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poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a
um novo nível."
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Tradução
Bhuvi Libanio
1ª edição
Rio de Janeiro
2019
Copyright © Gloria Watkins, 2015
Copyright da tradução © Editora Rosa dos Tempos, 2019
Todos os direitos reservados. Tradução autorizada a partir da edição em língua
inglesa publicada pela Routledge, um membro do Taylor & Francis Group LLC.
Título original: Ain’t I a Woman: Black Women and Feminism, 2nd edition
Imagem de capa: Rosa Bell, mãe de bell hooks. © bell hooks
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
hooks, bell
H755e E eu não sou uma mulher? [recurso eletrônico]: mulheres negras e
feminismo / bell hooks; tradução Bhuvi Libanio. – 1. ed. – Rio de Janeiro:
Rosa dos Tempos, 2019.
recurso digital
Tradução de: Ain’t i a woman?
Formato: epub
Requisitos do sistema: adobe digital editions
Modo de acesso: world wide web
ISBN 978-85-01-11844-8 (recurso eletrônico)
1. Feminismo – Estados Unidos. 2. Feministas negras – Estados
Unidos. 3. Negras – Identidade racial – Estados Unidos. 4. Livros
eletrônicos. I. Libanio, Bhuvi. II. Título.
19-60790 CDD: 305.420973
CDU: 316.347-055.2(73)
Vanessa Mafra Xavier Salgado – Bibliotecária – CRB-CRB-7/6644
Todos os direitos reservados. É proibido reproduzir, armazenar ou transmitir
partes deste livro, através de quaisquer meios, sem prévia autorização por
escrito.
Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Direitos desta tradução adquiridos pela
EDITORA ROSA DOS TEMPOS
Um selo da
EDITORA RECORD LTDA.
Rua Argentina, 171 – Rio de Janeiro, RJ – 20921-380 – Tel.: (21) 2585-2000.
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Produzido no Brasil
2019
Para Rosa Bell, minha mãe – que me contou,
quando eu era criança, ter escrito poemas – que
herdei dela meu amor pela leitura e meu anseio
por escrever.
SUMÁRIO
Prefácio à edição de 2015
Agradecimentos
Introdução
1 Sexismo e a experiência da mulher negra
escravizada
2 A desvalorização contínua da
mulheridade negra
3 O imperialismo do patriarcado
4 Racismo e feminismo: A questão da
responsabilidade
5 Mulheres negras e o feminismo
Bibliografia selecionada
Índice remissivo
PREFÁCIO À EDIÇÃO DE 20151
Cresci sabendo que queria ser escritora. Desde os tempos
de menina, livros têm me oferecido visões de novos mundos
diferentes daquele com o qual eu tinha mais familiaridade.
Como terras exóticas e estranhas, livros me proporcionaram
aventura, novas formas de pensar e de ser. Sobretudo,
apresentaram uma diferente perspectiva, que quase sempre
me forçava a sair da zona de conforto. Eu ficava admirada
por livros poderem oferecer pontos de vista diferentes, por
palavras em uma página poderem me transformar e me
mudar, alterar minha mente. Durante meus anos de
graduação, o movimento feminista contemporâneo estava
desafiando os papéis que eram definidos a partir de
pensamentos sexistas, pedindo o fim do patriarcado.
Naqueles dias arrebatadores, libertação da mulher foi o
nome dado a essa incrível maneira nova de pensar os
gêneros. Como eu jamais havia sentido que tinha um lugar
na tradicional noção sexista do que uma mulher deveria ser
e fazer, eu estava ansiosa para participar do movimento de
libertação da mulher, desejando criar um espaço de
liberdade para mim mesma, para as mulheres que eu
amava, para todas as mulheres.
Meu envolvimento intenso com a criação de uma
consciência feminista me levou a confrontar a realidade das
diferenças de raça, classe e gênero. Assim como me rebelei
contra as noções sexistas do lugar da mulher, desafiei as
noções de lugar e identidade da mulher dentro dos círculos
do movimento de libertação da mulher; não consegui
encontrar meu lugar dentro do movimento. Minha
experiência como jovem negra não era reconhecida. Minha
voz, assim como a de mulheres como eu, não era ouvida.
Sobretudo, o movimento mostrou como eu me conhecia
pouco e também como conhecia pouco meu espaço na
sociedade.
Enquanto não consegui fazer minha voz ser ouvida, não
consegui pertencer verdadeiramente ao movimento. Antes
de exigir que os outros me ouvissem, precisei ouvir a mim
mesma, para descobrir minha identidade. Fazer cursos em
Estudos de Mulheres2 me mostrou as expectativas da
sociedade em relação às mulheres. Aprendi vários fatores
sobre diferenças de gênero, sobre sexismo e patriarcalismo
e como esses sistemas moldaram os papéis e a identidade
feminina, mas aprendi pouco sobre o papel designado às
mulheres negras em nossa cultura. Para me entender como
negra, para compreender o lugar definido para as mulheres
negras nesta sociedade, precisei explorar mais do que a
sala de aula, mais do que os tratados e os livros que minhas
companheiras e colegas brancas estavam criando para
explicar o movimento de libertação da mulher, para
oferecer formas radicais, novas e alternativas de pensar
sobre gênero e o lugar da mulher.
A fim de criar um espaço para mulheres negras nesse
movimento revolucionário por justiça de gênero, tive que
aprofundar meus conhecimentos sobre nosso lugar na
sociedade. Ainda que eu estivesse aprendendo muito sobre
sexismo e sobre as formas que o pensamento sexista deu à