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Sumário
Capítulo 1: Funcionando no Automático
Capítulo 2: Mente, Cérebro e O Que Importa
Capítulo 3: É O Clima ou O Tempo?
Capítulo 4: O Que Está Comandando O Seu Espetáculo?
Capítulo 5: A Paisagem Oculta
Capítulo 6: Se Pudesse Eu Faria, Mas Não Posso
Capítulo 7: A Conexão Cérebro, Corpo e Mente
Capítulo 8: O Que Você Quer De Mim?
Capítulo 9: Uma Parte do Todo
Capítulo 10: De Estressado Para Mais do Que Bem
Capítulo 11: Trazendo Para Casa
Agradecimentos
Apêndice A: Glossário e Técnicas de Autoajuda
Apêndice B: Escolhendo o Terapeuta
Apêndice C: EMDR: Achados das Pesquisas sobre Trauma e Leitura
Adicional
Apêndice D: Referências Selecionadas
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Capítulo 1: Funcionando no Automático
Por que uma mulher bonita e inteligente escolheria sempre os homens
errados e, então, quando eles tentam romper o relacionamento, ela atira-se ao
chão agarrando suas pernas, implorando para que eles não a deixem?
Ben é um homem de negócios bem-sucedido. Por que ele é tomado por
ansiedade toda vez que tem que fazer uma apresentação?
Sara tem experimentado um terapeuta atrás do outro há anos para descobrir
porque possui uma quase constante sensação de pânico, medo de ser
abandonada e transtorno alimentar. E o mais estranho de tudo é o fato de ela
ter imagens recorrentes com a cor vermelha e com uma vela. Tais imagens não
fazem sentido algum, mas a acompanham desde quando ela se entende por
gente.
Curiosamente, há uma simples explicação para os problemas dessas pessoas,
que envolve a maneira com que o próprio cérebro funciona. Exploraremos, neste
livro, tanto as razões para o sofrimento quanto o que podemos fazer a respeito
dele.
Porque Sofremos
A verdade é que, uma hora ou outra, todos nós sofremos. Frequentemente
surgem situações que nos afetam negativamente. Mas, quando continuamos a
sentir dor um bom tempo depois de a experiência ter passado é porque o
mecanismo de funcionamento de nosso cérebro afeta a nossa mente. Vamos
tentar o seguinte experimento para que você possa entender a questão. Vou dizer
uma única frase e você deve observar apenas a primeira coisa que vem à sua
mente:
“Rosas são vermelhas”
A probabilidade maior é que a primeira coisa que venha à sua mente seja:
“Violetas são azuis”. Porque, para as pessoas nascidas nos Estados Unidos, isso
equivale basicamente à resposta reflexa ao toque de um martelo no joelho. Trata-
se de um conceito muito importante, uma vez que respostas mentais se baseiam
em reações físicas. Seu cérebro é programado para responder da mesma forma
que o resto do seu corpo. Independentemente de idade ou sexo, quando tocam
em seu joelho de uma certa forma, sua perna move-se bruscamente. De maneira
similar, não importando qual seja sua intenção, sua mente também reage
automaticamente. Por exemplo, quando foi a última vez que você ouviu a rima
mencionada acima? Você provavelmente a aprendeu na infância. Logo, se você
não tem contato com crianças pequenas, isso certamente foi há muito tempo.
Porém, a sequência vem automaticamente à sua mente. Esses tipos de resposta
automática podem ser maravilhosas e úteis, bem como mostrar o poder de nossas
mentes, mas nem sempre nos ajudam.
