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UNICAMP
Universidade Estadual de Campinas
Reitor
José Tadeu Jorge
Coordenador Geral da Universidade
Álvaro Penteado Crosta
EDITORA
Conselho Editorial
Presidente
Eduardo Guimarães
Elinton Adami Chaim- Esdras Rodrigues Silva
Guita Grin Debert - Julio Cesar Hadler Neto
Luiz Francisco Dias - Marco Aurélio Cremasco
Ricardo Antunes - Sedi Hirano
Luiz Marques
C A P IT A L IS M O E
C O L A P S O A M B IE N T A L
ET T O R 3 U N I C A M P
UNICAMP
Biblioteca - IFCH
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Em vigor no Brasil a partir de 2009.
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DIRETORIA DE TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
M348c Marques, Luiz.
Capitalismo c colapso ambiental/ Luiz Marques. - Campinas, SP: Editora da Unicampi
2015.
1. Capitalismo. 2. Ecologia. 3. Desmatamento. 4. Abastecimento de água. 5. Impacto
ambientai. I. Titulo.
CDD 330.122
301.31
333.7513
628.1
ISBN 978-85-268-1274-1 363.7
índices para catálogo sistemático:
1. Capitalismo 330.122
2. Ecologia 301.31
3. Desmatamento 333.7513
4. Abastecimento de água 628.1
5. Impacto ambiental 363.7
Copyright © by Luiz Marques
Copyright © 2015 by Editora da Unicamp
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AGRADECIMENTOS
Ao longo dos anos de sua pesquisa e redação, este livro beneficiou-se de
múltiplas contribuições de amigos e colegas e é chegado o momento prazeroso
de registrar minha gratidão. Alcir Pécora, Alfredo Nastari, Armando Boito,
Breno Raigorodsky, Carlos Marigo, Carlos Spilalc, Célio Bermann, Claudia
Valladão de Mattos, Daniela Cabrera, Edgardo Pires Ferreira, Fernando Cha
ves, Francisco Achcar, Francisco Foot Hardman, Henrique Lian, José Arthur
Giannotti, José Pedro de Oliveira Costa, José Roberto Nociti Filho, Leandro
Karnal, Lia Zatz, Luciano Migliaccio, Maristela Gáudio, Martha Gambini,
Martino Lo Bue, Mauro de Almeida, Nádia Farage, Néri de Barros Almeida,
Paula Cox Rolim, Pérsio Arida, Ricardo Abramovay, Roberto do Carmo, Ruy
Fausto, Stela Goldenstein e Wiliam Daghlian nutriram-me com estimulantes
conversas sobre os mais diversos aspectos das crises ambientais de nossos dias.
Alguns deles tiveram a generosa disponibilidade de lerem momentos diversos
de sua redação partes do manuscrito, enriquecendo-o com críticas importantes
e sugestões. Muito deste livro amadureceu nas tardes de domingo passadas na
companhia de Chico Achcar, amigo querido e exemplo de sempre. Armando
deu-me muito de seu tempo e de seu conhecimento na discussão crítica da
noção de Estado-Corporação. Foot leu e releu com empenho a Introdução e
nossa sintonia tem para mim um valor incalculável. Roberto do Carmo leu o
capítulo 7, sobre demografia, e influiu de modo substancial em seu conteúdo.
A ele devo a oportunidade de propor o conteúdo do capítulo 5, sobre a regres
são ao carvão, num seminário do Núcleo de Estudos Populacionais (Nepo) da
Unicamp. A Ruy Fausto devo a possibilidade de publicar uma versão inicial
desse capítulo na sua bela revista Fevereiro. Num seminário sobre vegetarianismo
coordenado por Nádia Farage, pude apresentar alguns dados e argumentos
sobre o impacto ambiental do carnivorismo, desenvolvidos no capítulo 10. José
Pedro de Oliveira Costa forneceu-me informação preciosa e estimulante sobre
o passado e o presente da questão ambiental no Brasil. William Daghlian man
teve-me informado sobre notícias e análises publicadas na imprensa norte-a
mericana e sua leitura de parte do manuscrito foi muito encorajadora. Graças
à mediação de Henrique Lian, uma versão muito inicial deste texto passou pelo
crivo da revisão técnica de Marco Antônio Fujihara. Fernando Chaves desin-
cumbiu-se com seu habitual esmero de todos os gráficos. Não poucos dos meus
interlocutores mantêm vivas discordâncias com as teses centrais deste livro,
mas não avaliam talvez em sua justa medida a importância de seus argumentos
para o que aqui se propõe. Obviamente, as falhas do livro permanecem de
minha exclusiva responsabilidade.
