Table Of ContentPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
Bruno Willian Brandão Domingues
A cidade das aquarelas: o Rio de Janeiro nos registros de Jean-Baptiste Debret
Mestrado em História Social
SÃO PAULO
2018
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
Bruno Willian Brandão Domingues
A cidade das aquarelas: o Rio de Janeiro nos registros de Jean-Baptiste Debret
Mestrado em História Social
Dissertação apresentada à Banca Examinadora da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como
exigência parcial para obtenção do título de MESTRE
em História Social sob a orientação do Prof. Dr. Amilcar
Torrão Filho.
SÃO PAULO
2018
Banca Examinadora
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Trabalho financiado pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq)
À minha família, que sempre esteve a meu lado.
À memória de minha avó, Benedita de Souza Brandão, que sempre acreditou nas
minhas capacidades.
AGRADECIMENTOS
Começo agradecendo a meus pais, José e Maria, por serem meus alicerces, e que
sempre confiaram nas minhas potencialidades, e por estarem ao meu lado em todos os
momentos. Agradeço a minha irmã, Larissa, aos meus avós, tios e primos, que de uma
maneira ou de outra, sempre ao meu lado me apoiando.
Além da família, serei sempre grato pela contribuição dos amigos durante esses
dois anos, por isso, agradeço ao Resende Aparecido, que foi meu motorista durante essa
trajetória, que pacientemente me esperava até o final das aulas: muito obrigado pela
companhia durante as viagens. Ao Edmilson Andrade, que sem a sua ajuda, eu teria
dificuldade em iniciar o Mestrado. Só me resta uma palavra: gratidão. Aos meus amigos
Breno, Leonardo e Pedro, obrigado pela amizade e peço desculpas pelas ausências aos
finais de semana.
Aos colegas do Mestrado, pelas contribuições e sugestões.
Ao meu orientador e professor Dr. Amilcar Torrão Filho, não há palavras
suficientes para agradecer pela atenção, contribuição, paciência e confiança durante a
pesquisa, que me ajudaram muito no crescimento acadêmico.
Agradeço às professoras Dra. Estefânia Knotz Canguçu Fraga e Dra. Valéria
Alves Esteves Lima, pelas sugestões na banca de qualificação que me auxiliaram muito.
Agradeço à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e à FUNDASP por
todo o apoio e à coordenação e Secretária do Programa de História, sempre dispostos a
ajudarem. Aos professores do Programa de História, Dr. Amailton Magno Azevedo,
Dra. Estefânia Knotz Canguçu Fraga, Dra. Maria Antonieta Martines Antonacci, Dra.
Maria do Rosário da Cunha Peixoto, Dra. Maria Izilda Santos De Matos, Dra. Olga
Brites, pela contribuição das aulas durante os semestres.
Ao CNPq, pois sem a bolsa não seria possível a realização deste Mestrado, sua
ajuda foi fundamental para a realização desta pesquisa.
RESUMO
Com o objetivo de analisar a maneira como os viajantes estrangeiros relataram e
retrataram o Brasil, a seguinte pesquisa se dedica às análises das fontes iconográficas e
escritas de Jean-Baptiste Debret. O histórico artístico de Debret na corte de Napoleão
Bonaparte, influenciara amplamente na sua escolha como pintor histórico da corte de D.
João VI e futuramente de D. Pedro I após sua vinda ao Brasil como componente da
“Missão” Artística Francesa, acompanhando de perto todos os acontecimentos da
monarquia nos trópicos. Por meio do estudo de suas obras, percebemos que seu papel
não foi somente como pintor histórico, mas também um pintor pitoresco, com um vasto
acervo de representações do cotidiano e da cultura do povo brasileiro, principalmente da
cidade do Rio de Janeiro.
Palavras-chaves: Jean-Baptiste Debret. Literatura de Viagem. Brasil Oitocentista.
Representação. Cidade.
“The city of watercolors: Rio de Janeiro in the records of Jean-Baptiste Debret”
Bruno Willian Brandão Domingues
ABSTRACT
In order to analyze how foreign travelers reported and portrayed Brazil, the following
research had been devoted to Jean-Baptiste Debret's analyzes of iconographic and
written sources. Debret's artistic history at the court of Napoleon Bonaparte had greatly
influenced his choice as a historical painter of the court of D. João VI and later of D.
