Table Of ContentUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
Programa de Pós-Graduação em 
Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos 
 
 
 
Mestrado Profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DAS REAÇÕES CONSECUTIVAS DE HIDROGENAÇÃO E 
DESIDRATAÇÃO DE XILOSE: AVALIAÇÃO CATALÍTICA E 
CINÉTICA 
 
 
 
 
 
 
Autor: ALEX AZEVEDO BICUDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro, 2012
ALEX AZEVEDO BICUDO 
 
 
 
     
 
 
 
 
ESTUDO DAS REAÇÕES CONSECUTIVAS DE HIDROGENAÇÃO E 
DESIDRATAÇÃO DE XILOSE: AVALIAÇÃO CATALÍTICA E CINÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação  de  Mestrado  Profissional 
 
apresentada ao Programa de Pós-Graduação 
 
em  Tecnologia  de  Processos  Químicos  e 
 
Bioquímicos, Universidade Federal do Rio de 
 
Janeiro, como requisito parcial à obtenção do 
 
título de Mestre em Ciências em Engenharia 
 
de Biocombustíveis e Petroquímica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Eduardo Falabella de Sousa-Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2012
ALEX AZEVEDO BICUDO 
 
 
 
     
 
 
 
 
ESTUDO DAS REAÇÕES CONSECUTIVAS DE HIDROGENAÇÃO E 
DESIDRATAÇÃO DE XILOSE: AVALIAÇÃO CATALÍTICA E CINÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação  de  Mestrado  Profissional 
 
apresentada ao Programa de Pós-Graduação 
 
em  Tecnologia  de  Processos  Químicos  e 
 
Bioquímicos, Universidade Federal do Rio de 
 
Janeiro, como requisito parcial à obtenção do 
 
título  de  Mestre  em  Engenharia  de 
 
Biocombustíveis e Petroquímica 
 
 
 
 
 
Aprovada em 
 
 
 
 
Eduardo Falabella de Sousa-Aguiar, DSc., UFRJ 
 
 
 
 
Nei Pereira Jr., PhD, UFRJ 
 
 
 
 
Eledir Vitor Sobrinho, DSc., UFRN 
 
 
 
 
Lucia Gorenstin Appel, DSc., INT
A CARLOS e EUDICÉA, meus pais 
 
 
 
À AMANDA, minha irmã 
 
 
 
  À PRISCILA, minha esposa 
 
 
 
À ALICE, minha filha.
AGRADECIMENTOS 
 
 
À PETROBRAS e à UFRJ, pela oportunidade de realizar este curso; 
 
Ao  meu  gerente  André  de  Mello  Fachetti,  pela  autorização,  incentivo  e 
compreensão; 
 
Ao  professor  e  amigo  Eduardo  Falabella  Sousa-Aguiar  pela  orientação, 
comprometimento e amizade; 
 
Ao  amigo  e  colega  de  gerência  Rafael  Menegassi  de  Almeida  pela  orientação, 
revisão e amizade; 
 
Ao amigo José Rafael Hernández, da BiCHEM, por todo o suporte durante e após 
minha visita à BiCHEM; 
 
Ao “irmão” Alexander Rangel Bastos, por toda ajuda, comprometimento, paciência e 
amizade; 
 
Ao técnico Vinícius Azevedo de Araújo pela enorme ajuda em vários momentos 
deste trabalho; 
 
A pesquisadora Lucia Gorenstin Appel, do INT, por gentilmente ceder pessoal e 
equipamento na etapa de caracterização; 
 
Aos colegas do INT, especialmente às doutoras Priscila da Costa Zonetti e Daniela 
Cruz  Damasceno  da  Silva  pela  inestimável  contribuição  nos  experimentos  de 
caracterização e ativação/passivação; 
 
À minha família, com muito amor e reconhecimento.
RESUMO 
 
 
 
BICUDO, Alex Azevedo. Estudo das reações consecutivas de hidrogenação e 
desidratação  de  xilose:  avaliação  catalítica  e  cinética.  Rio  de  Janeiro,  2012. 
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Biocombustíveis e Petroquímica) – Escola 
de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. 
 
