Table Of ContentUNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUAS CLÁSSICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA
GRUPO DE ESTUDOS CRÍTICOS E AVANÇADOS EM LINGUAGEM
Anais da I Jornada Internacional de
Linguística Aplicada Crítica
Número 1, 2018, v. único.
Kleber Aparecido da Silva
Juscelino Francisco do Nascimento
Gabriel Estrela da Silva
Organizadores
Brasília
2018
Comissão Organizadora
Ana Karolina de Azevêdo Gomes
Edinei Carvalho dos Santos
Eduardo Dias da Silva
Elda Alves Oliveira Ivo
Elisa Neves Martini Vieira
Elkerlane Martins de Araújo Moraes
Joseane Severo dos Santos
Juscelino Francisco do Nascimento
Kleber Aparecido da Silva
Lanisson Araújo Gonçalves
Lucimar Pinheiro da Silva Sampaio
Rita de Cássia Augusto
Rodriana Dias Coelho Costa
Rubens Lacerda de Sá
Sônia Margarida Ribeiro Guedes
Zenaide Dias Teixeira
Comissão Científica
Profa. Dra. Carine Schenekenberg Guedes
Profa. Dra. Carmem Jená Machado Caetano
Profa. Dra. Catia Regina Braga Martins
Profa. Dra. Cibele Brandão de Oliveira Borges
Profa. Dra. Clarissa Menezes Jordão
Prof. Dr. Diógenes Cândido de Lima
Prof. Dr. Domingos Sávio Pimentel Siqueira
Profa. Dra. Elaine Fernandes Mateus
Profa. Dra. Francisca Cordélia Oliveira da Silva
Prof. Dr. Francisco Carlos Fogaça
Prof. Dr. Hélvio Frank de Oliveira
Profa. Dra. Reinildes Dias
Profa. Dra. Rosinda de Castro Guerra Ramos
Prof. Dr. Vilson Jose Leffa
Copyright 2018 © Kleber Aparecido da Silva, Juscelino Francisco do Nascimento e Gabriel
Estrela da Silva (Orgs.). É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização
expressa dos autores e organizadores.
Todos os textos são de inteira responsabilidade dos respectivos autores
Capa
Gabriel Estrela da Silva
[email protected]
FICHA CATALOGRÁFICA
Serviço de Processamento Técnico da Universidade Federal do Piauí
Biblioteca José Albano de Macêdo
J828a Jornada Internacional de Linguística Aplicada Crítica. ( 1. : 2018 :
Brasília, DF)
Anais da 1ª Jornada Internacional de Linguística Aplica Crítica
[Recurso Eletrônico] / 1ª Jornada Internacional de Linguística Aplicada
Crítica, 24 a 25 de abril de 2017, Brasília, DF ; Organizado por Kleber
Aparecido da Silva, Juscelino Francisco do Nascimento, Gabriel Estrela
da Silva. – Brasília: UnB, 2017.
628 p
Disponível online
ISBN: 978-85-509-0307-1
1. Linguística Aplicada Crítica. 2. Educação. 3. Pesquisa e Ensino. I.
Silva, Kleber Aparecido de, org. II. Nascimento, Juscelino Francisco do,
org. III. Silva, Gabriel Estrela, org. IV. Título.
APRESENTAÇÃO
Na conjuntura fluida da modernidade, é necessário buscar um aporte metodológico
que transcenda muros, fronteiras e concepções, sempre que se fizer necessário para promover
o direito à educação a todos os cidadãos, indistintamente. Nessa perspectiva, a Jornada
Internacional de Linguística Aplicada Crítica (JILAC) foi uma iniciativa acadêmico-científico
do Grupo de Estudos Críticos e Avançados em Linguagem (GECAL/CNPq/UnB), em sua
primeira edição, nos dias 24 e 25 de abril de 2017, na Universidade de Brasília.
Com a Jornada, visamos reiterar a natureza da Linguística Aplicada Crítica pelo
compromisso que assume com os sujeitos e suas reais necessidades, em vez de altear ou
perpetuar vertentes metodológicas que não traduzem os anseios humanos. Tal proposta foi
efetivada, durante o evento, por meio de debates para disseminação de pesquisas recentes no
campo da Linguagem, pelas comunidades acadêmicas de Letras, Linguística e Educação,
atuantes em Instituições de Ensino Superior do Brasil e do exterior; profissionais das redes
pública e particular de ensino; estudantes de pós-graduação e graduação e outros profissionais
interessados em refletir criticamente acerca de sua prática pedagógica.
