Dryopteridaceae e Lomariopsidaceae (Polypodiopsida) do Campo Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, Moju, Pará, Brasil / Dryopteridaceae and Lomariopsidaceae (Polypodiopsida) from Embrapa's Eastern Amazonia Field Station, Moju, Pará, Brazil

2010·4 MB·

by  Sebastião Maciel

0
Rodrtguésia 61(3):405-414.201
http://rodrtguesia.jbrj.gov.br
Dryopteridaceae e Lomariopsidaceae (Polypodiopsida)
do Campo Experimental da Embrapa Amazônia Oriental,
Moju, Pará, Brasil1
DryopteridaceaeandLomariopsidaceae(Polypodiopsida)fromEmbrapa'sEastemAmazônia
FieldStation,Moju,Pará,Brazil
SebastiãoMaciel2 &MareioRobertoPietrobom3
Resumo
O presente trabalho apresenta as espécies das famílias Dryopteridaceae e Lomariopsidaceae que ocorrem no
CampoExperimentaldaEmbrapaAmazôniaOriental.Dryopteridaceaeestárepresentada,naáreaestudada,por
Cyclodiumheterodon (Schrad.)T. Moorevar.abbreviatum(C. Presl)A.R. Sm., C. inerme(Fée)A.R. Sm., C.
meniscioides(Willd.)C.Preslvar.meniscioides,Elaphoglossumdiscolor(Kuhn)C.Chr.,E.flaccidum(Fée)T.
Moore,E.laminarioides(BoryexFée)T.Moore,£.lundum(Fée)H.Christ,E.obovatumMickeleE.styriacum
Mickel,enquantoqueLomariopsidaceaeestárepresentadaporLomariopsisprieurianaFée,Nephrolepisbiserrala
(Sw.)Schott,N. brownii(Dcsv.)Hovenkamp&Miyam.cN. rivularis(Vahl)Mett. exKrug. Sãoapresentadas
chavesparaidentificaçãodegêneroseespécies,alémdediagnoses,ilustrações,dadosdedistribuiçãoehabitat.
Palavras-chave: Amazôniabrasileira,Elaphoglossum, Nephrolepis, samambaias.
Abstract
ThisstudypresentsthespeciesofthefamiliesDryopteridaceaeandLomariopsidaceaerecordedatEmbrapa’s
EastemAmazôniaFieldStation. DryopteridaceaeisrepresentedintheareabyCyclodiumheterodon(Schrad.)
T. Moorevar.abbreviatum(C.Presl)A.R.Sm.,C. inerme(Fée)A.R. Sm.,C. meniscioides(Willd.)C.Presl
var. meniscioides, Elaphoglossum discolor(Kuhn)C. Chr., E,flaccldum (Fée)T. Moore, E. laminarioides
(Bory ex Fée) T. Moore, E. luridum (Fée) H. Christ, E. obovatum Mickel and E. styriacum Mickel.
Lomariopsidaceae is represented by Lomariopsisprieuriana Fée, Nephrolepis biserrata (Sw.) Schott, N.
brownii(Dcsv.)Hovenkamp&Miyam. andN, rivularis(Vahl)Mett.exKrug.Identificationkeysforgenera
andspecics,dcscriptions,illustrations,gcographicaldistributionsandhabitatdataarepresented.
Keywords: BrazilianAmazônia,Elaphoglossum. Nephrolepis fems.
,
Introdução (Freitas&Prado2005; Prado2005a). Paraoestado
NoarranjofilogcnéticodeSmithetal. (2006, do Pará têm-seapenasestudos florísticos (Costaet
&
2008) são reconhecidas, para as samambaias, as al.2006;Macieletal.2007;Costa Pietrobom2007)
classesPsilotopsida,Equisctopsida,Marattiopsida ou específicos para umaou duas famílias (Silva &
&
e Polypodiopsida. Destas, a última engloba sete Rosário2008;Maciel Pietrobom2010).
ordens e 32 famílias, dentre estas destacamos Desta forma, o presente estudo tem como
DryopteridaceaeeLomariopsidaceae. objetivosfomecerchavcsdeidentificação,diagnoses,
Na região amazônica brasileira são escassos dados ecológicos, distribuição e ilustrações das
osestudosrelacionadosespecificamenteparaestas espécies, de Dryopteridaceae c Lomariopsidaceae
famílias. Os únicos existentes são provenientes da ocorrentes no Campo Experimental da Embrapa
Flora da Reserva Duckc, no estado do Amazonas AmazôniaOriental.
1PartedaDissertaçãodcMestradodoprimeiroautor.
:MuscuParaenseEmílioGocldi-MCT,CampusdcPesquisa,CoordenaçãodeBotânica,Av.Pcrimctrnl1901,Belém,PA,66017-970.maciclbiofaiyahoo.com.br
'UniversidadeFederaldoPará-MEC,CampusdcBragança,InstitutodcEstudosCosteiros,Al.LeandroRibeiros/n,Bragança.PA,68600-000.pictrobomsilvaffayalK».eom
SciELO/JBRJ,
cm 13 14
406 Madc/.S.&Pietrobom. M.R.
Material e Métodos As diagnoses dos táxons foram feitas a
O Campo Experimental da Embrapa partir do exame dos espécimes coletados na
AmazôniaOriental (C.E. Embrapa) localiza-se área e seguem os termos propostos por
no município de Moju, km 30 da Rodovia PA- Lellinger(2002),comalgumasmodificações.Os
150, situado entre as coordenadas geográficas dados referentes à distribuição geográfica das
de2°07’30"-2°12’06"Se48o46’57’M8°48'30"W espécies no Brasil seguiram aorientação norte/
(Serrão etal. 2003; Oliveiraetal. 2006). sul e leste/oeste dos estados brasileiros, de
A área abrangecercade 1059ha(Oliveira acordo com as Regiões Norte, Centro Oeste,
etal.2006),comcoberturavegetalpredominante Nordeste, Sudeste e Sul.
de floresta de terra firme e outra de floresta
de igapó (IBGE 1992), ambas formações Resultados e Discussão
encontram-seemestadoalterado. Atemperatura DrjopteridaceaeHerter
médiaanualvariaentre25°Ce27°C,comchuvas Nesta família estão incluídas plantas
anuais de 2.000 mm a 3.000 mm (Oliveira et terrestres, epífitas, hemiepífitas ou rupícolas.