Vejamos as frases em questão. A sua resposta a “Rosas são vermelhas” não
foi uma avaliação crítica do seu significado. Sua mente simplesmente
complementou a frase como se ela fosse verdadeira. Mas rosas não são sempre
vermelhas: são também amarelas, rosas, roxas e praticamente qualquer outra cor
que você possa pensar. No entanto, essa frase, quando não examinada, parece
simplesmente correta à primeira vista. E quanto à segunda frase: “Violetas são
azuis”; elas são realmente azuis? Não, na verdade são roxas. Mas o verso virá à
mente seja ele verdadeiro ou não. Neste momento, essa frase certamente não lhe
causou nenhuma perturbação. Contudo, esse mesmo tipo de resposta automática
também causa uma série de problemas que destroem a felicidade e arruínam
famílias e comunidades. Os mesmos processos mentais/cerebrais que nos
permitem reconhecer uma rima ou cantar junto uma canção não ouvida há vinte
anos são também os que podem nos levar ao sofrimento da depressão, da mágoa
e algumas vezes da dor física.
A rima infantil tem ainda mais a nos oferecer. Você se lembra do verso que
vem depois de “Violetas são azuis”? “Açúcar é doce, e você também.” Um
sentimento agradável, que também vem à mente de maneira automática. Mas
como todos nós sabemos, o açúcar é seguramente doce, mas pessoas são muito
mais complexas. Todo mundo é uma mistura de doce, azedo e cada tipo de sabor
e de variação que existe sob o sol. Em certo momento de nossas vidas, todos nós
ficamos zangados, tristes, enciumados, amargos, magoados, inseguros, felizes ou
carinhosos. E agimos conforme nosso estado emocional. Em um certo momento,
nós veneramos a pessoa com quem vivemos e a cobrimos de beijos. Já no dia
seguinte, podemos explodir e brigar com ela devido a algum sentimento de
frustração. Logo, basicamente, algumas coisas que aprendemos enquanto
crescemos são verdadeiras, mas, assim como todas as outras experiências que
tivemos durante a infância, outras não são. Com frequência, quando jovens, não
conseguimos diferenciar o falso do verdadeiro, coisas que pensamos serem reais
- como acreditar que somos inferiores porque somos perseguidos ou rejeitados;
ou pensar que somos responsáveis pelo divórcio de nossos pais - são
simplesmente percepções erradas. Não obstante, essas experiências podem ter
efeitos que surgem automaticamente durante o resto de nossas vidas, fora do
nosso controle consciente.
Cada uma das experiências que tivemos em nossas vidas torna-se uma peça
de montar no nosso mundo interior e governa nossas reações frente a tudo e a
todos que encontramos. Quando “aprendemos” alguma coisa, a experiência é
fisicamente guardada dentro de redes de células cerebrais chamadas “neurônios”.
Essas redes, na verdade, formam nossa mente inconsciente, determinando como
o nosso cérebro interpreta o mundo em nossa volta e orientando a maneira como
nos sentimos a cada momento. Essas memórias incluem experiências que
ocorreram anos atrás e nossa mente consciente geralmente está alheia ao fato de
que elas produzem impacto sobre nós. Entretanto, como essas memórias são
fisicamente armazenadas no nosso cérebro, podem surgir de repente, fora do
nosso controle, como uma reação à rima “Rosas são vermelhas”, da mesma
forma que elas influenciam nossa percepção de cada nova situação que
venhamos a encontrar. As memórias podem nos fazer sentir pouco atraentes
quando esse não é o caso, ou deprimidos quando todos a nossa volta estão
felizes. Podem também nos deixar arrasados quando alguém nos abandona -
mesmo quando sabemos conscientemente que essa determinada pessoa nos faz
mal e seria um grande erro continuar a relação. Na verdade, vários dos
sentimentos e das ações que corroem nossa felicidade são sintomas originários
desse sistema de memória que forma o inconsciente.
Voltemos ao primeiro caso da página 1:
Por que uma mulher bonita e inteligente escolheria sempre os homens
errados e, então, quando eles tentam romper o relacionamento, ela atira-se ao
chão agarrando suas pernas, implorando para que eles não a deixem?