Pedro I after his coming to Brazil as part of the "Mission" Artistica Francesa, closely
following all the events of the monarchy in the tropics. Through the study of his works,
we realized that his role was not only as a historical painter, but also a picturesque
painter, with a vast collection of representations of the daily life and culture of the
Brazilian people, especially in the city of Rio de Janeiro.
Keywords: Jean-Baptiste Debret. Travel Literature. Brazil Eighteenth century.
Representation. City.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Nicolas-Antoine Taunay. Vista do Pão de Açúcar a partir do terraço de Sir
Henry Chamberlain. 1816-1821; óleo sobre tela; 50 x 65cm ........................................ 23
Figura 2 – Jean-Baptiste Debret. Calceteiros. 1824; aquarela sobre papel; 17,1 x
21,1cm; assinada e datada embaixo à esquerda. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. 40
Figura 3 – Jean-Baptiste Debret. Retrato de D. João VI. 1817; óleo sobre tela; 57 x
42,8cm. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes/ IPHAN/ MINC, Rio de Janeiro. . 52
Figura 4 – Jean-Baptiste Debret. Cerimônia da faustíssima aclamação de S. M. o
Senhor D. João VI. 1818; tinta e aquerela em sépia; 28,5 x 42,1cm. Museus Castro
Maya, Rio de Janeiro. ..................................................................................................... 54
Figura 5 – Jean-Baptiste Debret. Aclamação do rei D. João VI. 1834-1839; aquarela;
21,7 x 15,7cm. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ................................................... 56
Figura 6 – Jean-Baptiste Debret. Aclamação de D. Pedro I no Campo de Santana;
aquarela; 25,5 x 18,7cm. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. .................................... 60
Figura 7 – Jean-Baptiste Debret. Coroação de D. Pedro I, Imperador do Brasil. 1828;
óleo sobre tela; 21 x 32,1cm. Palácio Itamaraty, Brasília. ............................................. 62
Figura 8 – Jacques-Louis David. A coroação de Napoleão I e da imperatriz Josefina na
Catedral de Notre-Dame de Paris, 2 de dezembro de 1804, 1805-07; óleo sobre tela;
62,1 x 97,9cm. Musée du Louvre, Paris. ........................................................................ 63
Figura 9 – Jean-Baptiste Debret. Primeira distribuição de condecorações da Legião de
Honra na Igreja dos Inválidos pelo imperador. 1812; óleo sobre tela; 40,3 x 53,1cm.
Musée du Château de Versailles. .................................................................................... 64
Figura 10 – Jean-Baptiste Debret. D. Pedro no traje da Sagração. 1826; gravura; 57 x
42cm. Museu Paulista da Universidade de São Paulo, São Paulo. ................................. 65
Figura 11 – Jean-Baptiste Debret. Desembarque de D. Leopoldina no Brasil. 1818; óleo
sobre tela; 44,5 x 69,5cm. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. ................. 71
Figura 12 – Jean-Baptiste Debret. Casamento de D. Pedro I e D. Amélia. 1829; óleo
sobre tela; 45 x 72,3cm. Coleção Banco Itaú, São Paulo. .............................................. 76
Figura 13 – Jean-Baptiste Debret. Aclamação de D. Pedro II, Segundo Imperador do
Brasil. 1839; aquarela sobre papel; 20,7 x 33,7cm. Museus Castro Maya, Rio de
Janeiro. ............................................................................................................................ 82
Figura 14 – Jean-Baptiste Debret. Mercado de escravos na Rua do Valongo. 1816-1828;
aquarela sobre papel; 17,5 x 26,2cm. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ................ 88
Figura 15 – Jean-Baptiste Debret. Negros vendedores de aves. 1835; litografia; 14,4 x
21,2cm. Arquivo Nacional, Rio de Janeiro. ................................................................... 93
Figura 16 – Jean-Baptiste Debret. Carregadores de leite vindo para a cidade. 1827;
aquarela sobre papel; 16,2 x 22,5cm; assinada e datada. Museus Castro Maya, Rio de
Janeiro. ............................................................................................................................ 95
Figura 17 – Jean-Baptiste Debret. Castigo de escravo que se pratica nas praças
públicas. 1826; aquarela sobre papel; 16,3 x 22,1cm; assinada e datada. Museus Castro
Maya, Rio de Janeiro. ..................................................................................................... 98
Figura 18 – Jean-Baptiste Debret. Barbeiros ambulantes. 1826; aquarela sobre papel; 17
x 23cm; assinada e datada. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. .............................. 100
Figura 19 – Jean-Baptiste Debret. Vendedor de flores e fatias de coco. 1829; aquarela
sobre papel; 17,5 x 23,2cm; datado e assinado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro.