al. 2006). Sendoestas,caracterizadasprincipalmentepelo
O levantamento florístico foi realizado caule reptante, ascendente ou ereto, algumas
durante os mesesdeagostoedezembrode2006 vezesescandenteoutrepador,comescamasnão
e agosto de 2007. A herborização do material clatradas no ápice, o pecíolo com numerosos
coletado seguiu a metodologia padrão para circulares feixes vasculares dispostos em um
plantas vasculares, segundo Silva (1989). O anel,alâminamonomorfa,menosfrequentemente
materialtestemunho foi depositadonoHerbário dimorfa,algumas vezesescamosaou glandular,
do Museu Paraense Emilio Goeldi (MG), com raramente pilosa, com venação pinada ou
duplicatas no Herbárioda Embrapa Amazônia furcada, livre a diversamente anastomosada,
Oriental (IAN), siglas segundo o Index com ou sem vênulas inclusas. Os soros são
Herbariorum(Holmgren etal. 1990). usualmente redondos, o indúsio é redondo-
Os espécimes foram identificados apartir reniforme ou peitado, ou soro exindusiado,
dgaênbeirbolisogerafpioarescpoecmípfaicraaçpõareasasfefiatmaíslicasome acrostNiocóiPdaer(áSmaitfhameítliala.e2s0t0á6,re2p0r0e8s)e.ntada por
espécimes depositados no acervo MG. aproximadamente 39 espécies, distribuídas em
(A2d0o0t6o,u-2s00e8)a pcairracuanssfcarmiíçlãioasdeeoSsmgiêtnheroets.alA. d1a2dgoêsnenrãoosp(uMb.lRi.cadPoise)t,rodboosmqeuacioslaCbyorcaldoodrieusm,
abreviatura dos autores segue Pichi-Sermolli C. PresleElaphogtossum Schotte.rJ. Sm.,foram
registrados no C.E. Embrapa, com um total de
(1996).
nove espécies.
ChaveparaosgênerosdeDryopteridaceaeocorrentesnoCampoExperimental
daEmbrapaAmazôniaOriental
1. Plantasterrestres;lâmina 1-pinadaa2-pinado-pinatífida;pecíolonãoarticuladoaocaule Cyclodium
1’. Plantasepífitasourupícolas;lâminainteira;pecíoloarticuladoaocaule Elaphogtossum
CyclodiumC.Presl
(Willd.) C. Presl, C. akawaiorum A.R. Sm., C.
C1y99c5l)o.GdêiNnuoemroPhaenrteáoetrsroãodopoinccaol(nShcceohcrmiadda1.s0)ceTsi.pnécMcoioeoessrp(eéScmivieatsrh., geC.uciioanlneaerbnmoserea(dF(oéKrele)ostA,z.sRdc.ahSd)movs.an(nSãdmoeirtphWueb1rl9fi8fc6ea;drMoL.s.R)D,..PdGiaeóstmrqeuoabziosem
abbreviatum (C. Presl) A.R. Sm., C. meniscioides três foramregistradas naáreaestudada.
Rodriguésú61(3):405-414.2010
SciELO/JBRJ
cm 2 13 14 15 16 17 18
..
0 1
Dryopterídaceae e Lomariopstdaceae. Pará. Brasil
ChaveparaasespéciesdeCyclodiumocorrentesnoCampoExperimentaldaEmbrapaAmazôniaOriental
Venaçãocompletamenteanastomosada,comvênulalivreinclusa;lâminacompinaapicalconforme...
1
C. meniscioidesvar. meniscioides
1’. Venaçãolivreouparcialmenteanastomosada,semvênulalivreinclusa;lâminacomápicepinatífido.
2 Escamasdocauleca. 1,5 cmcompr.,conspícuas; sorosnaregiãomedianadasnervuras
C. heterodon var. abbreviatum
2' Escamasdocaulecomaté0,5 cmcompr., inconspícuas; soros noápicedas nervuras .. C. inerme
Cyclodium heterodon (Schrad.) T. Moore var. sinuosa, crenulada acrenada, distantes entre si ca. 3
a4.bbreviatum(C.Presl)A.R.Sm.,Am.FemJ.76(2). cm. Na superfície abaxial da costa as escamas são
55.6-98.1986. Fig. la-b estreitaseavenaçãopossui3-7sériesdearéolas(Tryon
& &
Cyclodium heterodon var. abbreviatum é Stolze1991;Smith1995;Freitas Prado2005).
caracterizadapelasescamasdocaulefrequentemente Material examinado selecionado: Moju, Campo
Experimental da Embrapa Amazônia Oriental,
conspícuas.Asfrondessãosubdimorfas(asférteis
moderadamentemaiseretas,estreitaselongas,com M2.aVc1iIeIl.2e0t0a6l,.S1.5M9ac(iMeGl);et5a.lX.I1I.120(06M,G)S.;M4a.VcIiIeIl.2&00M6,.RS..
pinasmaisestreitas). Pietrobom 231 (MG).
Material examinado selecionado: Moju, Campo OcorreemTrinidad,Guiana,GuianaFrancesa,
Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru,
XXIIII..22E00s00p66é,,ciSS.e.rMMeasactcriiietelala&&reMg.MiR.ã.Ro.cPoiPsetiteeritorraboodbmoo2mB3ra41s8i(6lM(G(S)Mm.Gi)t;h B1o9l8í6v)i.a,NPoarBargasuialiéecniotraddeastneodAamAarpgáe,ntAimnaaz(oSnmaist,h
e19B8a6h)i,ao(coSrmrietnhd1o9n8o6;PaPriáe,tCreoabroá,mP&erBnaarmrobsuc2o0,03A,la2g0o06a;s GPPieaarruáaí,i,sA,CcerRaeir,oá,MdaPeteJroannGaermiobrsouscoeo,,SGãAooliaáPgsao,ualDsio,st(BraSihmtiioatF,heMd1ei9rn8aa6ls;,
Costa et al. 2006). Na área estudada foi observada Santos&Sylveslre2001 Pietrobom&Barros2003,
crescendonointeriordamatadeterrafirme,próxima 2006). Na área estu;dada a espécie cresce
astrilhasemlocaisbastanteúmidos. prcferencialmente na margem dos igapós e no
interiordamatadeterrafirme.
Cyclodium inerme(Fée)A.R. Sm., Amcr. FcrnJ.
76(2):56-98. 1986. Fig. 1 c-d Elaphoglossum SchottexJ.Sm.
Cyclodiuminermediferede C. heterodon var. Gênero pantropical com aproximadamente
abreviatumpelasescamasdocauleinconspícuas,com 600 espécies. Destas, V* ocorrem na América
até0,5cmdecompr.Asfrondessãomonomorfas,os Tropical(Mickel&Smith2004).NoestadodoPará
sorosestãonoápicedasnervurasefortementeimersos são referidas 13 espécies, Elaphoglossum
nMaotteerciiadolleamxianmari.nado selecionado: Moju. Campo Cac.tiCnhort.r,ichEu.mf(Mlaarct.c)iTd.uMmoo(rFeé,e)E.Tdi.scMolooorr(eK,uhnE).
