Composição florística do compartimento arbóreo de cinco remanescentes florestais do maciço do Itatiaia, Minas Gerais e Rio de Janeiro

2006·7.7 MB·Portuguese

by  Israel Marinho Pereira

Composiçãoflorística do compartimentoarbóreo de cinco
REMANESCENTESFLORESTAIS DO MACIÇODOITATIAIA,MlNAS GERAIS
eRiodeJaneiro1
Israel Marinho Pereira1, Ary Teixeira de Oliveira-Filho ,
Soraya Alvarenga Botelho\ Warley Augusto Caldas CarvalhoJ,
Marco Aurélio Leite Fontes\ Ivan SchiavinP & Alexandre Francisco da Silva5
(GMIteCiarontaimaaipissao,eesfiARoçiiruãoaromdufeolicoJnraavínesentsiiturcalaord)ideaodPMacaisronamcapcisanorcmGtopeiroámasreieisnaç,tsãoeodaeRdreebfslóueornrmeedaosetd,laeissoctumaidbnforlceóoosfrtíiresletamdicaomanoRednsietcoeeasdnnpetaéecJssia.neftesluio"aarrdroea—.bsstóAarnniesoaltssisfmotauegsnefm^locrieesetas^p;edcoiemsarcesçulotedo
delevantamen^s florísticosconduzidos nascincoáreas,acompanhadoside
trêsdelas. Paraavaliaras variações dacomposiçãoda flomarbóieadareg.ao, fo,
aJadnieciiroon.alAdaemeosSpércaiedsaafrlboórareaarsbódreeaumdaasácrienacodeárfelaosreessttaundaadvaesrtneontMeacsuiçoodomaciç ’ . ,
momo
cies, 191 gênerose69famílias,muitasdasquaissãoreconhecidas
pf1la.od0rr0í0õstemis)ca.deeAntsfrilemoiárlraaeararisbddóaerdeefalfdolraoerssítsfatlioocrmaebsertnóatsfmidloaasmmasoecniistçaáonrdeaaonsIodtasetuifdaleioasrtpeeostddaeodsBoerramsciaolcn.isUçiomdeadrcaa*dna“®K*^' toidentificoàu
o(ccoonntêinnceinatadleoiunuoncdeaâçnõiecsa)peernitórdeic“as^emmeuom^a^daedenfioor^escr ró JefloresetaaoomcÇsbtjáfgii,oasumcoenstsainonaaldainviecritalendtee
cumoamniatoirndeeqnsuttaaesl.,aseAdmimsAatiiâuonrcriusaos.cmae.nletarBneodacaadúielntaimdacdMeilnaasse,aaspeásraerasoaduediisfslitoaârnecsitaagfacelouvgbiraálfieceamentrseJasduas. s.er,cd,oensssuuiccdeeessrssaãavooe.lmente
Palavras-chave: Floraarbórea. FlorestaMontana,MataAtlantica,MaciçodoI •
^pec^scompositionofthetreefloraof RbdeJtmeÍõ^SEBrazil!
were™n^eyedb^ertopraduceachecklistoftreespeciesoftheregional forests^TO
floristic surveys carried out in the five forest fragments, and SJrÍJIKwm
additionalchecklistproducedforaforestamasituatedonthe1^.-°“^^-^fl^isampedinthe
amnaaylysbiesciodnenstiidfeireeddpaatstoenmesooffftlhoreisntcichessitmimlanstpyecaimesonagmothneg; m-eas o mo*differeIntac(ejsaiianRsalnogpeewa«shpiecchtw(eorceearncilcatoedr
tothe occurrence ofperiodic floods in an arca o — ofthese.Tbe
cAhoiineuttimenoetcntasailma)inldaarmBiootnycgawiatnhsaeodfbeitvMoeiiannreaedsa,sboeaflttwmheooenunUgihlnhtcehe«rogie«noglororaep.hi,c.al Jd.st"ance.Detwicnen„fourTcsml Gwfatshemcuocnhtingennt*al,s'loIp™e,Ui»n
distances between the latterand the areas ofalluvial lorestan carMyousnta.n Range.
Key-words: Tree flora.MontaneForest,AtlanticForest. Itatiaia
Artigorecebidocm07/2005.Aceitoparapubficãçãõem 1l/2(X)5.
•''PaDrotuetodraantdeosedodePrdoogutroarmaaddoedPoósp-rGimreaidruoaçaãuotoermEngenhanaFlorestal..rDvenpaarrttaammcennttoodeCiênciasFlorestais,Universidade
FederaldcLavras.37200-000,Lavras, MG.e-mail: Lavras, MG.
