Tibouchina (Melastomataceae) do estado do Paraná, Brasil / Tibouchina (Melastomataceae) from Paraná state, Brazil

2010·10.4 MB·English

by  Fabrício Schmitz Meyer

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Rodriguèsiâ61(4):615-638.201
http://rodriguesia.jbrj.gov.br
Tibouchina (Melastomataceae) do estado do Paraná, Brasil
Tibouchina (Melastomataceae)from ParanáState, Brazil
FabrídoSchmitzMeyer', PauloJoséFernandes Guimarães 2&RenatoGoldenberg3
Resumo
AsespéciesdeTibouchinasãoherbáceas,arbustivasouarbóreas,frequentesnasáreasabertasouemregeneração,
nas diversas formações vegetacionais do estado do Paraná. O gênero pode ser reconhecido pelas flores
diplostêmones,comestamesdispostosemdoisciclosdesiguais,comapêndicesdoconcetivoventrais,bilobados,
ovário stipero revestido portrieomas no ápice, e frutos capsulares com semente cocieadas, com superfície
tuberculada. No Paraná, o gênero está representado por 30 espécies, das quais 26 nativas, incluindo duas
espéciesendêmicas,eoutrasquatroqueocorremapenassobcultivo.Nestetrabalho,sãoapresentadaschave
de identificação ilustrada, descrições, comentários taxonômicos, listas decoletores edadosdedistribuição
geográficadasespécies.
Palavras-chave: florística, Melastomeae, taxonomia.
Abstract
The specics ofTibouchina are herbaceous, shrubby or arborcal, and are frequent in open or regcncrating
areasinvegetationtypesinthcStateofParaná.Theycanbcrccognizedbythediplostemonousflowers,with
two unequal cycles ofstamens, these with ventral, bilobed appendages on lhe connective, by the ovary
coveredbytrichomesatitsapex,andbythecapsularfruitswithcochleateandtuberculateseeds.InParanáthe
genus has 30spccies, from which 26are native, includingtwoendemies, and thcothcrfourarecultivatcd.
Ilere wc present an illustrated kcy, dcscriptions, taxonomic commcnts, spccimcn lists and data on thc
distributionofthespecics.
Kcy-words: floristics,Melastomeae,taxonomy.
Introdução sementes cocieadas, diminutamente tuberculadas
(Tod/.ia&Almeda 1991;Wurdack 1962).
Melastomataceaeéconstituídaporcerca4.570
espécies amplamcnte distribuídas nas porções Asespéciessulinassãomaisbemconhecidas
tropicais do planeta (Clausing & Renner 2001). que as do restante do Brasil, cm razão dos estudos
Tibouchina Aubl.éneotropicaleestárepresentado taxonômicos já desenvolvidos para os estados do
porcercade240(Renner1993)a350espécies(Tod/.ia Rio Grande do Sul (Souza 1986), Santa Catarina
& Almeda 1991). Ogêneroapresenta dois centros (Wurdack 1962),eagoracomoParaná.Aindaassim,
dediversidade naAmerica Latina, um nas Regiões existemgruposdeespéciesbastanteproblemáticos,
Centro-OesteeSudestedoBrasil,cooutro, menos emespecialasespéciesdemenorporte,cujaslacínias
expressivo, no noroeste da América do Sul dos frutos são persistentes, e que pertencem às
(Guimarães 1997;Peralta2(X)2). Apresentam porte seçõesPseudopierolepisCogn.,Diotanthera(DC.)
herbáceo, arbustivoou arbóreoe são reconhecidas Cogn. e Simplicicaides Naudin. No tratamento
porsuasflores4ou5meras,estamesférteisdispostos taxonômico aqui apresentado, foram elaboradas
em dois ciclos desiguais ou pouco desiguais, chave de identificação ilustrada, descrições,
apêndices biluberculados ventrais, ovário supero comentáriosquevisamauxiliarnaidentificaçãodos
revestidoportrieomasnoápiceefrutocapsularcom táxonselistagemdecoleções.
'ProgramadcPósGraduaçãocmBotânica(UFPR)[email protected]
institutodcPesquisasJardimBotânicodoRiodcJaneiro,R.PachecoLeão915.22460-030,RiodcJaneiro.RJ.
'Depto.Botânica/SCB/UIPR.C.P.19031,81531-970,Curitiba,[email protected]
SciELO/JBRJ.
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616 Meyer. F.S..Guimarães.PJ.F. & Goldenberg.R
Materiais e Métodos períodonaflor.deformatovariado,desdeglabrasa
Opresentetrabalhofoirealizadocombasena indumentadasextemamente. Florespenlâmeras ou
análise de 927 coleções depositadas nos herbários tetrâmeras. menos frequentemente hexâmeras ou
EFC,FUEL,HBR,HUEM,HUPG,MBM,R.RB,SPe octâmeras; hipanto tubuloso a campanulado,
UPCB(siglassegundoHolmgren&Holmgren2009). indumento estrigoso, seríceo, setoso, escabroso,
Foramconsultadasobrasclássicasquetratamsobre lanoso ou dendrítico, tricomas simples
o gênero (Cogniaux 1883-1885: 1891 tambémos multisseriados, complexos (ramificados) ou
),
estudos taxonômicos de floras regionais de Santa glandulares, freqüentemente apresentando maisde
Catarina(Wurdack 1962),doRioGrandedoSul(Souza um tipo; lacínias do cálice caducas ou persitentes
1986), de São Paulo (Guimarães & Martins 1997; quandoemfruto,ápiceagudo,cuspidado,subulado
Guimarães&Oliveira2009;Oliveira2001 alémda ou obtuso, glabras ou com indumento semelhante
),
revisãotaxonômicadaseçãoPlerotm(D.Don)Cogn. aodohipanto,distribuídosextemamenteportodaa
(Guimarães 1997). Para cada espécie, apenas as extensão da lacínia ou apenas na porção central;
coletasprovenientesdo Paraná foram relacionadas pétalascomcoloraçãopermanenteoumutável,desde
como“materialselecionado”,apartirdasquaisforam osvariadostonsdorosa.roxo.purpúreo,brancoou
baseadas as descrições. Optou-secitarapenas uma vináceo; estames 10 ou 8, desiguais ou pouco
coleta por município, preferencialmente o registro desiguais:filetescomindumentovariadoouglabros;
mais recente. Além das espécies nativas foram conectivos bastante ou pouco prolongados,
incluídas no estudo as cultivadas, estando estas apêndices ventrais bilobados, glabros ou
sinalizadas com um asterisco na chave de indumentados; anteras com ápice subulado ou
identificação.Táxonsinfra-genéricos(seções)einfra- truncado;ováriocomápicerevestidoporindumento
específicos (variedades) não foram considerados variado;estiletecom indumentovariadoouglabro.
neste trabalho, pois não possuem uma delimitação Fruto capsular, sementes numerosas, cocleadas,
clara(Souza 1986;Guimarães 1997).Comrelaçãoà diminutamentetubereuladas.
morfologia, o indumento foi descritocombaseem Tibouchina está representado no Paraná por
Hickey&King(2000).Adistribuiçãogeográficadas 30 espécies, das quais 26 são nativas e quatro
espécies foi descrita com base nos espécimes cultivadas.Destas,cincoespéciesocorremtambém
analisados,embibliografiaecoletas. foradoBrasil(T.clino/todifolia,T.debilis,T.gracilis,
Descrições mais detalhadas sobre o relevo, T.guimaraensise T. martialis);as25restantessão
climaevegetaçãodoParanápodemserencontradas exclusivamentebrasileiras,cincodelasendêmicas
cmMaack(1968),RodcijanetaL(1993),Goldenberg daRegiãoSul(T.dusenii.T.goldenbergii,T.kleinii.