ExperimentaldaEmbrapaAmazôniaOriental,3.V1II.2006,
S/6M7a(cMiGe)l;et5.aXl.1I1.421006(,MGS.);Ma4c.iVe1lII&.2M00.6R,.SP.iMeatcrioeblomet23al5. gSma.r,dnEe.rhiearnmuimni(eKriun(zBeo)ryT.&MFoéoerec,jcEF.écg)lTa.beMlolourmeJ,.
(MG);6.XII.2006,S.MacielAM.R. Pietrobom270-271 E. laminarioides (Bory ex Fée) T. Moore, E.
(MG);7.XII.20Q6,S.Maciel&M.R.Pietrobom289(MG); luridum (Fée) H. Christ,E. nigrescens(Hook.)T.
27.VIII.2007,S.Macieletal.309(MG). Moore ex Diels, E. obovatum Mickel, E rigidum
Esta espécie ocorre na Guiana, Guiana (Aubl.)Urb., E.sprucei(Bak.)Diels,E.styriacum
FrancesacSuriname(Smith 1995).NoBrasilécitada Mickel (Sampaio 1930; AIston 1958; Tryon &
noAmapá,AmazonasePará(Smith 1986).Naárea Conant 1975:Costaetal.2006),dasquaisseisforam
estudadaéumaespéciebemdistribuídanamatade registradasnoC.E.Embrapa.
terrafirmeeflorestadeigapó. Elaphoglossum apresenta poucos bons
caracteresmorfológicosparadistinguirasespécies.
Cyclodium meniscioides (Willd.) C. Presl var. Os principais caracteres utilizados são o tamanho
meniscioides Tent.Ptcrid.85. 1836. Fig. 1 e-f daplanta,formaetamanhodalâmina,corctipode
Cyclodi.um meniscioides var. meniscioides é escumas.Porém,amaioriadelessófuncionacoma
caracterizadapelapinalateralelíptica,margem,inteira, plantacmestadofértil(Mickel&Smith2004).
Rodríguésia61(3):405-414.201
SciELO/JBRJ
cm 2 13 14 15 16 17 18
408 Maciel,S.&Pietrobom, M.R.
Figura1-a-b-Cyclodiumheterodon(Schrad.)T.Moorevar.obbreviotum(C.Presl)A.R.Sm.-a.partedeumafrondeestéril;
b.escamadocaule,c-d-C. inerme(Fée)A.R.Sm.-c.partedeumafrondefértil;d.escamadocaule,e-f-C.meniscioides
(Willd.)C.Preslvar.meniscioides-e.partedeumafiondeestéril;f.venação.g-h-Elaphoglossumdiscolor(Kuhn)C Chr -
gl.amhianbairt.o;1-h.n^-esEc.almaamidnoarcaiuolied,esi-(kB-oEr.yjlexacFcéied)uTm.(MFoéeo)rTe.-M1o.ohrábeit-o;i.mh-ánbi.toe;sjc.apmaarsteddoateescicdaomaladmoincaarul(ea;-kb.Se.sMcaacmiaeldo&teMc.idRo
Pietrobom (MG);c-d5.Maciel&M.R.Pietrobom2S9(MG);e-fS.Macieletal.111(MG);g-h5.Maciel&M.R.Pietrobom
281(MG,LAN);i-kS.Maciel&M.R.Pietrobom268(MG);1-nS. Maciel&M.R.Pietrobom217(MG LAN))
-CpFí-ai5trisg/.tuho(HrafbfMeiMsGt1t,;eG-nj.IlMaAep-NabNfr)r-t,oKÇnodiyfk-;ckrlfhíSo.ivdAzeM{MinoauaRmctmeGi.)oeShsncle'm,atlÍá-eger“x;-oMhmkCd..-o-RETbnP.llfp(aaPSdp1iceheeoholtrfsgacr\fadloel.obreM)tos.,Tmsl1\.eu-2mnMf6ÀP-rod8oEion.sTr(dcMel;oaGldbvm-o)a0ir;rrnm.(ah1Kari-mubinzohbo5inrm.de)e<eMvMCsaisG.cca()aitCBl;uheoe.rmlrC.y'e(&f--C«f.'Sg'M-.P.MFrhRéaeCa.s.eCbl)iÍ)PmteT;eiAl.ne.hi«t.RMsr.rocoahiobSioroUmziem.doUem-2-se11a((.7s.cWMhaip(aGlalbM)erli.G;tdt.;,io8)-fmk'LCh-s-A.tnNSeE)Pr'.)ribMje.llalseaclafdicrevoecanlisrdcd.;Aaumlbmee.‘Kn(rÍiF(hsRaéic-eibz)Poo5iTim.edeteMMrssaoocco-abilroeeeme..l
Rodriguésia61 3 405-414 2010
( ); .
SciELO/JBRJ,
cm 13 14 15
..
Dryopterídaceae e Lomariopsidaceae, Pará. Brasil
3 ChaveparaasespéciesdeElaphoglossumocorrentesnoCampoExperimental
daEmbrapaAmazôniaOriental
1 Raízes fib4rosasecomaspectoesponjoso; lâminacommargemrevoluta,espessada E. styriacum
1’. Raízesfinas,nãofibrosas,sefibrosassemaspectoesponjoso;lâminacommargemplana,nãoespessada.
2. Lâminaco5riácea; venaçãoobscuraapoucovisívelcontraaluz.
Escamas do caule e do pecíolo geralmente castanho-escuras a negras; margem da lâmina
glabra ou com esparsas escamas pectinadas negras E. luridum
3’. Escamas do caule e pecíolo alaranjadas a castanho-claras; margem da lâmina com grande
concentraçãode escamas comdiversas projeções irregulares, alaranjadas acastanho-claras
E. obovatum
2\ Lâminaherbáceaacartácea; venaçãovisívelcontraaluz.
Pecíolo, tecido laminar, costa e nervuras densamente revestidos por escamas
esbranquiçadasaalaranjadas,commargemlongo-ciliada E. laminarioides
4’ Pecíolocomescamascastanho-clarasouavermelhadas;tecidolaminar,costaenervuras
glabrasoucomdiminutasescamas.