...................................................................................................................................... 104
Figura 20 – Jean-Baptiste Debret. Lavadeiras do rio das Laranjeiras. 1826; aquarela
sobre papel; 16,6 x 22,3cm; datada e assinada. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. 107
Figura 21 – Jean-Baptiste Debret. Angu da quitandeira. 1826; aquarela sobre papel;
16,2 x 22,4cm; assinado e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ................... 112
Figura 22 – Jean-Baptiste Debret. Preta vendendo milho verde. 1820; aquarela sobre
papel; 15,2 x 21cm; assinada e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ........... 115
Figura 23 – Jean-Baptiste Debret. Mocotós pelados, bolos da Bahia e polvilhos de
forma. 1826; aquarela sobre papel; 15,1 x 21,6cm; assinado e datado. Museus Castro
Maya, Rio de Janeiro. ................................................................................................... 118
Figura 24 – Jean-Baptiste Debret. Vendedores de pastel, manuê, pudim quente e sonho.
1826; aquarela sobre papel; 15,8 x 22cm; assinado e datado. Museus Castro Maya, Rio
de Janeiro. ..................................................................................................................... 120
Figura 25 – Jean-Baptiste Debret. Vendedoras de pão de ló. 1826; aquarela sobre papel;
16,3 x 20,8cm; assinada e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ................... 122
Figura 26 – Jean-Baptiste Debret. Aluá, limões doces e canas-de-açúcar, os refrescos
usuais nas tardes de verão. 1826; aquarela sobre papel; 15,3 x 21,2cm; assinado e
datado.; Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ............................................................ 126
Figura 27 – Jean-Baptiste Debret. Uma tarde na praça do Palácio. 1826; aquarela sobre
papel; 15,5 x 21,4cm; assinado e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ........ 128
Figura 28 – Jean-Baptiste Debret. Loja de sapateiro. 1830; aquarela sobre papel; 16,7 x
23,1cm. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ............................................................ 134
Figura 29 – Jean-Baptiste Debret. Loja de barbeiro. 1821; aquarela sobre papel; 18 x
24,5cm; assinado e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. .............................. 136
Figura 30 – Jean-Baptiste Debret. Quitandeiras de diversas qualidades. 1826; aquarela
sobre papel; 14,8 x 22,3cm; assinado e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro.
...................................................................................................................................... 139
Figura 31 – Jean-Baptiste Debret. Loja de carne de porco. 1827; aquarela sobre papel;
15,5 x 22,5cm; assinado e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ................... 142
Figura 32 – Jean-Baptiste Debret. Loja di carne secca. 1825; aquarela sobre papel; 15,2
x 20,4cm; assinado e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ........................... 144
Figura 33 – Jean-Baptiste Debret. Padaria. 1830; aquarela sobre papel; 15,2 x 22cm.
Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. .......................................................................... 146
Figura 34 – Jean-Baptiste Debret. Loja de rapé. 1823; aquarela sobre papel; 18,3 x
23cm; assinado e datado. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro. ................................. 148
Figura 35 – Jean-Baptiste Debret. Casa de um doente preparado para ser
sacramentado. 1826; aquarela sobre papel; 15,3 x 21,7cm; assinado e datado. Museus
Castro Maya, Rio de Janeiro. ....................................................................................... 156
Description:À memória de minha avó, Benedita de Souza Brandão, que sempre acreditou cerca de quarenta flores arranjadas em torno de uma vareta”348.