Table Of Content© 2012 Tsoknyi Rinpoche Todos os direitos desta edição são reservados: ©
2017 Editora Lúcida Letra
Título original: Open heart, open mind: Awakening the Power of Essence Love
(publicado por Harmony Books)
C : Vítor Barreto P : Celina Karam R :
OORDENAÇÃO EDITORIAL REPARAÇÃO EVISÃO
Joice Costa, Thaís de Carvalho P , : Aline
ROJETO GRÁFICO CAPA E DIAGRAMAÇÃO
Paiva P : S2 Books
RODUÇÃO DE EBOOK
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
R582c Rinpoche, Tsoknyi.
Coração aberto, mente aberta : despertando o poder do amor essencial / Tsoknyi Rinpoche e Eric Swanson ; tradução de
Lúcia Brito. – Teresópolis, RJ : Lúcida Letra, 2018.
224 p. ; 23 cm.
Inclui apêndice.
ISBN 978-85-66864-52-6
1. Budismo - Vida - Conduta. 2. Amor. 3. Vida espiritual. I. Swanson, Eric. II. Brito, Lúcia. III. Título.
CDU 294.3
CDD 294.3444
Índice para catálogo sistemático:
1. Budismo : Conduta de vida 294.3444
(Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araujo – CRB 10/1507)
Para Chimey Yangzom, minha esposa
Sumário
Capa
Folha de rosto
Créditos
Dedicatória
Prefácio
Nota sobre as palavras em tibetano
1. A ponte
2. O início
3. A centelha
4. “Eu”, uma identificação errônea
5. Método
6. Atenção no corpo
7. O corpo sutil
8. Aprendendo a cavalgar
9. O limite interno de velocidade
10. Prestando atenção na mente
11. Espaço interno
12. Juntando tudo
13. Em ação
14. Confiança
Glossário
Leitura adicional
Agradecimentos
Sobre os autores
Prefácio
Se quiser encontrar um peixe, olhe dentro do oceano.
Se quiser se encontrar, olhe dentro de sua mente.
Conheci Tsoknyi Rinpoche em Litchfield, Connecticut, em 1997. Era meu
primeiro retiro de dzogchen e eu estava bastante nervoso. Mas não havia
realmente nada com o que me preocupar. Rinpoche era um professor tão bom e
genuíno que rapidamente nos deixou à vontade com sua sagacidade, seu humor e
sua completa naturalidade, ao mesmo tempo em que, repetidamente, nos
desafiava a descobrir e repousar na verdade aberta de nossa essência natural, de
nosso estado de ser natural. Desde então o considero um professor confiável e
um amigo querido. É uma daquelas pessoas que se anseia por encontrar e estar
junto, que é lembrada com um sorriso e uma risada. O encontro é sempre
significativo. Tendo estudado com alguns dos gigantes da tradição budista
tibetana, a maioria lamentavelmente já falecida, Rinpoche é um elo poderoso e
eloquente entre os grandes praticantes iogues do velho Tibete e o nosso
atordoante século XXI. Ele fica completamente à vontade em ambos os
contextos. E nos deixa à vontade também.
Rinpoche deu duro para entender as peculiaridades da mente humana a fim de
poder nos ajudar de modo mais eficaz a romper nossas limitações e seriedade
autoimpostas. Amor, sabedoria e bem-aventurança duradouros são possíveis.
Mas podemos ficar bastante empacados em nós mesmos e em nossas ideias.
O amor essencial é escancarado e destituído de preconceito. É a liberdade no
riso de uma criança, o bem-estar quando estamos felizes sem motivo específico.
É definido por Rinpoche como “bondade, gentileza e afeto incondicionais,
nascido da abertura e da inteligência, que pode ser nutrido até tornar-se uma
chama ardente e brilhante que aqueça o mundo inteiro”. É o abraçar alegre e
amoroso da vida em si – com toda a sua loucura.