Margemdasescamasdocauleciliada;basedalâminalongamcntecuneadaaaguda
E.flaccidum
5’. Margem das escamas do caule com projeções irregulares; base da lâmina
abruptamente acuminado-decurrente E. discolor
Elaphoglossum discolor(Kuhn) C. Chr., Ind. Fil. OcorrenasAntilhas,Trinidad,Guiana,Guiana
306. 1905. FiS- 1 S'h Francesa, Suriname, Colômbia, Equador, Peru e
Elaphoglossum discoloré caracterizada pela Bolívia (Mickel 1995). No Brasil é citada no
lâminaelípticaalanceoladacombaseabruptamente Amazonas, Pará e Espírito Santo (Sampaio 1930;
acuminado-decurrente.Mickel(1991)eBrade(2003) Brade 1947;Prado2005a).Naáreaestudada,aespécie
afirmam que a fronde fértil é mais longa do que a foiobservadacrescendoemflorestadeterrafirmee
estéril. Na área estudada não foram coletados igapónointeriordamata,preferencialmcntcemlocais
espécimescom frondes férteis. sombreados. Não foram coletados espécimes com
Material examinado: Moju, Campo Experimental da 45f..rondesférteis.
EmbrapaAmazôniaOriental,3.VIII.2006,S.Macieletal. 6.
135 MG,IAN);7.XII.2006.5.MacielAM.R.Pietwbom Elaphoglossum laminarioides (Bory ex Fée) T.
(
281 (MG, IAN). Moore,Ind.Fil. 10. 1857. Fig. 1 1-n
OcorrenaColômbia,EquadorePeru(Mickel Elaphoglossum laminarioides pode ser
1995).NoBrasilécitadanoAmazonascPará(Tryon confundida com E. plumosum (Fée) T. Moore,
&Conant 1975;Prado2005a).Naáreadeestudadaa principalmentenaconsistênciaenorevestimentodo
espéciefoiobservadacrescendocmflorestadeterra tecidolaminar.Entretanto,E.laminarioidesapresenta
firme, no interior da mata e em floresta de igapó oápicedalâminaacuminadoaatenuadooucaudado
próximoasmargensdosrios. eotecidolaminarérevestidoemambasassuperfícies
porescamaspersistentescesbranquiçadas,enquanto
Elaphoglossumflaccidum(Fée)T.Moore,Ind.Fil. E. plumosum apresenta ambas as faces da lâmina
356. 1862. F‘S- 1''k densamenterevestidasporescamasdecíduasbastante
Elaphoglossum flaccidum caracteriza-se grandesedecorfcrrugíncas(Prado2005a).
pela lâmina linear-elíptica de base Iongamente Muterial examinado selecionado: Moju, Campo
cuneada a aguda. As nervuras são bastante ExperimentaldaEmbrapaAmazôniaOriental,3.VIII.2(X)6,
visíveiscontraa luz. S. Macieletal. 145 (MG);4.V1II.2006, S. Macieletal.
Material examinado selecionado: Moju, Campo 160 (MG); 28.VI1I.2007, 5. Maciel et al. 317 (MG);
ExperimentaldaEmbrapaAmazôniaOriental,3.VIII.2006, XII.2006, S. Maciel A M.R. Pietrobom 188 (MG);
S1.6M5ac(iMeGl)e;ta4l..XI1I4.62(0M0G6,,SI.AMN)a;c4i.eVlIIAI.2M(.XR).6,PSi.eMtarcoibeolmet2a0l2. XXI1II..22000066,,SS..MMaacciieellAAMM..RR..PPiieettrroobboomm224117{(MMGG,,IIAANN)).;
(MG,IAN);6.XII.2006,S.MacielAM.R. Pietrobom268 OcorrenaGuiana,GuianaFrancesa,Suriname,
(MG);7.XI1.2006,5.MacielAM.R.Pietrobom283(MG). Venezuela,EquadorcPeru(Mickel 1995).NoBrasilé
Rodriguésia61(3)!405-414.2010
SciELO/ JBRJ
cm 13 14 15 16 17 18
!
410 Maciel.S.&Píetrobom, M.R.
citadanoAmapá,AmazonasePará(Tryon&Conant OcorrenaVenezuelaePeru(Mickel 1995).No
1975; Brade 2003). Na área estudada a espécie foi Brasil é citada no Amazonas e Pará (Prado 2005a;
observadacrescendosobretroncoemdecomposição, Costa&Píetrobom2007).Naáreaestudadaaespécie
principalmcntc no interiorda mata, em floresta de foiobservadacrescendoemflorestadeterrafirmee
igapóenasárvoreslocalizadasnasmargensdosrios. igapó,emárvoresnamargemdorionointeriordamata.
Nãoforamcoletadosespécimescomfrondesférteis.
Elaphoglossum luridum (Fée) H. Christ, Neue Elaphoglossumstyriacum Mickel.Brittonia39(3):
326,fig.41-K. 1987. Fig.2f-g
Denkschr.Allg.Schweiz.Ges.GesammtenNaturwiss.
Elaphoglossumstyriacumcaracteriza-sepelo
36:33.1899. Fig.2a-c
demaiEsleaspphécoigelsodsosugmênelruor,idnuamárdeiastesitnugduaid-as,epdealsa poeucíaoulsoenctoem.aAprloâxmiimnaadéamoebnltaenc0e.o5lcamdadeaceolímpptriicamecnotmo
lâminacoriácea,tecidolaminar(àsvezes,incluindoa base longamente acuminado-decorrente e ápice
margem),acostaeasnervurascomescamasnegras, agudo-apiculado.
pectinadasemambasassuperfícies,especialmente Material examinado selecionado: Moju, Campo
naregiãobasal. ExperimentaldaEmbrapaAmazôniaOriental.2.VIII.2006,
Material examinado selecionado: Moju, Campo S.Macieletal. 103(MG,IAN);2.VIII.2006.S.Macielet
5aEl.x.pMea1rc4ii2mee(lnMteGta)la;ld.a41.E1Xm0IbI(.rM2a0Gp0,a6A,ImASaN.)zM;ôan3ci.iaVeIOl1r1i&.e2n0Mt0a.6lR,,.2S..PVíMIeaItIc.ri2oe0bl0o6em,t a5Il.A.XNI)1I;1.924.0X(0IM61,G.2)(S;X.)63M,.aVScI.iIMeIa.lc2i0<0e£6l,M<.6SR.M..MRaP.cíPieíetelrtorebtoobamol.m221103347(((MMMGGG)).;;
175-176. 203,205(MG, IAN); 6.XII.2006,S. Maciel& 7.XII.2006,S.Maciel&M.R.Píetrobom284(MG,IAN).