 
Estudaram-se as reações de hidrogenação e desidratação de xilose, com o 
objetivo de converter esse açúcar em anidroxilitol. A partir do conceito de produção 
de isossorbida, obtida a partir da hidrogenação de glicose, obtendo-se o sorbitol e a 
desidratação  deste,  obtendo-se  a  isossorbida,  foi  estudada  uma  rota  análoga, 
partindo-se agora da xilose. Os experimentos realizados mostraram rendimentos da 
ordem de 45% em massa de xilitol, para as reações de hidrogenação e 77% de 
rendimento  em  anidroxilitol,  nas  reações  de  desidratação,  com  os  catalisadores 
experimentados.  O  estudo  cinético  realizado  permitiu  elencar  os  catalisadores 
conforme suas energias de ativação. Conclui-se, a partir dos resultados obtidos, que 
a  produção  de  anidroxilitol  em  uma  etapa  é  viável,  porém  não  em  batelada.  A 
presença de água, açúcares e seus produtos de degradação inibem a reação de 
desidratação, não permitindo então que as reações de hidrogenação e desidratação 
ocorram  de  maneira  consecutiva.  São  necessários  estudos  posteriores  destas 
reações em leito fixo, de forma contínua, bem como estudos de estabilidade térmica 
de alguns catalisadores experimentados neste trabalho. 
 
Palavras-chave: Xilose. Xilitol. Anidroxilitol. Hidrogenação. Desidratação. Cinética.
ABSTRACT 
 
 
 
BICUDO, Alex Azevedo. Estudo das reações consecutivas de hidrogenação e 
desidratação  de  xilose:  avaliação  catalítica  e  cinética.  Rio  de  Janeiro,  2012. 
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Biocombustíveis e Petroquímica) – Escola 
de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. 
 
The study of the hydrogenation and dehydration of xylose was carried out, 
aiming  at  converting  the  xylose  into  anhydroxylitol.  Considering  the  isosorbide 
production concept, which starts with the glucose hydrogenation, producing sorbitol, 
which then undergoes dehydration to isosorbide, a similar route was studied in this 
work, but now having xylose as raw material. The experimental results showed xylitol 
yields  of  around  45%  w/w,  for  the  hydrogenation  step  and  77%  yield  on 
anhydroxylitol for the dehydration step, with the chosen catalysts. The kinetic study of 
the reactions allowed one to establish a catalyst ranking, which was based upon 
calculated activation energies. Taking all the results into account, one may consider 
that the one step anhydroxylitol production is viable, but not in batch reactors. The 
presence  of  water,  remaining  sugars  and  its  degradation  products  inhibits  the 
dehydration reaction, not allowing both the hydrogenation and dehydration reactions 
to occur consecutively. Nevertheless, future studies in continuous fixed bed reactors 
are  required,  as  well  as  the  determination  of  thermal  stability  of  some  catalysts 
experimented in this work, in order to determine the best conditions and catalysts 
capable of promoting the production of anhydroxylitol in one step. 
 
