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REI SALOM‹O
Artigos Maçônicos
Trabalhos Digitais
Parte I
Projeto Aprendiz
Ir.’. Jellis F. de Carvalho
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► A ABÓBADA CELESTE DO TEMPLO
Tenho comigo que o tema ora abordado é muito intrigante e por que não se dizer belo.
Segundo os estudiosos não se pode precisar desde quando os templos destinados à iniciação
vieram a ser construídos com a inspiração da imagem do Universo, apenas afirmam que esta
tendência vem de outras eras e de países como Industão, Índia, Pérsia, Grécia, etc, cujas
histórias indicaram a existência destes templos, tendo seus idealizadores caracterizado uma
reprodução semelhante ao sistema cósmico, para perpetuar a imagem do céu nos tetos dos
templos e, esse esboço é seguido até hoje na forma de uma abóbada celeste.
A decoração na cobertura do templo nada mais é do que a reprodução cuidadosa do
firmamento, com nuvens de todos os feitios, cheias de estrelas e inúmeros astros planetários
formando um conjunto harmonioso e representativo do cosmos. A abóbada celeste serve
como ponto de contemplação, deixando para o iniciado uma impressão maravilhosa e
indiscritível acerca do misticismo presente em seu traçado num ambiente de estudo e
aprendizado.
Indiscutivelmente trata-se uma tradição secular e a maçonaria, fiel às origens, passou a
construir seus templos com iguais características e com o objetivo de trazer aos seus filiados
um verdadeiro engrandecimento espiritual, fixando à cor azul e destacando-se nuvens,
estrelas e alguns planetas.
A abóbada de uma Loja Maçônica representa, em primeiro plano, o sentido de universalidade
da instituição. A cor azul predominante passou a simbolizar a magnanimidade e a lealdade
provadas como virtudes que elevam a alma humana. O emprego dessa cor justifica a
representação simbólica de todas as emulações dirigidas pelo bem e pelo amor fraternal
divinizados.
A distribuição das estrelas nesse revestimento do recinto obedece a seguinte ordem:
a)Localizada mais ou menos no centro da abóbada, a constelação de Orion que, no viveiro
celeste, fora do zodíaco, dá idéia de um gigante desenhado com oito estrelas da constelação
dos Plêiades;
b)As cinco Hiades, que lembram as Ninfas, filhas de Atlas, que tomaram por encargo a
criação de Apolo, tem rico significado místico.
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c)A conhecida Aldebarã, da constelação de Touro, é a única de cor meio avermelhada,
assinalando o olho direito da figura. Do outro lado, a meio caminho da constelação de Orion,
mais para o nordeste, vê-se Régulo, da constelação de Leão; ao norte, o grupo da Ursa
Maior, com sete estrelas, que é a constelação mais antiga nos registros da astronomia; a
nordeste vê-se Arcturo, uma estrela de cor amarelo-dourado, que assinala o joelho esquerdo
do “boieiro”, guarda dos “sete bois da lavoura” que forma a Ursa Maior; ao leste, a Spica, da
constelação de Virgem, que quer dizer espiga, sempre à sombra da constelação de Leão; a
oeste, Antares, uma soberba estrela vermelha, de brilho médio, da constelação de Escorpião,
assinalando o lugar do coração; e, ao sul, a chamada Formalhaut, que é assinalada na mão
direita da figura de Virgem.
Na parte situada no Oriente da Loja, o planeta Júpiter, o maior dos mundos de nosso sistema
solar, sete satélites escoltam sua grandeza. No Ocidente temos Vênus, cuja localização no
espaço é entre a Terra e Mercúrio, o mais próximo do sol. É conhecido também como estrela
Pastor, a mais radiosa e brilhante do céu. Não é à toa que os gregos deram o nome a deusa
da beleza, também chamada de Vésper ou estrela Dalva. E, por fim, próximo a Orion, está
Saturno, com seus satélites.