M.R. Píetrobom 244-247 (MG, IAN); 7.XII.2006, S. OcorrenoSuriname,VenezuelaePeru(Mickel
Maciel&M.R.Píetrobom282(MG,IAN);7.XII.2006.S. 1995;Prado2005a).NoBrasilécitadanoAmazonas
Maciel&M.R. Píetrobom296(MG). ePará(Prado2005a;Costa& Píetrobom2007).Na
OcorrenaCostaRicaPanamá,Antilhas,Trinidad, áreaestudadacresce na florestade terra firme ede
GuianaGuianaFrancesaSuriname,ColômbiaEquador, igapó, principalmente em locais bastante úmidos
PerueBolívia(Mickel 1995).NoBrasilécitadano comomargensdosriosecanais.
Amazonas,Pará,MinasGerais,RiodeJaneiro,São
Paulo, Paraná. SantaCatarinae RioGrandedo Sul LomariopsidaceaeAlston
(Tryon&Conant 1975;Novelino&Oliveira 1999; Lomariopsidaceae inclui plantas epífitas e
Brade, 2003). Na área estudada a espécie foi hemiepífitas,ocasionalmenteterrestres,caraterizadas
observadacrescendopreferencialmente no interior pelocaulereptanteoutrepador,opecíolocomfeixe
daflorestadeigapó,próximoasmargensdosrios. vasculararranjadoemformademeialua,alâmina
é 1-pinada, com pina inteira ou crenada,
E32l2a,pfhigo.g7lAo-sCs.u1m9o87b.ovatumMickel,BrittonFiiag3.92(d3-);e frequentemente articulada e auriculada em alguns
Elaphoglossum obovatum caracteriza-se pelo gêneros,avenaçãoélivre,±paralelaoupinada.Os
pecíolocomescamaslinear-lanceoladas,commargem sorosdiscretos,circulares,ecom indúsioredondo-
inteiraoucomcílioslongosetortuosos. A lâminaé reniforme a reniforme, ou exindusiado, ou
obovada, elíptica a oblongo-elíptica, apresentando esporângios acrosticoides e as frondes dimorfas
grande concentração de escamas alaranjadas a (Smithetal.2006,2008).
castanho-clarascomdiversasprojeçõesirregularese NafloradoParásãoconhecidostrêsgêneros
venação obscura. Cyclopeltis J. Sm., Loinariopsis Fée, Nephrolepis
Material examinado: Moju, Campo Experimental da Schott e aproximadamente 10 espécies (Sampaio
EmbrapaAmazôniaOriental,4.XII.2006,S.Maciel&M.R. 1930;Tryon&Conant 1975;Moran2000;Costaet
Píetrobom182(MG,IAN);5.XII.2006,S.Maciel&M.R. al.2006,Costa&Píetrobom2007).Naáreaestudada
Píetrobom212 (MG,IAN). foram registrados dois gêneros equatro espécies.
ChaveparaosgênerosdeLomariopsidaceaeocorrentesnoCampoExperimental
daEmbrapaAmazôniaOriental
1. Plantashemiepífitas;caule longoreptante
Loinariopsis
r. Plantas terrestres ou epífitas; caule decumbente aereto
Nephrolepis
Roc/riguésia61(3):405-414.2010
SciELO/JBRJ
cm 13 14
..
0
Dryopterídaceae e Lomaríopsidaceae, Pará, Brasil
Figura2-a-c-Elaphoglossumlundum(Féc)H.Christ-a.hábito;b.escamadotecidolaminar;c.escamadocaule,
d-e-E. obovalumMickel-d.hábito;e.escamadamargemdotecidolaminar, f-g-E.styriacumMiekel-f.hábito;
g.ápicedalâminaestéril,h-i-LomariopsisprieurianaFée-h.frondeestéril;i.frondefértil,j-k-Nephrolepísbiserrata
(Sw.)Schott-j.pinasférteis;k.escamadocaule. \-m-N. brownii(Dcsv.)Hovcnkamp&Miyatn.-1.pinasestéreis;
m.escamadocaule,n-o-N. rivularis(Vahl)Mctt.exKrug.-n.pinasestéreis;o.escamadocaule,(a-bS. Macielet
ai i42(mg); d-eS. Maciel&M.R. Pietrobom 212(MG, IAN); f-gS. MacielA M.R. Pietrobom 204(MG); h-iS.
Maciel& M.R. Pietrobom208(MG, IAN);j-k£ Macielc£ M.R. Pietrobom 179(MG, IAN); 1-mS. Maciel& M.R.
Pietrobom304(MG);n-o5. Maciel& M.R. Pietrobom 232(MG, IAN)).
Fieurc2-a-c-Elaphoglossumlundum(Fée)11.Christ-a.habit;b.bladescale;c.rhizomescale.d-c-E.obovalumMickel-d.habil;c.scalc
ooMfirfanoctnniidasecsluje-Amkla-Mmr.Ni.leRnipazhrPormimoacelrtesgrpcoiíabns|eobmfi-ns2g-e1-or2rE-a.(tNaMs.tG(yrS,riwvi.Iua)AlcaNSur)cmi;hsMofi(t-ctVgka-Xhellj.)M-faMefcrc.ttiihtela.elbip«&ti;nngMK.a.meRag;.p.ekP.x-iroehnft.irszstootcbermrioeilmlces2bclpa0ali4den.en(.alMeh-O;-m)io;--.NhLr-.ohimibXazrrooimMwoeanpcissiiciea(sllDcpe.Arsi(veaM.-u.)brRiH.Sa.onPvMaicaeFcntéikrceaol-bmoehp.tm&sa2lt.e0rM8i1il4(ey2MafrmG(o.M.nOd-;I)A;1i.N.)fsdet-;rectrjii-5llk.ee
s;MacielAUR pietrobom 179(MG,IAN);l-mX MacielAM.R.Pietrobom304(MG);n-oXMaciel<íM.R.Pietrobom232(MG,IAN)).
Rodriguésia61(3):405-414.201
SciELO/JBRJ,
cm
1
Maciel,S.&Pietrobom. M.R.
LomarGíoêpnseirsopFaénetropicalcomaproximadamente40 MP.ieRt.rPoibeotmro2b0o8m(2M65G,(MIGA,N)I;AN6).;XI7I..X2I0I0.62.00S6..M5a.cMiaeclie&l
espécies,dasquais 15ocorremnaAméricaTropical <5 M.R. Pietrobom295(MG).
(Moran2000;Mickel&Smith2(XW).NoParaocorrem OcorrenoPanamá,Trinidad.Guiana.Guiana
duas espécies, Lomaríopsisjapurensis (Mart.) J. Francesa,Suriname,Venezuela,Colômbia.Equador.