4'DDoeuptaorrtaanmdeontdoodPeroCgiêrnacmiaadseFlPoórse-stGariasd,uUançiãvoeresmidBaidoeloFgeidaeVreagletael,Depar’tam“entod,eByoottdann.iccU.ICB,UniversidadeFederal
MG MG
'd"cDDeeMppiaanrrattaasmmGeeennrttaooisdd,ee3BB0io1ot6lâo1ng-iic9aa7..0.CUanBimevpleuorssHioddreaidzUeomnFuteead,reraamladeUVmivçeorsas,id36a5d7e1F-c0d00m.lVdiçoUUsblae,rKlmrân^dia. 38400-902. Uberlândia,
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Introdução planaltos ou serras e podem atingir até 2.200
ODomínioAtlânticodaAméricadoSul, m s.n.m., com variações que respeitam as
&
queenvolvetipologiasvegetacionaisdefloresta diferentes faixas de altitude (França
ombrófllae florestaestacionai,alémdeoutros Stehmann 2004). A despeito da proteção
ecossistemasassociados,cobriaoriginalmente conferida historicamente pela dificuldade de
uma extensão de cerca de 100 milhões de acesso, as ameaças às florestas montanas são
hectares,distribuídospor17estadosbrasileiros, particularmente sérias quando se considera
correspondentes a cerca de 16% do território que ocupavam uma área proporcionalmente
nacional, e por grandes extensões do leste do menorqueaasflorestasdealtitudemaisbaixa
Paraguai e nordeste da Argentina (Galindo- e que elas abrigam uma flora muito peculiar.
Leal & Câmara 2003). A Floresta Atlântica O papel da altitude nacomposição florísticae
tem sido alvo de exploração desde o período na estrutura das florestas tropicais tem sido
colonial, acompanhando os ciclos agrícolas e demonstrado porvários autores (Proctoretal.
ademandapelaexpansãodas áreascultivadas 1988; Gentry 1995; Pendry & Proctor 1996;
e,consequentemente, restahoje menos de 8% Lieberman et al. 1995, 1996; Moreno et al.
desse total e as principais áreas preservadas 2003; Oliveira Filho et al. 2004; França &
estão localizadas nos estados de São Paulo, Stehmann 2004; Carvalho et al. 2005). Ao
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo longo de um gradiente altitudinal variam
(Câmara 2003). Segundo Viana & Tabanez concomitantemente muitos fatores do
(1996), a Floresta Atlântica é o ecossistema complexo ambiental, tais como temperatura,
tropical em estado mais crítico de degradação precipitação pluviométrica, umidade,
em todo mundo. Atualmente, a maioria dos velocidadedosventoseoutros. Emarticulação
seus remanescentes está representada apenas com estas variações, fisionomias e estruturas
porfragmentosdeformações florestais secun- florestais diversas se sucedem montanha
dárias. Os poucos núcleos que ainda podem acima, diferenciando-se comumente a curtas
sercaracterizadoscomoflorestasprimáriasestão distâncias (Whitmore 1990), muito emboraas
concentrados em áreas de altitude elevada e causas desta zonação altitudinal ainda não
acessodifícil (Câmara2003). Alémdisso,esta sejam totalmente conhecidas (Webster 1995).
reduzida porção da florestaoriginal encontra- As florestas montanas da Região
se ainda na forma de pequenos fragmentos, a Neotropicalestãoentreasmaisdesconhecidas
grande maioriacom menosde 10ha(Almeida e também encontram-se entre as mais
1996; Collinge 1996). Somam-se ainda os ameaçadas de todas as vegetações florestais
impactos ambientais proporcionados pela dos trópicos (Gentry 1995). Além disso, as
degradação sob a forma de erosão do solo, florestas montanas que abrigam nascentes de
perda de diversidade biológica, invasão de cursosd águasãodefundamental importância
espécies exóticas e degradação de bacias para a manutenção da qualidade e quantidade
hidrográficas, com a resultante diminuição da da água e por proporcionarem abrigo e
qualidade e disponibilidade de água potável alimentoparaafaunaregional (OliveiraFilho
(Galindo-Leal etal. 2003). et al. 2004). Na Região Sudeste do Brasil,
Além das pronunciadas variações grande parte das florestas montanasencontra-
fisionômicas causadas pela heterogeneidade se situadaem altitudes elevadas docomplexo
da distribuição de chuvas, as florestas do montanhoso que inclui as Serras da
Domínio Atlântico também apresentam Mantiqueira e do Mar. Os estudos de
marcantes variações fisionômicas e florísticas descrições florísticas, estruturais e ecológicas
vinculadasàaltitude (Oliveira-Filho&Fontes de florestas situadas acima de 1.000 m de
2000). As florestas de altitude ou montanas altitudenosudestedoBrasilestãoemsuafase
do Domínio Atlântico ocorrem no alto dos inicial (Baitello& Aguiar 1982;MeiraNetoet
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FloraarbóreadeflorestasdomaciçodoItatiaia
al. 1989; Robim et al. 7990; Baitello et al. do maciçodoItatiaiacomo propósito final de
1992; Oliveira-Filho & Machado 1993; Lima proporcionar subsídio para ações visando à
& Guedes-Bruni 1994; Fontes 1997; Castro proteção e recuperação de areas nessa região.
2001; Fernandes 2003; Oliveira Filho et al.
