Table Of ContentA Cultura Grega e as Origens
do Pensamento Europeu
Coleção Estudos
Dirigida por J. Guinsburg
Equipe de realização - Tradução: Pérola de Carvalho; Revisão técnica e de provas: Luiz
Alberto Machado Cabral; índice onomástico: Rose Pires; Sobrecapa: Adriana Garcia; Foto
do autor: Luciana Suzuki; Produção: Ricardo W. Neves e Raquel Fernandes Abranches.
Bruno Snell
A CULTURA GREGA E AS
ORIGENS DO PENSAMENTO
EUROPEU
C PERSPECTIVA
Título do original em alemão
Die Entdeckung des Geistes
Copyright © 1955 Claassen Verlag GmbH, Hamburgo
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro)
Snell, Bruno, 1896-1986
A Cultura Grega e as Origens do Pensamento Europeu /
Bruno Snell ; [tradução Pérola de Carvalho]. - São Paulo :
Perspectiva, 2005. - (Estudos ; 168)
Título original: Die Entdeckung des Geistes.
Ia reimpressão da Ia edição de 2001
ISBN 85-273-0262-9
1. Cultura - Grécia 2. Filosofia antiga 3. Grécia -
Religião 4. Grécia - Vida intelectual 5. Literatura grega -
História e crítica 6. Pensamento I. Título II. Série
01-3484 CDD-306.420938
índices para catálogo sistemático:
1. Grécia Antiga : Cultura : Vida intelectual
Sociologia 306.420938
2. Grécia Antiga : Vida intelectual :
Cultura : Sociologia 306.420938
r edição -1a reimpressão
Direitos reservados em língua portuguesa à
EDITORA PERSPECTIVA S.A.
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3025
01401-000 - São Paulo - SP - Brasil
Telefax (11) 3885-8388
www.editoraperspectiva.com.br
2005
igumario
Nota de Edição IX
Sobre Bruno Snell - Trajano Vieira. XIII
Introdução. XVII
1. O Homem na Concepção de Homero 1
2. A Fé nos Deuses Olímpicos 23
3. O Mundo dos Deuses em Hesíodo 41
4. O Despontar da Individualidade
na Lírica Grega Arcaica 55
5. O Hiño Pindàrico a Zeus. SI
6. Mito e Realidade na Tragédia Grega 97
7. Aristófanes e a Estética. 117
8. Saber Humano e Divino 135
9. As Origens da Consciência Histórica 151
10. Máximas de Virtude: Um Breve Capítulo da
Ética Grega 163
11. Símile, Comparação, Metáfora, Analogia; a Passagem
da Concepção Mítica ao Pensamento Lógico 195
12. A Formação dos Conceitos Científicos
na Língua Grega 229
13. O Símbolo do Caminho 247
viu A CULTURA GREGA E AS ORIGENS DO PENSAMENTO...
14. A Descoberta da “Humanidade” e Nossa
Posição ante os Gregos 257
15. O Jocoso em Calimaco 273
16. A Arcàdia: Descoberta de uma Paisagem Espiritual 287
17. Teoria e Prática 311
índice Onomástico 321
Nota de Edição
Para respeitar as transcrições constantes do original e facilitar o
acesso imediato a elas, as palavras gregas foram devidamente trans-
literadas para o português pelo revisor técnico da tradução, Luiz Alberto
Machado Cabral, autor destas.
NORMAS PARA A TRANSLITERAÇÃO
DE TERMOS E TEXTOS GREGOS
Letra Nome Pronúncia erasmiana Transliteração
grega
A, a alfa a (longa ou breve) a: áaépeia: asébeia
B, ß beta b b: pXérceiv: blépein
r> Y gama g* g: YiyvaxTKio: gignosko
A, 8 delta d d: ôpocKcov: drákõn
E, e épsilon e [breve, fechada (ê)] e: eí5co/\,ov: eidolon
z,C dzeta dz z: Zeúç: Zeús
H, T| eta e [longa, aberta (é)] é: fi0oç: êthos
©,e teta th (inglês this) th: Gojióç: thymós
i,t iota i (longa ou breve) i: iÔeív: idem
K, K capa k k: KocKÍa: kakía
A,X lambda 1 1: XeÚGGZiv: leússein
M,ja my m m: pévoç: ménos
* O g {gama) é sempre pronunciado como em guerra, mesmo diante de e, ti, i. Ex.
Yryvíbcncío: guignõsko (conhecer). No entanto, diante de y, k, %, Ç ele é transliterado e pro
nunciado como o nosso n. Ex.: ãyyekoç: ánguelos (mensageiro).
X A CULTURA GREGA E AS ORIGENS DO PENSAMENTO...
N, v ny n n: vópiopa: nómisma
csi X (sempre com x:Çévoç:xénos (csénos)
som de cs)
0,o ómicron o [breve, fechada (o)] o: öXßioq: ólbios
n, n pi P p: Tcaiöeia: paideía
p.p rô r(comoem duro) rh (inicial): pfjpa: rhema
r: Scopov: down
Z, a, ç** sigma s (nunca com s: aK^rjpóç: sklêrós
som de z)
T, T tau t t: Tipf): time
Y hípsilon ü (longa ou breve) y: bßpiq: hybris
u: voíiç: noüs
<t>, cp phi f ph: cpi^ia: philia
x,% khi ch (alemão machen) kh: xatpe: khdire
T, \\f psi ps ps: \]/t)xf|: psykhê
n, co omega o [longa, aberta (ó)] o: àç: hõs
** Essa última forma do sigma (n) é empregada apenas quando ele se encontra no
final de uma palavra. Ex.: Xóyoç: lògos {palavra, discurso). Em posição intervocàlica,
a forma é sempre (a): pofiaa: mousa (pronuncia-se muça): musa.
*** O Y, V (ihípsilon) pronuncia-se como o ¿i do alemão (ex. Müller) e só pode ser
transliterado por y quando estiver em posição vocálica. Ex. vßpiq: hybris (ultraje),
ôúvcqiiç: dynamis (força). Nos outros casos, deve ser transliterado pelo u: amóv: autón
(ele); voôç: noüs (mente, espírito).
NOTA 1- É preciso marcar a distinção entre as vogais longas rj/co
das breves correspondentes e/o, sem o que torna-se impossível distingüir
a diferença entre palavras transliteradas como yépocç: guéras (privilé
gio) e yipaq: güeras (velhice). Desta forma, na transliteração, devemos
assinalar as vogais longas (ri/co) pelo sinal T|0)ç: êos (aurora).
NOTA 2 - Os ditongos são formados pela adição das semivogais
i e u às outras vogais.
NOTA 3 - Os espíritos são sinais ortográficos colocados sobre toda
vogal inicial das palavras e sobre o í> (ípsilon) e o p (rô) iniciais (sempre
marcados pelo espírito rude e transliterados por hy e rh). Há o espírito
doce ou brando (’), que não tem influência alguma na pronúncia, mar
cando apenas a ausência de aspiração, e por isso não é levado em conta
na transliteração: apenr arete (excelência, virtude); e o espírito rude ou
áspero (*), que marca a aspiração e é pronunciado como o h do inglês:
fiôovfj: hêdone (prazer). Se uma palavra começa por um ditongo, o espí
rito deve ser colocado sobre a segunda vogal, seja ele rude ou brando.