Justine não tem dificuldades em conseguir namorados. Sua dificuldade está
em mantê-los. Agora, aos vinte e cinco anos de idade, ela geralmente escolhe
homens complicados, que não estão emocionalmente disponíveis. Toda vez que
se encontra em um relacionamento, ela se torna absorvente e seu namorado
acaba terminando a relação. Quando isso acontece, ela começa a chorar
histericamente, caindo de joelhos e agarrando-se às pernas do namorado,
implorando para que ele não a abandone. Na terapia, a causa desse
comportamento foi rastreada no seu passado até um evento que acontecera aos
seis anos de idade. Justine vivia com os seus pais em uma casa de dois andares.
Naquela noite, houve uma forte tempestade que a apavorou. No seu quarto no
andar de cima, ela começou a chorar e gritar chamando por sua mãe e seu pai.
No entanto, eles estavam na cozinha no andar de baixo. A tempestade abafou os
seus gritos e eles não a ouviram. Eles nunca foram salvá-la e ela acabou
chorando sozinha até cair no sono.
Como um episódio tão banal como esse poderia ser a causa dos problemas de
Justine? Todos nós passamos pela experiência de tempestades estrondosas em
algum momento de nossa infância, mas apenas alguns de nós permanecerão
negativamente afetados por ela. Nós abordaremos detalhadamente as razões para
esse comportamento em capítulos posteriores deste livro. Por agora, é suficiente
saber que, quando reações negativas e comportamentos no presente podem ser
rastreados até uma memória passada, definimos essa memória como não
processada - o que significa que ela é armazenada no cérebro de uma forma que
ainda carrega as emoções, sensações físicas e crenças que foram experienciadas
anteriormente na vida. Naquela noite tempestuosa, a criança ficou intensamente
apavorada e acreditou que estivesse em perigo. Seus pais não vieram quando
chamou por eles, o que também lhe deu a sensação de que seria abandonada se
realmente precisasse deles. Essa memória, guardada no seu cérebro junto com o
pavor que ela experimentou quando tinha seis anos, é estimulada toda vez que
um namorado desmancha o relacionamento com ela. Nesse caso, ela não se
comporta como uma mulher madura e bem sucedida de 25 anos, mas sim como
uma garotinha apavorada, deixada sozinha no escuro. Podemos ver a conexão,
uma vez que tempestade e rompimento são ambos relacionados à solidão e ao
abandono. Logo, ela inconscientemente vive o rompimento de uma relação como
“estar em perigo”.
Nós fazemos esses tipos de conexão o tempo todo. Elas são geralmente a
razão para todas as características que amamos ou odiamos em nós mesmos e
nas pessoas à nossa volta. É simplesmente parte da maneira pela qual o cérebro
funciona para dar sentido às coisas. Mas a identificação das conexões da
memória representa apenas o primeiro passo para modificar como pensamos,
agimos ou sentimos. Torna-se importante, não apenas compreender a origem dos
problemas, mas também saber o que fazer a respeito disso. Ao longo deste livro,
exploraremos formas de identificar as memórias que acarretam problemas
pessoais e de relacionamento, o que podemos fazer para lidar com esses
problemas por conta própria e como identificar quando o auxílio profissional
poderia ser útil.
Iremos, igualmente, explorar os mecanismos da mente-as intricadas
conexões que constituem nossa consciência - por meio de casos relatados por
alguns dos mais de 70.000 terapeutas do mundo inteiro que praticam uma forma
de terapia conhecida por Dessensibilização e Reprocessamento pelos
Movimentos Oculares (EMDR). Milhões de pessoas já foram ajudadas por essa
técnica terapêutica ao longo de mais de vinte anos, e muitos deles fornecem
relatos detalhados neste livro, no sentido de contribuir para desmistificar o
processo de mudança. Como pesquisas têm demonstrado, mudanças relevantes
podem acontecer até mesmo no decorrer de uma única sessão de EMDR. Os
relatos de pacientes permitem-nos antever uma janela para o cérebro, uma vez
que as conexões que eles fazem respondem muitas questões sobre o motivo de
nós reagirmos ao mundo de modos diferentes.
