Table Of ContentUNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E
ZOOTECNIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
FENOLOGIA REPRODUTIVA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES
DE Physalis angulata L., Solanum americanum Mill. E
Solanum viarum Dunal
JOSÉ LUIZ DA SILVA
CUIABÁ-MT
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E
ZOOTECNIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
FENOLOGIA REPRODUTIVA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES
DE Physalis angulata L., Solanum americanum Mill. E
Solanum viarum Dunal
JOSÉ LUIZ DA SILVA
Biólogo
Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque
Co-orientador: Prof. Dr. Sebastião Carneiro Guimarães
Tese apresentada à Faculdade de Agronomia,
Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade
Federal de Mato Grosso, como parte dos
requisitos para a obtenção do título de Doutor em
Agricultura Tropical.
CUIABÁ-MT
2014
À minha família
OFEREÇO
À professora Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque
Ao professor Sebastião Carneiro Guimarães
DEDICO
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e ao Programa de Pós-graduação em
Agricultura Tropical, pela oportunidade de realizar o curso.
Ao Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), pelo apoio para conclusão deste trabalho.
À Profa. Dra. Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque, pela amizade e por aceitar me
guiar nos caminhos desafiadores da ciência; em cada etapa, demonstrando respeito e
mantendo o senso de humanidade mesmo durante as cobranças.
Ao Prof. Dr. Sebastião Carneiro Guimarães, pela amizade e pelos momentos de inspiração,
ao me acompanhar durante longa etapa da minha formação acadêmica e profissional,
compartilhando ideias e aconselhando em diversas circunstâncias.
Aos Professores Dr. Anderson Luís Cavenaghi, Dra. Elisangela Clarete Camili, Dr. José Luiz
de Siqueira e Dra. Lúcia Filgueiras Braga, pela atenção disponibilizada na análise criteriosa,
críticas e sugestões para a melhoria deste documento.
A todos os docentes da Pós-graduação pela dedicação e exemplo.
Às grandes amigas e cúmplices, Carmen Lúcia Ferreira Fava e Sidnéa Aparecida Fiori
Caldeira, pelas cobranças frequentes e por serem parte importante nesta conquista, com as
quais aprendi que o doutorado também é terapia e teste de persistência.
Ao grande amigo e colaborador Rafael Noetzold, pela incansável dedicação disponibilizada
à leitura crítica e pelas valiosas contribuições na tese.
Aos meus pais, Letícia e Luiz, irmãos e sobrinhos, por existirem e compartilharem dos
desafios vividos e méritos obtidos.
À mulher amada, Célia Vicente, ponto de equilíbrio, exemplo de perseverança e paciência.
Aos amigos, dentro e fora da academia, Daniel Dias Valadão Júnior, Franciele Caroline de
Assis Valadão, Everton dos Santos de Oliveira, Marcos Paulo e Igor Lacerda Costa, pelas
valiosas contribuições no processo e alertas sobre a existência de vida social além da tese.
Aos bolsistas na UFMT, Everton Carlos Dresch, Fabio Augusto Bardusco Oliveira e Rodrigo
Trabachin Rocha; e aos bolsistas no IFMT, Alex Scapinelli, Bruno João Malacarne, Daniel
Paulo Ferreira, Heric Wellerson de Sá, João Paulo Malacarne, José Diogo de Souza, Luan
Zantedeschi Pintar e Vilson Geovani Ritter, pela atuação nas diversas etapas desta
pesquisa, quando prestaram o suporte necessário.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela
concessão de bolsa na fase inicial da qualificação.
FENOLOGIA REPRODUTIVA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Physalis
angulata L., Solanum americanum Mill. e Solanum viarum Dunal
RESUMO - A pesquisa foi realizada visando caracterizar a fenologia reprodutiva de
Physalis angulata, Solanum americanum e S. viarum e o potencial germinativo das
sementes em função do tempo de exposição, da qualidade da luz e do tempo de
armazenamento das sementes. Os estudos sobre a fenologia foram realizados em
plantas cultivadas em vasos e os estádios descritos de acordo com as alterações
observadas. Os dados de biometria de frutos e a capacidade de produção de
sementes foram obtidos a partir de mensurações de frutos coletados no campo.
Foram realizados dois experimentos de luz: o primeiro foi composto pelo esquema
fatorial 2 x 10 + 2, sendo duas fontes de luz (pleno sol e luz fluorescente branca), 10
tempos de exposição à luz (30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270 e 300 minutos)
e duas testemunhas mantidas em laboratório para fins de comparação (uma no
escuro e a outra submetida a 10 horas diárias de luz branca e fria); o segundo foi
composto pelo fatorial 3 x 5, sendo três condições de sementes (recém-coletadas,
após 40 e 80 dias) e cinco filtros de luz (papel alumínio, filme transparente, papel
celofane amarelo, papel celofane vermelho e papel celofane azul+vermelho). Os
estudos de armazenamento foram realizados pelo esquema fatorial 2 x 9, sendo
duas condições de armazenamento das sementes (dentro dos frutos e armazenadas
em sacos de papel permeável) e nove períodos de armazenamento (30, 60, 90, 120,
150, 180, 210, 240 e 270 dias). A fenologia reprodutiva variou no tempo de
ocorrência dos eventos para as três espécies. As plantas de P. angulata entraram no
estádio reprodutivo aos 57,7 ± 2,0 dias após a emergência (DAE), S. americanum
iniciou aos 38,3 ± 0,8 DAE e S. viarum aos 70,0 ± 0,5 DAE, enquanto a maturação
ocorreu aos 100, 73 e 106 DAE, respectivamente. Observou-se correlação positiva
superior a 0,68 entre massas de frutos e números de sementes para S. americanum
e S. viarum. A capacidade produtiva de sementes foi em média de 259,79 unidades
para P. angulata, 55,01 para S. americanum e 281,54 para S. viarum. A exposição
única à luz solar direta ou luz de laboratório não foi suficiente para estimular a
germinação das sementes no período estabelecido, diferente do observado nas
parcelas expostas ao fotoperíodo diário de 10 horas, no qual a germinação foi de 56,
58 e 32%, para P. angulata, S. americanum e S. viarum, respectivamente. As
sementes de P. angulata e S. americanum apresentaram fotoblastismo positivo, com
germinação mais elevada quando expostas a luz amarela e vermelha, enquanto S.