(2004)eCamargo&Goldenberg(2007). T. pilosa e T. saxicola), sendo T. saxicola e
T. goldenbergii endêmicas do Paraná. Segundo
Tratamento Taxonômico critérios da U1CN (2001), seis espécies de
T1i77b5o.uchina Aubl., Hist. pl. Guiane 1: 445, t. 177 TTiibboouucchhinianagoledesntbãeorgiaim.eTa.çraieddaelsiandaeeeT.xstaixniçcãool.a
fsruebqcuielAnírtnvedomrreiencsto,es,caorqmvuoxariedltroaapsnó,dgiuoal.rabRrueassmt,oossscoieulmínedrraivlcaaosss,,, er2es0st0tãr1oi)te.a,mTcpioebrmoiugpcoohcpiruínltaiacçodõ,uespseonimisuit,iêtmoT.dpihesetqrruiiebnnueaiqçsãuoi(amUnuIiaCtNoe
diminutamente alados ou com alas bastante T. kleiniienquadram-senacategoria“vulnerável”,
desenvolvidas, com ou sem indumento. Folhas visto que destas ocorrem populações naturais
pequenas, restritas a ecossistemas ameaçados. As
olpâomsitansa,rdaersadmeenteelívpetritciacisl,adalsa,npceecoiloaldaadsa,soouvaniãso;, demais espécies aparentemente não estão
ameaçadasdeextinção.
ocrbelnaunlcadeao,lgaldaabsraaoucroervdeisftoidrampeosr,trmiacromgaesmemliasmaboaus Os exemplares nativos ocupam todas as
as faces; nervuras 3-9, acródromas, basais, formações vegctacionais do estado, mas a maior
ccstciiuaormpdsmeruóiiac3drba-eaass9ss,afn7dlio-oesr2be1dsooi;tufcãbláoorcsr,áoiecsnotà,sfesloadusvuieeocsnzuiptemoebsessrita.praceastrFsésleoimolsmeratesnesi2onn-tssf6eols,rloagirpmeteioársfrraciilêclamnasoecdnniaogtasuose, edpcmseoictsoretrfçplraãeoeo(rfe(eldscomtaarasmesspoetaomasvsbpac)rén.oócafmisUielAsm(arcaeedunsrcetrúááanmrdseoaiarsas)o)s(,ofelcmfofielrlaoneodrsroeatersastàtadaaetvoelesmâetgbnsaetrpcitóéicafcoaçiin)ãleaoaeis
semi-decídual(florestadaBaciadoRioParaná).
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Tibouchina do Paraná
ChavedeidentificaçãoparaasespéciesdeTibouchinanoestadodoParaná
3.
Florestetrâmeras, raramentemescladascom flores pentâmerasdispostasnocentrododicásio.
1.
2 Pétalasbrancas; anterascomápicetruncado(Fig. lc) 18. T. hospita
42.'. Pétalas purpúreas, róseas ouroxas; anterascom ápice subulado (Fig. la).
Folhascom3nervurasbasais;lâminalanceolada,0,2-0,8cmlarg.(Fig. le) .... 26. Tsaxicola
35’.. Folhascom5-7nervurascomospareslateraisconfluentes;lâminaovalaelíptica, 1,1-3,5cm
6l.arg.(Fig. ld) 2. T. cerastifolia
r. Floresexclusivamentepentâmeras.
Ervasousubarbustos,frequentementecomxilopódiosubterrâneo;cálicecomlacíniaspersistentes
nosfrutos7(.Fig. lf).
Anterascomápicetruncado(Fig. lb) 5.T clinopodifolia
5’. Anterascomápicesubulado(Fig. la).
Face8a.baxialdasfolhas,ramosehipantocomindumentolanoso,comaspectoaveludado
(Fig. lh) 14. Tguimaraensis
6’. Faceabaxialdasfolhas,ramosehipantoglabros,seríceos,estrigosos,escabrosos,setosos,
9. setulosos, pubérulos, tomentosos, vilosos, hirsutos ou glandulares, sem aspecto
aveludado.
Inflorescênciacongesta; hipanto estrigoso a seríceo, tricomas adpressos (Fig. lk)
12. Tgracilis
7’. Inflorescência laxa; hipantorevestidoporindumentosetoso, tricomas em posição
inclinada(Fig. lj).
Folhas seríceas em ambasas faces 16. T herincquiana
8’. Folhascomafaceadaxial glabraouestrigosa,faceabaxial hirsutaousetosa
12. 6. T debilis
4’. Arbustosou árvores; cálice com lacíniascaducas nos frutos (Fig. lg).
13.
Pétalasdecoloraçãomutável, inicialmentebrancas,posteriormenteróseasapurpúreas.
10. Folhascom5 nervuras(Fig. 11);estileteesparsaamoderadamente seríceonabase(Fig.
lm) 14. 22. Tpulchra
10’. Folhascom3nervuras(Fig. In);estileteglabro(Fig. lo) 27. T. sellowiana
9'. Pétalasde1c5o.loraçãopermanente,em cores variadas,desde brancas, vinosas, roxas, róseas a
purpúreas, frequentemente apenascom porçãoda unhade coloraçãodiferenciada.
11. Pétalas brancas 8. T. dusenii
11’. Pétalas vinosas, roxas, róseas ou purpúreas.
Apêndice do concetivo esparsa a densamente revestido por tricomas glandulares
16.
(Figs. lp-s).
Folhasovais,combasecordada;7ou9nervuras(Fig. lt) .... 17.T.heteromalla*
13’. Folha1s7.elíptico-lanceoladas ou elípticas, com base aguda ou obtusa, menos
frequentemente acuneada; 3 ou 5 nervuras.
Hipantoseríceoou setoso(Fig. lu) 9. T.fothergillae*
14’. Hipantoestrigoso-dendrítico(Fig. lv) 1. T. candolleana*
12'. Apêndice doconectivo glabro.