A terapia de EMDR é voltada para as memórias não processadas que contêm
as emoções, sensações e crenças negativas. Ao ativar-se o sistema de
processamento de informação do cérebro (o que será explicado no capítulo 2), as
antigas memórias podem então serem “digeridas”. Isso significa que se aprende
o que é útil e se descarta o que não serve. Consequentemente, a memória passa a
ser armazenada de modo que não seja mais prejudicial. Por exemplo, o terapeuta
de Justine focalizou a tempestade juntamente com a sensação, que ela teve, de
estar sozinha e em perigo. Depois de processada a memória da tempestade, as
sensações de terror desapareceram e foram substituídas por um sentimento de
segurança e pela crença de que, como adulta, ela poderia tomar conta de si
mesma. Juntamente com essa questão, o problema do namorado foi resolvido,
uma vez que sua nova consciência de si mesma resultou em diferentes escolhas
românticas. Claro que haveria mais memórias que precisariam ser trabalhadas se
os pais de Justine tivessem sido abusivos ou negligentes. Mas,
independentemente do número de memórias envolvidas, na verdade estamos
penetrando na mente inconsciente do indivíduo com essa forma de terapia, de
maneira a permitir que ocorram, rapidamente, nas sessões de reprocessamento,
revelações, conexões e mudanças.
O Que é a Mente Inconsciente?
A maioria das pessoas, quando pensa sobre o inconsciente, lembra-se de
psicanálise, de filmes que envolvem uma visão freudiana dos conflitos
psicológicos, bem como de gestos e de sonhos simbólicos. A partir de uma
perspectiva psicanalítica, em geral são necessários anos de terapia verbal (talk
therapy) e de trabalho em consultório para se alcançar alguma percepção
(insight) e controle sobre forças que escapam à nossa visão. Essa forma de
terapia pode ser de grande valor, mas Freud publicou seu primeiro livro, em
1900, e muitas coisas mudaram desde então. No século passado, houve avanços
tecnológicos na área da neurobiologia que expandiram nossa compreensão de
quais seriam realmente essas forças. A abordagem de exame do inconsciente que
usamos neste livro é baseada nos mecanismos de funcionamento do próprio
cérebro. Ao se entender a maneira como as experiências produzem os
fundamentos físicos para nossas reações emocionais e físicas, podemos
determinar como nossos pontos “bloqueados” e respostas mentais reflexas se
manifestam, bem como o que fazer a respeito deles.
Por exemplo, tomemos o segundo caso:
Ben é um homem de negócios bem-sucedido. Por que ele é tomado pela
ansiedade quando tem que fazer uma apresentação? Ele descreve esse
comportamento da seguinte forma:
“Desde quando consigo me lembrar, tenho ansiedade quando preciso fazer
qualquer apresentação diante de um grupo de pessoas. As palmas das minhas
mãos suam, minha voz fica imprevisível, meu coração bate acelerado e pela
minha cabeça passam coisas como: Eu sou um idiota, não irei conseguir ir em
frente. Todos vão me odiar. Às vezes, tinha a impressão de que minha vida
estava em perigo. Parece ridículo, mas é verdade. Durante minha vida escolar,
muitas vezes, tive que fazer apresentações diante de uma plateia. E na minha
vida profissional a mesma coisa se repetiu. Sempre consegui passar por essas
ocasiões, mas nunca de maneira satisfatória. Na verdade, eu sofria antes e
depois de cada evento, e exaustivamente repassava cada detalhe com as pessoas
próximas a mim. Como era de se esperar, elas não apreciavam muito esses
momentos. Nada parecia poder resolver o problema, não importava o que eu
tentasse. Experimentei muitos tipos de terapia. Algumas vezes o problema
parecia melhorar, mas sempre voltava a me atormentar”.