Sem prejudicar a visibilidade das estrelas são intercalados os diversos fingimentos de
nuvens. Na parte correspondente ao Oriente não é admito esse gênero de decoração. No
Ocidente as nuvens devem assumir ninhos ou cúmulos bem pardacentas, com nuances mais
carregadas para o lado sul. Na proporção em que se vai aproximando o meio-dia (centro da
oficina, onde está a constelação de Orion) as nuvens deverão ir desaparecendo em nuances
amenizadas em forma de “stratos” e “cirros”. Na altura das balaustradas, cessa a presença
de nuvens na abóbada do templo.
A variação das tonalidades das nuvens vemos a medida que se aproxima do Oriente. Este
particular simboliza a progressão dos conhecimentos adquiridos pelos iniciados. Desse modo,
todas as tempestades e nebulosidades que pudessem afligi-los, ou abater suas finalidades, as
melhores da vida, vão desaparecendo do mesmo modo, à medida que caminham para a
frente. Na área do Oriente não existe nuvens e deve apresentar um panorama de perfeita
tranqüilidade. O maçom para chegar e merecer a localização do Oriente, faz-se naquele que
completou o ciclo de toda aprendizagem, portanto, apto para exercer a plenitude maçônica.
Enfim, a abóbada celeste tem como um dos objetivos afastar as preocupações do mundo
profano, para que o maçom possa colocar-se acima de todas as castas de sofrimento moral e
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físico. Sempre lembrando que o mestre dos mestres, o Grande Arquiteto do Universo,
premiará àqueles que saibam cumprir bem os seus deveres como cidadão e como obreiros da
Arte Real.
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CADEIA DE UNIÃO
A CADEIA DE UNIÃO é a cerimônia ritualística que é realizada depois de encenados
os trabalhos, para a comunicação da Palavra Semestral, ou visando a outros objetivos, tanto
assim, que o Venerável Mestre, convida os Irmãos para formarem a Cadeia de União, depois do
encerramento da Sessão, têm como símbolo a Corda de 81 nós
Uma vez formada, os Irmãos unem as pontas dos pés e juntam os calcanhares,
entrecruzando os braços com o braço direito sobre o esquerdo, deve ser realizada com a
presença de, pelo menos, sete irmãos.
Explica-se: Essa posição possibilita a passagem do pensamento e vontade única por
todos os que compõem a Cadeia de União, envolvendo a parte superior do corpo através do
entrelaçamento dos braços dando uma volta ao redor de cada Irmão, formando uma corrente
enrodilhada, que é completada pela corrente contínua através dos pés, englobando assim a parte
superior e inferior do corpo.
Forma-se um elo duplo e monolítico, ou seja único, como deve ser o pensamento dos
Irmãos.
Um dos que formam a Cadeia de União pronuncia uma breve oração invocando a
proteção das Forças Invisíveis e Benéficas do Macrocosmo para as Forças Visíveis do
Microcosmo.
As chamadas Forças Invisíveis do Macrocosmo são as mais altas, as superiores, as
celestiais, as espirituais, que se situam além da percepção visual humana e que são regidas e
dominadas pelo Criador, o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus.
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Elas são invisíveis, são impalpáveis, são intocáveis, são inaudíveis, não possuem
cheiro ou odor, não têm cor, mas podem ser percebidas, através da Percepção Extra Sensorial,
(P.E.S.) sigla oriunda da expressão inglesa (E.S.P.) Extra Sensory Perception. Pessoas mais
desenvolvidas chegam a ver, ouvir e sentir essas forças, pela clarividência, clariaudiência e
clarissensibilidade.
Dependendo da concentração do grupo o objetivo pode ser muitas vezes alcançado.
As Forças Visíveis do Microcosmo é a matéria, o nosso corpo com todas as fraquezas,
a doença e seus males, a ansiedade, a incompreensão, o desânimo, a incredulidade, a
desconfiança, o infortúnio, o desespero e o ódio.
