Table Of ContentSUMÁRIO
SOBRE O AUTOR ……………………………………………………....02
INTRODUÇÃO ………………………………………………………….05
Consegue ler?...............................................................................................08
CAPÍTULO 1 …………………………………………………………….09
Uma breve reflexão sobre a fala e a escrita ……………………………….09
Diferença entre fonética e fonologia ………………………………………10
Sons do português brasileiro ……………………………………………....13
Pontos de articulação ………………………………………………………14
Modos articulatórios ……………………………………………………….17
Experimento prático com modos articulatórios …………………….19
Vozeamento ………………………………………………………………..22
Experimento prático com vozeamento ……………………………..22
Exercício teórico-prático ………………………………………………….24
CAPÍTULO 2 …………………………………………………………….26
Vogais orais ..................................................................................................26
Experimento prático com vogais I ………………………………….28
Experimento prático com vogais II ..……………………………….29
Semivogais ………………………………………………………………..31
Vogais nasais ……………………………………………………………...31
Experimento prático com vogais III ...…………………………….32
Exercício teórico-prático ………………………………………………….33
CAPÍTULO 3 …………………………………………………………….37
Classificação das sílabas do português brasileiro .......................................37
Onset silábico ……………………………………………………………..41
Coda silábica ……………………………………………………………..42
Desafio com sons na coda ...……………………………………….44
Exercício teórico-prático ………………………………………………….45
CAPÍTULO 4 …………………………………………………………….46
Como e quando nós aprendemos a falar os sons? .......................................46
Inventário fonológico ……………………………………………………..48
Exercício teórico-prático ………………………………………………….50
CAPÍTULO 5 …………………………………………………………….51
Principais variações de sons do Brasil ........................................................51
Coda silábica - variações de /S/ …………………………………………..52
Variações de /R/ - onset e coda silábica ………………………………….53
Coda silábica - variações de /n/ e /l/ .……………………………………..55
Processos fonológicos …………………………………………………….56
Experimento prático com palatização ..…………………………….57
CAPÍTULO 6 …………………………………………………………….60
Texto foneticamente balanceado ..................................................................60
É preciso enxergar além dos sons da fala ………………………………….61
Sotaque gaúcho rio grandense ……………………………………………..62
Sotaque carioca Rio de Janeiro …………………………………………….67
Sotaque paulista/paulistano (São Paulo) …………………………………..70
Sotaques do nordeste brasileiro ……………………………………………74
Sotaque mineiro (Minas Gerais e Goiás) ………………………………….78
CAPÍTULO 7 …………………………………………………………….83
O Fulano tem a “língua presa” …………………………………………….83
Ceceio ……………………………………………………………………..84
Desvio fonético ……………………………………………………………86
Desvio fonológico …………………………………………………………87
Fala sibilante ……………………………………………………………….91
Gagueira ……………………………………………………………………92
Comutação ………………………………………………………………….94
CAPÍTULO 8 …………………………………………………………….96
De onde você é? …………………………………………………………..96
Espanhol ………………………………………………………………….97
Praticando um novo som: [ β ] ...…………………………………..98
Como tirar a nasalidade das vogais ...………………………………100
Inglês ………………………………………………………………………103
Italiano …………………………………………………………………….109
Francês …………………………………………………………………….116
Construindo a vogal francesa [ y ] ………………………………….118
Alemão …………………………………………………………………….120
CAPÍTULO 9 …………………………………………………………….124
E agora? ……………………………………………………………………124
CAPÍTULO 10 …………………………………………………………….127
[ ˈvɔwtʃɪˈpaɾaˈpaʒinɐveɤˈmeʎɐdʊpɾiˈmejɾʊkaˈpitulʊ ]
…………………….127
Resposta dos exercícios …………………………………………………….128
BÔNUS I …………………………………………………………………..136
7 estratégias de treino ………………………………………………………136
BÔNUS II …………………………………………………………………..139
Saúde Vocal para Imitadores (aprenda a cuidar da sua voz) ..………………139
SOBRE O AUTOR
Rubens Güths é fonoaudiólogo (CRFa 3
10-775) formado pela Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC). Iniciou suas
práticas teatrais ainda no ensino
fundamental através do Projeto Shakespeare
no Rio Vermelho, com os professores
Juliano Thomaz e Nara Micaela Wedekin,
projeto certificado como Prática Exitosa
pela Prefeitura de Florianópolis. Fez parte
do grupo Procurando Riso Cia Teatral, o
qual foi contemplado no edital Elisabete
Anderle em 2009 com a montagem teatral
“Confusões Entre o Céu e a Terra”. Há 11
anos dedica-se ao estudo e prática do canto
contemporâneo, tendo trabalhado
juntamente no ensino de técnica vocal aplicada ao rock com o prof. Ariel
Coelho, com quem até hoje mantém uma parceria voltada para o ensino e
pesquisa das ciências vocais. Foi voluntário durante dois anos da Clínica da
Voz, coordenada pela fonoaudióloga Dra. Maria Rita Pimenta Rolim, no
Hospital Universitário da UFSC. Co-dirigiu dois espetáculos teatrais do grupo
Segue Reto Toda Cena (2017 e 2018), grupo dirigido pela profª Nara Micaela
Wedekin. Atualmente faz curso de especialização em Filosofia e
Autoconhecimento pela PUCRS; é professor de canto e técnica vocal na Escola
de Música Rafael Bastos e desenvolve trabalhos diversos com voz e fala, dentre
eles o Canal Voice Lab no Youtube, com o qual foi convidado a entrar para o
time de Youtubers Embaixadores da Plataforma de Educação Livre (EduLivre),
voltada para o ensino de jovens e adultos.