Sm. e L. prieuríana Fée (Moran 2000), destas PerueBolívia(Moran2000).NoBrasilécitadano
apenasuma foi registradanaárea. Amapá,Amazonas, Pará, Rondônia, MatoGrosso
e Maranhão (Moran 2000). Na área estudada
Lomaríopsis prieuríana Fée, Mém. Foug. 2: 66. Lomaríopsisprieuríana cresce como hemicpífita
em
1845. Fig.2h-i floresta de terra firme no interiorda mata. cm
Lomaríopsisprieuríanacaracteriza-sepelas florestade igapóou namargem dos rios.
folhas 1-pinadas,pinaselípticascombaseestreita,
poucosparesdepinas(geralmente3-7)eescamas Nephrolepis Schott
docaule alaranjadas acastanho-avermelhadas. Gênero pantropical, com 19 espécies
Lomaríopsisjapurensis(Mart.)J.Sm.,éuma (Hovenkamp&Miyamoto2005).ParaoestadodoPará
outraespéciequeocorrenoPará,distingui-sedeL foram reportadas as espécies Nephrolepis hiserrata
prieuríana pelas pinas oblongas ou Ianceoladas (Sw.)Schott,N.cordifolia(L)C.Presl.A'.exaltatalL.)
combasedeformasvariadas,maiornúmerodepares Schott,N. hirsutula (G. Forst.)C.Presl,N. multijlora
de pinas (geralmente 8-12) e escamas do caule &(Roxb.)JarretexC.V.Morton(=N.browniiHovenkamp
enegrecidas.Outracaracterísticaqueasdiferenciam Miyam.,syn.ftdeHovenkamp&Miyamoto2005),
facilmente quando os espécimes estão férteis é a N.pickeliiRosenst.exA.Samp.eN. rívularis(\ah\)
efnorqmuaandtoopeerimspLo.roj.aEpumreLnspiriseuorípaenraiéspeosrpoinuélolsios,o MCeotstt.aeextKalr.u2g0(0S6a;mCpoasitoa1&93P0i;eTtrryoobnom&2C00o7n)a.ntDe1s9t7a5s;,
(Moran2000). apenastrêsocorremnaáreaestudada. Dasespécies
Material examinado selecionado: Moju, Campo supracitadas, N. pickelii não é reconhecida como
Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, espécieválidaporHovenkamp&Miyamoto(2005)
3.VIII.2(X)6,5.Macieletal. 149(MG,IAN);4.VIII.2006, eN. hirsutulanãoocorreno Brasil, de acordocom
S.Macieletal. 168(MG);5.XII.2006,S.MacieláM.R. Barrosetal.(2010).
ChaveparaasespéciesdeNephrolepisocorrentesnoCampoExperimental
daEmbrapaAmazôniaOriental
1. Caule comescamas concolores, alaranjadasaavermelhadas, levemente adpressasapatentes
1 . Caulecomescamas bicolores, fortemente adpressasapatentes. N. hiserrata
2 amdondado * <*•"*>* Mo acroscópico auriculado a
2 . Pinas medianas com ladobasioscópicocuneadoe lado acroscópicooblusoaagudo
rivularis
Nephrolepis hiserrata (Sw.) Schott, Gen. Fil. Pl. Material examinado selecionado: Moju, Campo
L3.1834. Fig.2j-k ExperimentaldaEmbrapaAmazôniaOriental,3.VIII.2006.
De acordo com Hovenkamp & Miyamoto S. Macieletal. 132(MG);4.XII.2006,S. Maciel&M.R.
(2005) Nephrolepis hiserrata é muito variável no Pietrobom 179 (MG, IAN); 06.XII.2006, S. Maciel &
tamanhodasfrondes,naformadabaseelarguradas M.R. Pietrobom26/(MG, IAN).
pinas, pilosidade e posição dos soros. Segundo OcorrenoEstadosUnidosdaAmérica(Flórida),
Mickel & Smith (2004) e Prado (2005b), é México,AméricaCentral.Anülhas,Trinidad,Guiana,
caracterizadapeloindumentoformadodetricomase GuianaFrancesa,Venezuela,Colômbia,Equador.Peru
escamasconcoloresesparsas sobre alâmina, caule eBolívia(Nauman 1995;Mickel&Smith2004).No
ebasedopecíoloeindúsioorbicular-reniforme. Brasil é citada no Amapá, Amazonas, Pará, Mato
Grosso, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia.
Rodriguésia61(3):405-414.2010
SciELO/JBRJ
cm .. 2 13 14 15
413
Dryopteridaceae e Lomariopsidaceac, Pará, Brasil
Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Mickel&Smith2(X)4).NoBrasilécitadacmRoraima,
Catarina(Mori etal. 1983; Behar& Viégas 1992; Amapá,Amazonas, Pará, Acre, Pernambucoe Bahia
Bastos & Cutrim 1999; Santos & Sylvestrc 2001; (Tryon&Conant 1975;Mori etal. 1983;Costaetal.
Pietrobom & Barros 2006; Boldrin & Prado 2007; 2006;Pietrobom&Barros2006).Naáreaestudadafoi
Macieletal. 2007). Naáreaestudadaaespécie foi observadanointeriordaflorestadeterrafirme,próximo
observadacrescendoemsoloocasionalmentealagado ascanaletas,geralmcntesobretroncocmdecomposição.
de floresta de terra firme em clareira, próxima de
AcrostichumaureumL.eBleclmunisemilatwnRich. Agradecimentos
OsautoresagradecemaoDr.JorgeYarcd,chefe
Nephrolepis brownii (Desv.) Hovenkamp & geraldaEmbrapaAmazôniaOriental,porpermitira
Miyam.,Blumea50(2):293.2005. Fig.21-m realizaçãodestetrabalhonoCampoExperimentaldo
Nephrolepisbrowniiécaracterizadapelacosta Moju; ao Carlos Alvarez, ilustrador botânico do
escamosaabaxialmenteeadaxialmentecomtricomas, DepartamentodeBotânicadoMuseuParaenseEmílio
frequentementenabase.Aspinasmedianasapresentam Goeldipelasilustrações;eaoConselhoNacionalde
o lado basioscópico arredondado a obtuso e o lado DesenvolvimentoCientíficoeTecnológicopelabolsa
acroscópico auriculado a truncado ou obtuso. deMestradoconcedidaaoprimeiroautor.
Nephrolepis brownii, segundo Hovenkamp
& Miyamoto(2005),éfrequentementeconfundida Referências
cdiosmtinNg.uih-isresudteusltaa(pGo.rFaoprrste.s)enCt.arPrtersilc.omPaosrénma AlstoEnl,apAlw.gHl.oGs.sum19.58B.olTethiem BSroacziieldiaadnesBpreoctieersiaonaf
superfícieadaxialdacosta. 32: 1-32.