Essas forças podem ser superadas pelas forças superiores, quando então será
conseguida a Força ou Fortaleza, a Saúde e o Bem Estar, a Calma, a Compreensão, o Ânimo, a
Fé, a Confiança, a Sorte ou a Fortuna, a Esperança e o Amor.
Uma mensagem muito bonita dita em uma Cadeia de União:
Grande Arquiteto do Universo, Vós, que exerce permanentemente o domínio sobre as todas Forças
Benéficas e invisíveis do Macrocosmo, fazei com que elas atuem sobre as nossas Forças Possíveis do nosso
Microcosmo, restabelecendo o Equilíbrio de quem necessita e sofre as consequências desse desajuste. Que a Vossa
Vontade estabeleça o Bem Estar e a Compreensão entre todos nós e em especial a quem mais dela precisa.
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A CÂMARA DAS REFLEXÕES-I
A Câmara das reflexões não representa unicamente a preparação preliminar do candidato para sua recepção, mas é
principalmente aquele ponto crítico, aquela crise interior, onde começa a palingenesia que conduz à verdadeira
iniciação, à realização progressiva, ao mesmo tempo especulativa e operativa, de nosso ser e da Realidade
Espiritual que nos anima, simbolizada pelas viagens.
A Câmara das reflexões, com seu isolamento e com suas negras paredes, representa um período de obscuridade e
de maturação silenciosa da alma, por meio de uma meditação e concentração em si mesma, que prepara o
verdadeiro progresso efetivo e consciente que depois tornar-se-á manifesto à Luz do dia. Por esta razão, encontram-
se nela os emblemas da morte e uma lâmpada sepulcral, e acham-se sobre suas paredes, inscrições destinadas a
pôr à prova a sua firmeza de propósitos e a vontade de progredir que tem de ser selada num testamento.
Ao ingressar neste quarto (símbolo evidente de um estado de consciência
correspondente), o candidato tem de despojar-se dos metais que porta
consigo e que o Experto recolhe cuidadosamente. Tem de voltar a seu
estado de pureza original - a nudez adâmica - despojando-se
voluntariamente de todas aquelas aquisições que lhe foram úteis para
chegar até o seu estado atual, mas que constituem outros tantos
obstáculos para seu progresso ulterior.
Deve cessar de depositar sua confiança e cobiça nos valores puramente
exteriores do mundo, para poder encontrar em si mesmo, realizar e tornar efetivos os verdadeiros valores, que são
os morais e espirituais. Deve cessar de aceitar passivamente as falsas crenças e as opiniões exteriores, com o
objetivo de abrir seu próprio caminho para a verdade.
Isto não significa absolutamente que tem de despojar-se de tudo o que lhe pertence e adquiriu como resultado de
seus esforços e prêmio de seu trabalho, mas, unicamente, que deve deixar de dar a estas coisas a importância
primária que pode torná-lo escravo ou servidor delas, e que deve pôr, sempre em primeiro lugar, sobre toda a
consideração material ou utilitária, a fidelidade aos Princípios e às razões espirituais. Este despojo tem por objetivo
conduzir-nos para sermos livres dos laços que de outra forma impediriam todo nosso progresso futuro. Trata-se,
portanto, em essência, do despojo de todo apego às considerações e laços exteriores, com a finalidade de que
possamos ligar-nos à nossa íntima Realidade Interior, e abrir-nos à sua mais livre, plena e perfeita expressão.
SIGNIFICADO DA CÂMARA
A Câmara de reflexões, como o seu nome o indica, representa antes de tudo aquele estado de isolamento do mundo
exterior que é necessário para a concentração ou reflexão íntima, com a qual nasce o pensamento independente e é
encontrada a Verdade. Aquele mundo interior para o qual devem dirigir-se nossos esforços e nossas análises para
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chegar, pela abstração, a conhecer o mundo transcendente da Realidade. É o "gnothi seautón" ou "conhece-te a ti
mesmo" dos iniciados gregos e hindus, como único meio direto e individual para poder chegar a conhecer o Grande
Mistério que nos circunda e envolve nosso próprio ser.