Como um dos resultados da JILAC, apresentamos estes Anais Eletrônicos, os quais
contêm 43 artigos completos apresentados nas sessões coordenadas e/ou pôsteres, além de um
relato de experiência acerca de práticas indígenas de letramento.
Nesta edição inaugural, as discussões e reflexões ensejadas por esta Jornada
Internacional cumprem com plano de publicações para disseminação de resultados a um
público certamente ainda maior do que o que esteve na Jornada, a partir do binômio que foi a
agenda do evento: A Linguística Aplicada Crítica e seu compromisso com a sociedade.
Comissão Organizadora
SUMÁRIO
ANÁLISE DE SEQUÊNCIAS ARGUMENTATIVAS DO GÊNERO TEXTUAL 9
ARTIGO DE OPINIÃO NA UNIVERSIDADE
Erica Reviglio Iliovitz
GÊNEROS DIGITAIS E MULTILETRAMENTOS: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA 22
SALA DE AULA
Fábia Magali Santos Vieira e Florência Vieira Pacheco Andrade
LETRAMENTO CONTÁBIL: DESCREVENDO O GÊNERO NOTA DE EMPENHO 37
DO SISTEMA INTEGRADO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA (SIAFI) DO
TESOURO NACIONAL
Rosineide Tertulino de Medeiros Guilherme e Carlos Henrique Silva
GÊNEROS RETÓRICOS NO ENSINO: UMA PERSPECTIVA BAKHTINIANA 51
Audiney José Pereira e Luzia Rodrigues da Silva
O ATO DE NOMEAR PELA MÍDIA: UMA POLÍTICA DE PODER NA 68
CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA MULHER BRASILEIRA
Fabiene de Oliveira Santos
AS FUNÇÕES SOCIAIS E DISCURSIVAS DA HASHTAG EM GÊNEROS DIGITAIS: 85
UMA REFLEXÃO
Christiane Tegethoff Motta de Araujo e Francisca Cordélia Oliveira da Silva
REPRESENTAÇÕES DISCURSIVAS MULTIMODAIS DA GLOBALIZAÇÃO E DA 99
DEMOCRACIA E A VIOLÊNCIA NA ESCOLA DO DF
Thais Lôbo Junqueira e Francisca Cordélia Oliveira da Silva
O QUE CABE NA PANELA? REPRESENTAÇÕES LINGUÍSTICO-DISCURSIVAS 111
NO CONTEXTO SOCIOPOLÍTICO BRASILEIRO
Juliana Ferreira Vassolér e Francisca Cordélia Oliveira da Silva
IDENTIDADES EM CONSTRUÇÃO: O IDEAL DE ALUNO 127
Barbara Venturoso e Francisca Cordélia Oliveira da Silva
CARETADA: IDENTIDADES E SUBJETIVIDADE NA COMUNIDADE 143
QUILOMBOLA SÃO DOMINGOS
Luiz Henrique Gomes Silva
A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES DE PROFESSORES EM MÍDIA IMPRESSA 157
Fernanda da Silva Oliveira e Sóstenes Cezar de Lima
A REFLEXIVIDADE DO PROFESSOR DE LÍNGUAS E SUA RESSIGNIFICAÇÃO 167
IDENTITÁRIA
Camila Mara Andrade Silva
DISCURSOS E IDENTIDADES NACIONAIS NA WEB 182
Monique de Mesquita Lessa
PUBLICIDADE E RACISMO NA ÁSIA: O CLAREAMENTO DERMATOLÓGICO 198