Canal Voice Lab
Instagram e Facebook FanPage: @guths.rubens
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8008740745219418
INTRODUÇÃO
Diversos são os profissionais que fazem o uso da comunicação na sua
rotina de trabalho. Junto com eles estão, também, suas dúvidas e crenças,
particulares ou compartilhadas, sobre o uso correto da voz e os cuidados
necessários que devem ser tomados. Dentre os questionamentos feitos por
muitos profissionais, está o aprendizado dos sotaques e as controvérsias que
giram em torno da habilidade de imitar vozes, sejam elas artísticas, como
cantores e dubladores, ou não, como famosos e pessoas do próprio ciclo social.
Apesar das ciências vocais terem tido um grande avanço nas últimas
décadas, a quantidade de profissionais que trabalham com a voz e repassam suas
crenças à seus clientes é algo que nos chama a atenção. É incrível a quantidade
de conteúdo alertando sobre os perigos de imitar a voz de alguém e sobre os
riscos de ter problemas nas pregas vocais, como os nódulos vocais
(popularmente conhecidos como os “calos nas pregas vocais”).
Por outro lado, a quantidade de pessoas que surgem na mídia fazendo
coisas impressionantes com suas vozes também nos chama a atenção. Basta
pensarmos no notável crescimento dos fan-clubes dos profissionais da
dublagem, como Wendel Bezerra e Guilherme Briggs, ou em programas de
show de talentos musicais, como o mundialmente conhecido The Voice, para
constatar tal afirmação. Logo, as ciências vocais devem, como seu papel como
ciência, analisar e decodificar os fenômenos vocais para compreender a voz
humana em todas as suas possibilidades anatomofisiológicas e estéticas,
buscando sistematizar seus achados para viabilizar a reprodução dos mesmos
quando necessário.
Vale ressaltar que neste material ‘voz’ e ‘fala’ são tratados como objetos
de estudo separados, visto que existem modificações vocais que podem ser
produzidas na laringe, como as distorções do som da voz causada por ajustes na
glote e/ou na supraglote, e outras produzidas nas regiões do trato vocal que
englobam as estruturas do nariz, boca e faringe, as quais produzem os diferentes
sons de cada idioma à nível fonético. Porém, é importante considerar que
durante o uso da comunicação oral, voz e fala atuam em sincronia e os efeitos
produzidos em ambas as áreas mencionadas podem ser somados para gerar
efeitos estético-sonoros diferentes.
Assim, este livro visa trazer aos leitores a sistematização de estratégias e
do conhecimento empregado para a produção e reprodução dos sotaques de
diferentes regiões do Brasil e, por que não, do mundo. Tal sistematização tem
como base o conhecimento científico da mecânica da voz e da fala, bem como
os conhecimentos práticos adquiridos na prática teatral, no estudo
teórico-prático do canto clássico e popular, e da fonoaudiologia. Portanto, ao
longo deste livro os leitores encontrarão exercícios práticos, exemplos do
cotidiano e o referencial bibliográfico que dá sustentação ao conteúdo presente
neste material.
Ao longo do meu trajeto de desenvolvimento vocal, percebi que existe
uma grande dificuldade em compreender a organização dos sons da fala para
algumas pessoas. Como resultado, tinham dificuldades em criar a identidade
vocal de seus personagens, de ter uma pronúncia compreensível pelo público
durante suas interpretações, uma má articulação de fala e problemas
técnico-vocais, como a mudança acidental na homogeneidade da voz no caso
dos cantores, popularmente chamada de “quebra” na voz.
Certamente, para aqueles que buscam aprender novas técnicas para
aprimorar o seu trabalho vocal, encontrar informações seguras e confiáveis é
uma tarefa que demanda tempo, visto que a má informação pode trazer
prejuízos ao importante instrumento de trabalho que é a nossa voz.
Para obter maior proveito deste material, além de realizar as atividades
propostas no decorrer da assunto, é aconselhável que a prática dos sotaques seja
estendida para outros contextos além da leitura. Algumas possibilidades são a
prática musical através do canto, a gravação da própria voz para posterior
análise e a leitura em voz alta, atentando sempre para o uso das variações de fala
desejadas.
Bons estudos!
― Rubens Güths