2004; Dalanesi et al. 2004; França & MaterialeMétodos
Stehmann 2004; Carvalho etal. 2005). 1. Caracterização e localização das áreas
SituadonoeixoRio-SãoPaulo,omaciço As vertentes continentais do maciço do
do Itatiaia, que é parte da Serra da Manti- ItatiaiaalojamasnascentesdorioGrandeque,
queira, vem sofrendo grandes pressões após sejuntar ao rio Paranaíba, no Triângulo
antrópicas desde os tempos coloniais. Por Mineiro,formaorioParaná,constituindoassim
exemplo, a paisagem da vertente interior que oeixodasegundamaiorbacia hidrográficada
aloja as nascentes do rio Grande, em Minas América do Sul. O maciço abriga ainda as
Gerais, mostra na atual pobreza da cobertura nascentes de importantes afluentes do rio
florestal o resultado do desflorestamento Grande,como o Aiuruocaeo Verde, alémdas
indiscriminado ocorrido durante o século nascentes do rio Preto que serve de limite
passado para atender as necessidades entre os estados de Minas Gerais e Rio de
madeireirasdoeixo Rio-SãoPaulo,sobretudo Janeironaquelaregião. Oclimadaregiãoédo
a demanda criada durante a instalação da tipoCfadeKõppen(úmidosubtropical).Dados
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em de temperatura e precipitação são fornecidos
Volta Redonda (Carvalho et al. 2005). Uma na Tabela 1 para Bocaina de Minas, baseados
considerável amostra das florestas da região em Carvalho et al. (2005), Aiuruoca e
foi, no entanto, conservada no Parque Visconde de Mauá, baseados em (http://
Nacional de Itatiaia, o primeiro a ser criado www.inmet.gov.br /climatologia, 2004) e
noBrasil,em 1937.Noentanto,aindahojeeste Itatiaia, baseados em Guedes-Bruni (1998).
Parque sofre pressões antrópicas sérias,como Foram estudadas naregiãodo maciçodo
aextração ilegal de palmito. Itatiaia cinco áreas remanescentes de floresta
As florestas da vertente interior do ombrófilasituadasnosmunicípiosdeAiuruoca
maciço do Itatiaia são ainda muito pouco e Bocaina de Minas, no estado de Minas
conhecidas,oquetomaimportantearealização Gerais, e de Resende (distrito de Visconde de
de trabalhos que inventariem a flora dos Mauá), no estado do Rio de Janeiro (Tabela
como Bmi-1,
remanescentes florestais da região, incluindo 1). As áreas são identificadas
as variações associadas ao histórico de Bmi-2 e Bmi-3 = Bocaina de Minas I, 2 e 3;
intervenção humana, que resultou nos dife- Aiu =Aiuruoca; e Vma=Viscondede Mauá.
rentes estágios sucessionais. Neste contexto, Umasextaárea, Itt= Itatiaia, inventariada por
análises comparativas entre remanescentes Guedes-Bruni (1998) na vertente fluminense
com
permitem uma avaliação da heterogeneidade doParqueNacionaldoItatiaia,foiincluída
da flora, do nível de similaridade entre áreas o propósito de incrementar as análises
congêneres e os possíveis fatores associados comparativas, mas sua listagem não é
aos padrões de variação (Meira-Neto et al. reproduzida aqui. A situação geográfica das
1989; Oliveira-Filho & Machado 1993, seis áreas é indicada na Figura 1. De acordo
aOpsnuleábirlsvaiieçsdiãeirosaar-saFãmiionbliihdceoienaettftaiauvllna.dsna1adm9ee9r4nec)gto.ianãlTsoa.eiirmsDvpeiaosnçrtfãtaooârnfomcoauirçamrõapee,acsruo-ea acoflmoobvmrreeósgofteaistlioaasmçtbãmeriomósaftsidaeloamcIoldnBaetsGnassEniaaf(i,aVcleanulvooicsacoola,mestonooaldf.eclao1sVr9oe9ms1ad)t,e,a
presentetrabalhotemcomoobjetivodescrever Bmi-1, e como floresta ombrófila denNsaa
e analisar a composição florística de cinco montana, nos demais casos, i&nclusive! ItL
remanescentesde florestaombrófiladaregião classificaçãodeOliveira-Filho Fontes(2000),
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nas coordenadas 22°13’ sul e 44°32’ oeste. A
florestarevesteumaencostaíngremeadjacente
à margem esquerda rio Grande e as altitudes
em seu interior variam de 1.210 a 1.360 m. A
bordasdoremanescentesãoabruptasnoslimites
compastagenscircunvizinhas. Deacordocom
informações dos locais, a Mata da Cachoeira
é o único remanescente florestal às margens
do rio Grande que não sofreu corte raso, pelo
menosnosúltimos80anos.Noentanto,afloresta
tem sofrido impactos de obras de canalização
de água, construção de cercas limítrofese uso
pelogado.Umadescriçãodetalhadadestaárea
é fornecida por Carvalho et al. (2005).