Keywords: Xylose. Xylitol. Anhydroxylitol. Hydrogenation. Dehydration. Kinetics.
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Diagrama de blocos da "Rota Celulose" .................................................... 17 
Figura 2: Diagrama de blocos da "Rota Hemicelulose" ............................................. 18 
Figura 3: Estrutura da D-(+)-Glicose: a) cadeia aberta; b) formas hemiacetálicas .... 22 
Figura 4: Estruturas da xilose: (a) D-Xilose, (b) L-Xilose, (c) D-Xilopiranose e (d) 
Xilofuranose .............................................................................................................. 23 
Figura 5: Solubilidade de hidrogênio ao longo da reação(MIKKOLA, SALMI et al., 
1999) ......................................................................................................................... 26 
Figura 6: As estruturas do material de partida, produto principal e principais 
subprodutos ............................................................................................................... 27 
Figura 7: O equilíbrio xilose/xilitol(MIKKOLA, SALMI et al., 1999) ............................ 28 
Figura 8: Exemplo de catalisador homogêneo de hidrogenação(IRELAND&BEY, 
1988) ......................................................................................................................... 29 
Figura 9: Exemplo de catalisador heterogêneo de hidrogenação(LINDLAR&DUBUIS, 
1973) ......................................................................................................................... 30 
Figura 10: Resinas Amberlyst: Poliestirenos sulfonados ........................................... 37 
Figura 11: Etapas da reação de superfície na hidrogenação de xilose(MIKKOLA, 
SALMI et al., 1999) .................................................................................................... 40 
Figura 12: Correlação para determinação da solubilidade de H MIKKOLA, SALMI et 
2 (
al., 1999) ................................................................................................................... 42 
Figura 13: Influência da difusão externa na taxa de reação (MOREAU, DURAND et 
al., 1996) ................................................................................................................... 43 
Figura 14: Esquema da reação de desidratação do xilitol ......................................... 44 
Figura 15: Esquema de preparo de catalisadores a partir de zeólita Y ..................... 45 
Figura 16: Unidade de ativação/passivação do INT .................................................. 48 
Figura 17: Aparato utilizado para realização da quimissorção de n-butilamina ......... 50 
Figura 18: Equipamento ASAP 2010 da Micrometrics .............................................. 52 
Figura 19: Unidade de Desidrogenação de Cicloexano ............................................ 54 
Figura 20: Sistema multireatores MRHS 5000 da Parr ............................................. 61 
Figura 21: Reator Easy Max 102 ............................................................................... 62 
Figura 22: Troca iônica de RuCl  com NaY. (a) filtrado límpido (b) torta ................... 63 
3
Figura 23: DSC-TGA das resinas ácidas, após adsorção de n-butilamina. (a) 
Amberlyst 36 sem adsorção de n-butilamina (branco), (b) Amberlyst 36, (c) 
Amberlyst 70 ............................................................................................................. 65 
Figura 24: DSC-TGA das zeólitas após a adsorção de n-butilamina. (a) N3S 450 ºC e 
(b) N3S 650 ºC .......................................................................................................... 66 
Figura 25: Isotermas das zeólitas N3S. (a) N3S 450oC, (b) N3S 550oC e (c) N3S 
650oC ........................................................................................................................ 69 
Figura 26: Isotermas dos catalisadores de Ru. (a) Ru/C, (b) Ru/Y 5% e (c) Ru/Y 7%
 .................................................................................................................................. 70 
Figura 27: Difratogramas das resinas ácidas ............................................................ 71 
Figura 28: Difratograma de NaY. A – NaY trocada com NH4+ (JCPDS 01-073-2311)
 .................................................................................................................................. 71 
Figura 29: Difratograma de Ru/Y 5%. Z – NaY (JCPDS 00-039-1380) e O - RuO  
2
(JCPDS 01-073-1469) ............................................................................................... 71 
Figura 30: Difratograma de Ru/Y 5% reduzido. Z - NaY (JCPDS 00-039-1380) e M - 