Ramos com alas conspícuas (Fig. lx); face adaxial da folhacom tricomas de
basepustuladamescladoscomtricomasdebasesimples;faceabaxialdendrítico-
pubcscentcs (Fig. 2a) 13. T granulosa*
15'. Ramossemalas,oucomalasdiminutas(Fig. 1w);faceadaxialdafolhaglabra
oucomindumentovariado,semtricomascombasepustulada;faceabaxialcom
indumentovariado,semtricomasdcndríticos.
Brácteas persistentes por longo período na flor, localizadas na base do
hipanto(Fig.2b) 15. T. halschbachii
16’. Brácteas ou bractéolas prccoccmcntc caducas.
Folhasdiscolorcs; faceadaxialcomdoisestratosdetricomas,ao
menosum,geralmenteomenor,comtricomasglandulares(Fig.2c)
3.7! chamissoana
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/:|o Meyer,F.S., Guimãràes.PJ.F. & Goldenberg,R.
17 . Folhasconcolores;faceadaxialcomapenasumestratodetricomas,estedesprovidodetricomasglandulares
18. Folhascom basecordadaou suavemente cordada(Figs. 2d-g
).
19. Hipanto.revestidoportricomasexclusivamentenãoglandulares;ocorrênciaemformaçõespioneiras
deinfluênciamarinhaenaflorestaombrófiladensa,naformaçãodeterrasbaixasesubmontana.
-0. Conectivodosestamesantissépalos2,5-4mmcompr. 30 T. urvilleana
20’. Conectivodosestamesantissépalos0,5-1 mmcompr. ‘ 4 T rfavata
19’. Hipantorevestido,aomenosemparte,portricomasglandulares;ocorrênciaemvegetaçãode
estepegramíneo-lenhosa,savanaeflorestaombrófilamista.
18’. Folha22s11.’c.o2PPm4ee.ccbííaooslleoo7oab-ut2sue0snmatemoouucoammgupuirdt.ao.curto(Fig.2e),ca. 1 mmcompr. " ” 2tq9’ tT’ ulriesi•mn"a••
22. Faceadaxia25l.dafolhaglabra(Fig.2j)ou,seestrigosa,tricomasdispostosemfaixaslongitudinais
26.
22’. Faceadaxialdafolhacomindumentovariado,tricomasdistribuídosportodaasuperfíciedalâmina
li. Hipantomoderadaadensamente seríceo.
Faceadaxialdafolhaserícea(Fie.2m) l3n0.^T.urvdleem
24*. Faceadaxialdafolhaestrigosa.
27. 25 . FFoollhhaassccoomm57nneerrvvuurraass((FFiigg..22k1)). H. T gddmbergü
Ramosnãodecorticantes;ocorrênciaemvegetaçãopioneiradeinfluência
marinhae nafloresta ombrófiladensa, nas formações de terrasbaixase
26 . Ramosdecorticantes; ocorrênciaemestepe gramíneo-lenhosaZTl.!!.
iy' esparsa moderada ou densamente estrigoso, setoso ou escabros^ rUdeUana
Bracteasoubractéolascom 10-19,5mmcompr.
28. Bractéolas ovais ou elípticas; face adaxial da folha com tricomas de maior
SObre3nCrVUraCemralePróximosàbase,com 1,5-2mm
28’. Brácteasoubractéolasorbiculares;faceadaxialdafolhadesprovidadetricómls
27’. BráctmmeeaesssTom,uo°b.trraaecSmtaénolhraos>qcnuSoeOmeoS3s,!d4?-ab8rs,eu7p3emrnmfCícrciVoeUmrapnCentra1’ se Presemes men"o>r4esromu•'dZ"o
29. Estiletepubérulo,tricomasaté0,2mmcompr. iq r t;^• ••
29. Estileteglabroouseríceo,tricomas 1,3—1.7mmcompr.
3°. E31s.tamLeasmcionmaf5d-et6e,s2vxilo2s,o4s-,3cocmm;trgiecroamlamsemnatieorceosmqufeol1hamsmcveormtpirc.ifícFdiags.(Fliag)..
31’. Lâmina 1,8-3,2x0,7-1,4cm;folhassempreop^süs(Rg íp/' !..
30'‘
tncomasca.0,4mmcomprr. /-.r tn.ch,opoda
i1.nMTairbto.u&chEiincahlcera,nFdlo.lblreasa.na14((M3)a:rt3.39e.x1D8C8.5). Cogn. Pecíolo50-70mmcompr.;lâmina4.8-8,8x1,6-2.8cm.
elíptica,ápiceebaseagudos,margemlisa,faceadaxial
pranchIaco1n5o,grfiagf.ida-:f)Guimarães & OliveirFaig(.2l0p0,9,v dmiosdterriabduaímdoesnteenetsrterigaossa,netrrviucormaass,caf.r0e.q5umenmtceommepnrt.e,
não dAercboursttioc3a-n5tems,alte.sRpaamrossajoavemnosdqueardaradnagumleanretsè, treincdroimtaisccoas.,0f,a5cmemabcaoxmiparl.;esnpearrvusraamsen3.tesupersatbraisgaoissa.,
estrigosos, frequentemente tricomas dendríticos. Cfliomreesi;rabrdaectdéiocálsaiso2s.ocua.in7f,l1oxres1c.ê6nmcima,tiorbslóiodnega7s-5Õu1
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Tibouchina do Paraná
FiguraI-DetalhesmorfológicosdeespéciesdeTilxnicluniinoParaná-a-c.estamesantissépalos-aT.martialis(Larulntm405l);
b. T. clinopodifolia(Britez 1172);c. T. hospita(Hatschbach 1742).d-c. lâminasedisposiçãodasnervuras(faceabaxial)-d I
cerastifolia(Saldanha2);e.T.saxicola(Meyer322).f-g.frutos-f.laciniasdocálicepersistentesemTdebilis(Cervi2916);g.lacínias
docálicecaducasemT.pidchra(Aguiars.n.,1IUEM963).h.indumentosobosramos,folhas,eixodaindorescènciaehipantoem
T.gtilnuiraensis(Barbosa101).i.folhacomdetalhedostricomasnamargemdafaceadaxialemTibouchinadebilis(Hatschbach
21216).j-k.indorescènciaedetalhedoindumentodohipanto-j.T.debilis(Cervi2916);k.T.gracilis(Halschbach40236).1.lâmina
edisposiçãodasnervuras(faceabaxial)emT.pulchra(Aguiars.n.,HUEM963).m.gineceuemT./nilchra(Aguiars.n.,IIUEM
963).n.folhamostrandoadisposiçãodasnervuras(faceabaxial)emT.sellowiana(Kummrow2605).o.gineceuemT.sellowiana
(Kummrow2605).p-s.estamesantissépaloscdetalhedosapêndicesdoconcetivocomtricomasglandulares-p.Tcandolleana(Neto
62Y,q.Theteromalla(Gatti138);r.T.follnrgillae(Paulal);s.T.fothergillae(Cordeiro1172).tlâminaedisposiçãodasnervuras
(faceabaxial)cmT.heteromalla(Duarte56).u-v.hipanto,comdetalhedoindumento-u. T.fothergillae(Cordeiro1172Y,v. T.
candolleana(Neto62).w-x.fonnadosramos-w.T.unilleana(Silva287);x.Tgranulosa(faroca51).