Larissa de Pinho Cavalcanti
O "EU" E O "OUTRO" NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA SEGUNDO A 212
PERSPECTIVA INTERCULTURAL
Pollyanna Morais Espíndola Gomides e Ariovaldo Lopes Pereira
E MENINAS NÃO PODEM IR À ESCOLA?: DA INQUIETAÇÃO À AÇÃO 226
Maura Dourado
OUVINDO O SILÊNCIO EM SALA DE AULA 244
Daniel Bruno Silva Rodrigues
LÉXICO E ENSINO: ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE LÍNGUA PORTUGUESA 256
Dayanny Marins Coelho e Kênia Mara de Freitas Siqueira
O PROCESSO DA ESCRITA NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA: 272
ESTRATÉGIAS E PROBLEMAS
Kleiton Borges
O ENSINO DE INGLÊS NO CONTEXTO DE GLOBALIZAÇÃO: REFLEXÕES 289
SOBRE AS PERCEPÇÕES DE PROFESSORES DE LE
Sigrid Rochele Gusmão Paranhos Magalhães
CULTURA EM ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA (LE): 305
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIA INTERCULTURAL
Tatianne Gomes de Sousa
O ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DE FORMA INTERDISCIPLINAR, 319
INTERCULTURAL E LÚDICA: ESPANGLISH, UM EXEMPLO DE INOVAÇÃO
Graziani França Claudino de Anicézio, Márcia Sepúlvida do Vale e Roberto Lima Sales
A CONTRIBUIÇÃO DO CONTO POPULAR PARA A FORMAÇÃO CRÍTICA DE 331
ALUNOS DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Antônio Carlos Soares Martins e Cleunice da Silva Lemos
PIBID - INGLÊS E A FORMAÇÃO DOCENTE 342
Ana Emilia Fajardo Turbin
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E DIVERSIDADE SOCIOLINGUÍSTICA E 358
CULTURAL EM CONTEXTO DE FRONTEIRA: PROBLEMÁTICAS E
PERSPECTIVAS
Ilídio Macaringue e Tatiane Lima de Paiva
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS DE ENSINO NAS ESCOLAS: UM ESTUDO DE CASO 375
COM TRÊS PROFESSORAS ATUANTES NA REDE PÚBLICA
Flávia Marina Moreira Ferreira
“SOU SURDO/A, BRASILEIRO/A E ESTUDO ESPANHOL”: LETRAMENTO 391
CRÍTICO E ENSINO DE ESPANHOL PARA SURDOS/AS
Rayssa Oliveira Sousa
ENSINO E APRENDIZAGEM DE LIBRAS COMO L2 NAS LICENCIATURAS: 405
DISCUSSÕES ATUAIS NA PERSSPECTIVA DOS ACADÊMICOS
Milene Galvão Bueno e Andréa dos Guimarães de Carvalho
A ESTILÍSTICA BAKHTINIANA E A LINGUÍSTICA APLICADA CRÍTICA: 417
RUPTURAS TÉORICO-EPISTÊMICAS E CRIAÇÃO LÉXICAL
Cristiane Dominiqui Vieira Burlamaqui
FORMAÇÃO DOCENTE: PARÂMETROS E DESAFIOS NO CONTEXTO DA 431
SOCIEDADE ATUAL
Heliud Luis Maia Moura
NOÇÕES DE ARGUMENTAÇÃO: O QUE OS PROFESSORES DE LÍNGUA 446
PORTUGUESA ARGUMENTAM NOS RELATÓRIOS DE ESTÁGIOS?
