Table Of ContentA Estética do Oprimido
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Fundação Nacional de Artes – Funarte
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Augusto BoAl
A Estética
do Oprimido
2
Reflexões errantes sobre o pensamento do
ponto de vista estético e não científico
Copyright © 2008, herdeiros de Augusto Boal
Direitos cedidos para esta edição à
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Preparação de originais e revisão Carmem Cacciacarro
Capa e projeto gráfico Estúdio Garamond / Anderson Leal
Fotos de capa Máquina automática do metrô de Paris (capa) e Fabian Boal (4ª capa)
CIP-BRAsIl. CAtAlogAÇÃo-NA-FoNtE
sINDICAto NACIoNAl Dos EDItoREs DE lIVR os, RJ
B631e
Boal, Augusto, 1931-2009
A estética do oprimido / Augusto Boal. -
Rio de Janeiro : Garamond, 2009.
256p. : il.
IsBN 978-85-7617-167-6
1. Estética. 2. Arte - Filosofia. 3. Realismo na arte.
4. Realismo estético. 5. Teatro e sociedade. I. Título.
09-4633. CDD: 701.17
CDu: 7.01
04.09.09 14.09.09 015063
Todos os direitos reservados. A reprodução
não-autorizada desta publicação, por qualquer meio, seja total
ou parcial, constitui violação da Lei nº 9.610/98.
A Natureza não é bela;
belos são os olhos que a miram.
2008, 2009, 2010... A noite cai
sobre o mundo. Que fazer?
Silenciar? Sinto sincero respeito
por todos aqueles artistas
que dedicam suas vidas à
sua arte – é seu direito ou
condição. Mas prefiro aqueles
que dedicam sua arte à vida.
Em defesa da arte e da estética,
em tempos de crise e de paz.
Arte não é adorno,
Palavra não é absoluta,
Som não é ruído,
e as Imagens falam.
Agradecimentos
Tentando organizar um pouco a mesa do Augusto, encontrei um papel-
zinho, uma folha arrancada de um bloquinho de hotel escrita com a sua
letra: era a dedicatória, para este, o seu último livro.
Fiquei sem saber o que fazer.
Não sei se cabe a mim entregar esse texto para que seja publicado.
Ao mesmo tempo, sei do reconhecimento que Augusto sentia pelas
pessoas mencionadas.
Decidi retomar o texto com as minhas palavras, de modo que este
livro do Augusto seja dedicado à nossa amiga Maria Rita Kehl, que com
tanta paciência e cuidado leu e comentou os originais.
E aos amigos Marcelo Land e Flávio Cure Palheiro, pela sensibilidade
com que entenderam que Augusto devia viver a sua vida até o fim como
ele sempre tinha vivido e o ajudaram a conseguir.
Cecília Boal
Apresentação
Este livro, texto inédito e definitivo de Augusto Boal, foi finalizado em
janeiro de 2009, poucos meses antes do falecimento do autor. Deve ser
lido como complemento e afirmação de sua longa obra teórica, crítica
e prática. Uma obra que revolucionou o cenário das artes brasileiras e
ganhou repercussão internacional ao propor um método teatral cujo ob-
jetivo era exercitar o pensamento político, social e estético dos oprimidos
e estimular a busca por uma sociedade sem opressores.
Baseada em valores éticos e solidários, a arte proposta por Boal propõe
intervir concretamente na realidade, fazer emergir consciências e trans-
formar simples consumidores em cidadãos capazes de produzir cultura
– o que acarreta consequências individuais e sociais. Surgem neste livro
algumas das ideias já usadas como base para o método conhecido como
Teatro do Oprimido, que vem sendo aplicado em dezenas de países.
Nos dois primeiros capítulos são apresentados e exemplificados os
conceitos da Estética do Oprimido, como pensamento sensível, pen-
samento simbólico, metáfora, moral e ética. No terceiro, Boal explica
como esses conceitos são empregados nas atividades propostas pelo
Projeto Prometeu, realizado no Centro do Teatro do Oprimido do Rio
de Janeiro.
Ao publicar este livro em co-edição com a editora Garamond, a
Fundação Nacional de Artes – Funarte presta homenagem ao diretor,
dramaturgo e ensaísta Augusto Boal (1931–2009) e coloca ao alcance
de pesquisadores, artistas e público um material determinante para a
construção da arte democrática, política e social.
Sérgio Mamberti
presidente da Funarte