FigureI-MorplmlogicaldetailsofTibouchinaspecicsinParaná-a-c.antiscpalousstamens-a. T.martialis(Latulnim4051);b. T.clinopodifolia
(Britai172);c.T.haspita(Hatschbach1742).d-c.Icafbladcsandvenalion(abaxialview)-d. T.cerastifolia(Saldanha2);c.T.saxicola(Meycr322).
f-g.fruits-f.withpereistentcalyxlobesinTdebilis(Ccni2916);g.withdcciduouscalyxlobesinT.pulchra(Aguiars.n.,HUEM963).h.indument
imtbebranchcs,Icavcs,inflorcsccnccaxisandhypanlhiuminT.guimaraensis(Barbosa101).i.Icafwithtrichomcsuntlicadaxialmiuginofthcbladc
inT.debilis(Ilatschlxuh21216).j-k.inllorcscenccanddetailofthcindumentontlichypanthiiun-j.Idebilis(Ceni2916);k.T.gracilis(Hatschbach
40236).1.bladcandvenation(abaxialvicw)inT.pulchra(Aguiars.n.,HUEM963).m.gynocciuminT.pulchra(Aguiars.n.,HUEM963).n.Icavc
showingtlicdispositionofribs(abaxialvicw)inT.sellowiana(Kummrow2605).o.gynocciuminT.sellowiana(Kummrow2605).p-s.antiscpalous
stamensanddetailofthcconncctivcappendageswithglandulartrichomcs-p.71candolleana(Neto62);q.T.heteromalla(Gatti138);r.T.fothergillae
(PaulaI);s.T.fothergillae(Cordeiro 1172).Ibladcandvenalion(abaxialvicw)inT.heteromalla(Duarte56).u-v.hypanthium,withdetailsofthc
trichomcs-u71fiilhergillae(Conleiro1172);v.T.catulolleaiui(Neto62).w-x.brancltshape-w.71unilleiuui(Siha287);x.T.granulosa(DtrxKa51).
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Figura 2 Detalhes morfológicos de espécies de Tibouchina no Paraná - a. folha de T granulosa com detalhe do
indumentosobreambasasfaces(Laroca51).b.brácteaspersistentes,localizadasnabasedohipantoem, Thatschbachii
c(oKmumamrbaoswe3c2o3r0)d.adca.f-oldh.aTd.ecTl.acvhaatmais(sHoaatnsac,hbcaocmhd4e2t6a7l0h)e;doe.iTnduumresinntao(soHbartescahmbbaacsha1s8f4a4c3e)s.(Rf-igb.asfo3l9h6a2s)cdo-me afoblahsaes
suawmentecordada-f. T kleinii(Hatschbach5528);g.T.un-illeana(Silva287).h.folhacomabaseairedondadaem
aTdauxr'iva8ill°,egflaeannba^ra(JMe'emy^leTr.°5d2u:9bZ)i.aai.(2fH9oa2lt2hs)ac'ehmibna'dcluhâm2me8nm1ta0o26s)o.dbekrt-ea1.Uallfeâamcdei°naadianexdiduaimlsepenomts0iTçsãedorudibcaiesaon(seHorabvtrusercahasb-faackch.e1Ta8.d0ar1xe5gi)na.ellj.leifmiol(hTAa.tchuaon-ymidlealef4a0a)nc;ae
pT.romaxatirsmtcoihabahabscah(seH2a5e6tm7s5cT)h.bpadncohslaa2m3(2iH2na0at)se.chdqeb.tabacrlhahc4et0ed7oo0l5ai).nedomu-pmT.e.dntitrsoipcodsheioçpmãoaodiadoar(sHdfaiotlmshecanshsbnãaoocshrsoa4bm1ro8e3s1a-)so..nreT.r.gvfaurlirhgaiasdeuplrmaim(TáHrairteasistc,zhinibaa(Mcfhea\c4e2e2ar1d23a1)x;1iapl.
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Rodríguèsia61(4):615-63B.2010
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Tibouchina doParaná
lanceoladas,ápicesubulado,precocemenlecaducas. pétalasroxasouróseas;estames8,desiguais,filetes
Florespentâmcras;hipantomoderadamenteestrigoso- glabros, prolongamento do conectivo nos
dendrítico,tricomasca.0,3mmcompr.;lacíniasca. antipétalos 0,2-0,5 mm, nos antissépalos 0,4-3,5
5,2x2,5 mm,caducas,ápiceagudooucuspidado, mmcompr., apêndicescomápiceobtuso,glabros,
indumento semelhante ao do hipanto, distribuído anteras com ápice subulado; ovário com ápice
naporçãomediana;pétalaspurpúreas;estames 10, moderada a densamente setuloso ou seríceo, rmarmo
desiguais, filetes moderada a esparsamente tricomasglandularesmesclados;estilete6-12,5
glanduloso seríceo-setosos, tricomas 1-1,3 mm compr.,glabro.Cápsula4,5-11,5x3-5,5mm.
compr. nos dois terços inferiores, prolongamento Materialselecionado: Araucária, 1.III.2002,fl.e fr., C.
doconectivopraticamenteausentenosantipétalos, Kozera 1528(UPCB). BalsaNova, 22.IV.1980, fl. e fr.,
nosantissépalosca.0,7mmcompr.,apêndicescmomm L1..TV..2D0o00m,brflo.weskfir.,1O1.3S.08Ri(bMaBsM3)1.43Bo(cMaBiMu)va.dCoamSuplo,
ápiceobtuso,comtricomasglandularesca.0,5 Mourão, 27.III.2004, fl. e fr., E. Ferreira s.n. (UPCB
compr., anteras com ápice subulado; ovário cmomm 48645).CampinaGrandedoSul.22.IV.2007,fl.efr.,R.
