Table Of ContentApresentação 1
Cibercultura e Pós-humanismo:
Exercícios de arqueologia e criticismo
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2 Francisco Rüdiger • Cibercultura e pós-humanismo
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Chanceler:
Dom Dadeus Grings
Reitor:
Joaquim Clotet
Vice-Reitor:
Evilázio Teixeira
Conselho Editorial:
Alice Therezinha Campos Moreira
Ana Maria Tramunt Ibaños
Antonio Hohlfeldt
Draiton Gonzaga de Souza
Francisco Ricardo Rüdiger
Gilberto Keller de Andrade
Jaderson Costa da Costa
Jerônimo Carlos Santos Braga
Jorge Campos da Costa
Jorge Luis Nicolas Audy (Presidente)
José Antônio Poli de Figueiredo
Lauro Kopper Filho
Lúcia Maria Martins Giraffa
Maria Eunice Moreira
Maria Helena Menna Barreto Abrahão
Ney Laert Vilar Calazans
René Ernaini Gertz
Ricardo Timm de Souza
Ruth Maria Chittó Gauer
Edipucrs:
Jerônimo Carlos Santos Braga (Diretor)
Jorge Campos da Costa (Editor-Chefe)
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Apresentação 3
FRANCISCO RÜDIGER
Cibercultura e Pós-humanismo:
Exercícios de arqueologia e criticismo
Coleção Comunicação 44
Porto Alegre,
2008
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4 Francisco Rüdiger • Cibercultura e pós-humanismo
© EDIPUCRS
1ª edição: 2008
Preparação de originais: Patrícia Aragão
Revisão: do Autor
Editoração e composição:Suliani Editografia Ltda.
Impressão e acabamento: Gráfica Epecê
Capa: Finalização de Vinícius Xavier
Fonte da ilustração da capa: Kamal Krishna: Bruce Cyborg.
In www.worth10000.com (Celebrith cyborgs). Capturada em 10-12-2007
Dados internacionais de catalogação na Publicação (CIP)
R916c Rüdiger, Francisco.
Cibercultura e pós-humanismo: exercícios de arqueologia e
criticismo / Francisco Rüdiger. – Porto Alegre : EDIPUCRS,
2008.
237 p. – (Coleção Comunicação; 44)
ISBN 978-85-7430-724-4
1. Cibercultura. 2. Pós-Humanismo. 3. Tecnologia-Filosofia.
4. Criticismo. I. Título.
CDD 301.243
Ficha catalográfica elaborada pelo
Setor de Processamento Técnico da BC-PUCRS
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra
sem autorização expressa da Editora.
EDIPUCRS
Av. Ipiranga, 6681 – Prédio 33
Caixa Postal 1429
90619-900 – Porto Alegre – RS – Brasil
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Apresentação 5
Para a Sereia,
nem animal, nem gente:
apenas adorável e mitológica
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6 Francisco Rüdiger • Cibercultura e pós-humanismo
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Apresentação 7
Sumário
Apresentação ........................................................................ 9
1 A comunicação na era da cibercultura:
adeus à Indústria Cultural?................................................... 19
CIBERCULTURA: EXERCÍCIOS DE ARQUEOLOGIA
2 A Dialética homem e máquina na literatura:
Forster e Galouye................................................................. 39
3 Giger: fantasmagoria ciborgue e apocalipse tecnológico..... 61
4 Kraftwerk: tecnocultura de mercado
e estética maquinística.......................................................... 87
5 A Dialética entre homem e máquina no cinema:
de Kubrick a Spielberg......................................................... 115
PÓS-HUMANISMO: LINHAS DE CRITICISMO
6 Anúncios do pós-humanismo: marcos e problemática......... 141
7 O pós-humano: episteme, senha e sentido............................ 161
8 O pós-humano: biopolítica e cibercultura............................ 181
9 Discussão sobre o pós-humano:
fantasia e desmistificação..................................................... 203
Conclusão ............................................................................. 225
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8 Francisco Rüdiger • Cibercultura e pós-humanismo
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Apresentação 9
Apresentação
Jacques Ellul resumiu uma concepção de bastante consenso no pensa-
mento contemporâneo ao escrever que, atualmente, “a técnica não é mais
um fator secundário, integrado em uma sociedade não técnica ou em uma
civilização”. A técnica “se tornou um fator dominante no mundo ocidental,
[...] é uma mediação universal, produtora de uma mediação generalizada,
totalizante e aspirando à totalidade” (Ellul apud Jean Pierre Séris:
La technique. Paris: Puf, 2000, p. 53).
Na verdade, a proposição refere-se à tecnologia maquinística, porque,
vendo bem, as atividades humanas sempre foram, em alguma medida, coor-
denadas, regulares e motivo de algum conhecimento operacional, mesmo
que não pensadas como tais. Nesse sentido, mas com essa restrição, sempre
foram técnicas. Apesar disso, a afirmativa registrada anteriormente não ape-
nas causa impacto como costuma ter ampla aceitação, visto ressoar nela,
como clichê, um estado de espírito ou espírito do tempo que acabou por se
impor entre nós durante o século XX.
Observa-se, com efeito, que, conforme o tempo avançou, a tecnologia
acabou se convertendo concretamente para as massas afluentes naquilo que
sempre foi para a reflexão crítica mais avançada: a base para uma espécie
de metafísica de nossa época. O Ocidente criou essa expressão, “metafísica”,
sem jamais ter esclarecido totalmente seu significado, como fez notar
Heidegger. Os tempos modernos, por sua vez, cunharam há cerca de três
séculos uma outra, “tecnologia”, vítima de toda uma série de confusões e
mal-entendidos não menos interessante.
Mesmo assim, o sentido desse termo se torna razoavelmente claro, quan-
do notamos que sua referência é menos uma coisa do que um projeto, e seu
conteúdo é, em resumo, a criação de uma ciência geral das técnicas, sobre-
tudo aquelas dependentes da aplicação da física e biologia (cf. Jean Claude
Beaune: “La technologie”. In André Jacob [org.]: L’Univers Philosophique.
Paris: Puf, 1989, p. 966).
Desde o final do século XVIII, volta e meia aparece um pesquisador
pretensioso ou publicista diletante com o plano de sistematizar em uma lin-
guagem o conjunto dos processos mecânicos ou maquinísticos, a partir de
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