tifíiira1-Localizaçãogeográficadosseisfragmentosde Bmi-3 (Bocaina de Minas 3) é um
floreslaombrófilamontanadaregiãodomaciçodoItatiaia remanescente florestal de aproximadamente
huNtiaipclsiiozomandéaotslrindcaeassaInteáamltiisameiseatfréloorsiínstddiieccadsala(t1i)e.tumAde.cáirnBezmaaid.-o1C/Pu2ar/rv3qau=se c1e5rhcaa ldoeca5lizkamdo aàsjmuasragnteensddeosruiao Gnraasncdeen,tea
Bocaina de Minas 1/2/3, Aiu = Aiuruoca: Vma = principal,nascoordenadas22°14’ sule44°34’
Viscondede Mauá; Itt= Itatiaia. oeste. A floresta reveste uma encosta que
flanqueia a margem esquerda do rio Grande,
com
csuteoicmllioazsasdiafincaocpormeosefnltoereesstatuodmobr(óTfaiblealaaluv1)i,alB,mVim-a1 Asucveesgaselãttoiatçueãdcoeosleóvngcaiorcniata,rnadt-oesneednetormesoe1fs.rt4iá0dg0oioecoi1nr.itc4ei8a0rlamds.eo
florestaombrófilamistaalto-montana,Bmi-
e2eItBtmei-A3icuomcoomfloorefsltoaroemsbtaróofimlbaróafltiol-amobnatiaxnoa-, dháuacserdcéacdaeda4s0 saengousineterse.petAisdosbocrodrtaess snãaos
montana. Descrições de cada remanescente abruptas nos limites com pastagens
florestal são fornecidas abaixo. circunvizinhas e uma estrada.
Vma
Bmi-1 (Bocaina de Minas um (Visconde de Mauá). Esta área foi,
remanescente florestal de aproximada1m)enéte 3 na verdade, composta por três remanescentes
hdae s1i5tuakdomndasemsauragennasscdeonrtieo Gprrainndceip,aal,cenracsa ofluotrreossta(iesntsrietu1a0d0osem1u7i0tompdreóxdiimstoâsncuian)s, dnoass
coordenadas 22°10’ sul e 44°28’ oeste e a uma coordenadas 22°20’ sul e 44°36’ oeste, sendo
arGallertumaivatninudadeleesqcseuuejneeestivtetaáorriteaaovtpepasoelturmeceíoano,tdmeeobsamisndtseeoarsmaiomdloaadgreeagm1me.en1nus3tm5od.mol.eAriiOtsoo qmlnouuocnedaiildcsioítzirpaisidtooodseddleneeosMRid(ericsasteonrtnmiãdtoáoe,rde(meaRusJVn)dii,ecseíc5pooineodoe7udtedhreaBo)oM(ce8aasuithánãa,ao)
bordas são abruptas nos limites com pastagens de Minas (MG). Os remanescentes estão
e estradas circunvizinhas e, segundo relatos de situados no interior do Parque Nacional de
habitantes locais, encontra-se em regeneração Itatiaia, mas próximos aos seus limites com
desde corte raso sofrido há cerca de 50 anos. Aárseas privadascom intensa atividade turística.
Bmi-2(Bocainade Minas2) é umrema- altitudes variam entre 1.150 e 1.350 m.
nleosccaelnmteentfelorceostmaoldMeactearcdaadeCa1c0hhoae,icroandhoecRiidoo floresAtailuc(oAmiucreuroccaa)deé1u0mharelomcaanleiszcadeontàes
Grande, que está localizado a cerca de 10 km margensdorioAiuruoca,emáreasparticulares
ajusante da nascente principal do rio Grande, daaser‘ePmeaqfueetandaaspCaernctiraallmentHeidpreellaéctornisctaruçdãeo
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Tabela 1 -Informaçõesgerais sobreas seis áreasde floresta ombrófílamontanadomaciçodo Itatiaia(MGe RJ) analisadas nopresenteestudo.
Ascincoprimeiras áreas sãoobjetodopresenteestudo; Ittprovémdoestudode Guedes-Bruni (1998). Atipologiaflorestal segue Oliveira-Filho Flora
Rodriguésia & Fontes (2000). Latitudes (Lat.), longitudes (Long.) e altitudes (Alt.) são valores medianos. As áreas em hectare se referem aos fragmentos
(57 florestais estudados; Itt é área florestal contínua, i.e., não fragmentada. Tma = temperatura média anual, Tm7 = temperatura média emjulho, arbórea
1 Tml =temperatura médiaemjaneiro, Pma= precipitação média anual, PJJA= médias mensais emjunho/julho/agosto, PDJF= médias mensais de
): em
dezembro/janeiro/fevereiro.