ápice densamente seríceo, estilete ca. 14,8 Goldenberg880(UPCB).Candói, 11.III.1996.fl.efr.,Y.
mm
compr., esparsamente seríceo, tricomas ca. 1 S. Kuniyoshi5785(MBM). Capitão Lcônidas Marques,
compr.próximoàbase.Cápsulaca.8,7x7mm. 8.IV.2004, fl. e fr., O.S. Ribas 6259 (MBM). Castro,
Materialselecionado:Curitiba,8.X.2007, fl.eir.,F.S. 1.III.1987,fl.,R.S.Moros.n.(HUPG2353).Clevelândia,
Meyer425(UPCB). I.V.1966, II.e fr.,J. Lindeman 1127(MBM).Colombo,
Tibouchina candolleana pertence ao grupo 21.11.1995, fl., J.M. Silva 1440 (MBM). Curitiba,
de espéciesque possuiestamescomapêndicesdo 17.IV.2007, fl. e fr., F.S. Meyer308 (UPCB). Foz do
conectivorevestidosportricomasglandulares.Pode Iguaçu, fl. e fr., 23.V.1979, Buttura 67 (MBM).
ser reconhecida pelos tricomas dcndríticos com GInuáacriaopuMaarvtai,ns4,.I2I1..210.0169,9f8l,.e11.fr.e,fJ.r„CGo.rdHeaitrsoc3h4b0ac(hUP6C7B5)01.
ramificaçõescurtas, que revestem principalmente (MBM).Irati,29.XII.2004,fl.,D.Sauressig494(UPCB).
ohipantocaslacínias.Origináriadeflorestasciliares Jaguariuíva, 14.11.1980,fl.efr.,LT.Dombrowsky11146
na Bahia, Goiás, Distrito Federal c Minas Gerais (MBM).JundiafdoSul,30.III.2001,fl.efr.,J. Carneiro
(Guimarães & Oliveira 2009), ocorre apenas sob 1110(MBM). Lapa,7.II1.2002,fl.efr.,O. SRibas4565
cultivono Paraná. (MBM). Londrina, 23.111.1997, fl., J.M. Silva 1902
(MBM). Medianeira. 8.XII.I966, fl.,J. Lindeman 3475
&2. ETiicbholeurc,hFiln.abrcaesr.as1t4i(f3o):li4a0(3N.a1u8d8i5n.)Cogn.inFiMga.rtl.d ((HMMUBBEMMM)))...MPPoiirennrh,cãto5e,.sI,I8I.9.I.1II9I8V.4.1,1999f96l..3,eflff.rl..,,eTGf..rlM..,.RSPi.ezRz.dieZr1is5leln(erU1P31C73B64,07
EIcrovnaogoruafsiuah:arObluisvteoir0a,(3-2100m1,apltr.aRnachmaos12j)ovens 4(3M2BM()M.BMPi)r.uíPdioraSquula,ra2,7.IIIVI..21090754,,ffll..,cMf.r.,RRe.gKinuamtmor4o0w2
quadrangularcs, diminutamente alados, não (UPCB). Ponta Grossa, III.1999, fl. e fr.. UM. Takeda
decorticantes,esparsaamoderadamenteestrigosos s.n. (HUPG 6666). Porto Amazonas. 11.1.1988. 11., S.
a sctulosos, frequentemente tricomas glandulares Ginzharg 683 (SP). Porto Vitória, 8.XII.1971, fl., G.
mesclados.Pecío!o2-25mmcompr.;lâmina 1.7-8,5 Hatschbach 28416 (MBM). Prudenlópolis, 30.IV.1988,
xobt1u,s1a-,3,5mecnmo,sovfarleqouueenltíeptmiecnat,eápaigcuedaag,udmoa,rbgaesme RfIroI..l,IáInPI.d.i1aR9,.966,R.iIfcVlk..l1ei99fsr9..,n..fAl..(.CHD.UAC.PeGEmst1e56v11a41n)1./(7QU(uPFaCUtEBrL,o).MBaBSrMarna)ts..o
crenulada, face adaxial glabra ou moderada a AntôniodoSudoeste, 17.V.1977,fl.efr.,G. Hatschbach
esparsamenteestrigosaouseríceo-cstrigosa.tricomas 39919 (MBM). São Jerônimo da Serra. 27.V.2002, 11.,
0,5-2mmcompr.,frequentementecomabaseimersa K.L R.V. de Sá 191 (UPCB). São José dos Pinhais,
no limbo, face abaxial moderadamente setosa ou 7.II.1998,II.c fr.,A. Dunalsky435(MBM). SãoMateus
scríceo-setosa, tricomas 0,5-2 mm compr., raro do Sul, 15.111.1974. fl., R. Kummrow 398 (MBM).
tricomas glandulares mesclados; nervuras 5-7, Tamarana,22.III.2001.11.,O.C.Pavãos.n.(FUEL30932).
Telêmaco Borba, 9.X.I988, fl. e fr., A.F. Pliessnig s.n.
p1a5r-e3s0lfaltoerreas;isbrcaocntfélouleanst2e,s1.-I3nxf0l,o5r-e1s,cê7nmcmia,toivrasiósidoeu, 4(1H6U(PUGP3C7B8)8.).TToimjauzciansad,o2S4u.lU.I2.32.010171,.21010.2c,fflr....DJ..ML.ieSbislcvha
oblanceoladas,ápiceagudo,precocemcntecaducas. 5462 (MBM). União da Vitória, 27.11.1968, fl. e fr.. C.
Florestetrâmeras;hipantomoderadaaesparsamente Koczicki97(MBM; UPCB). Vila Alta,6.X1I.I995, 11.c
setoso a setuloso, tricomas 0,5-1,5 mm compr., fr.,J. Carneiro 107(MBM).
frequentemente tricomas glandulares mesclados; Tibouchinacerastifoliapodeserreconhecida,
lacíniasl,2-4x1-2,7mm,persistentes,ápicesubulado, dentreasespéciesdepequenoportecquepossuem
glabrasoucomindumentosemelhanteaodohipanto; fruto com cálice persistente, por suas folhas de