Isto, e a cor negra do quarto, trazem-nos à mente a antiga fórmula alquímica e hermética do Vitríolo: "Visita Interiora
Terrae, Rectificando Invenies Occultum Lapidem", Visita ao interior da Terra: retificando encontrarás a pedra
escondida". Isto é: desce às profundezas da terra, sob a superfície da aparência exterior que esconde a realidade
interior das coisas e a revela; retificando teu ponto de vista e tua visão mental com o esquadro da razão e o
discernimento espiritual, encontrarás aquela pedra oculta ou filosofal que constitui o Segredo dos Sábios e a
verdadeira Sabedoria.
A representação da Verdade final e fundamental por uma pedra, não demonstra nada de estranho se imaginarmos
que deve constituir a base sobre a qual descansa o edifício de nossos conhecimentos, que transformar-se-á na Igreja
ou Templo de nossas aspirações, e o critério ou medida sobre a qual, e a cuja imagem, devem enquadrar-se ou
retificar-se todos os nossos pensamentos.
Os ossos e as imagens da morte que se encontram representadas nas paredes da câmara, além de indicar a morte
simbólica que é pedida ao candidato para que complete seu novo nascimento, mostram os fragmentos esparsos e
desunidos da Realidade morta e dividida na aparência exterior, cuja Vida e Unidade ele deverá buscar e encontrar
interiormente, reconhecendo-a sob a aparência e dentro dela.
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Toda Loja deve ter um local especial chamado câmara de reflexões.
Na Câmara de Reflexões onde o neófito fez o vosso Testamento, representa um subterrâneo, onde esteve na
escuridão e no silêncio, como um encarcerado numa masmorra. Simboliza a primeira prova, a da
TERRA. Os antigos admitiam a existência de quatro elementos: a TERRA, o AR, a ÁGUA e o FOGO, havendo,
para cada um deles, uma prova iniciática.
Todo homem, ao fechar os olhos, se acha em sua câmara de reflexão, com asilo e trevas, a qual
representa o período das trevas da matéria física que rodeia a alma para completa maturação sua.
A câmara escura da reflexão é o símbolo do estado de consciência do profano que anda nas
trevas e, por isso, nela se encontram os emblemas da morte e uma lâmpada sepulcral.
Nesse local, pintado de preto, figurando catacumba, cercado dos símbolos de destruição e
de morte, coloca-se um tamborete e uma mesa coberta com tapete branco, sobre o qual uma
caveira (morte), algumas migalhas de pão (insignificância que procuram obter os cinco sentidos),
um prato de cinza (o fim da matéria), um relógio dágua/ampulheta (o corredor do tempo que tudo
envolve); um galo (o dever de ser vigilante e alerta); um tinteiro, penas e algumas folhas de papel
para escrever seu testamento, cujo significado será dito alhures(noutro lugar).
O recinto acha-se iluminado pela débil luz que expande a lâmpada sepulcral (lâmpada dos
conhecimentos físicos adquiridos pela mente carnal); num dos ângulos vê-se um ataúde junto a
uma fossa aberta, ou um hipogeu também aberto numa das paredes, deixando ver um cadáver
amortalhado (como deve o iniciado contemplar seu corpo físico). A câmara de reflexões significa
aquela crise, aquela luta entre o corpo de seus desejos com o espírito e seus ideais; essa negra
e escura câmara é o mesmo corpo que serve de prisão, de tumba e ataúde ao verdadeiro Ser
Interior. Por esse motivo, perto dos emblemas da morte se acham também certas inscrições nas
paredes, cujo objetivo é levantar as energias e desenvolver vontade do neófito.
Ao ingressar nessa câmara, tem o candidato de despojar-se dos metais, tem de volver ao
seu estado de pobreza edênica, a desnudez adâmica antes de cobrir-se com a pele de todas
aquelas aquisições que até então lhe foram úteis para chegar a seu estado atual e que são
obstáculos para tornar ao seu primitivo estado. Deve afastar todo desejo, ambição, cobiça dos
valores externos para conhecer-se a si mesmo; então, em seu interior, achará os verdadeiros
valores espirituais. Dinheiro, bens, ciências são vaidades ante o conhecimento de si mesmo.