Uma palavra de agradecimento vai também aos colegas e alunos de graduação
e pós-graduação do Departamento de História da Unicamp. Aos primeiros,
por acolherem minhas propostas de cursos sobre a questão ambiental; aos se
gundos, pelas discussões desenvolvidas em classe e fora dela. Só Lúcia Helena
Lahoz Morelli e eu sabemos o quanto este texto lhe deve. E a segunda vez que
tenho o privilégio e o prazer de tê-la como revisora na Editora da Unicamp. E
com sentida gratidão que reconheço sua secreta e providencial presença em
muito do que vai aqui escrito.
Este livro seria outro ou, mais provavelmente, nem existiría sem a quantidade
imensurável de críticas e contribuições recebidas de Sabine Pompeia, minha
mulher. Devo-lhe, mais ainda que isso, a motivação e o encorajamento constante
para levar a termo a ingrata empresa de perserutar o colapso socioambiental
que se desenha em nosso horizonte. A ela, a Elena e a Leon, nossos filhos, dedico,
como sempre, este trabalho.
SUMÁRIO
ABREVIAÇÕES............... 11
INTRODUÇÃO.............................................................................................. 13
PARTE I
A CONVERGÊNCIA DAS CRISES AMBIENTAIS
1. DIMINUIÇÃO DAS MANTAS VEGETAIS NATIVAS............................. 65
1.1 A curva global ascendente do desmatamento (1800-2013)........ 65
1.2 A evolução do desmatamento por regiões...................................... 72
1.3 O caso brasileiro (1964-2014)......................................................... 76
1.4 O recrudescimento do corte raso e da degradação na
Amazônia............................................................................ 85
1.5 A extração ilegal de madeira camuflada na extração ilegal........... 89
1.6 Fragmentação e degradação das florestas....................................... 91
1.7 Diminuição das áreas de proteção ambiental................................ 94
1.8 Ponto crítico: A floresta colapsa..................................................... 95
1.9 O desmatamento e os “rios voadores”............................................. 98
1.10 A grande coalizão do desmatamento no Brasil............................ 100
2. ÁGUA, SOLOS E INSEGURANÇA ALIMENTAR................................... 111
2.1 Declínio dos recursos hídricos......................................................... 111
2.2 Rios, lagos e reservatórios................................................................. 115
2.3 Aquíferos fósseis e renováveis.......................................................... 126
2.4 Secas e aridez..................................................................................... 130
2.5 Degradação dos solos e desertificação........................................... 134
2.6 O elo mais fraco................................................................................ 141
3. LIXO, EFLUENTES E INTOXICAÇÃO INDUSTRIAL......................... 161
3.1 Esgotos............................................................................................... 166
3.2 Resíduos sólidos urbanos........................ 168
3.3 Plástico................................................................................................ 171
3.4 Plástico nos cinco giros oceânicos................................................... 176
3.5 Pesticidas industriais......................................................................... 179
3.6 POPs e mercúrio............................................................................... 188
3.7 Material particulado e ozônio troposférico................................... 195
3.8 Terras-raras......................................................................................... 198
3.9 Lixo eletrônico................................................................................... 201
4. COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS....................................................................... 213
4.1 A poluição nos processos de extração e transporte....................... 213
4.2 A devastação dos ecossistemas tropicais........................................ 220 '
4.3 A crescente escassez de petróleo convencional............................. 223
4.4 Subsídios à indústria de combustíveis fósseis................................ 231
4.5 Petróleo e gás não convencionais. A devastação maximizada...... 232
4.6 Colapso por desintoxicação ou por overdose ?.............................. 239
5. A REGRESSÃO AO CARVÃO.................................................................... 251
5.1 Os quatro fatores que favorecem o avanço do carvão................... 256
5.2 Mil cento e noventa e nove novas usinas termelétricas
movidas a carvão..................................................................................... 262
5.3 “A nuvem começa com o carvão”.................................................... 264
5.4 O mais poluente dos combustíveis fósseis...................................... 265
5.5 Chuvas ácidas.................................................................................... 269
5.6 O Brasil, a siderurgia e o carvão vegetal......................................... 271
6. MUDANÇAS CLIMÁTICAS...................................................................... 277
6.1 O aquecimento global...................................................................... 283
6.2 “Não há pausa no aquecimento global”.......................................... 288
6.3 Projeções para 2050 e para 2100..................................................... 290
6.4 “Tarde demais para 2°C?”................................................................ 292
6.5 Um aquecimento médio de 2°C pode ainda ser considerado
seguro?..................................................................................................... 294