Rodrlguésia61(4):61 -638.201
SciELO/JBRJ
cm 1
1
622 Meyer.F.S.. Guimarães.P.J.F. &Goldenberg.R.
formatooval ou elíptico, inflorescências tirsóides ousuavementecordada,margemlisa,faceadaxial
comflorestetrâmeraseanterasdeápicesubulado. moderadamente setulosa, tricomas 0,4-0,8 mm
Algumascoletas(J. Cordeiro340, C. Koczicki 97 compr., frequentemente glandulares mesclados, e
e M. Reginato 402) apresentaram variação no também esparsamente glandulosa-pubérula,
número de peças florais, com flores pentâmeras tricomasca.0,2mmcompr.,faceabaxialdensamente
dispostas no centro do dicásio e tetrâmeras nas tomentoso-vilosa, tricomas ca. 1 mm compr.,
laterais. Wurdack (1962) encontrou esta mesma nervuras primárias moderadamente seríceas,
variaçãoparaalgunsespécimescoletadosemSanta tricomas 2,5-3,5 mm compr.; nervuras 5,
CatarinaeaparentementeosincluiuemTibouchina confluentes. Cimeira de dicásios, 7-9 flores, ou
longipilosa Cogn. Optamos por incluir tais inflorescência tirsóide, 9—15 flores; brácteolas 2,
espécimesemT.cerastifolia,umavezqueoslimites 14,1x0,6-2,8mm,lanceoladas,ápicesubulado,
estabelecidos para estas espécies são pouco precocementecaducas.Florespentâmeras;hipanto
consistentes. É possível que tais espécimes moderadamentesetoso,tricomas 1—2mmcompr.,
resultem de hibridação entre T. cerastifolia e T. frequentementeglandulares mesclados,e também
csliimpnaotproidai,fovliisat,oqquueeooscmaessiomnoaslmaepnrteeseonctoamrreesmtadeoms emsmpacrosmapmre.n;telagclíannidausl6o,s3o--9p,u4béxru1l—o3,,5trmimco,macsadcua.ca0s,,2
intermediáriosparacaracterísticasrelacionadasàs ápiceagudo,indumentosemelhanteaodohipanto;
anteras,hipantoecálice.Tibouchinanitida(Grah.) pétalas purpúreas; estames 10, desiguais, filetes
Cogn.eT. herbacea(DC.)Cogn.,espéciescitadas glabros, prolongamento do conectivo nos
paraSantaCatarina,foramtodasreconhecidascomo antipétalos0,3-1 mm,nosantissépalos ,6-3,5mm
1
T. cerastifolia, pois o tamanho do conectivo dos compr., apêndices com ápice obtuso, glabros,
estames antissépalos (caráter distintivo entre anteras com ápice subulado; ovário com ápice
T. herbacea e T. cerastifolia, segundo Cogniaux, densamente seríceo ou setoso; estilete 11,7-19,3
mm
1891)eapresençaouausênciadetricomasnaface compr.,glabro.Cápsula7-9x5,2-7,2mm.
adaxialdalâmina(caráterdistintivoentreT.nitida Materialselecionado:Jaguariaíva,21.X.1995,fl.,D.J.
e T. cerastifolia, segundo Cogniaux, 1891), S. Carriõo35(UPCB). Lapa,29.XI.2001,fl. efr„ 0.S.
aparentemente representam apenas variações Ribas3962(MBM). RioBrancodoSul.6.XII.1995,fl.
morfológicasemumaespéciealtamentepolimórfica. efr„ G. Hatschbach64012(MBM,RB). SãoJerônimo
Tibouchina cerastifolia pertence à seção daSerra, 12.XI1.2002, fl.,K.LR.V. deSá414 (FUEL).
Pseudopterolepis Cogn., que necessita ser Sengés,8.1X.1959,fl.efr„G.Hatschbach6279(MBM).
revisada,poisadelimitaçãodasespéciesapresenta- Tibagi,T1i3.bEoXu.1c9h9i7,nbaoLecfhl.,aBm.iG.sDsioaasns.an.(FpUoEdLe289s0e)r.
sebastanteproblemática.Possuiampladistribuição reconhecida pelas folhas discolores, com face
e ocorre nos estados do Rio de Janeiro, Minas adaxial revestida portricomasglandulares (emao
GGerraanidse,dSoãoSulPa(uGluoi,maPraãraensá&, OSlainvteairCaa2t0a0r9i)n.aVeicReijoa mtoemneonstousmo-dviolsoessatr(aFtiogs.)2ec)f.acOecoabrarxeianlosdeensstaadmoesntdee
nas mais diversas formações vegetacionais do Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Guimarães &
nPaarafnláo,retsatiascoombmroófáirelaasdaebnesrtaa,sfoluoreemstareogmebnreórfaiçãloa eOsltievpeeirgara2m0í0n9e)o,-tleenndhoospaoershaavbaintaa.t vegetação de
mista, floresta estacionai semidecidual, estepe
gramíneo-lenhosa, savanaerefúgio vegetacional 4. Tibouchinaclavata(Pers.)Wurdack,Phytologia
altomontano.
7:233. 1960. Fig 2d
3. Tibouchina chamissoana Cogn. in Mart. & figs.6I2c-o7n2o)grafia: Guimarães & Martins (1997,
EichlerI,coFln.obgrraasf.ia14:(3G)u:i4m03a.rã1e88s5.& Martins (Fi1g9.927c, quadrAarnbguulsatroes0,,4d-i1m,i2numtaamlet.ntReamaloasdojs,ovennãso
figs.40-46)
quadrAanrgbuulsatroes0,,8d-e1c,or5timcanatlets.,Reasmpaorssanmoevnotse demsemtcroirgtosiocsa.ntPeesc,íolmooaduesrenatdeaomuenmtueitosecruírtcoe,osca.ouI
setosos ou vilosos e também moderada a agudcoo,mpra.c;ulmaiminnaad3o,8—ou10,o5bxt2u,s7o—,8,b3acsme,ocvoalr,dáapdiac.e
esparsamente glanduloso-pubérulos. Pecíolo 3-8 margem
emlímptciocamporu.;llaânmcienolaa1d,a7,-6á,p1icxe0a,8g-u1d,o6,cbma,sedisocbotluosra, dterniscaommeanstlies1a,s,5e-rfí2ac,cee3aaomduamxviialcolosamd.pertn.rsi,acmofemanactseecaas.ber2aíxcmieaaml,
Rodriguésià61(4):615-638.2010
SciELO/JBRJ,
cm 13 14
..
0
623
Tibouchina do Paraná
compr., nervuras primárias densamente seríceas, margem crenulada, face adaxial esparsa a
tricomas 2,3-3 mm compr.; nervuras 7-9, moderadamentesetosa,tricomas 1,5-4,5mmcompr.,
confluentes. Inflorescência tirsóide, 15-30flores; base imersa no limbo, face abaxial esparsa a
mm
bractcolas 2, 7,4-11,7 x4,1-7,2 mm, elípticas ou moderadamentesetosa,tricomas 1,5-2 compr.,
ovais, ápice agudo,precocementecaducas. Flores raro tricomas glandulares mesclados; nervuras 5,
pentâmeras;hipantodensamenteseríceo,tricomas confluentes. Cimeira de dicásios, 3-7 flores, ou
3^1,5 mm compr.; lacínias 3,8-5 x 2-2,8 mm, inflorescência tirsóide, 9-15 flores; bractéolas 2,
caducas, ápice agudo ou cuspidado, indumento 1-4,8 X 0,5-1,5 mm, oblongas, elípticas, menos
semelhante ao do hipanto; pétalas purpúreas; frequentementeovais, ápiceagudo, precocemente
estames 10, desiguais, filetes esparsamente caducas. Flores pentâmeras; hipanto moderada a
mm mm
glanduloso-pubérulos,tricomasca.0,2 compr. esparsamentesetoso,tricomas0,5-1,5 compr.,
na porção inferior, prolongamento do conectivo frequentementeglandularesmesclados;lacínias 1-
nosantipétalos0,3-0,7mm,nosantissépalos0,5-1 3 x 1-2 mm, persistentes, ápice agudo, glabras;
mmcompr.,apêndicescomápiceobtuso,glabros, pétalasróseas;estames 10,poucodesiguais,filetes
anteras com ápice subulado; ovário com ápice glabros, prolongamento do conectivo nos
densamente seríceo; estilete 14-23,7 mm compr., 98a..ntipétalosca.0,1 mm,nosantissépalosca.0,3mm
esparsa a moderadamente glanduloso-pubérulo, compr., apêndices com ápice obtuso, glabros,
tricomas ca. 0,2 mm compr. na porção inferior. anteras com ápice truncado; ovário com ápice
Cápsula 10,5-15,5x5-6,2mm. esparsamentesetuloso;estilete4,8-5,2mmcompr.,
Material selecionado: Antonina, 19.XI.1998, fl„ G. glabro.Cápsula4,1-8x3,6-5,4mm.
