em promover a mudança de hábitos alimentares principalmente nas
crianças e adolescentes que, na maioria das vezes desprezam alimentos saudáveis como
frutas e hortaliças deixando-se influenciar pela propaganda, que leva a inversão de
escolha, do necessário pelo desejado, persuadidos pela aparência, textura, odor e sabor
é um dos motivos que levaram a formalizar este projeto.
Segundo CALLEGARO (2006), a maioria das pessoas não percebem quanto suas
escolhas do dia a dia são determinadas pela propaganda que defende o interesse de
quem abastece as prateleiras dos supermercados e assim, acabam consumindo
alimentos que trazem prejuízos à saúde (CALLEGARO, 2006). Aliado ao fato de que
grande parte dos alunos residem na zona rural, e outros que moram na zona urbana
possuem em suas residências espaços para o cultivo de hortaliças e árvores frutíferas
adaptados ao clima regional, e até mesmo aqueles, que não possuem espaço externo
podem desenvolver sistemas de cultivo em hortas verticais, vasos adaptados ou em
garrafas “pet” num pequeno espaço até mesmo dentro de casa desde que receba
luminosidade.
Sendo a alimentação um fenômeno sociocultural imprescindível para a vida e a
sobrevivência humana, como necessidade básica e vital, ela é modelada pela cultura e
sofre os efeitos da organização da sociedade, não comportando a sua abordagem olhares
unilaterais.
Convém ressaltar também que, as escolhas alimentares são vinculadas muito
cedo, desde a infância, pelas sensações táteis, gustativas e olfativas, sobre o que se
come. O fato de a comida e o ato de comer serem ricos de significados, não leva omitir
que também comemos por necessidade vital e conforme o meio e a sociedade em que
vivemos, a forma como ela se organiza e se estrutura, produz e distribui os alimentos.
Comemos também por diferenças, hierarquias, estilos e modos de comer, atravessados
por representações coletivas, imaginárias e crenças.
As questões relacionadas com alimentação saudável tem ocupado posição de
destaque na área de saúde no Brasil. De acordo com Monticelli et al. (2012 p.66) “alguns
estudos, realizados ao longo dos anos com os adolescentes, apontam para um crescente
aumento do excesso de peso, a exemplo do que vem ocorrendo com os adultos.
Segundo a ANVISA (2007), as instituições, em especial a família, não podem ficar
alheias aos problemas alimentares e devem contribuir para que a nossa sociedade seja
mais saudável. É necessário resgatar a cultura alimentar deixada pelos nossos
antepassados, voltar aos alimentos naturais, valorizar os alimentos saudáveis de cada
região e resistir aos apelos das propagandas. Segundo Povoa (2005) a escolha errada de
alimentos representa um grande risco para a saúde, pois o nosso bem estar físico e
mental está diretamente relacionado com o nosso hábito alimentar (POVOA , 2005).
A presença do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), criado há 50
anos e atualmente presente em mais de 200 mil escolas públicas, vem sendo um
importante aliado para a construção de estratégias que visem à promoção da saúde na
escola. Em sua formulação o PNAE tem como atribuições o atendimento de necessidades
nutricionais dos alunos, durante a sua permanência na escola e a promoção da formação
de hábitos alimentares saudáveis (BRASIL,2013).
Este programa é uma importante ferramenta que pode ajudar a conscientizar os
alunos e seus familiares de que uma alimentação rica em verduras, frutas e legumes é
essencial para a melhoria da qualidade de vida.
De acordo com o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2006), para que se tenha uma
alimentação saudável não é necessário que as pessoas tenham alto poder aquisitivo ,
pois a alimentação adequada se baseia em alimentos naturais e de preferência que sejam
produzidos regionalmente. Uma alimentação variada com frutas, verduras, legumes e
grãos, em geral, fornece os diversos tipos de nutrientes necessários para atender as
demandas fisiológicas e garantir uma alimentação adequada (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2006).
Segundo o Ministério da Saúde (2008), a escola configura-se como espaço
privilegiado para ações que promovam cultura alimentar saudável, em virtude do seu
potencial para produzir impacto sobre a saúde, autoestima comportamentos e
desenvolvimento. A partir de estratégias para o estímulo do consumo de frutas e
hortaliças diversificadas, os alunos devem ser estimulados a descobrir e discutir os
benefícios, bem como os riscos à saúde, conforme suas escolhas alimentares
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. A Importância da Alimentação Saudável
A preocupação com o bem estar e a melhoria da qualidade de vida tem levado as
pessoas a procurarem uma alimentação saudável, porém, isto não é comum entre
adolescentes, que muitas vezes iludidos com o marketing dos alimentos, acabam por dar
preferência a alimentos que não contribuem para o seu desenvolvimento, e sim, para o
desenvolvimento de doenças relacionadas a má nutrição (LEVY-COSTA, SICHIERI e
MONTEIRO, 2005).