103 florestas
-
126 Sigla Localidade Tipologia Lat. Long. Alt. Área Tma Tm7 Tml Pma PJJA PDJF
. Florestal (m) (ha) (°C) (°C) (°C) (mm) (mm) (mm) do
2006
Aiu Aiuruoca Floresta 22°01’ 44°36’ 1084 10 18,6 13,2 21,6 1677 31 278 maciço
(MG) Ombrófíla do
Baixo-Montana
Itatiaia
Bmi-1 Bocaina de Minas 1 Floresta 22°10’ 44°28’ 1135 3 16,7 13,0 19,7 2108 35 341
(MG) Ombrófila
Aluvial
Bmi-2 Bocaina de Minas 2 Floresta 22°13’ 44°32’ 1285 10 16,7 13,0 19,7 2108 35 341
(MG) Ombrófila
Alto-Montana
Bmi-3 Bocaina de Minas 3 Floresta 22°14’ 44°34’ 1440 15 16,7 13,0 19,7 2108 35 341
(MG) Ombrófila
Alto-Montana
Vma Visconde de Mauá Floresta 22°20’ 44°36’ 1250 5, 7 e 8 16,6 12,8 19,7 2459 43 380
(MG/RJ) Ombrófila
Mista
Alto-Montana
Itt Itatiaia Floresta 22°26’ 44°37’ 1067 contínua 18,7 15,0 22,0 1703 34 266
(RJ) Ombrófila
Baixo-Montana
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6 17 18 19 20 21 22 23 24 25
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Pereira,I.M. etal.
Aiuruoca’, nas coordenadas 22°01’ sul e espécies arbóreas em seis áreas. Foi realizada
44°36’ oeste. O terreno é muito acidentado, uma análise de agrupamento das seis áreas
com altitudes variandoentre 1.040e 1.150 m. baseadanacomposiçãodesuafloraarbóreacom
A floresta se caracteriza por um mosaico de usodooprogramaPC-Ordversão4,0(McCune
diferentesestágiosdesucessãoprovavelmente & Mefford 1999). A medida de similaridade
como resultado de um variado histórico de florísticaempregadanaanálisedeagrupamento
intervenções humanas. foi o índice de Jaccard por ser uma medida de
simples compreensão, definida pela proporção
2. Levantamentos florísticos de espécies em comum (Brower & Zar 1984).
As listagens de espécies arbóreas Ométododeagrupamentofoiodasmédiasnão
resultaramde levantamentosfitossociológicose ponderadas(UPGMA),porseromaisdifundido
florísticos conduzidos em Bmi-1/2/3 e somente emanálisesdevegetação(Kent&Coker 1992).
florísticos em Aiu e Vma. Levantamentos
fitossociológicos foram conduzidos em 10 Resultados e Discussão
parcelas de 10 x 40 m, nos casos de Bmi-1 e 1. Composição e riqueza de espécies
Bmi-3,eem26parcelasde20x 20mem Bmi- A
relação das 444 espécies arbóreas, 192
2. Nestastrês áreas os levantamentosflorísticos
das espécies arbóreas foram feitos a partir do gêneros e 68 famílias botânicas registradas nos
cinco remanescentes florestais da região do
material testemunho coletado nas unidades
amostrais (parcelas), acrescido de coletas maciçodoItatiaiaencontra-senaTabela2.Todos
realizadas em caminhamentos pelas áreas. Nos os táxons estão identificados até o nível de
cfaosroasmdereValmiazaedoAsiup,oorsmleeivoandteamcenatmoisnhflaomríesntticooss fesopréacmiee;xsceltueíedsops.écCiamsesodfeosisdeenitnicfliucíadçaãoaduávrieadoIstta,
aleatórios no interior dos remanescentes. Em inventariadaporGuedes-Bruni(1998),aamostra
todos levantamentos, foram registrados apenas total da flora arbórea seria composta por 504
espécies, 210 gêneros e 71 famílias. Os
iignudailvíoduuossudpeehráiboirtoaar3bómr)e.oO(fumstaetelreinahlosbooetâalntiucroa estimadores jackknife (Heltsche & Forrester
testemunho foi herborizado e depositado no 1983;Palmer 1991)donúmerototaldeespécies
herbário da Universidade Federal de Lavras paraafloraarbóreacalculadosapartirdaamostra
(HerbárioESAL).Asidentificaçõesforamfeitas deseisáreasforamde715,8 (primeiraordem)e
comauxíliodeliteraturaespecializadaeconsultas 813,6 espécies (segunda ordem). Estes
estimadores não paramétricos fazem uma
a especialistas e as coleções dos Herbários
ESAL, BHCB (Universidade Federal de Minas projeçãodonúmerototal deespécies apartirda
Gerais),SP(InstitutodeBotânicadeSãoPaulo), heterogeneidade entre amostras, sendo o
RB (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do segundodelespromoveumainflaçãomaiorpor
Rio de Janeiro) e UEC (Universidade Estadual se basear nas diferenças máximas. Os valores
de Campinas). As espécies foram classificadas encontrados são mais elevados que o total de
nas famílias reconhecidas pelo sistema do registros no conjunto das seis áreas, mas ainda
AngiospermPhylogeny GroupII(APG2003). rmeagiisstrealdeosvaedmoscaqduaeuomsatdoetlaaiss, qdueeevsapréicaireasm
3. Análises florísticas entre 82 (Bmi-1) e 231 (Aiu) espécies. Estes
números sugerem uma elevada riqueza de
Para a realização das análises florísticas,
foi preparado um banco de dados contendo a desepéucmieas grergainodnealvqaureiarçeãsoultea,mecmomgproasndieçãpoartdee,
relação de espécies das cinco áreas do presente
eBdsratudunodiso(b1mi9an9iá8rs)i.aoAsáordeefaipnIartlte,,soiennbvçaeanntcoaourdiaeauddsaaêpdnoocrsiacGoudneetdi5en0sh3-a edusampsaé4c4ide4asseesnpctéircneiceoosssáróreefamosar.naemPscarerenagtiescstor.nafdDiaesrmefaamrtoa,ap4ean7lat%sa
riquezaregionaldeespécies,valemencionarque,
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FloraarbóreadeflorestasdomaciçodoItatiaia
naregião do Alto Rio Grande, que é dez vezes acmobmimeenrtessonriipaárniao,s alaSg.ávebirsa,sciloimeonsSiesb,astViaintieax
maiorqueadomaciçodoItatiaia,Pereira(2003)
em megapotamica e Inga vulpina (Botrel et al.