Hatschbach68833(UPCB).Guaraqucçaba, 16.1V.1995, Material selecionado: Adrianópolis, 12.XII.2006, fl. e
fl.,S.F.Athayde297(UPCB).Guaratuba, 14.1.2001,0., fr.,F.S.Meyer262(UPCB).Antonina, 12.1.2006,fl.efr.,
W.A. Rodrigues 11326(UPCB).Matinhos,20.IX.1964, O.S. Ribas7145(MBM).BocaiuvadoSul,23.1.1963,fl.
11.,LTDombrowski366(MBM).Morretes,26.XI.1994, efr.,G.Hatschbach9700(MBM).Caiobá,20.V.1985,fl.
fl., /. Barbola s.n. (UPCB 29030). Paranaguá, efr.,MT.Shirata 191 (UPCB).CampinaGrandedoSul,
13.XII.I995,fl., Y.S. Kuniyoshí5749(EFC). Pontal do 12.XI.1968,fr.,G.Hatschbach20280(MBM).Colombo,
Paraná, 15.1.1999, fl„M.Borga376(UPCB). VI.2005,fl.efr.,R.F.S.Possete479(UPCB).Contenda,
Tibouchina clavata é reconhecida pelas XI.I959, fl.,A. Mattos (MBM 226095; UPCB 2498).
folhascom indumentoseríceodensoemambasas Curitiba.20.III.2001,fl.efr.,J. Cordeiro 1892(MBM).
faces,basedalâminacordadaepecíoloausenteou Guarapuava, 5.II.I994, fl. e fr., T.M. Pedersen 15953
bmT.aasiutonarinl(tl4ec-a1rn0eadm,uqzmuiedcood.mifpPerro.e)dpeeelcsaoesnrefcocltohinavfsoucdnoodsmidepasetcacímooelmso ss((..MnnH..BU(M(EH)HMU.UP5PGG7G1u75a6)4r0.6a)4.qI7puJ)iae.rgçauLanaagbrapai,aa,,í7v.7a8V.,..VI5I1I.I9.VI91I.99I26,.601f,0l9.03fe,3l.,,frff.lGr,...,,l.SNHJ...AaM.t.JsFoTcesrahirkbeaesi.cdrnhaa.
antissépaloscomprolongamentolongo(maiorque 13662(MBM). Morretes,20.1.1985, fl.efr.,S. Ferrucci
2 mm compr.). Tibouchina clavata assemelha-se 305(MBM). Piraquara,X.2004,fl.efr.,M. Reginato94
também a T. ursina, que difere pelo indumento (UPCB).RioNegro,23.1.1965,fl.efr.,LB.Smith14994
avermelhado,comtricomasglandularesmesclados, (HBR). SãoJosédosPinhais,5.VI.1986, fr„J. T. Motta
distribuídosnoeixoda inflorescênciaehipanto. É 289 (MBM). São Mateus do Sul. 29.XI.1986, fl. c fr„
R.M.Britez 1172(MBM).TclêmacoBorba, 13.VI.1989,
conhecida popularmente por “orelha-de-onça", e
ocorrenoRiodeJaneiro,SãoPaulo,ParanáeSanta ffrr...,AF..OP.eSr.eiVrieai6r8a93121(R(BF)U.ETLi)j.ucTaesrrdaoBSoual,, 1147..1111..11997641,.1f1l..ee
Catarina(Guimarães&Oliveira2009).Ocupaáreas fr.,R. Kumrnrow333(MBM). Umbará, 11.1965, 11.,LT.
com formações pioneiras de influência marinha e Dombrowski 1546 (MBM). Tunas do Paraná,
florestaombrófiladensadeterrasbaixas. 1 1.XII.2006,11.efr..F.S.Meyer253(UPCB).
Tibouchinaclinopodifoliapertenceaogrupo
5. Tibouchinaclinopodifolia(DC.)Cogn.inMart. de espécies de pequeno porte, com frutos de
&Eichler,Fl.bras. 14(3):412. 1885. Fig. lb lacíniaspersistentese flores pentâmeras. Podeser
Iconografia:Oliveira(2001,fig. 16) reconhecida pelas flores com pétalas róseas c
Erva 20-50 cm alt. Ramos jovens anteras com ápice truncado. Uma coleta (R.
quadrangularcs, diminutamente alados, não Kummrow 333) apresentou anteras um pouco
decorticantes, moderadamente hirsutos, alongadas e com o ápice menos evidentemente
frequentemente tricomas glandulares mesclados. truncado,difcrcntemcntcdo padrãomaiscomum.
Pecíolo3-25mmcompr.;lâmina ,4-7,6x 1-4cm, OcorrenoPerucBrasil,nosestadosdeGoiás,Rio
1
ovalouelíptica,ápiceagudo,baseobtusaouaguda, deJaneiro,MinasGerais,SãoPaulo,Paraná,Santa
Rodriguésla61(4):615-638.201
SciELO/ JBRJ,
13 14
1
624 Meyer.F,S.,Guimãràes,PJ.F. &Goldenberg,R.
CatarinaeRioGrandedoSul(Guimarães&Oliveira Piraquara. l9.lV.1972.fl.efr.,V.Imaguire3040(MBM).
2009).Temporhabitatáreasabertas,emregeneração, Ponta Grossa, 11.XI.2000, fl., R.S. Moro s.n. (HUPG
onmabrróefgiilãoamdiastfal,ofrleosrteastoamebsrtóafciilonaaidesnesmai,defcliodrueaslt,a (94M0B8)M.)Q.uaStãrooBJaerrrôans,im2o2.Xd.a1S9e6r1r.a,fl.,2G8..XH.a1t9s9c9h,bafcl„h8D3.C5.3
estepe gramíneo-Ienhosa e savana. Ribeiro9(FUEL).Tibagi, 11.XI.1999,fl.,MC.Diass.n.