Podemos encontrá-lo dentro de nós porque é o que somos. É nosso direito de
nascença como seres humanos. Assim como temos dois braços e duas pernas,
somos esse amor básico. Ele pode ser recoberto e confundido de tal maneira que
podemos não reconhecê-lo ou senti-lo. Por isso passamos a vida atrás dele em
relacionamentos, poder, dinheiro, coisas e ideias – como se nossa perda interior
pudesse ser encontrada do lado de fora. E momentaneamente pode. Mas, no fim,
isso só nos deixa ainda mais vazios, exaustos, receosos e zangados.
Reconhecemos isso em algum lugar de nosso coração e, em nossos momentos
mais desnudos, sentimos o vazio e a tristeza subjacentes à superfície de nossas
vidas ocupadas. Todavia, ansiamos por muito mais. Bem no fundo sentimos que
a verdadeira felicidade é atingível.
Este livro nos desafia a encontrar o que perdemos temporariamente e a
começar um caminho de reconexão com a nossa natureza mais profunda, que é
alegre, aberta e livre de todas as condições e condicionamentos, como um céu
radiante e sem nuvens. Reconhecer nossa natureza permite que o afeto da
compaixão e do amor se expresse naturalmente em tudo que fazemos. Não é um
caminho esotérico, nem requer aptidão especial. É prático, lógico e claro. É
simplesmente quem somos. No âmago, todos nós vibramos de amor. Somos
amor que não tem limite e que pode brilhar em todos os momentos, estejamos
felizes ou tristes.
Podemos ter conhecido alguém assim – alguns veem isso no Dalai Lama ou em
Madre Teresa, ou talvez na própria mãe ou no pai. São pessoas que nos fazem
sorrir instintivamente e sentir um afeto desimpedido, natural. Por quê? Porque
elas cintilam com um tipo de amor e compaixão altruístas que reconhecemos
como nossa verdadeira identidade. Este livro pode nos ajudar a encontrar aquela
centelha inicial que se tornará uma fogueira ardente. Depende de nós.
Richard Gere
Nota sobre
as palavras
em tibetano
Este livro é pontilhado por termos tibetanos que tomei a liberdade de transliterar
de maneiras não necessariamente condizentes com os métodos acadêmicos
convencionais, uma escolha que provavelmente vai horrorizar aqueles que
dedicaram tempo e esforço a traduzir esta linguagem repleta de significados
simbólicos. Muitas das palavras usadas no tibetano são carregadas de consoantes
silenciosas no início e fim das palavras, o que, às vezes, afeta a sua pronúncia.
Como muitos idiomas asiáticos, o tibetano tem um componente tonal. Existem
diversas variações ínfimas entre consoantes e combinações de consoantes, o que
infunde terror no coração dos extraordinários tradutores de professores tibetanos.
Fiquei sabendo de casos em que foi solicitado ao tradutor a conversão da palavra
tibetana para “gelo”, que, com um leve deslize tonal, se transforma em “merda”.
Os professores se divertem com esses desafios desconfortáveis. O riso deles
não é uma forma de crueldade, e sim uma dádiva, uma oportunidade para
reconhecermos e nos reconciliarmos com a possibilidade de cometermos erros,
por mais cultos ou bem-sucedidos que sejamos. Uma vez que os reconheçamos,
podemos aprender e crescer com eles.
Muita gente perguntou, após a publicação de dois livros em que tive a honra de
trabalhar com Yongey Mingyur Rinpoche, se eu era o tradutor. Infelizmente tive
que esclarecer. Meu conhecimento do idioma tibetano se limita a algumas
poucas preces rituais e frases úteis, tipo “não como carne”, “tal lugar é aqui?” e
“onde é o banheiro?” (ou, às vezes, “tem banheiro aqui?”). Que o Buda me ajude
se me atrapalhei na sintaxe ou pronunciei uma única palavra de forma
Description:Tsoknyi Rinpoche é um dos mestres mais gentis que conheci. Sua bondade e realização espiritual se expressam nos afazeres comuns do dia-a-dia. Este livro é uma obra prima que exprime o próprio desenvolvimento do coração pulsante deste grande mestre, que ele próprio nomeou “amor essencial”