Table Of ContentECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO
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ECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO
© 2013, Elsevier Editora Ltda.
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sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográfi cos, gravação ou quaisquer outros.
Copidesque: Adriana Kramer
Revisão: Elisabeth Lins Muniz
Tradução (capítulos 1, 3, 6 e 15): Mayara Ribeiro Guimarães
Editoração Eletrônica: Estúdio Castellani
Elsevier Editora Ltda.
Conhecimento sem Fronteiras
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[email protected]
ISBN 978-85-352-2773-4
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CIP-Brasil. Catalogação na fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
E22 Economia do desenvolvimento / João Sicsú, Carlos Vidotto
[organizadores]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Inclui bibliografi a
ISBN 978-85-352-2773-4
1. Keynes, John Maynard, 1883-1946. 2. Economia keynesiana.
3. Moeda. 4. Política monetária. 5. Bancos centrais. I. Sicsú,
João. II. Vidotto, Carlos.
07-3788 CDD: 330.156
CDU: 330.834
A verdadeira difi culdade não está em aceitar ideias novas,
mas em escapar das velhas ideias.
JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
À Amizade: indispensável à vida.
JOÃO SICSÚ
Para Rosania: amizade, esteio, inconformismo, razão.
CARLOS VIDOTTO
À Associação Keynesiana Brasileira: instituição essencial.
JOÃO SICSÚ E CARLOS VIDOTTO
Autores
(cid:121) Antonio Carlos Macedo e Silva – Instituto de Economia da Universidade
Estadual de Campinas (IE-UNICAMP)
(cid:121) Carlos Aguiar de Medeiros – Instituto de Economia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ).
(cid:121) Carlos Vidotto – Faculdade de Economia da Universidade Federal Flumi-
nense (FEA-UFF).
(cid:121) Carmem Aparecida Feijó – Faculdade de Economia da Universidade Fe-
deral Fluminense (FEA-UFF).
(cid:121) Daniela Magalhães Prates – Instituto de Economia da Universidade Es-
tadual de Campinas (IE-UNICAMP).
(cid:121) Fernando Ferrari Filho – Faculdade de Ciências Econômicas da Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Sul (FCE-UFRGS).
(cid:121) Fernando J. Cardim de Carvalho – Instituto de Economia da Universi-
dade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ).
(cid:121) Geoffrey Harcourt – University of Cambridge.
(cid:121) Jan Kregel – Bard College, The Levy Economics Institute.
(cid:121) João Paulo de Almeida Magalhães – Conselho Regional de Economia do
Rio de Janeiro (CORECON-RJ).
(cid:121) João Sicsú – Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (IE-UFRJ).
(cid:121) Julio López G. – Facultad de Economia, Universidad Nacional Autónoma
de México (UNAM).
(cid:121) Luiz Carlos Bresser-Pereira – Escola de Economia de São Paulo da Fun-
dação Getulio Vargas (FGV-SP).
(cid:121) Luiz Fernando de Paula – Faculdade de Ciências Econômicas da Univer-
sidade do Estado do Rio de Janeiro (FCE-UERJ).
(cid:121) Marcos Antonio Macedo Cintra – Instituto de Economia da Universida-
de Estadual de Campinas (IE-UNICAMP).
(cid:121) Martín Puchet A. – Facultad de Economia, Universidad Nacional Autó-
noma de México (UNAM).
(cid:121) Paulo Gala – Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Var-
gas (FGV-SP).
(cid:121) Roberto Frenkel – Universidade de Buenos Aires e Centro de Estudios de
Estado y Sociedad (CEDES).
Prefácio
J
ohn Maynard Keynes nasceu em 1883, ano em que morreu Karl Marx. Eles
foram os dois maiores estudiosos do funcionamento da economia capitalista.
Este livro é dedicado ao primeiro: o mais infl uente economista do século XX.
Keynes, tal como ele próprio observara em relação aos empresários, possuía tam-
bém aquilo que chamou de animal spirits – uma força empresarial impulsiva e
subjetiva capaz de revolucionar de forma permanente o capitalismo.