registrou um total de 730 espécies arbóreas
20 remanescentes florestais, e estimadores 2002;NGausilchienrcmoeáerteaals. 2d0e04f)l.oresta do presente
jackknifedeprimeirae segundaordemde901,8 estudo, as famílias que se destacaram em
e 991,A5,rrieqsupeecztaivdaemenetsep.écies registrada nos rMieqluaesztaomdaeteascpeéaceies(f45o)r,amFMaybratcaecaeeae ((3444)),,
remanescentesvarioumuitoeaamplitude (82 a Euphorbiaceae (19),
2tsier3nrat1becarelomshenpodsésiicáidrreeeisara)laiadrzaeaegdlcioessvotamredaoamd,aifnnnlodooirscecosaftntratiasevgxammtoeodnnedtteoarsnioaqupsutoereddzomeoas LeAa(s1sam4ttou)aesr,srtaSfarcaacalemediíaaclaeeiasac(se1(8(arT)3eea,2p(b)R1re,3uel)bsaieena2Stc)o.aelraaTaenamai(5cs15e7)af%,eamAd(ín1al2sni)oa.esnsJ,pauécnccteiaoaesmes,
estadodeMinas Gerais, comoos realizcaodmos218 exceção de Salicaceae (em Flacourtiaceae na
Carrancas (OliveiraFilho etal. 2004), também surgem no
maioria dos trabalhos),
cesopméci2e1s3;;PCoaçmoanBdounictaoia(D(aFlraanneçsai &et aSlt.e2h0m0a4n)n, elelveannctoamdeentmoasiroeralriizaqduoeszaemdeouetsrpaéscáireesasnodse
2004), com 70; Poços de Caldas (Fernandes montana (ombrólilas, mistas e
floresta
2003),com 105;serradoIbitipoca(Fontes 1997), estacionais) da Região Sudeste, nos estados
com 199; serra do Cipó (Meguro et al. 1996), de São Paulo (Baitello etal. 1992; Grombone
com229;eserradoAmbrósio(Puametal. 1994), Mantovani 1990; Robim et al.
cprpriooeqdmsueeen7mzt1ae.seeenDrstitrruveedeolro.asscoEinsrotnerfameadatoenolsereessàs,cegpdnroetadendesdimefífcslvieoalrrrecicsiaottçanaiãtdsoroosddloaoe e2G(1tO0u9l0e9ai40dlv'.;eesiF1Rr-o9aoBn9drFt0riue;ilnsghiou1ee91st99a79le4).t)e2.a0lRD.0i4eo;19daF8ecr9oa)Jrn,adçnoaMeii&crnooaSmst(eLFGiheommrnaaatnie&nss
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Montana. Em seguida, Vma, com 190 espécies padrõesestesestendidoparaosudestebras.le.ro
tambéméumremanescentedeflorestamadura, &Fontes(2000). Asáreasdo
porOliveira-Filho
emboradeoutrafisionomia,FlorestaOmbrófila maciço do Itatiaia, com exceção de Bmi ,
MistaAlto-Montana.Nooutroextremo,osrema- características floríst.cas
apresentaram
nescentesdemenorriqueza,Bmi-1 eBmi-3,com como indicadoras de florestas dc
reconhecidas
81 e 119 espécies respectivamente, encontram- do sudeste do Brasil, ou a c
maiores altitudes
se ambos em estágios iniciais a intermediários mesmo do Neotrópico. Um dos indícios deste
desucessãoecológica.Alémdisso,Bmi-1 acres- comportamento é a riqueza relatava deespécies
centaaparticularidadedeserumaflorestaaluvial de Lauraceae, Asteraceae, Cyatheaceac.
sujeita a inundações e seu pequeno número de Melastomataceae e Aquilohaceae,
easspréecsiterisçõeesstáimpproosvtaasveplemleanstaeturrealçãaocihoíndraidcoa,cqoume qSouleacnoarceraees,pond&emFoanotpeesrf(i2l0f0l0or)ísptaircaodaessfclroirteosptoar*
Oliveira-Filho
normalmente restringe o estabelecimento de Alto-Montanas, tanto Ombrólilas
Atlânticas
muitasespéciesdafloraregional;noctoabmiulinzsame-sme £moSemidecíduas. Genüy (1995). analisando
aí, pela abundância, espécies
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Pereira, I.M. etal.