(FUEL 28924). Tijucas do Sul. 21.X.1977, fl., G.
6. Tibouchina debilis (Cham.) Cogn. in Mart. & Hatschbach 40432 (MBM). Tunas do Paraná.
Eichler,Fl.bras. 14(3):401. 1885. Fig. lf,i-j 11.XII.2006,fl.,F. SMeyer251(UPCB).
Iconografia:Oliveira(2001,fig.6) Tibouchinadebilisassemelha-seaT.gracilis
Erva ou subarbusto 35-60 cm alt. Ramos (Bonpl.) Cogn, especialmente pelos frutos com
jovensquadrangulares,diminutamentealados,não lacíniaspersistenteseflorespentâmeras;alémdisso
decorticantes, esparsa a moderadamente hirsutos ambas ocorrem em estepe gramíneo-Ienhosa e
ou setosos, raro tricomas glandulares. Pecíolo savana. Tibouchina debilis possui inflorescência
ausenteou4,5-7mmcompr.;lâmina2-7x 1,2-3,5 laxa,ehipantosetoso,enquantoqueemT.gracilis
cm,oval,elípticaoulanceolada,ápiceagudo,base as inflorescências são congestas e o hipanto é
obtusaousuavementecordada,margemcrenulada, estrigoso ou seríceo. Cinco coletas provenientes
face adaxial glabra ou esparsa a moderadamente das Serras da Bocaina e Capivari, municípios de
estrigosa,tricomas 1—3mmcompr.,baseimersano Bocaiuva do Sul e Campina Grande do Sul (O.S.
limbo, raro dispostos apenas próximo à margem, Ribas3173,J.M. Silva5559, G. Hatschbach21216
face abaxial esparsa a moderadamente hirsuta ou e 26308, C.V. Roderjan 1479) diferem do padrão
setosa, tricomas 1—3,5 mm compr.; nervuras 5—7, maiscomumencontradoemT.debilis,apresentando
basais ou com os pares laterais confluentes, par tolhas ovais ou elípticas, com 5—7 nervuras com
submarginal tênue. Cimeira de dicásios ou pamremslateraisconfluentesepecíololongo,com4,5-
inflorescênciatirsóide,7-27flores,laxa;.bractéolas 7 compr. (Fig. 2i), Estes exemplares de certa
2, 2,7-8,1 x 0,7-3 mm, oblongas, oblanceoladas, forma assemelham-se a T. cerastifolia, diferindo
6l.anceoladasouelípticas,ápiceagudo,precocemente pelohipanto maisbojudoe floresexclusivamente
caducas.Florespentâmeras;hipantomoderadamente pentâmeras.Wurdack(1962)nâocitaT.debilispara
7s.etoso,tricomas 1-4mmcompr.,raroglandulares SantaCatarina,emboraestaespéciesejacitadapara
mesclados;lacínias3,3-6x 1,5-2,5mm,persistentes, o Rio Grande do Sul (Souza 1986). Ocorre na
ápice agudo ou subulado, glabras ou com Argentina e Brasil, em São Paulo, Paraná e Rio
indumentosemelhanteaodohipanto;pétalasroxas GrandedoSul(Guimarães&Oliveira2009),emáreas
oupurpúreas;estames 10,desiguais,filetesglabros, em regeneração na região de floresta ombrófila
prolongamento do conectivo nos antipétalos 0,3- mista, refúgio vegetacional altomontano, estepe
0,5mm,nosantissepalos2—3mmcompr.,apêndices gramíneo-Ienhosa e savana.
com ápice obtuso, glabros, anteras com ápice
subulado; ováriocom ápiceesparsa adensamente 7. Tibouchina dubia (Cham.) Cogn. in Mart. &
seríceoousetuloso;estilete7-10mmcompr.,glabro. EichIer.Fl.bras. 14(3):415,tab.72,fig.2(comoT.
Cápsula9,6-14x3,6—5,6mm. glazioviana. 1885. pj„ 2j-j
MO.aSt.erRiailbassele3c1i7o3nad(oM:BBMo)ca.iuCvaamdpoiSnula, 1G6r.a1.n2d0e01d,fol.eSuflr,„ quadraAnrgubluasrteos,n0ã,o5-de3cormticaanltt.es,Rmaomdeorsadjaomveenntes
10X.III.I2.020010,7,ffll..,eRf.r..GJo.lMd.eSniblevrag5555492((MUBPMC)B.).CaCmerprooLAazruglo,! xest0r,i6g-o1so,s5.cPme,cíoovlaol,1-e4límptmicacoomuprl.a;nlcâeomliandaa,1,á3p-i3c,8e
51..XX.II1.916971,2f,l.fle.,fLr.T,.G.DHoawtbsrcohwbsalcdh48440109((MMBBMM))..CCoonltoemnbdoa,. aagduadxoi,albagsleaobbrtausao,ummaordgeermaldisaamoeunctreenulada,face
24X.IX1..1917978,3,flf.l.eeffrr..,,LG.R.HaLtasncdhbnatcmh244725962((MMBBMM))..CGureinteirbaal, tricomas0,5-0,8mmcompr.,distribuídosesetmrifgaoisxaa,s
Carneiro,26.IV.2002,fr.,G.Holowkas.n.(MBM275903) longitudinais nos espaço entre as nervuras, face
Guarapuava,17.XI.1963,fl.efr.,£Pereira10581(MBm! abaxialmoderadaaesparsamenteestrigosa,tricomas
UPCB). Ipiranga, 20.XII.1970,fl., G. Hatschbach 25903 0,2-0,4mmcompr.distribuídossobreasuperfície,
((P(1i8MMUe7BBPn9,MMC6)))9B....)1..LPJP1auaa9pnll6admm6i.ea,ais2írf,9la.d.,,Xo1G5I6..S..VuX1lHU9I,a.9.tX011Is,99Ic99f.lh87.1,b,e9af9fflcrl7...,h,,,OI.f1G.lS.F3...e4RBH7fiaa0rbr„t(absJso.Mclh1CBab8aMsr7a.,n4cne.h(Ui(PMr6UoC8BPB73MC)19B.87). ntosoerulriivcbtuoárrrmaiaacastss;é0ool,una7ecs-riv1m2,u.e2riar1msa1m-d31e,2cd.oai5mccáprxsrói.do8rs,d,5oi-m3s9at-.rs55ibfbmulaoímsrdae.oiss;so.sbvoraFbáilcrsotereoeaausss
orbiculares, ápice agudo ou obtuso, precocemente
Radriguésia6 (4):615-638.2010
SciELO/JBRJ
cm 13 14
.. 2