Ru (JCPDS 00-006-0663) ......................................................................................... 72 
Figura 31: (a) Ru suportado em NaY e (b) Ru suportado em NaY e reduzido .......... 72 
Figura 32: Ru/Al O  5%. G – γ-Al O (JCPDS 01-077-0396) e O – RuO  (JCPDS 01-
2 3 2 3  2
073-1469) .................................................................................................................. 72 
Figura 33: Ru/Al O  5% reduzido. G – γ-Al O (JCPDS 01-077-0396) e M – Ru 
2 3 2 3 
(JCPDS 00-006-0663) ............................................................................................... 72 
Figura 34: (a) Ru suportado em γ-Al O  e (b), (c) e (d) Ru suportado em γ-Al O  e 
2 3 2 3
reduzido (em diferentes dias) .................................................................................... 73 
Figura 35: Difratograma do Ru/C. S – Sílica (JCPDS 01-085-0504) ......................... 73 
Figura 36: Cromatograma dos produtos obtidos na desidrogenação do cicloexanos a 
250 ºC ....................................................................................................................... 74 
Figura 37: Perfis obtidos por TPR para os catalisadores (a) Ru/Y 5%, (b) 
Ru/Al O ,(c) Ru/Y 7% e (d) Ru/C .............................................................................. 77 
2 3
Figura 38: Deconvolução dos picos de TPR do catalisador Ru/Y 5% ....................... 78 
Figura 39: tempos de retenção obtidos em coluna PL HI-PLEX Ca .......................... 80 
Figura 40: Cromatograma da solução de xilitol ......................................................... 81 
Figura 41: Cromatogramas do screening de catalisadores de desidratação (A-
Amberlyst 36WET, B-GF 101, C-catalisador GRACE e D-ZSM-5) ............................ 82 
Figura 42: Monitoramento da temperatura dos reatores na reação a 120oC (Ru/C) . 83
Figura 43: Monitoramento da pressão dos reatores na reação a 120oC (Ru/C) ........ 84 
Figura 44: Concentrações de produtos e reagentes x tempo(min) (Ru/C) ................ 85 
Figura 45: Rendimento x tempo(min) (Ru/C)............................................................. 85 
Figura 46: Conversões(%) x tempo (Ru/C) ............................................................... 86 
Figura 47: Comparação entre cromatogramas a 80oC e 120oC (Ru/C)..................... 86 
Figura 48: Cromatograma de padrão de furanos ...................................................... 87 
Figura 49: Concentrações de produtos e reagentes x tempo(min) (Ru/Al O ) .......... 89 
2 3
Figura 50: Rendimento x tempo(min) (Ru/Al O )....................................................... 89 
2 3
Figura 51: Conversões(%) x tempo (Ru/Al O ) ......................................................... 90 
2 3
Figura 52: Cromatograma da reação de hidrogenação da xilose a 120oC por 120 min 
(Ru/Al O ) .................................................................................................................. 90 
2 3
Figura 53: Cromatograma da lixose .......................................................................... 91 
Figura 54: Comparativo de cromatogramas das reações de hidrogenação a 100oC, 
50 bar e 120 min: (a) Ru/Y, (b) Ru/Al O  e (c) Ru/C ................................................. 93 
2 3
Figura 55: Concentrações de produtos e reagentes x tempo (Amberlyst 36WET) .... 94 
Figura 56: Rendimento x tempo (Amberlyst 36WET) ................................................ 94 
Figura 57: Conversões(%) x tempo (Amberlyst 36WET) ........................................... 95 
Figura 58: Cromatograma do produto da desidratação de xilitol com Amberlyst 36 
WET a 140oC por 2h ................................................................................................. 95 
Figura 59: Gráficos para determinação da ordem de reação: (a) teste da reação de 
ordem zero, (b) teste da reação de primeira ordem e (c) teste da reação de segunda 
ordem ........................................................................................................................ 97 
Figura 60: Concentrações de produtos e reagentes x tempo (Amberlyst 70) ........... 98 
Figura 61: Rendimento x tempo (Amberlyst 70) ........................................................ 99 
Figura 62: Conversões (%) x tempo (Amberlyst 70) ................................................ 100 
Figura 63: Cromatograma do produto da desidratação de xilitol com Amberlyst 70 a 
140oC por 2h ........................................................................................................... 100 
Figura 64: Comparação ente os rendimentos das resinas Amberlyst ..................... 101
Description:Estudaram-se as reações de hidrogenação e desidratação de xilose, com o objetivo de . Figura 14: Esquema da reação de desidratação do xilitol .