Ben iniciou a terapia de EMDR e submeteu-se a uma variedade de
procedimentos que serão estudados neste livro, com o intuito de identificar a
fonte do seu problema e modificar suas reações. Segue-se o que ele descobriu:
“A causa no final das contas era algo que havia acontecido quando eu tinha
no máximo três anos e meio de idade. Eu estava andando com meu avô em sua
fazenda no oeste da Carolina do Norte. Lembro-me daquele dia como uma
criança bem pequena que estivesse olhando para cima. Eu não me recordo de
estar batendo papo com meu avô, mas, se histórias familiares são confiáveis,
provavelmente estava. Nós encontramos um homem estranho no caminho. Ele
era velho, curvado, de aparência zangada e com pelos nas narinas. Ele falou ao
meu avô, com sua fala arrastada da região montanhosa: ‘Olha, se eu tivesse um
moleque pequeno que falasse tanto quanto esse aí, eu afogaria ele no córrego’.
Eu me escondi atrás da perna do meu avô, que usava calça jeans, espiei as
narinas do homem e calei a boca. Sabia que filhotes de gatos indesejados eram,
de fato, afogados no córrego. Não parecia seguro falar na frente de estranhos”.
Portanto, aquele momento de terror de criança determinou a base para o
problema de Ben. A memória ficou instalada em seu cérebro, predispondo-o ao
fracasso: Fiz a minha primeira apresentação de uma ficha de livro no terceiro
ano primário, diante da minha querida Sra. Keenor, uma professora recém-
formada bonita e jovem. Eu adorava a Sra. Keenor e estava muito orgulhoso do
fato da minha ficha ter três paginas. Tinha trabalhado duro naquela ficha. Eu
também tinha desenvolvido uma gagueira leve, que durou uns seis meses antes
de desaparecer tão misteriosamente como havia começado. Meus pais tinham
lidado bem com o problema, e eu não estava ciente de que ele me envergonhava.
Já havia imaginado a Sra. Keenor me elogiando e dizendo à turma como o meu
trabalho estava excelente. Em vez disso, a Sra. Keenor permaneceu, durante
toda a minha apresentação, no fundo da sala dando gargalhadas
descontroladamente. Enquanto a apresentação progredia, minha gagueira foi
ficando cada vez pior e eu pensava: Sou um idiota. Dois anos mais tarde, fui
escalado de última hora para um papel em uma peça da escola. Eu estava no
meio do primeiro ato quando me deu um branco e me esqueci da minha fala.
Fiquei lá, completamente paralisado no meio do palco e pensava: Todo mundo
vai me odiar. Eu arruinei a peça. Sou um idiota.
Note-se que os mesmos pensamentos passavam pela cabeça de Ben quarenta
anos depois, quando precisava fazer uma apresentação no trabalho: “Sou um
idiota. Eu não vou conseguir fazer isto. Todos me odiarão.” Ele não tinha
nenhuma ideia, antes da terapia de EMDR, que pensava e agia dessa forma. Ben
não guardava uma imagem visual da fazenda de seu avô, nem da apresentação
do livro ou da peça da escola - apenas tinha ficado com os sentimentos e
pensamentos provenientes daqueles acontecimentos. Trata-se de uma resposta
automática a um “gatilho” externo, assim como “Rosas são vermelhas” traz à
mente o verso: “Violetas são azuis”.
Nada existe no vácuo. Reações que parecem irracionais, com frequência são
exatamente isso. Mas o fato de serem irracionais não significa que essas reações
sejam desprovidas de razão, mas sim que vêm de uma parte de nosso cérebro
que não é governada pela mente racional. As reações automáticas que controlam
Description:Este livro é um guia muito acessível, escrito pela criadora de uma forma de psicoterapia comprovada cientificamente e que já ajudou milhões de pessoas ao redor do mundo. Sejam experiências adversas sejam traumas significativos, todos somos influenciados por memórias e experiências que às vez