EMamtberraipaalAemxaazmôinnaidaoO:riMeontjaul,,C4.aXmIIp.o20E0x6p,eSr.imMeanctiaelld&a BarroLso,mIa.rCi.Lo.p;sSiadnatcieaageo.,AI.n:C.LPi.st&aPdeereEisrpaé,cAi.eFs.Nd.a2F0l1o0r.a
M.R. Pietrobom304(MG). do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Ocorre no Estados Unidos da América Disponívelem<http://lloradobrasil.jbij.gov.br/2010/
(Flórida), México, América Central, Antilhas, FB120376>.Acessoem26maio2010.
Trinidad,Guiana,Venezuela,Colômbia,Equador, Bastos,C.C.C. &Cutrim, M.V.J. 1999. Pteridoflorada
PemeBolívia(Nauman 1995;Mickel&Smith2004). ReservaFlorestaldoSacavém,SãoLuiz-Maranhão.
NoBrasilécitadanoAmapá,Amazonas,Pará,Acre, Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série
eMaPtaroaGnráo(ssTor,yoGnoi&ásC,oBnaahnita,1R9i75o;dSecJhanneeirmo.1S97ã9o;PMaourl&io BehardB,ooLtP.âan&riqcVuaieé1Eg5sa:tsa3,d-Gu3a.7l.M.dFe.Sc1t9i9b2a.,PEtsepríirdiótfoiStaanstdoa.rBeoslteitnigma
etal. 1983;Mynssen&Windisch2004;Boldrin doMuseudeBiologiaMeloLeitão 1:39-59.
Prado2007;Barrosetal.2010).Naáreaestudadaa Boldrin,A.H.L.&Prado,J.2007.Pteridófitasterrestres
espéciefoiobservadacrescendonointeriordamata e rupfcolas do Forte dos Andradas, Guarujá, Süo
em floresta de terra firme c em igapó, junto de Paulo,Brasil.BoletimBotânicoUniversidadedeSüo
Nephrolepis biserrata. Paulo25: 1-69.
Brade,A.C. 1947.Contribuiçãoparaoconhecimentoda
«
vphrolepis rivularis (Vahl) Mctt. Krug in floradoestadodoEspíritoSanto(I. Ptcridophytu).
rbanN,eBpohtr.oJlaehpribs.rSivyuslta.ri2s4:as1s2e2m.el1h8a9-7s.eaNF.ibgr.o2wnni-io, BradeR,oAd.rCi.gu2é(Xs)i3a.201g:ê2n5e-r3o3.Elaplwglossum(Pteridophyta)
,r apresentarem o caule com escOasmamsdbuimceonlotroess nDiosBproansíilv.elAperemse<nhttatçpã:o//pwówswt.usmaauddeo.utnexitsoinionésd.ibtro/.
margens ciliadas e adpressas. pteridos>. Acessocm 14junho2006.
:laxialmentesãoformadosdeescamas 11 ri osas. Costa, J.M.; Souza, M.G.C. & Pietrobom, M.R. 2006.
ítretanto, N. rivularis difere de N. brownii por Levantamentoflorísticodaspteridófitas(Lyeophyta
iresentaroladobasioscópicodaspinasmedianas eMonilophyta)doParqueAmbientaldeBelém(Belém,
neado,enquantoemA.browniioladobasioscópico Pará,Brasil).RevistadeBiologiaNeotropical3:4-12.
tastperiinaals emxedaimainnaasdoé asrelreecdioonndaaddoo:aMoojbtuu.soC,ampo Costa,eJM.oMn.i&loPpiheyttrao)bodma,MIl.hRa.d2e(XM)7o.sPqtueeriidróof,itmasu(nLiyceíoppihoydtea
tperimental da Embrapa Amazônia Onenta . Belém, estado do Pará, Brasil. Boletim do Museu
KII.O20c0o6r,rSe.MnaociMeélx&icMo.,R.AmPéiretircoaboCmen2t3r2al,MAOn,ti1lAhaNs), FreitaPsa,rCa.eAn.sAe.E&milPiraodGoo,eJl.d2i0.0C5i.ênHcoiraasdNaatRuersaeirsv2a:D4u5c-k56e.,
Dinliôdmabdi,aG,uiEaqnuaa.dGouri,anPaerFroaneceBsoal,íSvuirain(aNmaeu,mVaenncj19“95*, ARomdarziognuaéssi,aB5ra6s:i4l:9-P5t2e.ridophyta-Dryopteridaecac.
Rodriguésia61(3):405-414.2010
SciELO/JBRJ
cm 13 14
0
.
Maciel,S.&Pietrobom. M.R.
Holmgren,P.K.;Holmgren,N.H.&Bamett,L. 1990.Index Pietrobom,M.R. &Barros,I.C.L.2003. Pteridófitasde
HoveHendek.rabNmaepr,wioPYr.ouHrm.k.&BPoMatriatynai1m:coaTlthoGe,arhFd.eer2nb0a,0r5Ni.aeAowfcYtoohnreskp.weocrtluds.o8f PietrEuosmbtoamfd,roaMdge.meRPn.etro&naflmBobarruerscotoas,l,BnIra.aCsS.ieLl.r.rIa2n0sd0uo6l.aM3aA2ss:csao7rc3e-in1ahç1aõ8se.,s
the native and naturalized species ofNephrolepis entreasespéciesdepteridófitasemdoisfragmentos
(Nephrolepidaceae)intheworld.Blumea50:279-322. de Floresta Atlântica do Nordeste Brasileiro.
IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Biotemas 19: 15-26.
Estatística. 1992. Manual Técnico da Vegetação Prado, J. 2005a. Flora da Reserva Ducke, Amazonas,
eBrGasriálfeiicraa:-DiDvEiDsãIoTd/eCGDrDáIf.icaPp/.De1p-t9o2..deEditoração 5Br6a:si5l9:-P6t6e.ridophyta-Lomariopsidaceae.Rodriguésia
Lellitngaexro,nDo.mBi.c20p0t2e.riAdomloogdye.mAmmuelrtiilciangnuaFlegrlnosSsoacryieftoyr PradoP,tJe.r2i0d0o5pbh.ytFalo-raDadvaaRlelsiearcevaaeD.uRcokder,iAgmuaézsioana5s6:,3Br8a-s4i2l.:
Macie(lP,teSr.i;doPlioegtirao3bAo)m,,WMa.sRh.ing&toSno.uzPap,. 1M-.2G6.3.C. 2007. SampAariqou,ivAo.sJ.do1M93u0s.euEuNfaicliiocníanlea3s2:d8o-6R0i.o Cuminá.