viarum apresentou fotoblastismo neutro. Com relação ao armazenamento, sementes
de P. angulata apresentaram médias de germinação de 85% e 98%, quando
armazenadas dentro dos frutos e em sacos de papel, seguido por S. viarum, com
58% e 79%, respectivamente. Sementes extraídas de S. viarum se mantêm viáveis
por mais tempo quando comparadas as duas outras espécies.
Palavras-chave: Plantas daninhas, biometria de frutos, luz, armazenamento.
GERMINATION AND REPRODUTIVY FENOLOGY OF Physalis angulata L.,
Solanum americanum Mill. AND Solanum viarum Dunal SEEDS
ABSTRACT - The research was conducted to characterize the reproductive fenology
of Physalis angulata, Solanum americanum and S. viarum and the germinative
potential of seeds considering the exposition time, light quality and seed storage
time. The phenology studies were performed in plants grown in pots and the stages
were described according to the observed changes. The fruits biometry data and the
seeds production capacity were obtained from fruits collected in the field. Two light
experiments were performed: the first was composed by the factorial design 2x10+2,
being two light sources (full sun and white fluorescent light), 10 light exposition times
(30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 270, 300 minutes) and two controls maintained in the
laboratory for comparison (one in the dark and other submited to 10 hours of cold
white light); the second was composed by the factorial design 3x5, being three seeds
conditions (newly collected, after 40 and 80 days) and five light filter (aluminium foil,
transparent film, yellow cellophane paper, red cellophane paper and blue + red
cellophane paper). The storage studies were performed by the factorial design 2x9,
being two seeds storage conditions (inside the fruits and stored in permeable paper
bags) and nine storage periods (30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240 e 270 days). The
reproductive phenology varied in the time for the three species. P. angulata plants
entered into reproductive stage at 57.7 ± 2.0 days after emergence (DAE), S.
americanum started at 38.3 ± 0.8 DAE and S. viarum at 70.0 ± 0.5 DAE, while the
maturation occurred at 100, 73 and 106 DAE, respectively. There was a positive
correlation over than 0.68 between fruit mass and number of seeds for S.
americanum and S. viarum. The productive capacity of seeds was averaged 259.79
units for P. angulata, 55.01 for S. americanum and 281.54 for S. viarum. The only
exposition to direct sunlight or laboratory light was not enough to stimulate seed
germination in the established period, different from the observed in the plots
exposed to the daily photoperiod of 10 hours, where germination was 56, 58 and
32% for P. angulata, S. americanum and S. viarum respectively. Seeds of P.
angulata and S. americanum presented positive photoblastism, with higher
germination when exposed to yellow and red light, whereas S. viarum presented
neutral photoblastism. Relative to the storage, P. angulata seeds had average
germination of 85% and 98%, when stored inside fruits and in paper bags, followed
by S. viarum, with 58% and 79% respectively. Seeds extracted from S. viarum
remain viable for longer when compared with the two other species.
Keywords: weeds, fruits biometry, light, storage.
SUMÁRIO
Página
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 11
2.1 Physalis angulata L. .................................................................................................................... 12
2.2 Solanum americanum Mill .......................................................................................................... 14
2.3 Solanum viarum Dunal ................................................................................................................ 16
2.4 Fenologia em Plantas Daninhas................................................................................................ 17
2.5 Germinação Mediada pela Luz .................................................................................................. 18
2.6 Armazenabilidade e Longevidade de Sementes .................................................................... 20
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 23
3.1 Fenologia Reprodutiva ................................................................................................................ 24
3.1.1 Plantas estudadas em campo ................................................................................................ 24
3.1.2 Plantas estudadas em vasos .................................................................................................. 25
3.2 Biometria de Frutos e Sementes ............................................................................................... 26
3.3 Germinação de Sementes .......................................................................................................... 27
3.3.1 Germinação em função do tempo de exposição à luz ....................................................... 28
3.3.2 Germinação em função da qualidade de luz ........................................................................ 32
3.3.3 Germinação em função do tempo de armazenamento ...................................................... 32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 34
4.1 Observações Gerais de Campo ................................................................................................ 34
4.2 Fenologia....................................................................................................................................... 36
4.2.1 Fenologia de Physalis angulata ............................................................................................. 36
4.2.2 Fenologia de Solanum americanum ...................................................................................... 38
4.2.3 Fenologia de Solanum viarum ................................................................................................ 39
4.3 Biometria de Frutos e Sementes ............................................................................................... 40
4.3.1 Physalis angulata ..................................................................................................................... 40
4.3.2 Solanum americanum .............................................................................................................. 42
4.3.3 Solanum viarum ........................................................................................................................ 44
4.4 Germinação em Função do Tempo de Exposição à Luz ...................................................... 46
4.5 Germinação em Função da Qualidade de Luz ....................................................................... 50
4.6 Germinação em Função do Tempo de Armazenamento ...................................................... 55
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 58
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 59
Description:em sacos de papel permeável, tipo kraft, e mantidas em câmara refrigerada (17,0 ±. 1,5 °C de temperatura e 73 AGRA, M.F. New Species of Solanum subgenus e Leptostemonum (Solanaceae) from Chapada da Diamantina,