Os empresários eventualmente são movidos por uma capacidade de em-
preender investimentos produtivos a despeito da escassa possibilidade de sub-
metê-los a cálculos precisos. Keynes, por sua vez, era permanentemente movi-
do por uma forma muito especial de animal spirits – um espírito empreendedor de
ideias. Keynes remou contra a maré, contrapondo-se à ortodoxia do seu tempo.
Escrevia livros, artigos científi cos, artigos de opinião, participava de progra-
mas de rádio, reunia-se com autoridades governamentais etc. Era, portanto,
um empreendedor de projetos, ideias e sonhos e talvez não pudesse imaginar
que na primeira década do século seguinte, quando a economia mundial se
encontra ameaçada por uma crise fi nanceira e pela possibilidade de recessão,
sua obra seria a principal referência dos que querem compreender e deter tal
perigo.
Keynes foi um revolucionário. Além da sua teoria econômica e social, o fato de
também ter sido um rebelde, um inconformado, talvez seja o maior legado que
ele tenha deixado às gerações que o sucederam. Ter a obra de Keynes como fonte
de inspiração é se tornar um crítico, por vezes até do próprio Keynes. É analisar
com o necessário distanciamento manuais ortodoxos e heteredoxos, é colocar
em questão os ensinamentos de cada professor em sala de aula, é ler os textos
dos grandes mestres fazendo julgamento analíticos. Mas é também estudar com
profundidade teorias e técnicas econômicas e sociais, sejam elas conservadoras
ou revolucionárias. Ser keynesiano implica, ainda, um permanente compromisso
com projetos transformadores, que visam ao bem-estar social.
Após a onda neoliberal que varreu a América Latina nos últimos 25 anos, o
que diversos países precisam, inclusive o Brasil, é de inconformismo, rebeldia e
projetos de desenvolvimento. A contribuição keynesiana a esses países é, então,
essencial. O continente foi fortemente atingido, as experiências neoliberais des-
montaram parcialmente os Estados e trouxeram miséria social. Muito pouco do
que foi prometido foi efetivamente entregue. Diante dessa herança desoladora, as
sociedades latino-americanas começaram a reagir, mudando governos e exigindo
uma nova agenda de políticas. Tornou-se claro que é preciso transformar pro-
fundamente economias, Estados, construir mercados, erigir redes de seguridade
social, elaborar planos de manejo ambiental... e muito mais.
Os keynesianos conhecem bem uma disciplina fundamental para um projeto
de desenvolvimento: a macroeconomia. Entretanto, uma estratégia de desenvol-
vimento deve comportar um amplo conjunto de dimensões e disciplinas, pois o
que desejamos são países democráticos, tecnologicamente avançados, com em-
prego e moradia dignos para todos, ambientalmente planejados, com uma justa
distribuição de renda e da riqueza, com igualdade plena de oportunidades e com
um sistema de seguridade social de máxima qualidade e universal – cujas partes
imprescindíveis são sistemas gratuitos de saúde e educação para todos os níveis
e necessidades. Um projeto dessa grandeza envolve cientistas de diversas áreas e,
acima de tudo, as próprias sociedades interessadas. Sendo assim, este livro consti-
tui uma contribuição a apenas uma das dimensões necessárias ao desenvolvimento
das economias atingidas pelos projetos neoliberais.
. . . . . .
Este livro nasceu do Seminário Internacional “Políticas Econômicas para o
Financiamento do Desenvolvimento: Setenta Anos da Teoria Geral”, realizado no
Rio de Janeiro e em Niterói, em outubro de 2006, como promoção conjunta do
Instituto de Economia da UFRJ e da Faculdade de Economia da UFF. A liderança
e o envolvimento pessoal dos diretores dessas instituições de ensino e pesquisa,
professores João Sabóia e Ruth Dweck, respectivamente, foram decisivos desde
seu início para que a iniciativa pudesse alcançar êxito.