JELiascrtódafidimotaBdsootePâmanorináci.olBódrfaaisAtiaml.sazBdôoonlBieotasi,qmmuduenoiRMcouídpsrieioguduPeeasBreAalleévnmes,se SantoCso,stMa.,GA..F&. &SylDvieasst,reI,.CL..AS..(2ed0s0.1).. FPltoerriadódfoitPaasr.qIune:
MacieElm,íliS.oG&oelPdiie.tCrioêbnocmia,sMNa.tRu.rai2s012:0.1-2P7t.eridaceae NdPpae.cJiao1nn4e3air-lo1d,5a2B.rRaessitli.nMguasdeeuJuNraucbiaotniabla,eRairoreddeorJeasn,eiRrioo.
(APmoalzyôpondiiaopOsriidean)tdalo,CmaumnpiocíEpxipoerdiemeMnotjaul,daesEtmabdroapdao Sehnem,A. 1979.Davaliáceas.In:Reitz,R.(ed.).Flora
Pará,Brasil.ActaBotanicaBrasílica24:8-19. IlustradaCatarinense.HerbárioBarbosaRodrigues,
Itajaí. Pp. 1-20.
MMiicckkeeSB1llt7.,,o.lKJDJz..r.eTTy,.&.oYRp119t.99eG59r..1i.d(EaelEdcasle.paa)hpe.oh.gPoFltgieolersolissdduisomaup.nmha.IynBt:IoanBt:oearfTnrryPyye,2or7nPu:.,.E1.PR;1a.r1HMt-o.1lI6sV6&t.., SerrãáPSorao,erbáarD.ee.vxCRipe.vl;mêorneJacadi9r:aads1ide5mel3,e-st1eFi6i.vs3Ca..meSes.nptéec&ineoNsemfumlneoirrce,sítpaTii.osCde.emM2o0uj0m3ua.,
AGruaacyeaanea.laTtPistmkeibreievdryocpPhhr,yetKse.ss,,(SePdposer.m)ti.laaFtnlodop.rhayPotpfe.st:8he9A-cV1ae0nn5tèh.zauceelaaen- Silva,V.AL..TR..19(e8d9s..)P.teTriédcónfiictaass.dIne:Fcoildeatlag,o,pOre.s&erBvoançoãnoi,e
MickeGMlaé,rxdJi.ecTno.s.&8M8S:emmi1ot-h1i,0r5sA5..Ro.f2t0h0e4.NTehweYPtoerrkidoBpohtyatneiscaolf Silva,hBMeort.bâRon.riPic.za&a(çRãMooasnádureiaolm,anSt..erM4)i.,a2lS0ã0b8oo.tPâLaniuiclcóoof.i:tPa2ps..eI3mnos2nt-ii3tl4uó.tfoitdaes
MoranL,omRa.rCi.o2p0s0i0s.(LMoomnaorgiorpaspihdaocfetahee).NeBortirtotopniicaal52s:pe5c5i-e1s1o1f ed(sPettaAedsropiddlooepnPhiayratác,ae)BareadsaeilBF:llcoehrcaehvsnetapacaeNraaaeca.siofBanomalílleitdaisemeCdaasoxeiMspuuéascnieãeu,s
Mori,T.SS..A.1;98B3o.omSo,utBh.eMr.n; bCaarhviaalnhom,oiAs.tM.for&estSsa.ntTohse, SmithP,arAa.eRn.se19E8m6í.liRoeGVoieslidoin.oCfitêhneciNaesotNartoupriaciasl3f:e1m51g-e1n6u3s.
MynssRRBooeetdsnare,nirigCvcu.aaéMlsR.iiRao&e5v5dWi:aiesnw1d2P4i5e9s-d:cr1ah51s6,5,.5P-M.2aG3n.2g.2a0r0a4t.ibPat,erRidJó,fiBtraassidla. SmithG&C,yuAcaY.layRot.adsink1uia9me9v.52y..AcmChP,yetcrKeli.orcdia(idenuodmspF..h)ey.ImntF:elJBsooe,runarynSoa,pflePt.7rhE6me.:a;V5tHe6oo-nlp9esh8tzy.,uteBel.saK:.n
Nauman,C.E. 1995.Nephrolepis.In:MoranR.C.&Riba, Acanthaceae-Araceae. Timber Press, Portland
R. (eds.). Flora Mesoamericana 1. Psilotaceae a Pp. 81-84.
NovelMSiaénlxovi,icnRoi.,aFc.Meéa&ex.iOclUoinv.ieviPerpra.,s2iJ8d.6aE-.dZ2.N8a91c.9i9o9n.aFllAoruatdóonoPamraqudee SmithfS,ocrhAne.exRit.da;enrtP,rfyeHem.rs,&.KTW.aoMxl.of;n,S5Pc5.h:Gu.e7t02t50p-0e76l3.z1,A.E.c;laKsosrifailcla,tiPo.n;
OliveNiEEBrarslatata,usapriEdhal.uioeCas.iglPrlR.ooe;dsndoLosaovamIáceMbvieieeratiiaies,op,oOc(BA.arPmA,at.bseíiM&rleiiiandnZ.tooagPpesphh.byeGit1e,ad-r)3Moa.3.si.Gs.R,IBens.cBtru2iar0tss0uio6lts.:o SmithIPSa,nrcn.ehdAsnRs.ee,aRivn.doC;kelareum,Prtbr,iHyro.eiTnrd&.,goAfeWKo..&flMePf.pm,H;.saPu4S.af1cGln7h.edu-r2e4,0lt60yt7C8cp...oepHlFh.zey,t(meeEsd.cs;.l.a)sKU.sonirifBaviilecolar,ltsioioPgtn.yy.;
Pichi-cPRIStdeoeeevprrniamitsíoditblofaalpiihcB(,yarCtçaRoasã.p.ioEalR.iedoGfiay.eraaré1ladp9eosB9poc6Ppt.al.aa)AndnuinetctoaahcslomoMrulGseenatdiroaicdfcíedsipnocn,iiaoeóKinldetseeiwof8.M-c:ronP1ejpa4su.-im,2ne13aP-s.7Ad8i.e.n TTrryyoonnAM.,m7RRa(..zjMMoV..n.&&17ACScotDtnoraalyznAoet,mp,laRAez..rôGSi.n.dia11cc99ea79a515e..:-TP2Fth3iee-erl3fid4die.oampnshayoBtfoaBtroaafnzPiyelr2iu7a.:n
Artigorecebidoem 11/09/2009. Aceiloparapublicaçãoem07/07/2010.
Rodriguésia61(3):405-414.201
SciELO/JBRJ
cm 2 13 14 15 16 17 18
..