O candidato deve estar livre e despojado dos metais: qualidades inferiores, vícios, paixões
do seu intelecto, de suas crenças e preconceitos; deve aprender a pensar por si mesmo e tio
seguir, como cego, o conhecimento e crenças dos outros. Por último, a câmara de reflexão
significa o isolamento do mundo exterior para poder concentrar-se no estado Intimo, no mundo
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interior aonde devem ser rígidos nossos esforços para chegar à Realidade. É o Conhece-te a ti
mesmo dos iniciados gregos. É a fórmula hermética que diz: “Visita o interior da terra; retificando
encontrarás a pedra escondida”. Quer dizer: desce is profundezas do ser e encontraras a pedra
filosofal que constitui o segredo dos sábios.
Assim como os ossos e imagens da morte que se acham nas paredes da câmara indicam a
morte simbólica do neófito para renascer no mundo do espírito e indica a morte aparente da
verdade no mundo externo; assim também as inscrições que revestem as paredes do quarto
indicam os conselhos do Ser interno que têm por mira guiar o homem à verdade e ao poder.
Essas inscrições são várias. Citaremos algumas:
“ Se te traz aqui a mera curiosidade, vai-te”.
“Se prestas homenagem às distinções humanas, vai-te, porque aqui não se conhecem”.
“Se temes que te lance em rosto alguém os teus defeitos, não prossigas”.
“Espera e crê. Porque entrever e compreender o infinito, é caminhar para a perfeição”.
“Ama os bons; compadece-te dos maus e ajuda-os; foge dos embusteiros e a ninguém
ouças”.
“O homem mais perfeito é aquele que é mais útil a seus irmãos”.
“Não julgues levianamente as ações dos homens; elogia pouco, adula menos. Não censures
nem critiques nunca”.
“Lê e aproveita; olha e imita; reflete e trabalha; procura ser útil à teus irmãos e trabalharás
para ti mesmo”
“Pensa sempre que do pó saíste e em pó te converterás”.
“Nasceste para morrer”, etc. etc.
Nessa Câmara encontramos sempre a palavra VITRIOL, formada com as iniciais de uma frase e, às
vezes, em lugar desse anagrama, a própria frase, ou seja, a fórmula hermética que ele representa: “VISITA
INTERIORA TERRAE RECTIFICANDO INVENIES OCCULTUM LAPIDEM”, que se traduz por “Visita o interior da
Terra, rectificando acharás a pedra oculta”. Vários autores têm desenvolvido a recomendação do preceito posto aos
olhos do que vai ser iniciado. J. Boucher entende que a inscrição constitui um convite à pesquisa do EGO (do EU)
profundo, ou seja da própria alma, no silêncio e na meditação, para achar a centelha divina (o Cristo Interno)
existente no âmago de cada um.
Todos esses conselhos na câmara de reflexões e as demais figuras tétricas nos mostram que
dentro do homem se acham a morte e a vida, a dor e a ventura, o engano e a iluminação. Se os
cinco sentidos oferecem a morte, o espírito dá a vida eterna.
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A Câmara de Reflexões-III
O primeiro contacto real que o postulante tem com a Maçonaria é através da Câmara de Reflexões.
É de notar-se que evitamos o uso da palavra candidato porque quando chega o momento de ser encerrado na
Câmara de Reflexões ele já assume, na Maçonaria, o título de postulante pois, candidato, é a denominação que se
lhe dá desde que assina o pedido de ingresso na Ordem até ser escrutinado.
O mais importante papel da Câmara de Reflexões é o de conduzir à meditação que, quando feita, permite ao homem
o acesso à sua própria alma e à sua consciência, pelo afastamento das sensações periféricas do domínio do Ego.