Segundo MONTEIRO MONDINI E COSTA (2000). A maioria da população
brasileira esta mudando seus hábitos alimentares para pior e se tornando inadequada. O
consumo de doces, refrigerantes, massas, bolachas salgadinhos tem aumentado
bastante, mas por outro lado o consumo de arroz, feijão, frutas e hortaliças vêm
diminuindo muito.
Para (NETO PEREIRA, 2005),muitas vezes a família e a sociedade tem dificuldade
em compreender os anseios dos adolescentes e estes facilmente mudam de hábitos
alimentares trocando o necessário pelo desejado desprezando nutrientes importantes
presentes em alimentos saudáveis. A escolha de alimentos, na maioria das vezes, ocorre
em função do modismo, da propaganda e de influencias externas.
Segundo Cobra (1991), os efeitos das propagandas diferenciam o produto
conferindo lealdade à marca, introduzindo novos atributos e benefícios para persuadir na
escolha. Crianças e adolescentes que comem muitas guloseimas e os chamados
salgadinhos parecem perder gosto por ingerir saladas e frutas simples e puras. A
alimentação é fundamental para uma vida saudável, um corpo bem nutrido desenvolve
melhor suas funções vitais e aumenta a expectativa de vida.
Segundo o MINISTERIO DA SAÚDE a população brasileira precisa incorporar mais
alimentos nutritivos em seu cardápio, embora, apesar de que quase toda a população
saiba da importância das frutas e hortaliças, o seu consumo diário ainda é baixo (BRASIL,
MINISTERIO DA SAÚDE 2009). Por outro lado o consumo alimentar inadequado, por
períodos prolongados resulta no esgotamento das reservas de nutrientes no organismo,
trazendo como consequência para crianças e adolescentes, retardo no desenvolvimento,
redução na atividade física, diminuição na capacidade de aprendizagem e na memória,
baixa resistência a infecções e maior suscetibilidade às doenças (Oliveira et al.,1998).
Um aspecto preocupante relacionado aos agravos nutricionais é a obesidade. O
excesso de peso é um dos grandes problemas da humanidade e está associado a um
grande número de doenças chamadas comorbidades e também pode gerar problemas
psicológicos como a baixa autoestima e a depressão.
No Brasil o número de crianças obesas é maior que o número de criança
desnutridas (VIUNISKI, 2007). Obesidade na infância e adolescência é o problema
nutricional que mais cresce no mundo, nos EUA ela já é tratada como epidemia. Essa
alteração é reflexo da mudança de hábitos alimentares e do comportamento sedentário.
Muitas vezes a escolha dos alimentos são realizados devido a facilidade de preparo ou
pela influência da mídia. Gama et al. (2007) diz que é preciso ficar atento à mídia que
vende produtos pseudo-saudáveis, que levam a agravos nutricionais.
PALMA et al,(2009), afirma que o índice de massa corporal acima do
recomendado, na maioria das vezes, está relacionado ao baixo consumo de frutas e
hortaliças, esses alimentos são importantes na composição de uma dieta saudável, pois
são fontes micronutrientes, fibras e outros componentes com propriedades funcionais e
baixa densidade energética (PALMA et al., 2009).
Segundo Junqueira & Peetz (2001) adotar estratégias que estimulem a população
a aumentar o consumo diário e com maior variabilidade de frutas e hortaliças pode ser
considerado como um dos meios mais eficazes de preservar a saúde e assegurar a
qualidade de vida.
Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o baixo
consumo de frutas e hortaliças está entre os cinco principais fatores de risco de doenças
no mundo e que muitas mortes ocorrem devido a uma alimentação inadequada.
Evidências epidemiológicas mostram que o baixo consumo de frutas e hortaliças,
aumentam o risco de doenças cardiovasculares e determinados tipos de câncer (WORLD
HEALTHI ORGANIZATION 2003).
O Relatório Mundial da Saúde (2003) estima que até 2,7milhões de vidas
poderiam ser salvas anualmente, se o consumo de frutas e hortaliças fossem adequados
(GOMES, 2007). As hortaliças e frutas são alimentos que se caracterizam por oferecer
vários benefícios à saúde, além do valor nutritivo atribuído à sua composição química,
podem desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças
crônicas degenerativas (CARDOSO e OLIVEIRA, 2008).