florestas Andinas e da América Central, Clethra scabra, Clusia criuva, Daphnopsis
constatou uma perda de importância de fasciculata, Drimys brasiliensis, Eremanthus
Fabaceae apartirdos 1.500 m de altitude, e um incanus, Euplassa incana, Ficus luschnathiana,
aumento no predomínio de Lauraceae, F. mexiae, Geonoma schottiana, Gomidesia
MelastomataceaeeRubiaceae. Asduasfamílias spectabilis, Gordonia fruticosa, Guatteria
de maior importânciaem relação ao númerode australis, Hedyosmum brasiliensis,
espécies nas cinco áreas do maciço do Itatiaia, Leucochloron incuriale, Maytenus
Myrtaceae e Melastomataceae, também são glazioviana, M. salicifolia, Meliosma sellowii,
consideradas por Webster (1995) como Miconia brunnea, M. chartacea, M.
características de florestas nebulares do cinnamomifolia, Miconia theaezans,
Neotrópico,alémdeoutrasfamíliasquetambém Mollinedia argyrogyna, Myrcia laruotteana,
foram encontradas em abundância naregiãodo Myrsine gardneriana, Nectandra grandiflora,
Itatiaia como Aquifoliaceae, Clethraceae, N. lanceolata, N. nitidula, N. puberula,
Clusiaceae, Cunoniaceae, Elaeocarpaceae, Ocotea brachybotra, Ocotea silvestris,
Podocarpaceae, Rosaceae, Sabiaceae, Picramnia glazioviana. Pimenta
Styracaceae, Symplocaceae e Winteraceae. pseudocaryophyllus, Protium widgrenii,
Os gêneros que contribuíram com maior Psychotria suterella, Quiina glaziovii,
número de espécies na região do maciço do Schefflera angustissima, S. calva,
ItatiaiaforamMiconiacom46espécies,seguida Siphoneugena widgreniana, Solamim bullatum,
de Ocotea com 27; Eugenia com 21; Casearia Symplocos celastrinea, Tabebuia chrysotricha,
com 20; Solanum com 19; Tibouchina com 18; Tibouchina stenocarpa, Trembleya par\’iflora,
Cyathea, Myrcia e Myrsine com 17 espécies Trichilia emarginata, Vismia brasiliensis e
cada; Nectandra com 16; Ilexcom 14e Croton Weinmannia paulliniifolia. Por outro lado,
e Machaerium com 13 espécies cada. Juntos, apenas duas das 65 espécies relacionadas por
esses gêneros contribuíram com 57% das Oliveira-Filho&Fontes(2000)foramregistradas
espécies registradas. Entre eles, Miconia, para a área Bmi-1, o que confirma a coerência
Cyathea, Myrsine e Ilex são considerados por da classificação do IBGE (Veloso et al. 1991;
Webster(1995)comocaracterísticosdeflorestas IBGE 1997),quedestacaasformaçõesflorestais
nebularesneotropicais,oquefoiconfirmadopara aluviais, independentemente daaltitude emque
o sudestedoBrasil porOliveira Filho&Fontes se encontram, como distintas das formações
(2000). Além disso, foram registrados outros florestais vinculadas aos pisos altitudinais. Das
gêneros que não se destacaram pelo número de 82 espécies encontradas em Bmi-1, 15 foram
espécies,massãoconsideradoscomofortemente exclusivas dessa área, o que demonstra que o
relacionados a altitudes elevadas no Brasil, ou fatodeaáreasofrerinundações periodicamente
mesmo no Neotrópico, como Clethra, pode restringir a colonização dessas áreas por
Weinmannia, Drimys, Gordonia, Podocarpus, poucas espécies adaptadas às condições de
Myrceugenia, Meliosma, Prunus e Roupala saturaçãohídricatemporária.Poroutrolado,das
(FoWnetbesOste2r00109;95F;raFnoçnate&s S19t9e7h;maOlninve2i0r0a4)Filho & n7a6semsaptéacsiecsilciiatreasdadsocBoramsoildeextarmap-lamaazocôonrircêonpcoiar
perfil florístico das espécies também Rodrigues & Nave (2001), 44 (58%) também
mostra relação com florestas montanas. Das 65 foram registradas nas florestas do maciço do
espécies apontadas Oliveira-Filho & Fontes Itatiaia,particularmenteem Bmi-1.Comotodas
(2000)comoindicadorasdeflorestaatlânticaalto- elas tem pelo menos um setor ripário, pode-se
montana, 50 (77%) foram registradas nas áreas inferir que, mesmo em áreas de altitudes mais
do maciço do Itatiaia: Byrsonima laxiflora, elevadas,háum grande númerode espéciesem
Calyptranthes clusiifolia. Casearia obliqua, comum entre as áreas de matas ciliares extra-
Cecropia glaziovii, Cinnamomum glaziovii. amazônica.
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FloraarbóreadeflorestasdomaciçodoItatiaia 1 ‘
Tabela2- Relaçãodas444espécies arbóreas registradas nascincoáreas de florestaombróhla montanado
maciçodoItatiaia(MGe RJ). Asespéciesestãoorganizadasemordemalfabéticadasfamíliasreconhecidas
peloAPGII(2003)eseguidasdoregistrodeocorrência(x)eausência(-)nasáreasedonumeroderegistro
das amostras noHerbário ESAL.
