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C R E D O
COMENTÁRIOS AO CREDO APOSTOLIC
KARL BAKTH
CREDO
Com um Prefácio por
Robert Mcafee Brown
Digitalizado por: jolosa
© Copyright 2005 by Editora Cristã Novo Século
© Copyright 2005 by karl Barth
Revisão:
Cláudio J. A. Rodrigues
DtP:
Alpha Design - 11 5585-9709
Capa:
Eduardo de Proença
ISBN 85-86671-19-3
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Novo Século
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Aos Pastores
Hans Asmussen
Hermann Hesse
Karl Immer
Martin Niemoller
Heinrich Vogel
Em Memória de Todos Quanto
Perseveraram
Perseieram
e Persei era rã o
Este importante livro, escrito por um
teólogo considerado como o mais eminente
deste século, expõe o Credo dos Apóstolos
como um alicerce da religião Cristã.
PREFÁCIO
Pode um livro originariamente publicado em 1935 re
presentar claramente após um quarto de século o pon
to de vista do autor mais de? Em particular, pode isso
acontecer quando o autor em questão for Karl Barth,
um homem que partiu para uma longa e radical pere
grinação teológica?
Quando se lança os olhos sobre o curso da peregri
nação de Barth, nota-se certos marcos ao longo do ca
minho, certos pontos nos quais o caminho mudou para
uma nova e, decisivamente, diferente direção. Há a ori
ginal Epístola aos Romanos de 1919, completamente
reescrita em 1922, repleta com referências a Kierkegaard,
existencialismo, o “totalmente outro” e “a distinção infi
nitamente qualitativa entre Deus e o homem”. Há a
Christlicbe Dogmatik (Dogmática Teológica Cristã)
10 - Prefácio
de 1927, na qual Barth publicou um programa teológi
co completo a ser elaborado em volumes futuros. Este
empreendimento foi interrompido quase tão logo fora
iniciado, pois em 1931 apareceu um volume decisivo,
um trabalho sobre Anselmo, no qual Barth repensou a
essência da tarefa teológica à luz do Ansélmico credo
ut intelligam. O resultado foi que o Christliche
Dogmatik foi descartado e reescrito com um novo títu
lo, Kirchliche Dogmatik (Church Dogmatics)
(Dogmática da lgreja)\ o primeiro volume aparecendo
em 1932. A partir deste ponto, Barth seguiu de maneira
geral um caminho consistente. Volumes sucessivos da
Church Dogmatics apareceram (e, até este momento
existem doze, com pelo menos mais dois prometidos),
e a mudança, se tiver ocorrido uma, foi somente naqui
lo que um dos críticos de Barth refere-se como uma,
cada vez maior e maior, “concentração Cristológica”.
Em outras palavras, as linhas mestras da posição
teológica de Barth foram asseguradas por volta de 1932,
três anos antes do aparecimento de Credo. Este último
nào é, portanto, um volume “de transição”, de interesse
apenas para aqueles que desejam traçar estágios no
desenvolvimento de Barth. Embora Barth pudesse cer
tamente dizer algumas coisas diferentemente hoje, (pen
sando, sem dúvida, em suas palavras sobre os Sacra
mentos nas páginas finais), nào é de se espantar ao ler
o Credo, retrospectivamente, à luz da completa Church
Dogmatics, quanto desta última está presente aqui, em
essência, neste pequeno livro. A insatisfação com a “te
ologia natural", a centralidade da Cristologia, a
“gratuidade” da dádiva da graça para com o homem
indigno, o reconhecimento de que nós não podemos
ver realmente a enormidade do pecado até que tenhamos
Prefácio - 11
sido capturados pela imensidade da graça; a vida Cristã
como a vida de gratidão em resposta à grandeza do que
Deus fez; a agradável certeza que, em Cristo, o pecado
e a morte foram definitivamente subjugados e que uma
nova situação se coloca, portanto, sempre diante de nós
- estes e outros temas que a Church Dogmatics reve
la ao longo de centenas de páginas, nos confronta aqui
em um parágrafo, em uma página, em um capítulo, de
tal forma que descobrimos que para barth as tarefas do
exegeta e do pregador, do erudito e arauto, professor e
testemunha, estão todas combinadas em uma vocação.
Que existe uma urgência particular por detrás des
tas preleçòes torna-se claro pelas circunstancias da época
em que este surgiu. Elas foram ministradas quando a
sombra de Hitler já havia se espalhado por toda a Euro
pa. Dias chegaram. Uma convicção correta era impor
tante como base para uma ação correta, e Barth sentiu,
apropriadamente, que uma convicção errônea poderia
levar à uma ação errônea. Então, como agora, uma re
flexão sobre uma elocução histórica da fé não seria uma
fuga do presente, mas um meio de guarnecer-se para
viver com responsabilidade no presente.
O leitor tem o privilégio de discordar de Barth. No
entanto, não tem mais o privilégio de ignorá-lo.
ROBERT McAFEE BROWN
Professor de Religião nos Programas Especiais
em Humanidades da Universidade de Stanford
PREFÁCIO DO TRADUTOR
Este livro é mais simples e popular que alguns dos outros
trabalhos de Karl Barth. Ele pode ser compreendido e,
certamente, tem uma mensagem para cada membro da
Igreja. Infelizmente a parte mais difícil do livro ocorre no
início. Por não desejar que o leitor abandone o livro após
ler as primeiras e poucas páginas os quais me referi é
que eu transgrido a regra do tradutor, não para ser visto
ou ouvido, e escrevo esta nota. Eu sugiro ao leitor em
geral que, na sua primeira leitura do livro, comece pelo
Quinto Capítulo. Provavelmente Karl Barth ficaria choca
do se soubesse que eu estaria fazendo tal sugestão; e,
ademais, eu não estou tão seguro disso. Para ele a fé
principia com Jesus Cristo. O leitor que principia pelo
Quinto Capítulo, portanto, não somente se livra de algu
mas barreiras difíceis, mas inicia onde a fé inicia.
Prefácio do Tradutor -13
Embora eu tenha usado as palavras “simples” e
“popular” eu nào quero dizer que CREDO será tão fácil
de ler como o jornal do dia que lemos às pressas na
mesa do café da manhã. Mas vale a pena um pequeno
sacrifício, pois este livro é uma demonstração, pelo maior
pensador vivo da Igreja, da fé da Igreja. Em vinte anos
Karl Barth mudou, sob a providência de Deus, a dire
ção total do pensamento da Igreja. Cada uma das partes
da Igreja de Cristo através do mundo todo está hoje se
debatendo com as questões levantadas por ele. Mas
muitos dos que estão discutindo estas questões e citan
do o nome de Barth têm as mais estranhas idéias sobre
o que Barth queria dizer. Este livro mostrará que ele
não é nem o iconoclasta nem o articulador de ousadas
teorias especulativas que algumas pessoas imaginam que
ele seja, mas que ele é, antes de tudo o mais, um “Dou
tor das Sagradas Escrituras”. Ele trouxe a Igreja de volta
para a Palavra de Deus. Se as pessoas tiverem que dar
um rótulo a sua teologia, que a chamem não de “Teolo
gia Dialética”, nem de “Teologia da Crise”, mas de Teo
logia da Palavra.
Esta nota é para “o homem do banco da igreja”, a
quem eu quero encorajar a ler este livro. Pastores e
outros especialistas em teologia nào precisarão de qual
quer encorajamento, mas, começando do princípio, irão,
estou seguro, encontrar desafio e inspiração em cada
palavra dele.