Uma meditação profunda e sincera, feita no silêncio absoluto, formará um perfeito Recipiendário dos mistérios da
Iniciação.
A Maçonaria procura oferecer ao postulante que se encerra na Câmara de Reflexões não só a sensação de silêncio,
penumbra e paz, mas ainda, um conjunto de símbolos capazes de os levar à meditação mais rápida e
profundamente. Cada um daqueles símbolos tem, como veremos, uma explicação própria, mas não é a significação
isolada que tem importância no simbolismo, antes o conjunto de todos eles porque é isso que oferecerá uma idéia de
transitoriedade e insignificância da vida!
Assim, a Câmara de Reflexões, simulando um túmulo, oferecerá ao postulante a oportunidade de introspecção e
ocasião para entregar-se ao misticismo necessário à aquisição de força moral de que ele irá precisar durante a
cerimônia da iniciação.
Antes de entrar na Câmara de Reflexões, a primeira providência é um convite ao postulante para fazer a entrega de
todos os objetos metálicos ( dinheiro, jóias, ornamentos, anéis e alianças) de que é portador. A isto chama-se, na
Maçonaria, "despojar-se dos metais". Despojado de metais estais, simbolicamente, despido das vaidades e do luxo
da sociedade profana.
A segunda razão para despojar-se dos metais importa em um sentido mais hermético e se relaciona com as forças
magnéticas existentes no interior do templo. Estas forças são distribuídas em diversos lugares no templo, sendo que
elas se concentram principalmente, no Altar dos Juramentos. Quaisquer metais de que o postulante for portador
atrairão uma parcela destas forças e assim o magnetísmo por indução perturbará, no ponto atingido, as vibrações
harmônicas que se estabeleceram, durante o período em que o postulante se entregou à meditação.
Despojado dos metais é o postulante cuidadosamente vendado e só então é levado à Câmara de Reflexões onde,
desvendando-o, o seu condutor diz-lhe as palavras recomendadas no Ritual: "Profano", eu vos deixo entregue às
vossas reflexões; não estareis só, pois Deus, que tudo vê, será testemunha da sinceridade com que ides responder
às vossas perguntas". A venda que é colocada sobre os olhos dos postulantes antes de sua entrada na Câmara de
Reflexões, simboliza a obscuridade mental dele.
Sua camisa parcialmente retirada, deixa a nu a parte esquerda do peito onde fica o coração que assim posto a
descoberto indica os sentimentos de franqueza que deverão ser encontrados em todos os Maçons que, "de peito
aberto", deverão nada esconder a seus irmãos não dando guarda aos sentimentos maus nem à falsidade de
propósitos. Também o seu braço direito será descoberto indicando a prontidão para trabalhar livremente na
construção do templo ideal a que se propõem os Maçons.
Por outro lado arregaça-se-lhe a calça na perna do lado direito até deixar a nu o joelho. É com este joelho que ele irá
genuflexar-se quando fizer o seu juramento solene. Assim sendo a genuflexão deverá ser feita às claras, com
sinceridade, nada devendo impedir que se veja o são propósito deste dobrar de joelhos que, indo até ao chão,
demonstrará humildade sem humilhação.
O pé esquerdo (lado passivo) descalço, demonstra o respeito que se deve ter ao pisar-se um solo sagrado como o
Templo onde ele será admitido, respeito este sempre exigido por todas as antigas religiões orientais.
Vestido desta maneira, um tanto bizarra o postulante é, em si mesmo, uma preciosa lição de respeito e humildade
traduzida no simbolismo que, devidamente explicado, nos leva a olhá-lo com olhos outros que não os de deboche e
da galhardice.
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Description:REI SALOM‹O - Artigos Maçônicos De acordo com o Manual do Mestr∴ de CCer∴ da Maçonaria Adonhiramita, o amado Ir∴ Cobr∴. Inter∴ incensa mais no tempo, à época de Tutankamon, veríamos o Sol brilhar em Áries.