Muito mais do que saciar o apetite, esses alimentos também são necessários para
específica para a manutenção do bom funcionamento do corpo humano, por isso, uma
dieta balanceada e diversificada tende a ser mais vantajosa por disponibilizar uma gama
maior de nutrientes e favorecer as reações metabólicas (RODRIGUES, 2012)
2.1. OBJETIVO GERAL
Conhecer os componentes presentes nas frutas e hortaliças e perceber a sua
importância na prevenção de doenças e melhoria na qualidade de vida. E dessa forma,
conscientizar sobre os benefícios desses alimentos, provocando uma mudança de hábito
alimentar.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A) Propor o desenvolvimento de um projeto aos alunos do 8º ano do Colégio Estadual
ProfªJulia H de Souza, sobre os inúmeros benefícios do consumo diário de frutas e
hortaliças.
B) Identificar e discutir os nutrientes presentes nas frutas e hortaliças.
C) Discutir como tais nutrientes podem influenciar na melhoria da qualidade de vida dos
alunos e de seus familiares, principalmente em relação à saúde.
D) Demonstrar os benefícios das frutas e hortaliças para a prevenção de doenças, como o
diabetes e no controle da obesidade.
E) Demonstrar a importância da escolha dos alimentos, através de atividades que
demonstrem os benefícios dos nutrientes no organismo humano.
F) Refletir de discutir com os alunos sobre a influência da mídia pelo consumo de
alimentos industrializados.
G) Contemplar os conteúdos de ciências (saúde e nutrição) a fim de aprimorar o seu
conhecimento.
2.3.METODOLOGIA
A metodologia a ser desenvolvida na presente unidade didático-pedagógica
utilizará de variados instrumentos tais como: vídeos, criação de uma página no facebook,
elaborar um caderno de receitas, palestra com engenheiro agrônomo, pesquisa
laboratório de informática do colégio, entrevista com o público alvo, aula prática para a
construção de horta vertical utilizando garrafas pet, elaboração de cartazes, construção
de mural com fotos. Esses instrumentos permitem um melhor aprendizado sobre a
temática proposta.
Partindo desses pressupostos, para trabalhar essas questões, esta unidade
didática foi dividida considerando as seguintes etapas:
*Etapa 1
Objetivo: Apresentar o projeto de implementação aos alunos do 8º ano do Colégio
Estadual Profª Julia H de Souza, sobre os inúmeros benefícios do consumo diário de
frutas e hortaliças.
Duração: 1 aula.
Metodologia: Apresentação da unidade didática aos alunos: consiste em uma
apresentação do que será trabalhado aos alunos, bem como motivá-los para a
participação nas atividades. A apresentação será feita por meio de slides, onde será
realizada uma breve explanação do projeto.
*Etapa 2
Objetivo: Aplicar um questionário afim de fazer uma sondagem, sobre seus hábitos
alimentares e o gosto pelo consumo de frutas e hortaliças.
Duração: 1 aula
Metodologia: Diagnosticar o conhecimento prévio dos alunos, bem como conhecer os
seus hábitos alimentares.
*Etapa 3
Objetivo: Despertar o interesse e a participação dos alunos e motivá-los para a
participação nas atividades, utilizando vídeos.
Duração: 1 aula
Metodologia: A metodologia utilizada nesta aula será através do uso de vídeos com
duração curta, os quais ilustram os problemas relacionados à questão alimentar.
Vídeo-1
Apresenta uma aula sobre educação alimentar com o professor cenoura. Animação
apresenta o professor Cenoura explicando sobre a pirâmide alimentar. Mostra a
importância do consumo equilibrado dos alimentos. Duração 2min17seg, disponível em:
://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8719.
Vídeo-2
OBESIDADE INFANTIL.
A obesidade Infantil é um problema que vem mobilizando nações do mundo inteiro. O combate e a
prevenção a essa agressão a saúde é o tema deste vídeo que aponta números referentes à
prevalência do excesso de peso entre jovens das escolas públicas do Paraná.
Duração 4min39seg, disponível em:
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.ph?video=18233#
Vídeo-3
DIETA SAUDÁVEL.
Duração 6min13seg, disponível em,:
https://www.youtube.com/watch?v=82qpNgrFoB4
Vídeo 4
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA ADOLESCÊNCIA.
Este vídeo apresenta imagens e informações sobre como obter uma alimentação saudável.
Duração 3min34seg, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mbfwYTBtlmQ
*Etapa 4
Objetivo: Trabalhar no laboratório de informática, deixando de ser o professor, a fonte
principal de ensino, dessa maneira cabe a ele coordenar, orientar, sugerir, incentivar e
acompanhar os alunos para que os mesmos utilizem a informática de forma consciente e
crítica. De tal forma que esse recurso venha a contribuir de maneira significativa no
resultado de suas pesquisas.
Duração: 10 aulas
Description:possuem em suas residências espaços para o cultivo de hortaliças e árvores frutíferas adaptados ao podem desenvolver sistemas de cultivo em hortas verticais, vasos adaptados ou em garrafas “pet” .. anthropometry. Geneva