Julio Ferreira Neto
PARTIR E REINVENTAR A LÍNGUA: ARTICULAÇÕES ENTRE MODERNIDADE, 457
LINGUA E NAÇÃO
Diego Goulart Machado Silva
A SOCIOLINGUÍSTICA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BAIXO 472
AMAZONAS
Franklin Roosevelt Martins de Castro
AS REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS NÃO CONVENCIONAIS DAS SIBILANTES 485
ALVEOLARES NAS PRODUÇÕES ESCRITAS
Jucinete Dias dos Santos e Liliane Pereira Barbosa
A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TEXTUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA 499
COMPETÊNCIA LEITORA
Glaucia Cristina Maia Réga Serra e Paula Cobucci
O LEITOR E O PAPEL DA ESCOLA NA SUA FORMAÇÃO EM UMA ESCOLA NO 514
INTERIOR DO PIAUÍ
Wellerson Sousa Leal e Juscelino Francisco do Nascimento
LOS PROCEDIMIENTOS DE TRADUCCIÓN PRESENTES EN UN FRAGMENTO 529
DE MEMORIA DE MIS PUTAS TRISTES
Laís de Sousa Nóbrega
TRANSLINGUAGENS, TRANSCULTURAÇÃO E DESCOLONIALIDADES NA 545
SALA DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA ADICIONAL EM CONTEXTO
TRANSFRONTEIRIÇO: AS MISSÕES JESUÍTICAS E AS GUERRAS
GUARANÍTICAS
Henrique Rodrigues Leroy e Maria Elena Pires Santos
TRANSLINGUAJAMENTO: PENSANDO ENTRE LÍNGUAS A PARTIR DE 559
PRÁTICAS E METADISCURSOS MOBILIZADOS POR DOCENTES INDÍGENAS
EM FORMAÇÃO SUPERIOR
Denise Pimenta de Oliveira
OS REFLEXOS DO “BLOG” NO LETRAMENTO 571
Rosana Gondim
O PAPEL DA EXTENSÃO PARA A FORMAÇÃO DO PESQUISADOR CRÍTICO: 588
UM PROJETO INTERDISCIPLINAR DE LETRAMENTO CIENTÍFICO
Rosana Ferrareto Lourenço Rodrigues
“ESCUELA PEDAGÓGICA EXPERIMENTAL”: EMPODERAMENTO SOCIAL POR 601
MEIO DO LETRAMENTO CRÍTICO E A DA TRANSDICIPLINARIDADE
Adda Sofía Barco
PRÁTICAS DE LETRAMENTO NO DOMÍNIO DO IBGE: A ESCRITA COMO 611
MÉTIER
Maria Aparecida da Costa e Ana Maria de Oliveira Paz
RELATO DE EXPERIÊNCIA
625
PRÁTICAS INDÍGENAS DE LETRAMENTO PARA ALÉM DA ESCRITA
Suety Líbia Alves Borges
9
JORNADA INTERNACIONAL
ANAIS ELETRÔNICOS
DE LINGUÍSTICA APLICADA CRÍTICA
ANÁLISE DE SEQUÊNCIAS ARGUMENTATIVAS
DO GÊNERO TEXTUAL ARTIGO DE OPINIÃO NA UNIVERSIDADE
Erica Reviglio Iliovitz1
Resumo: Este trabalho visa apresentar uma análise de duas sequências textuais
argumentativas em artigos de opinião produzidos na universidade. Tal análise visa contribuir
para organizar um critério de atribuição de notas à produção desse gênero. Os artigos de
opinião foram elaborados como avaliação final de uma disciplina a partir de um enunciado
que apresentava uma questão para discussão e um artigo como referência. A fundamentação
teórica envolveu os conceitos de gênero textual/discursivo (Marcuschi, 2002; Dias et al, 2001;
Bakhtin, 2003); artigo de opinião (Bräkling, 2000; Goldstein, Louzada e Ivamoto, 2009) e
sequência textual argumentativa (Bronckart, 1999;
Cavalcante, 2012). Os resultados indicam que a qualidade da produção de um artigo de
opinião envolve não apenas o desenvolvimento do conteúdo temático e o estilo (linguagem),
mas sobretudo o desenvolvimento adequado da sequência textual argumentativa.
Palavras-chave: Gênero textual artigo de opinião. Sequência textual argumentativa. Ensino
superior.
INTRODUÇÃO
O objetivo desse trabalho é apresentar uma análise de duas sequências textuais
argumentativas em dois artigos de opinião produzidos na universidade.
O trabalho está organizado em quatro partes. Na primeira parte, será apresentada a
fundamentação teórica de nossa análise, que envolve os conceitos de gênero
textual/discursivo, artigo de opinião e sequência argumentativa. A segunda parte vai expor a
metodologia para obtenção dos dados (no caso, a produção escrita dos artigos de opinião). Na
terceira parte, apresentaremos a análise dos dados propriamente dita. Para concluir, na quarta
e última parte, teceremos algumas considerações finais. Vejamos primeiramente a
fundamentação teórica desse trabalho.
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1 Doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas. [email protected]
Universidade de Brasília
Programa de Pós Graduação em Linguística
Grupo de Estudos Críticos e Avançados em Linguagem (GECAL/CNPq)
Description:estudantes e outros escritores pressentem o mundo intertextual do qual se podem valer, mais . relação intertextual, pois de forma geral são uma apropriação de elementos da transcultural e intercultural são utilizados na tentativa de definir/descrever como o contato, researcher, v.15, n.2,19