6.6 O buraco na camada de ozônio no Ártico...................................... 295
6.7 Elevação do nível do mar e eventos meteorológicos extremos... 299
7. AGRAVAMENTO DA PRESSÃO DEMOGRÁFICA................................. 313
7.1 O fim do otimismo demográfico.................................................... 316
7.2 Além da adição aritmética: Urbanização, turismo,
automóveis e consumo........................................................................... 321
7.3 Duas premissas................................................................................... 326
8. COLAPSO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE.................................. 329
8.1 A sexta extinção................................................................................. 333
8.2 As duas vias da extinção................................................................... 339
8.3 Anfíbios e répteis............................................................................... 342
8.4 Primatas.......................................................................... 344
8.5 Outros mamíferos terrestres............................................................ 346
8.6 Aves..................................................................................................... 352
8.7 Artrópodes terrestres e o declínio dos polinizadores................... 354
9. COLAPSO DA BIODIVERSIDADE NO MEIO AQUÁTICO.................. 365
9.1 Sobrepesca, fazendas aquáticas e poluição..................................... 367
9.2 Eutrofização, hipóxia e anóxia......................................................... 373
9.3 Até 170% a mais de acidificação oceânica até 2100..................... 378
9.4 Os corais, “ecossistemas zumbis”..................................................... 381
9.5 Águas-vivas......................................................................................... 384
9.6 Aquecimento das águas e declínio do fitoplâncton..................... 385
10. ANTROPOCENO. RUMO À HIPOBIOSFERA...................................... 391
10.1 Hipobiosfera. Espécies funcionais e não funcionais ao
homem...................................................................................................... 405
10.2 Grandes represas: Um “fato socioambiental total” do
Antropoceno............................................................................................ 408
10.3 O aumento do consumo de carne.................................................. 421
10.4 Tanatosfera. O metano e o efeito estufa descontrolado............ 428
11. O SALTO QUALITATIVO DAS CRISES AO COLAPSO...................... 447
11.10 todo é diverso da soma das partes.......................................... 447
11.2 Os prognósticos científicos são com frequência
conservadores.......................................................................................... 450
11.3 Mudanças não lineares nos ecossistemas e nas sociedades ....... 454
11.4 Singularidade da expectativa contemporânea de um colapso
global 455
PARTE II
TRÊS ILUSÕES CONCÊNTRICAS
12. A ILUSÃO DE UM CAPITALISMO SUSTENTÁVEL ........................... 471
12.1 O mercado capitalista não é homeostático.................................. 475
12.2 Milton Friedman e a moral corporativa....................................... 478
12.3 Seis aspectos da impossibilidade de um capitalismo
sustentável................................................................................................ 481
12.4 A regulação por um mecanismo misto......................................... 489
12.5 Plutosfera: O maior nível de desigualdade da história
humana.................................................................................................... 497
12.6 “O decrescimento não é o simétrico do crescimento”................. 501
13. MAIS EXCEDENTE = MENOS SEGURANÇA...................................... 513,
13.1 Do efeito-teto ao princípio da acumulação infinita................... 516
13.2 O caráter primitivo da pulsão de acumulação monetária........... 517
13.3 Espaço vital da espécie e esgotamento das energias
centrífugas................................................................................................ 519
13.4 Predominância das forças centrípetas na Antiguidade
mediterrânea............................................................................................ 523
13.5 O emblema de Carlos V e a afirmação das forças centrífugas... 535
13.6 Tecnolatria, destino manifesto e distopia...................... 539
14. A ILUSÃO ANTRO P O C ÊNTRICA........................................................ 549
14.1 Três ênfases históricas da presunção antropocêntrica................. 550
14.2 A quarta afronta: Os efeitos de retorno negativo....................... 562
14.3 A cisão esquizofrênica da ciência e o grande bloqueio mental... 578
CONCLUSÃO: DO CONTRATO SOCIAL AO CONTRATO NATURAL... 595
Descentralização e compartilhamento do poder................................ 599
Nem Nação, nem Império...................................................................... 601
Um poder de arbitragem e de veto emanando da sociedade.............. 604
A nova importância da ciência.............................................................. 605
Contrato natural..................................................................................... 607
ÍNDICE DOS PRINCIPAIS NOMES CITADOS.......................................... 613
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 617
Description:A perspectiva de um colapso ambiental vem sendo evidenciada pelas ciências e pelas humanidades desde os anos 1960. Hoje, ela impõe sua urgência. Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU, adverte incessantemente: "se nada for feito, o colapso dos serviços prestados pelos ecossistemas é uma cla