Bmi-rBmU2BmT-3Aiu Vma Registro
Farnílias/Espécies
ANACARDIACEAE
x 17992
Astronium graveolens Jacq.
16364
Lithraeamolleoides(Vell.)Engler
x 16722
Schinus terebinthifolius Raddi
15135
Tapirira guianensis Aubl.
15141
Tapirira obtusa (Benth.) Mitchell
ANNONACEAE
Annona cacans Warm. x x X - 19943
Cymbopetalum brasiliense (Vell.) Benth. X x - 17230
X X 19944
Duguetia salicifolia R.E.Fries
X X x x 15137
Guatteria australis A.St.-Hil.
X X x - 17232
Guatteria latifolia (Mart.) R.E.Fries
X 17233
Guatteria pohliana Schltdl.
785
X
Guatteria sellowiana Schltdl.
X x x 16221
Rollinia dolabripetala (Raddi) R.E.Fries
X x - 19945
Rollinia emarginata Schltdl.
X x - 17062
Rollinia laurifolia Schltdl.
17234
X
Rollinia sylvatica (A.St.-Hil.) Mart.
17234
X
Xylopia brasiliensis Sprengel
apocynaceae
15821
Aspidospemta australe Müll.Arg.
17044
Aspidosperma olivaceum Müll.Arg.
x 17063
Aspidosperma parvifolium A.DC.
17235
Aspidosperma spruceanum Benth.
AQUIFOIJACEAE
x 19946
Ilexamara(Vell.)Loes. x 17137
x
Ilex cerasifolia Reissek X X 19947
Ilex conocarpa Reissek X x 16226
Ilexparaguariensis A.St.-Hil. x X x 17239
Ilex theezans Mart.
araliaceae
12311
&
Dendropanaxcuneatus (DC.) Decne Planch. 17240
Oreopanax capitatus (Jacq.) Decne & Planch. x x
Oreopanaxfulvus Marchai X 16712
Schefflera angustissima (Marchai) Frodin 17241
& x
Scheffleracalva (Cham.) Frodin Fiaschi
araucariaceae
x x 17243
Araucaria angustifolia (Bert.) Kuntze
arecaceae
x x 15153
Euterpe edulis Mart. X X 15156
Geonoma schottiana Mart. X 1744
Syagrusromanzoffltana(Cham.)Glassman
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Pereira,I.M.etal.
Famflias/Espccies Bmi-1 Bmi-2 Bmi-3 Aiu Yma Registro
ASTERACEAE
Austrocritonia velutina (Gardner) x 19948
R.M.King&H.Robinson
Austroeupatorium inulaefolium (Kunth)
x
R.M.King&H.Robinson
Baccharis brachylaenoides DC. X - X 2883
Baccharis serrulata Pers. X X 17244
Dasyphyllum brasiliense (Sprengel) Cabrera X x - 19949
Eremcmthus erythropappus (DC.) MacLeish
X X x x 18213
Eremanthus incamis (Less.) Less.
x 15154
Goclmatia paniculata (Less.) Cabrera X X x - 15151
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera
x x 16420
Heterocondylus vauthierianus (DC.)
R.M.King&H.Robinson X 19950
Piptocarpha macropoda Baker
x x x - 16744
Piptocarpha organensis Cabrera -
x
Piptocarpha regnellii (Sch.Bip.) Cabrera
X X X 19951
Stifftia chrysantha Mikan XXX X 17247
Verbesina claussenii Sch.Bip. x -
Vemonanthura diffusa (Less.) H.Robinson
x X 17647
Vernonanthura discolor (Sprengel) H.Robinson
X X x x 17250
Vemonanthura phosphorica (Vell.) H.Robinson
x - 16746
BIGNONIACEAE
Cybistax antisyphillitica Mart.
x 16747
Jacaranda macrantha Cham.
x - x 17074
Tabebuia alba (Cham.) Sandw.
x - - 19952
Tabebuia chrysotricha (Mart.) Standley x - x 17251
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
19953
Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols
x - 17075
Tabebuia vellosoi Toledo
x - x 17252
BORAGINACEAE
Cordia ecalyculata Vell.
x - x 17253
Cordia sellowiana Cham.
Cordiasuperba Cham. x - 12348
x 15143
BURSERACEAE
Protium spruceanum (Benth.) Engler
Protium widgrenii Engler x - 16759
x x 16400
CANELLACEAE
Cinnamodendron dinisii Schwacke
x 19954
CANNABACEAE
Ceitis ehrenbergiana (Klotzsch) Liebm.
Tremamicrantha(L.)Blume x - 16940
x - 16619
CELASTRACEAE
Maytenus evonymoides Reissek
Maytenus glazioviana Loes. x - - 18785
Maytenus gonoclada Mart. x - 17254
Maytenus robusta Reissek x 13233
x - - 19955
Maytenus salicifolia Reissek
x - 17255
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